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801) Língua Portuguesa para Agente de Pesquisas e Mapeamento (IBGE) 2023 https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2oaW3 Ordenação: Por Matéria www.tecconcursos.com.br/questoes/640753 IBFC - Ag (Divinópolis)/Pref Divinópolis/Funerário/2018 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Texto Sobre o morrer (Rubem Alves) Odeio a ideia de morte repentina, embora todos achem que é a melhor. Discordo. Tremo ao pensar que o jaguar negro possa estar à espreita na próxima esquina. Não quero que seja súbita. Quero tempo para escrever o meu haikai. Mallarmé tinha o sonho de escrever um livro com uma palavra só. Achei-o louco. Depois compreendi. Para escrever um livro assim, de uma palavra só, seria preciso ter-se tornado sábio, infinitamente sábio. Tão sábio que soubesse qual é a última palavra, aquela que permanece solitária depois que todas as outras se calaram. Mas isso é coisa que só a Morte ensina. Mallarmé certamente era seu discípulo. O último haikai é isto: o esforço supremo para dizer a beleza simples da vida que se vai. Tenho terror de ser enganado. Se estiver para morrer, que me digam. Se me disserem que ainda me restam dez anos, continuarei a ser tolo, mosca agitada na teia das medíocres, mesquinhas rotinas do cotidiano. Mas se só me restam seis meses, então tudo se torna repentinamente puro e luminoso. Os não essenciais se despregam do corpo, como escamas inúteis. A Morte me informa sobre o que realmente importa. Me daria ao luxo de escolher as pessoas com quem conversar. E poderia ficar em silêncio, se o desejasse. Perante a morte tudo é desculpável… [...] Curioso que a Morte nada tenha a dizer sobre si mesma. Quem sabe sobre a Morte são os vivos. A Morte, ao contrário, só fala sobre a Vida, e depois do seu olhar tudo fica com aquele ar de “ausência que se demora, uma despedida pronta a cumprirse” (Cecília Meireles). E ela nos faz sempre a mesma pergunta: “Afinal, que é que você está esperando?” Como dizia o bruxo D. Juan ao seu aprendiz: “A morte é a única conselheira sábia que temos. Sempre que você sentir que tudo vai de mal a pior e que você está a ponto de ser aniquilado, volte-se para a sua Morte e pergunte-lhe se isso é verdade. Sua Morte lhe dirá que você está errado. Nada realmente importa fora do seu toque… Sua Morte o encarará e lhe dirá: ‘Ainda não o toquei…’” E o feiticeiro concluiu: “Um de nós tem de mudar, e rápido. Um de nós tem de aprender que a Morte é caçadora, e está sempre à nossa esquerda. Um de nós tem de aceitar o conselho da Morte e abandonar a maldita mesquinharia que acompanha os homens que vivem suas vidas como se a Morte não os fosse tocar nunca”. Às vezes ela chega perto demais, o susto é infinito, e até deixa no corpo marcas de sua passagem. Mas se tivermos coragem para a olharmos de frente é certo que ficaremos sábios e a vida ganhará simplicidade e a beleza de um haikai. Vocabulário: https://www.tecconcursos.com.br/s/Q2oaW3 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/640753 802) Haikai – forma curta de poema japonês Mallarmé – poeta e crítico literário francês do século XIX A concordância do verbo destacado, em “Se me disserem que ainda me restam dez anos,” (3º§), deve- se: a) ao sujeito “dez anos”. b) ao pronome “me”. c) ao verbo “disseram”. d) ao sujeito indeterminado. www.tecconcursos.com.br/questoes/641358 IBFC - PAAFEF (Divinópolis)/Pref Divinópolis/Ciências Biológicas/2018 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Texto No Brasil, entre o “pode” e o “não pode”, encontramos um “jeito”, ou seja, uma forma de conciliar todos os interesses, criando uma relação aceitável entre o solicitante, o funcionário-autoridade e a lei universal. Geralmente, isso se dá quando as motivações profundas de ambas as partes são conhecidas; ou imediatamente, quando ambos descobrem um elo em comum banal (torcer pelo mesmo time) ou especial (um amigo comum, uma instituição pela qual ambos passaram ou o fato de se ter nascido na mesma cidade). A verdade é que a invocação da relação pessoal, da regionalidade, do gosto, da religião e de outros fatores externos àquela situação poderá provocar uma resolução satisfatória ou menos injusta. Essa é a forma típica do “jeitinho”. Uma de suas primeiras regras é não usar o argumento igualmente autoritário, o que também pode ocorrer, mas que leva a um reforço da má vontade do funcionário. De fato, quando se deseja utilizar o argumento da autoridade contra o funcionário, o jeitinho é um ato de força que no Brasil é conhecido como o “Sabe com quem está falando?”, em que não se busca uma igualdade simpática ou uma relação contínua com o agente da lei atrás do balcão, mas uma hierarquização inapelável entre o usuário e o atendente. De modo que, diante do “não pode” do funcionário, encontra-se um “não pode do não pode” feito pela invocação do “Sabe com quem você está falando?”. De qualquer modo, um jeito foi dado. “Jeitinho” e “Você sabe com quem está falando?” são os dois polos de uma mesma situação. Um é um modo harmonioso de resolver a disputa; o outro, um modo conflituoso e direto de realizar a mesma coisa. O “jeitinho” tem muito de cantada, de harmonização de interesses opostos, tal como quando uma mulher encontra um homem e ambos, interessados num encontro romântico, devem discutir a forma que o encontro deverá assumir. O “Sabe com quem está falando?”, por seu lado, afirma um estilo em que a autoridade é reafirmada , mas com a indicação de que o sistema é escalonado e não tem uma finalidade muito certa ou precisa. Há sempre outra autoridade, ainda mais alta, a quem se poderá recorrer. E assim as cartas são lançadas. (DAMATTA, Roberto. O modo de navegação social: a malandragem e o “jeitinho”. O que faz o brasil, Brasil?. Rio de Janeiro: Rocco, 1884. P79-89, (Adaptado) . Em “ Há sempre outra autoridade, ainda mais alta,”, o emprego do singular na forma verbal em destaque deve-se: a) à impessoalidade do verbo “haver” no contexto. b) à concordância entre o verbo e o sujeito “autoridade”. c) ao emprego do advérbio sempre com sentido atemporal. d) ao sujeito desinencial subentendido pelo verbo “haver”. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/641358 803) 804) www.tecconcursos.com.br/questoes/643030 IBFC - Sec Es (Divinópolis)/Pref Divinópolis/2018 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Texto Em um ponto qualquer da praia de Copacabana, o ônibus para, saltam dois rapazes e uma moça, o senhor de idade sobe e inadvertidamente pisa o pé de um sujeito de meia-idade, robusto, muito satisfeito com a sua pessoa. O senhor vira-se e ia pedir desculpas, quando o tal sujeito lhe diz quase gritando: - Não sabe onde pisa, seu calhorda? O senhor de idade não contava com aquela brutalidade e fica surpreso. O outro carrega na mão, acrescentando: - Imbecil! Reação inesperada do senhor de idade que responde: - Imbecil é a sua mãe! Enquanto isso, todos os passageiros do ônibus sentem que vai ocorrer qualquer coisa, provavelmente só desaforo grosso, mas quem sabe? Talvez umas boas taponas... Diante do ultraje atirado à genitora, o sujeito suficiente, em vez de taponas que a maioria dos passageiros esperava, ou de puxar da faca ou revólver, pergunta indignado ao senhor de idade: - Sabe com quem está falando? Mas o senhor de idade não era sopa e retrucou: - Estou falando com um homem, parece... – Está falando com um delegado! O senhor está preso! – Isso é o que vamos ver! O sujeito seria mesmo um delegado? Era a pergunta que todos os passageiros se faziam. Ai deles, era! E resultado: o delegado voltou-se para o motorista e ordenou: - Entre pela rua Siqueira Campos e vamos para o distrito! Os passageiros ficaram aborrecidíssimos com aquela brusca mudança de itinerário, mas não protestaram. O ônibus para à porta da delegacia, salta o senhor de idade, salta o delegado, e este fala ao sentinela: - Leve preso este sujeito por desacato à autoridade! Nisto o senhor de idade puxa a caderneta de identificação e diz ao soldado: - Eu sou o general. Prendaeste atrevido! O general volta ao ônibus, comanda ao motorista: - Vamos embora! O motorista “pisa”. Os passageiros do ônibus batem palmas. (BANDEIRA, Manuel. Sabe com quem está falando? Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1990. P672-674 (Adaptado) . Em observação às regras de concordância verbal, nota-se que a oração “saltam dois rapazes e uma moça” poderia ser reescrita de todas as formas indicadas abaixo, EXCETO: a) salta uma moça e dois rapazes. b) dois rapazes e uma moça saltam. c) uma moça e dois rapazes saltam. d) salta dois rapazes e uma moça. www.tecconcursos.com.br/questoes/644756 IBFC - Sold (CBM SE)/CBM SE/2018 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Texto I Após a guerra (Lima Barreto) Decididamente, os homens não tomam juízo e mesmo a Morte, que deve ser a soberana de todos nós, é impotente para nos pôr na cachola um pouco de bom senso elementar. Há um ano que as hostilidades entre povos de diversos feitios e estágios de civilização foram suspensas, https://www.tecconcursos.com.br/questoes/643030 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/644756 805) após uma carnificina nunca vista nos anais da história escrita. As mais cruéis campanhas da antiguidade, com os seus massacres subsequentes, nada são comparadas com essa guerra que se desdobrou por todo o antigo continente. Cidades, aldeias, monumentos insubstituíveis do passado foram destruídos, sem dó nem piedade, à bala de canhões descomunais e pelo fogo implacável. Aquela região da Europa que, depois da Itália, é das mais interessantes sob o ponto de vista artístico, além de outros, foi calcada aos pés pelos exércitos alemães, arrasada, queimada. Quero falar da Flandres, tanto a belga como a francesa. O espetáculo após a guerra é de uma tristeza sem limites. Não é daquela grandiosa tristeza do Oceano que nos leva a grandes pensamentos; é o de uma tristeza que nos arrasta a pensar na imensa maldade da espécie humana. Não se sente isso só no que se vê ou se tem notícia por aqueles que viram; mas também na fome, na miséria que lavra nas populações dos países vencidos e vencedores. Coisas mais invisíveis ainda enchem-nos dessa tristeza inqualificável que nos faz maldizer a espécie humana, a sua inteligência, a sua capacidade de aproveitar as forças naturais, de aprender um pouco do mistério das coisas, para fazer tanto mal. Os nascimentos, se não diminuíram aqui e ali, a mortalidade infantil aumentou e as crianças defeituosas ou sem peso normal surgiram à luz em número maior que nos transatos anos de paz. A atividade intelectual toda ela se orientou para os malefícios da guerra; e foi um nunca acabar de inventar engenhos mortíferos ou aumentar o poder dos já existentes. Os químicos, os maiores, trataram de combinar nos seus laboratórios corpos de modo a obter gases que fossem portadores da morte e misturas incendiárias que o mesmo fizessem. [...] Na oração “Há um ano", nota-se que a flexão de número e pessoa do verbo que a constitui deve-se: a) ao verbo “haver” ser empregado no sentido de “existir”. b) à concordância com o sujeito simples “um ano”. c) à concordância com um sujeito desinencial de terceira pessoa. d) à impessoalidade de um verbo que denota tempo. www.tecconcursos.com.br/questoes/663059 IBFC - Sold (PM SE)/PM SE/Combatente/2018 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Rua da Amargura (Vinicius de Moraes) A minha rua é longa e silenciosa como um caminho que foge E tem casas baixas que ficam me espiando de noite Quando a minha angústia passa olhando o alto. A minha rua tem avenidas escuras e feias De onde saem papéis velhos correndo com medo do vento E gemidos de pessoas que estão eternamente à morte. A minha rua tem gatos que não fogem e cães que não ladram https://www.tecconcursos.com.br/questoes/663059 806) Tem árvores grandes que tremem na noite silente Fugindo as grandes sombras dos pés aterrados. A minha rua é soturna... Na capela da igreja há sempre uma voz que murmura louvemos Sozinha e prostrada diante da imagem Sem medo das costas que a vaga penumbra apunhala.[...] Ao reescrever o verso “A minha rua tem avenidas escuras e feias”, haveria incorreção gramatical apenas na seguinte alternativa: a) A minha rua possui avenidas escuras e feias. b) Na minha rua, existe avenidas escuras e feias. c) A minha rua contém avenidas escuras e feias. d) Na minha rua, há avenidas escuras e feias. www.tecconcursos.com.br/questoes/663093 IBFC - Sold (PM SE)/PM SE/Combatente/2018 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Em três anos, violência urbana mata mais de 120 jovens em Rio Preto, SP Assassinatos e acidentes de trânsito são as principais causas de morte. No Brasil, morte de jovem por homicídio cresceu mais de 200% em 30 anos. Um estudo do centro latino-americano mostra que a violência envolvendo jovens cresceu mais de 200% nas últimas três décadas no país. Foram computados casos de mortes por homicídio e no trânsito. No noroeste paulista, as autoridades afirmam que os crimes estão controlados, mas para as famílias das vítimas, muita coisa ainda precisa ser feita para que a população se sinta segura. No Brasil, a morte de jovens por homicídio e acidente cresceu quase 210% nos últimos 30 anos. As estatísticas fazem parte do Mapa da Violência, divulgado pelo Centro de Estudos Latino-americanos. Apesar de em São José do Rio Preto (SP), o número de mortes ter diminuído, as estatísticas não deixam de ser preocupantes. O levantamento feito entre 2009 e 2011 mostra que durante esse período: 45 jovens foram assassinados e 83 morreram no trânsito. O tenente da Polícia Militar Ederson Pinha explica porque pessoas de 18 a 30 anos estão entre as principais vítimas. “Hoje o jovem com 18 anos já tem a carteira de habilitação e tem um veículo, além da motocicleta, que cresce com os jovens. Tem também a questão da imaturidade e inexperiência ao volante. Quando o jovem percebe que não tem essa maturidade, ele já se envolveu no acidente”, afirma o tenente. Tão preocupante quanto as mortes de jovens no trânsito é o número de acidentes provocados por eles. A imprudência, o consumo de álcool e o excesso de velocidade têm transformado veículos em verdadeiras armas nas mãos de alguns motoristas. [...] (Disponível em: http://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-pretoaracatuba/ noticia/2013/07/ em -tres-anos-violencia-urbana-matamais- de-120-jovens-em-rio-preto-sp.html.Acesso em 23/05/18) Em “A imprudência, o consumo de álcool e o excesso de velocidade têm transformado veículos em verdadeiras armas nas mãos de alguns motoristas.”, nota-se que a concordância da https://www.tecconcursos.com.br/questoes/663093 807) 808) forma verbal é feita com: a) o vocábulo “veículos” flexionado no plural. b) o sujeito indeterminado na 3ª pessoa. c) o sujeito composto que a precede. d) “verdadeiras armas”, que é sujeito posposto. www.tecconcursos.com.br/questoes/768343 IBFC - Cond Vei (CM Aqa)/CM Araraquara/2018 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) De acordo com as regras da gramática normativa da Língua Portuguesa, sobre concordância verbal e nominal, assinale a alternativa correta. a) Haviam dois anos que eu não reencontrava minha filha. b) Os dois meninos errou na escolha da brincadeira. c) Tem muitas mentiras sendo ditas pela falta de informação das pessoas. d) O sucesso têm relação com parar de escutar a opinião de todos. e) Eu já não escuto rádio há muito tempo. www.tecconcursos.com.br/questoes/450497 IBFC - Ag (MGS)/MGS/Serviço de Parque/Não Habilitado/2017 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Texto O retrato (Ivan Angelo) O homem, de barba grisalha mal-aparada, vestindo jeans azuis, camisa xadrez e jaqueta de couro, sentou-se no banquinho alto do balcão do botequim e ficou esperando sem pressa que o rapaz viesse atendê-lo. O rapaz fazia um suco de laranjas para o mecânico que comiauma coxa de frango fria. O homem tirou uma caderneta do bolso, extraiu de dentro dela uma fotografia e pôs-se a olhá-la. Olhou-a tanto e tão fixamente que seus olhos ficaram vermelhos. Contraiu os lábios, segurando-se para não chorar; a cara contraiu-se como uma máscara de teatro trágico. O rapaz serviu o suco e perguntou ao homem o que ele queria. O homem disse “nada não, obrigado”, guardou a foto, saiu do botequim e desapareceu. No trecho “ O homem tirou uma caderneta do bolso, extraiu de dentro dela uma fotografia e pôs-se a olhá-la.”, o verbo encontra-se no singular pois concorda com a seguinte palavra: a) caderneta. b) bolso. c) fotografia. d) homem. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/768343 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/450497 809) 810) www.tecconcursos.com.br/questoes/450529 IBFC - Tec (MGS)/MGS/Contábil/2017 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Texto Paternidade Responsável Quantos filhos você gostaria de ter? Ao responder a essa pergunta com certeza uma outra vai passar pela sua cabeça: “Será que vou conseguir sustentar um filho?”. Certamente você gostaria de ter tantos filhos quantos pudesse sustentar, garantindo-lhes uma boa escola, um lugar com algum conforto para morar e remédios quando necessários. Segundo especialistas, pode ser perigoso para a mãe a para a criança engravidar durante a adolescência porque o corpo da menina ainda não está preparado para o parto. Problemas como a gestante adolescente apresentar anemia ou o bebê nascer prematuramente são comuns. Além de eventuais problemas de saúde, tem-se um problema de ordem social: como sustentar uma criança, já que, para tanto, o adolescente, se não contar com a ajuda dos pais ou responsáveis, terá de abandonar a escola? Desesperadas, muitas jovens acabam optando pelo aborto. Vale lembrar que, salvo raras exceções (estupro ou risco de morte para a mãa), o aborto no Brasil, é considerado crime. A mulher recorre, então, a clínicas clandestinas, sem fiscalização, e põe sua saúde em risco. Quem não tem condições de pagar tais clínicas faz uso de métodos ainda mais precários. Isso acontece, em parte, porque não existe no Brasil um projeto amplo de planejamento familiar que assegure aos mais pobres o direito de decidir quantos filhos desejam ter. Assim, muitos casais têm quatro, seis, dez filhos, quando, na verdade, conseguiriam sustentar apenas um ou dois. (DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de Papel. Ed. Ática. São Paulo, 2011, p. 106) Em “Assim, muitos casais têm quatro, seis, dez filhos,” (6º§), nota-se que o acento do verbo em destaque deve-se a uma exigência de concordância. Assinale a alternativa correta em relação ao emprego desse mesmo verbo. a) No Brasil, a sociedade têm várias questões. b) O jovem têm um grande desafio pela frente. c) As pessoas tem muitos planos. d) A mentira tem perna curta. www.tecconcursos.com.br/questoes/465108 IBFC - AAPO (PCie PR)/PCie PR/Auxiliar de Perícia/2017 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Afinal: o que é a “morte cerebral”? A declaração de morte cerebral é um conceito relativamente novo na medicina e envolve o preenchimento de critérios clínicos e laboratoriais https://www.tecconcursos.com.br/questoes/450529 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/465108 811) O cérebro humano é o órgão que nos torna únicos. Possibilita que pensemos, falemos e organiza, de uma forma ou outra, todo nosso consciente e inconsciente. Claro, todos os órgãos são relevantes, e, sem o conjunto, não poderíamos funcionar de maneira adequada. Mas a verdade é que, do ponto de vista evolutivo, todos os órgãos desenvolveram-se para permitir manter um cérebro cada vez mais exigente e complexo. Aprimoraram-se os mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção, entre outros, para que as sensações e ordens trabalhadas no cérebro fossem elaboradas. E quando o cérebro deixa de funcionar, ou seja, morre, todas as outras funções deixam de ser necessárias; muitas delas ficam descoordenadas pela simples falta da atividade cerebral adequada. Até pouco tempo atrás, o indivíduo morria quando seu coração parava de bater. Hoje sabemos que o indivíduo está morto quando seu cérebro morre. Mas, não há muito tempo, também achávamos que as sensações (o amor, por exemplo), emanavam do coração. Apesar disto parecer “bom senso”, o conceito de “morte cerebral” e seu adequado diagnóstico são tópicos recentes e datam de apenas algumas décadas. A necessidade de conceituar formalmente a “morte cerebral” ou “morte encefálica” tomou impulso quando se iniciou a era dos transplantes de órgãos, e tornou-se necessário protocolizar seu diagnóstico, já que indivíduos com morte cerebral poderiam então ser considerados possíveis doadores. Existem algumas diferenças para a definição de morte cerebral em diferentes países, mas muitos aspectos são comuns. Em primeiro lugar, o indivíduo deve ter algumas características clínicas, que são facilmente reconhecidas por um neurologista: falta de reação à dor, falta de movimentação, ausência de respiração, pupilas dilatadas e não responsivas à luz etc. Claro, o indivíduo não pode ter recebido nenhuma medicação nas 24 horas anteriores que possa causar isto. Cada um destes aspectos foi regulamentado: ver se o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc, de modo que a avaliação pudesse ser replicada, independente do ambiente em que o indivíduo esteja. [...] Uma vez definida adequadamente a morte encefálica, o indivíduo poderá ter seus órgãos doados (caso tenha havido consentimento para tal), um ato que possivelmente poderá ajudar a salvar várias vidas. A partir deste momento, as medidas de suporte de vida são, em tese, desnecessárias. (Disponível: http://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/afinal-o-quee-a-morte-cerebral/ Acesso em: 07/02/17) Em “Aprimoram-se os mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção” (1º§), o verbo destacado está flexionado no plural concordando com: a) o sujeito “eles” que se encontra oculto. b) o núcleo do sujeito simples “mecanismos”. c) o sujeito composto “de defesa, de alimentação, de locomoção”. d) o pronome “se” que o acompanha indicando sujeito indeterminado. e) os complementos verbais “de defesa, de alimentação, de locomoção”. www.tecconcursos.com.br/questoes/537746 IBFC - Ag Adm (CM Aqa)/CM Araraquara/2017 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Texto O homem vive em média sete anos a menos que a mulher. A cada três mortes de adulto, duas são de homens. Segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, na https://www.tecconcursos.com.br/questoes/537746 812) 813) 814) faixa de 20 a 59 anos, os homens morrem mais por causas externas, como acidentes de trânsito, acidentes de trabalho e lesões por violência. O segundo motivo de morte entre homens nesta faixa etária são as doenças do aparelho circulatório, seguida das neoplasias. Comemorado neste sábado (15), o Dia Internacional do Homem traz para o debate os cuidados com a saúde masculina no país. Atualmente no Brasil 18% dos homens brasileiros são obesos e 57% apresentam sobrepeso. Com relação ao tabagismo, 12,7% fumam e sobre doenças crônicas, 7,8% dos homens têm diabetes e 23,6% têm hipertensão. Vinte e sete por cento dos homens consomem bebida alcóolica abusivamente e 12,9% dirigem após beber. Os dados fazem parte do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizado anualmente pelo governo federal. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-07/dia-internacional- do-homem-chama-atencao-para-cuidados-com-saude-masculina. Acesso em 01/09/17) A concordância verbal que envolve a indicação de porcentagens pode causar confusão na escrita. Em “Atualmente no Brasil 18% dos homens brasileiros são obesos” (2º§), o verbo está no plural uma vez que concorda com o seguinte termo: a) 18%. b) homens. c) brasileiros.d) obesos. www.tecconcursos.com.br/questoes/544583 IBFC - Ass San (EMBASA)/EMBASA/Agente Administrativo/2017 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Assinale a alternativa em que a concordância está correta. a) Não foi adequado a postura dela na cerimônia. b) Ele deixou bem claro, no pronunciamento, suas ideias sobre o projeto. c) A maioria dos estudantes que prestaram o concurso apresentou dificuldades em matemática. d) Deve existir outras soluções para este problema! www.tecconcursos.com.br/questoes/546041 IBFC - Ana San (EMBASA)/EMBASA/Engenheiro/Engenharia Elétrica/2017 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Assinale a alternativa que não apresenta problema de concordância. a) O porteiro deixou claro, ao abordar os jovens, os incômodos que eles estavam causando. b) Houve moradores que não se importaram com o grupo de jovens. c) Ergueu-se altas grades no muro. d) Fazem dias que os jovens não se reúnem na frente do edifício. www.tecconcursos.com.br/questoes/569941 IBFC - PEB (SEDUC MT)/SEDUC MT/Pedagogia/2017 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) A questão baseia no texto apresentado abaixo. Conceitos da vida cotidiana https://www.tecconcursos.com.br/questoes/544583 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/546041 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/569941 815) A metáfora é, para a maioria das pessoas, um recurso da imaginação poética e um ornamento retórico – é mais uma questão de linguagem extraordinária do que de linguagem ordinária. Mais do que isso, a metáfora é usualmente vista como uma característica restrita à linguagem, uma questão mais de palavras do que de pensamento ou ação. Por essa razão, a maioria das pessoas acha que pode viver perfeitamente bem sem a metáfora. Nós descobrimos, ao contrário, que a metáfora está infiltrada na vida cotidiana, não somente na linguagem, mas também no pensamento e na ação. Nosso sistema conceptual ordinário, em termos do qual não só pensamos, mas também agimos, é fundamentalmente metafórico por natureza. Os conceitos que governam nosso pensamento não são meras questões do intelecto. Eles governam também a nossa atividade cotidiana até nos detalhes mais triviais. Eles estruturam o que percebemos, a maneira como nos comportamos no mundo e o modo como nos relacionamos com outras pessoas. Tal sistema conceptual desempenha, portanto, um papel central na definição de nossa realidade cotidiana. Para dar uma ideia de como um conceito pode ser metafórico e estruturar uma atividade cotidiana, comecemos pelo conceito de DISCUSSÃO e pela metáfora conceitual DISCUSSÃO É GUERRA. Essa metáfora está presente em nossa linguagem cotidiana numa grande variedade de expressões: Seus argumentos são indefensáveis. Ele atacou todos os pontos da minha argumentação. É importante perceber que não somente falamos sobre discussão em termos de guerra. Podemos realmente ganhar ou perder uma discussão. Vemos as pessoas com quem discutimos como um adversário. Atacamos suas posições e defendemos as nossas. Planejamos e usamos estratégias. Se achamos uma posição indefensável, podemos abandoná-la e colocar-nos numa linha de ataque. Muitas das coisas que fazemos numa discussão são parcialmente estruturadas pelo conceito de guerra. Esse é um exemplo do que queremos dizer quando afirmamos que um conceito metafórico estrutura (pelo menos parcialmente) o que fazemos quando discutimos, assim como a maneira pela qual compreendemos o que fazemos. (LAKOFF, G. & JOHNSON, M. Texto adaptado de Metáforas da vida cotidiana. Campinas: Mercado de Letras; São Paulo: Educ, 2002, p. 45-47.) Observe o emprego da concordância verbal em “Por essa razão, a maioria das pessoas acha que pode viver perfeitamente bem sem a metáfora.” (1º§). Assinale a alternativa que apresenta um exemplo de concordância justificado pela mesma razão do trecho em destaque. a) Fui eu que lhe pedi ajuda. b) Faz algumas horas que ele partiu. c) Qual de nós fará a prova? d) O resto dos alunos deixou a sala suja. e) Saiu o pai e o filho mais velho. www.tecconcursos.com.br/questoes/571933 IBFC - PEB (SEDUC MT)/SEDUC MT/Língua Portuguesa/2017 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Considere as concordâncias verbais a seguir segundo a variedade padrão da língua: Assinale a alternativa incorreta: a) Os sertões é um livro muito interessante b) Fui eu quem fez a pesquisa c) Nem um nem outro rapaz tinham a intenção de permanecer neste emprego d) Já houve duas discussões sérias entre nós https://www.tecconcursos.com.br/questoes/571933 816) 817) e) Uma das pessoas que desconfiavam de nós era João www.tecconcursos.com.br/questoes/571934 IBFC - PEB (SEDUC MT)/SEDUC MT/Língua Portuguesa/2017 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) A respeito da concordância nominal, analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F). ( ) ‘Dedicava todo seu tempo ao comércio e à navegação costeiros.’ ( ) ‘Estudo a língua italiana e francesa.’ ( ) ‘Fruta é bom para a saúde.’ ( ) ‘Seguem inclusos as notas promissórias.’ ( ) ‘A porta, meia aberta, deixava ver o interior da sala.’ Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo. a) V; V; V; F; F b) V; F; F; F; V c) F; F; V; V; F d) V; F; V; F; F e) F; V; F; V; V www.tecconcursos.com.br/questoes/1009105 IBFC - Sold (CBM BA)/CBM BA/2017 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Texto I A janta A pior hora era a do jantar. Despois da escola, todo mundo chegava a mil. Tinha o banho, a mãe atormentada com aquele tanto de criança fazendo algazarra, molhando tudo, bagunçando a casa limpa que tanto trabalho devia ter dado pra limpar. Ela era a mais velha. A mais levada também. Atordoava a mãe, hoje ela sabe. As brigas pela televisão, o lugar no sofá... Era também a mais mandona. Sempre querendo que os irmãos fizessem assim, fizessem assado. Depois tudo ia se acalmando, uns cochilavam no sofá, outros no chão. Vez por outra saía um arranca- rabo. Ela impunha respeito, senão a mãe vinha brigar. Afinal, ela era a mais velha. Ela ficava esperando o bife. Era um sinal. Demorava sempre. A mãe vinha pra sala, olhava as crianças, ouvia um reclamando do outro, ficava brava, voltava pra cozinha. Depois voltava a passar pela sala, ignorando a reclamação dos irmãos. Tinham fome. Ia até a porta e ficava lá. Às vezes pegava de prosa com uma vizinha. Demorando... E ela ali, fingindo prestar atenção na televisão, preocupada com o bife. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/571934 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1009105 818) De repente, a mãe passava de volta, sumindo pra dentro. Então vinha o chiado da frigideira, o cheirinho da carne na chapa. Os irmãos se exercitavam. A mãe começava a trazer as travessas pra sala. Vinha, voltava, vinha e voltava. Demorava. Finalmente trazia a travessa dos bifes, a criançada já sentada em volta da mesa. A mãe não deixava ninguém comer enquanto ela não se sentasse. E ela sempre parecia que não ia sentar nunca. Então, quando não tinha mais jeito, sentava. Começava a servir o arroz, o feijão, o bife já esfriando, filho por filho, prato por prato. A criançada se acalmava, boca cheia. Só o mastigar e o barulho dos talheres nos pratos podiam ser ouvidos. Ninguém olhava pra ninguém, todos concentrados na comida. Ninguém olhava o lugar vazio do pai assombrando todo mundo. (AMARAL, Tata. A janta. In: ____. Hollywood: depois do terreno baldio. São Paulo: O nome da rosa, 2007. p 59) Assinale a alternativa em que a reescritura da oração “Só o mastigar e o barulho dos talheres nos pratos podiam ser ouvidos.” (8º§) implica um desvio de concordância. a) Só podiam ser ouvidos o mastigar e o barulho dos talheres nos pratos. b) Só podia ser ouvido o mastigar e o barulho dos talheres nos pratos. c) Só o mastigar e o barulho dos talheres nos pratos podia ser ouvido. d) Só podia ser ouvido,nos pratos, o mastigar e o barulho dos talheres. e) Nos pratos, só o mastigar e o barulho dos talheres podiam ser ouvidos. www.tecconcursos.com.br/questoes/1009108 IBFC - Sold (CBM BA)/CBM BA/2017 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Texto II Polícia Militar Ambiental faz um intenso trabalho de controle e combate aos grupos de criminosos adeptos da prática em todo o Estado de São Paulo O trabalho da Polícia Militar Ambiental em combater os grupos criminosos que soltam balões A) é incessante em todo o Estado de São Paulo. A árdua missão tem trazido números expressivos de prisões, B) apreensões e multas em 2017. De acordo com os números levantados pela Polícia Militar Ambiental C), apenas nos primeiros cinco meses de 2017 foram realizadas 41 prisões em flagrante, enquanto em todo o ano de 2016, esse número de detenções por soltura de balões foi de apenas 5. Ainda segundo a PM, 39 balões foram apreendidos até junho deste ano, enquanto, em todo o ano de 2016, esse número ficou em 26. A multa por balão apreendido é de R$ 5 mil. A polícia acredita que muitos criminosos saem da capital do estado D) para praticar esse tipo de crime na região de Campinas e Circuito das Águas. “A gente já teve denúncias e realizou operações em locais que as pessoas alugam sítios na região e lá eles realizam eventos com balões no final de semana. Nesse meio tempo, eles soltam balão e fazem confraternizações com churrascos e festas. É uma situação que tem se repetido, pois as chácaras são fechadas e eles acham que ninguém vai atrapalhar. São locais que ficam escondidos por árvores, que cabem bastante pessoas. E) Um balão grande demanda muita gente para soltura. Eles acham que isso vai viabilizar o crime, mas estamos na cola das pessoas que praticam esse tipo de ação”, afirmou o Tenente Nóbrega. [...] Fonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/ 2017-06-07/baloes-campinas-policia-militar-ambiental.html. Acesso em 07/06/17) https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1009108 819) Apesar da revisão que é comum a esse gênero textual, percebe-se um desvio de concordância na seguinte passagem: a) “O trabalho da Polícia Militar Ambiental em combater os grupos criminosos que soltam balões” (1º§). b) “A árdua missão tem trazido números expressivos de prisões,” (1º§). c) “De acordo com os números levantados pela Polícia Militar Ambiental”(2º§). d) “A polícia acredita que muitos criminosos saem da capital do estado” (3º§). e) “São locais que ficam escondidos por árvores, que cabem bastante pessoas.” (3º§). www.tecconcursos.com.br/questoes/372205 IBFC - Tec (MGS)/MGS/Informática/2016 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Mundo interior (Martha Medeiros) A casa da gente é uma metáfora da nossa vida, é a representação exata e fiel do nosso mundo interior. Li esta frase outro dia e achei perfeito. Poucas coisas traduzem tão bem nosso jeito de ser como nosso jeito de morar. Isso não se aplica, logicamente, aos inquilinos da rua, que têm como teto um viaduto, ainda que eu não duvide que até eles sejam capazes de ter seus códigos secretos de instalação. No entanto, estamos falando de quem pode ter um endereço digno, seja seu ou de aluguel. Pode ser um daqueles apartamentos amplos, com pé direito alto e preço mais alto ainda, ou um quarto-e-sala tão compacto quanto seu salário: na verdade, isso determina apenas seu poder aquisitivo, não revela seu mundo interior, que se manifesta por meio de outros valores. Da porta da rua pra dentro, pouco importa a quantidade de metros quadrados e, sim, a maneira como você os ocupa. Se é uma casa colorida ou monocrática. Se tem objetos obtidos com afeto ou se foi tudo escolhido por um decorador profissional. Se há fotos das pessoas que amamos espalhadas por porta- retratos ou se há paredes nuas. Tudo pode ser revelador: se deixamos a comida estragar na geladeira, se temos a mania de deixar as janelas sempre fechadas, se há muitas coisas por consertar. Isso também é estilo de vida. Luz direta ou indireta? Tudo combinadinho ou uma esquizofrenia saudável na junção das coisas? Tudo de grife ou tudo de brinque? É um jogo lúdico tentar descobrir o quanto há de granito e o quanto há de madeira na nossa personalidade. Qual o grau de importância das plantas no nosso habitat, que nota daríamos para o quesito vista panorâmica? Quadros tortos nos enervam? Tapetes rotos nos comovem? Há casas em que tudo o que é aparente está em ordem, mas reina a confusão dentro dos armários. Há casas tão limpas, tão lindas, tão perfeitas que parecem cenários: faz falta um cheiro de comida e um som vindo lá do quarto. Há casas escuras. Há casas feitas por fora e bonitas por dentro. Há casas pequenas onde cabem toda a família e os amigos, há casas com lareira que se mantêm frias. Há casas prontas para receber visitas e impróprias para receber a vida. Há casas com escadas, casas com desníveis, casas divertidamente irregulares. Pode aparecer apenas o lugar onde a gente dorme, come e vê televisão, mas nossa casa é muito mais que isso. É a nossa caverna, o nosso castelo, o esconderijo secreto onde coabitamos com nossos defeitos e virtudes. No sexto parágrafo, tem-se "há casas com lareira que se mantêm frias.". Nesse fragmento, percebe-se que o acento da forma verbal em destaque deve-se à concordância com a seguinte palavra: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/372205 820) a) "há" b) "casas" c) "lareira" d) "frias" www.tecconcursos.com.br/questoes/372209 IBFC - Tec (MGS)/MGS/Informática/2016 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Mundo interior (Martha Medeiros) A casa da gente é uma metáfora da nossa vida, é a representação exata e fiel do nosso mundo interior. Li esta frase outro dia e achei perfeito. Poucas coisas traduzem tão bem nosso jeito de ser como nosso jeito de morar. Isso não se aplica, logicamente, aos inquilinos da rua, que têm como teto um viaduto, ainda que eu não duvide que até eles sejam capazes de ter seus códigos secretos de instalação. No entanto, estamos falando de quem pode ter um endereço digno, seja seu ou de aluguel. Pode ser um daqueles apartamentos amplos, com pé direito alto e preço mais alto ainda, ou um quarto-e-sala tão compacto quanto seu salário: na verdade, isso determina apenas seu poder aquisitivo, não revela seu mundo interior, que se manifesta por meio de outros valores. Da porta da rua pra dentro, pouco importa a quantidade de metros quadrados e, sim, a maneira como você os ocupa. Se é uma casa colorida ou monocrática. Se tem objetos obtidos com afeto ou se foi tudo escolhido por um decorador profissional. Se há fotos das pessoas que amamos espalhadas por porta- retratos ou se há paredes nuas. Tudo pode ser revelador: se deixamos a comida estragar na geladeira, se temos a mania de deixar as janelas sempre fechadas, se há muitas coisas por consertar. Isso também é estilo de vida. Luz direta ou indireta? Tudo combinadinho ou uma esquizofrenia saudável na junção das coisas? Tudo de grife ou tudo de brinque? É um jogo lúdico tentar descobrir o quanto há de granito e o quanto há de madeira na nossa personalidade. Qual o grau de importância das plantas no nosso habitat, que nota daríamos para o quesito vista panorâmica? Quadros tortos nos enervam? Tapetes rotos nos comovem? Há casas em que tudo o que é aparente está em ordem, mas reina a confusão dentro dos armários. Há casas tão limpas, tão lindas, tão perfeitas que parecem cenários: faz falta um cheiro de comida e um som vindo lá do quarto. Há casas escuras. Há casas feitas por fora e bonitas por dentro. Há casas pequenas onde cabem toda a família e os amigos, há casas com lareira que se mantêm frias. Há casas prontas para receber visitas e impróprias para receber a vida. Há casas com escadas, casas com desníveis, casas divertidamente irregulares. Pode aparecer apenas o lugar onde a gente dorme, come e vê televisão, mas nossa casa é muito mais que isso. É a nossa caverna, o nossocastelo, o esconderijo secreto onde coabitamos com nossos defeitos e virtudes. Ao longo do sexto parágrafo, a autora emprega diversas vezes a forma "Há" em orações sem sujeito. Assinale a opção em que o emprego dessa forma verbal está INCORRETA. a) Há muitas respostas possíveis. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/372209 821) b) A reunião ocorreu há duas semanas. c) Daqui há dois dias nos veremos. d) Há de ocorrer uma nova festa. www.tecconcursos.com.br/questoes/372869 IBFC - Adv (MGS)/MGS/2016 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Texto Uma Vela para Dario (Dalton Trevisan) Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminui o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo. Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem, Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque. Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram no canto da boca. Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado. A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete de pérola da gravata. Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além de esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las. Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso. Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - e seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade. Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoa tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes. O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá-lo - os bolsos vazios. Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo - só destacava molhando no sabonete. A policia decide chamar o rabecão. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/372869 822) 823) A última boca repete - Ele morreu, ele morreu. A gente começa a ser dispersar. Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim, Agora, aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto. Um senhor piedoso dobre o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Apenas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos. Um menino de cor de descalço veio com uma vela, que acende ao lado do cadáver. Parece morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva. Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem aliança. O toco de vela apaga-se às primeiras gotas da chuva, que volta a cair. Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte. "Apenas um homem morto e multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias." (12º §) Em função da necessidade de concordância do verbo com o sujeito a que se refere, pode-se afirmar o seguinte sobre o sujeito da forma "espalha" é: a) composto tendo "homem" e "multidão" como núcleos. b) indeterminado e sem referência gramatical explícita. c) simples e representado pela construção "a multidão". d) desinencial marcado pela terceira pessoa. www.tecconcursos.com.br/questoes/376167 IBFC - Asst (CM Aqa)/CM Araraquara/Departamento Pessoal/2016 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Assinale a alternativa que completa a lacuna. A maioria dos funcionários______ feliz com a indicação do novo gerente, (estar) a) Está b) Estão c) São d) Estavam www.tecconcursos.com.br/questoes/393135 IBFC - TCE (TCM-RJ)/TCM RJ/2016 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas, obedecendo às regras do concordância verbal. Os candidatos _______ à espera dos resultados que _______ em breve. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/376167 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/393135 824) 825) 826) a) detêem-se – viriam b) detêm-se – virão c) detém-se – vêem d) detiveram-se – vêem www.tecconcursos.com.br/questoes/393401 IBFC - Med Trab (COMLURB)/COMLURB-RJ/2016 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Leia as alternativas abaixo e assinale a que não apresenta erro de concordância: a) O médico e o Engenheiro assistiríam todos os funcionários da empresa. b) O médico e o Engenheiro assistiríam a todos os funcionários da empresa. c) Os funcionários da empresa assistiram todos os vídeos, a fim de aprender mais sobre o assunto. d) Os funcionários da empresa assistiram os vídeos, a fim de aprender mais sobre o assunto. www.tecconcursos.com.br/questoes/393508 IBFC - Tec (COMLURB)/COMLURB-RJ/Enfermagem do Trabalho/2016 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta: I. Os estudantes de medicina fazem os exercícios com dedicação e empenho; II. A maioria dos estudantes de engenharia estavam na sala de aula. III. As estudantes estão meio tristes com a mudança de professora. IV. Há uma hora e meio o curso se encerrou. a) I e II estão corretas b) Somente IV está correta c) I e III estão corretas d) Somente II está correta. www.tecconcursos.com.br/questoes/1377694 IBFC - Jorn (EBSERH HUFURG)/EBSERH HU-FURG/2016 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Crise de Identidade Foi na semana passada. No Leblon. Como todo mundo sabe — será que ainda sabe? —, o Leblon não é a minha praia. Sou copacabanense. Pra mim, o Leblon fica alémfronteiras. Sou sempre um visitante em suas ruas. Olho para o bairro com olhos de turista, admirado com suas madames que almoçam fora, com os que se divertem na Rua Dias Ferreira e, principalmente, com a crença da quase totalidade de seus moradores de que o pão e o presunto foram inventados no Talho Capixaba. Nunca estou no Leblon por acaso. Dessa vez, estava indo ao dentista. Mas mudei de assunto e estou perdendo o fio da meada. Como estava dizendo, foi na semana passada. No Leblon. Ia ao dentista. Mal pisei na calçada do quarteirão a que me dirigia quando, na outra esquina, uma senhora me acenou. Bonita, cabelos brancos, esguia, bem vestida, ela veio se aproximando. Abriu um sorriso. Me conquistou. Já bem perto, abriu os braços. Parecia uma fã. Correspondí, dei-lhe um abraço e ela gritou entusiasmada: “Artur da Távola!” Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns momentos, era publicada três vezes por semana. Faz oito meses que parei. E já estão me confundindo com Artur da Távola? Não que essa https://www.tecconcursos.com.br/questoes/393401https://www.tecconcursos.com.br/questoes/393508 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1377694 confusão não seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola. Mas ele já não está entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar tentando alcançar o seu estilo. Será que colunista afastado é colunista morto? Será que oito meses fora do jornal é tempo bastante para deixar de habitar a lista de colunistas que o leitor tem na cabeça? Outro dia mesmo, dessa vez em Copacabana, em meio a compras num mercado de produtos hortifrutigranjeiros, outra velhinha se aproximou. Disse que me lia sempre (ela não se deu conta de que eu não estava escrevendo), que se identificava com as minhas histórias, e que minha coluna era a primeira coisa que buscava no jornal às sextas-feiras. Bem que eu tentei dizer que nunca escreví às sextas, mas ela me interrompeu e acrescentou que gostava sobretudo quando eu falava do Botafogo. Ela gostava mesmo de outro Arthur, o Dapieve. Deixei-a na ilusão de que tinha se encontrado com o ídolo. Pra que discutir com madame? E, depois, pensa bem, é muita ingenuidade da leitora imaginar que o Dapieve estaria fazendo compras num mercado de produtos hortifrutigranjeiros. Talvez não tenha sido a minha ausência o motivo do esquecimento do leitor. Nesses 23 anos, por mais assíduo que tenha sido nas páginas do jornal, sempre fui confundido com o Zuenir, o Veríssimo, o Arnaldo... só não me lembro de terem me confundido com a Cora. E olha que eu também já tive os meus gatos. Talvez a culpa seja minha e eu nunca tenha conseguido criar, nos meus textos, uma personalidade que levasse o leitor a me identificar nas ruas. Deve acontecer algo assim com a minha voz também. De vez em quando, pego um táxi e, logo após dizer ao motorista meu destino, ele me responde com alegria: “O senhor é o Cony, não é? Ouço o senhor todo dia na CBN”. Eu confirmo e vou em frente. Ainda não desisti do plano de andar com uns livros do Cony na mochila para dar edições autografadas aos motoristas da cidade. Só não decidi ainda se eu mesmo autografo ou peço pro Cony autografar. As vezes, desconfio que tenha transferido essa crise de identidade para os que me cercam. É muito comum encontrar algum admirador que me conhece da televisão. “Não deixo de ver o senhor no programa da Andréa Beltrão.” Ou “o senhor não está mais no programa da Maria Padilha?” Adianta eu dizer que o programa é da Maria Beltrão? Isso tudo é pra dizer que, antes que me esqueçam definitivamente, retomo esta coluna, agora só aos domingos, na esperança de um dia o leitor me identificar, saber que eu sou eu. É fácil. Não falo de gatos, não torço pelo Botafogo, não vejo a confusão em Ipanema da minha janela, não analiso a conjuntura política, nunca escreví um livro de mistério. Sou o outro, aquele outro, aquele que fala de amenidades, pega no pé do prefeito, vê novelas... lembra? Aquele que organiza a eleição da Mala do Ano, já fez o concurso do Zum de Besouro e teve uma ou duas brigas com o Caetano. Ainda não lembrou? Então esquece tudo isso. Eu prefiro ser identificado como aquele que tem muita honra em estar em página próxima aos textos do Zuenir, do Veríssimo, do Nelson Motta, do Cacá, da Cora, do Dapieve, dos Arnaldos, do Agualusa... São muitos colunistas talentosos. Sou só mais um. Aquele com menos talento, o que todo mundo confunde com os outros, mas que não cabe em si de satisfação em ter a oportunidade de voltar a se encontrar semanalmente com o leitor. Crônica é diálogo. Não,basta eu escrever. Tem que ter você aí do outro lado para ler. É um prazer reencontrá-lo. Ou ninguém leu e eu estou falando sozinho? (Artur Xexéo) Considere o segundo parágrafo do texto, transcrito a seguir, para responder. “Passei 23 anos ininterruptos escrevendo uma coluna que, em alguns momentos, era publicada três vezes por semana. Faz oito meses que parei. E já estão me confundindo com Artur da Távola? Não que essa confusão não seja envaidecedora. Sempre fui fã dos textos do Távola. Mas ele já não está entre nós há oito anos! Prefiro não ter o talento do mestre, mas continuar vivo. Vivo, pelo menos, eu posso continuar tentando alcançar o seu estilo. ” 827) Assinale a opção cuja concordância verbal seja equivalente a que aparece em “Faz oito meses que parei”: a) Ao longo da vida, fazemos muitas coisas de que nos arrependemos. b) Todos haviam chegado cedo. c) Havia pessoas demais na festa. d) Todos se fizeram presentes na festa. e) A mãe faz tudo o que ela quer. www.tecconcursos.com.br/questoes/1378646 IBFC - AAd (EBSERH HU-FURG)/EBSERH HU-FURG/2016 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Rito de Passagem Um dia seu filho se aproxima e diz, assim como quem não quer nada: “Pai, fiz a barba”. E, a menos que se trate de um pai desnaturado ou de um barbeiro cansado da profissão, a emoção do pai será inevitável. E será uma complexa emoção essa, um misto de assombro, de orgulho, mas também de melancolia. O seu filho, o filhinho que o pai carregou nos braços, é um homem. O tempo passou. Barba é importante. Sempre foi. Patriarca bíblico que se prezasse usava barba. Rei também. E um fio de barba, ou de bigode, tradicionalmente se constitui numa garantia de honra, talvez não aceita pelos cartórios, mas prezada como tal. Fazer a barba é um rito de passagem. Como rito de passagem, ele não dura muito. Fazer a barba. No início, é uma revelação; logo passa à condição de rotina, e às vezes de rotina aborrecida. Muitos, aliás, deixam crescer a barba por causa disto, para se ver livre do barbeador ou da lâmina de barbear. Mas, quando seu filho se olha no espelho, e constata que uns poucos e esparsos pelos exigem - ou permitem - o ato de barbear-se, ele seguramente vibra de satisfação. Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira vez, pensa que a infância ficou pra trás. E, no entanto, é exatamente isto: o rosto que nos mira do espelho já não é mais o rosto da criança que fomos. É o rosto do adulto que seremos. E os pelos que a água carrega para o ralo da pia levam consigo sonhos e fantasias que não mais voltarão. É bom ter barba? Essa pergunta não tem resposta. Esta pergunta é como a própria barba: surge implacavelmente, cresce não importa o que façamos. Cresce mesmo depois que expiramos. E muitos de nós expiramos lembrando certamente o rosto da criança que, do fundo do espelho, nos olha sem entender. (SCLIAR, Moacyr et al. Histórias de grandeza e de miséria. Porto Alegre: L&PM, 2003) Na frase “Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira vez, pensa que a infância ficou pra trás.”, a concordância do verbo em destaque justifica-se pela mesma regra aplicada em: a) Ninguém chegou. b) Qual de nós nunca errou? c) A maioria das pessoas chegaram tarde. d) Houve muitos problemas. e) Mais de um carro se chocaram. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1378646 828) 829) www.tecconcursos.com.br/questoes/1381309 IBFC - Tec (EBSERH HU-FURG)/EBSERH HU-FURG/Análises Clínicas/2016 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Texto I Rito de Passagem Um dia seu filho se aproxima e diz, assim como quem não quer nada: “Pai, fiz a barba”. E, a menos que se trate de um pai desnaturado ou de um barbeiro cansado da profissão, a emoção do pai será inevitável. E será uma complexa emoção essa, um misto de assombro, de orgulho, mas também de melancolia. O seu filho, o filhinho que o pai carregou nos braços, é um homem. O tempo passou. Barba é importante. Sempre foi. Patriarca bíblico que se prezasse usava barba. Rei também. E um fio de barba, ou de bigode, tradicionalmente se constitui numa garantia de honra, talvez não aceita pelos cartórios, mas prezada como tal. Fazer a barba é um rito de passagem. Como rito de passagem, ele não dura muito. Fazer a barba. No início, é uma revelação; logo passa à condição de rotina, e às vezes de rotina aborrecida. Muitos, aliás, deixam crescer a barba por causa disto, para se ver livre do barbeadorou da lâmina de barbear. Mas, quando seu filho se olha no espelho, e constata que uns poucos e esparsos pelos exigem — OU permitem — o ato de barbear-se, ele seguramente vibra de satisfação. Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira vez, pensa que a infância ficou pra trás. E, no entanto, é exatamente isto: o rosto que nos mira do espelho já não é mais o rosto da criança que fomos. E o rosto do adulto que seremos. E os pelos que a água carrega para o ralo da pia levam consigo sonhos e fantasias que não mais voltarão. E bom ter barba? Essa pergunta não tem resposta. Esta pergunta é como a própria barba: surge implacavelmente, cresce não importa o que façamos. Cresce mesmo depois que expiramos. E muitos de nós expiramos lembrando certamente o rosto da criança que, do fundo do espelho, nos olha sem entender. (SCLIAR, Moacyr et al. Histórias de grandeza e de miséria. Porto Alegre: L&PM, 2003) Na frase “Nenhum de nós, ao fazer a barba pela primeira vez, pensa que a infância ficou pra trás.”, a concordância do verbo em destaque justifica-se pela mesma regra aplicada em: a) Ninguém chegou. b) Qual de nós nunca errou? c) A maioria das pessoas chegaram tarde. d) Houve muitos problemas. e) Mais de um carro se chocaram. www.tecconcursos.com.br/questoes/364640 IBFC - Gari (COMLURB)/COMLURB-RJ/2015 Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal) Texto Férias – cuidados com crianças O verão começou no dia 21 de dezembro e a estação é sinônimo de férias escolares para crianças. Mas elas precisam de cuidados redobrados para curtir o sol, praia, piscinas e parques com segurança. Por isso, os pais devem se informar para evitarem doenças e acidentes comuns nesta época do ano. https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1381309 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/364640 830) Durante o verão, os passeios à praia, piscinas e parques são mais frequentes, o que significa que é preciso estar atento à exposição ao sol, alimentação e vestuário. Quando se fala em crianças, o assunto fica ainda mais sério. Como as crianças são mais sensíveis que adultos, é preciso atenção para exposição a raios solares e a adoção de cuidados especiais. [...] Roupas adequadas Devido ao calor e ao aumento da sudorese (suor), as roupas devem ser de algodão, finas e folgadas de modo a permitir uma maior ventilação, facilitando a evaporação do suor. Roupas íntimas também devem ser de algodão, evitando-se tecidos sintéticos. Na praia, sungas e biquínis são os trajes ideais, porém deve-se tomar cuidado com o hábito de ficar com a roupa molhada após sair da praia, isso favorece o surgimento de micoses da pele. As roupas podem proporcionar uma barreira contra a radiação ultravioleta. Para a prática de esportes ao ar livre, situações que dificultem a aplicação do filtro solar com frequência ou, no caso das crianças com menos de 6 meses, as roupas podem ser uma boa opção para a proteção da pele. [...] E nada de deixar os pequenos sem roupa. O contato com a areia ou cadeiras sujas pode levar a problemas de pele. (Disponível em: http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/4535/-1/oscuidados- para-curtir-o-verao-com-as- criancas.html. Acesso em: 08/01/2015, adaptado) Ao se reescrever a frase “O contato com a areia ou cadeiras sujas pode levar a problemas de pele.” (6º parágrafo), cometeu-se um ERRO gramatical na seguinte opção: a) Os contatos com a areia ou cadeiras sujas podem levar a problemas de pele. b) O contato com a areia ou cadeiras sujas pode levar a problema de pele. c) O contato com a areia ou cadeiras sujas podem levar a problemas de pele. d) O contato com as areias ou cadeiras sujas pode levar a problemas de pele. www.tecconcursos.com.br/questoes/2059442 IBFC - Tec (EBSERH UNIFAP)/EBSERH HU-UNIFAP/Segurança do Trabalho/2022 Língua Portuguesa (Português) - Vozes (voz passiva e voz ativa) Texto I O conto do vigário (Joseli Dias) Um conto de réis. Foi esta quantia, enorme para a época, que o velho pároco de Cantanzal perdeu para Pedro Lulu, boa vida cuja única ocupação, além de levar à perdição as mocinhas do lugar, era tocar viola para garantir, de uma casa em outra, o almoço de todos os dias. Nenhum vendeiro, por maior esforço de memória que fizesse, lembraria o dia em que Pedro Lulu tirou do bolso uma nota qualquer para comprar alguma coisa. Sempre vinha com uma conversa maneira, uma lábia enroladora e no final terminava por https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2059442 831) comprar o que queria, deixando fiado e desaparecendo por vários meses, até achar que o dono do boteco tinha esquecido a dívida, para fazer uma nova por cima. A vida de Pedro Lulu era relativamente boa. Tocava nas festas, ganhava roupas usadas dos amigos e juras de amor de moças solteironas de Cantanzal. A vida mansa, no entanto, terminou quando o Padre Bastião chegou por ali. Homem sisudo, pregava o trabalho como meio único para progredir na vida. Ele mesmo dava exemplo, pegando no batente de manhã cedo, preparando massa de cimento e assentando tijolos da igreja em construção. Quando deu com Pedro Lulu, que só queria sombra e água fresca, iniciou uma verdadeira campanha contra ele. Nos sermões, pregava o trabalho árduo. Pedro Lulu era o exemplo mais formidável que dava aos fiéis. “Não tem família, não tem dinheiro, veste o que lhe dão, vive a cantar e a mendigar comida na mesa alheia”, pregava o padre, diante do rebanho. Aos poucos Pedro Lulu foi perdendo amizades valiosas, os almoços oferecidos foram escasseando e até mesmo nas rodas de cantoria era olhado de lado por alguns. “Isso tem que acabar”, disse consigo. Naquele dia foi até a igreja e prostou-se diante do confessionário. Fingindo ser outra pessoa, pediu ao padre o mais absoluto segredo do que iria contar, porque havia prometido a um amigo que não faria o mesmo diante das maiores dificuldades, mas que vê-lo em tamanha necessidade, tinha resolvido confessar-se passando o segredo adiante. O Padre, cujo único defeito era interessar-se pela vida alheia, ficou todo ouvidos. E foi assim que a misteriosa figura contou que Pedro Lulu era, na verdade, riquíssimo, mas que por uma aposta que fez, não podia usufruir de seus bens na capital, que somavam milhares de contos de réis. [...] Caso a oração “Nos sermões, pregava o trabalho árduo” fosse reescrita na voz passiva analítica, a construção correta seria: a) Nos sermões, pregam o trabalho árduo. b) Nos sermões, o trabalho árduo era pregado. c) Nos sermões, pregavam-se o trabalho árduo. d) Nos sermões, pregavam o trabalho árduo. e) Nos sermões, o trabalho árduo foi pregado. www.tecconcursos.com.br/questoes/2247315 IBFC - FEDAF (INDEA MT)/INDEA MT/Engenheiro Agrônomo/2022 Língua Portuguesa (Português) - Vozes (voz passiva e voz ativa) Texto Saímos de Manaus numa lancha pequena, e no meio da manhã navegamos no coração do arquipélago das Anavilhanas. A ânsia de encontrar Dinaura me deixou desnorteado. A ânsia e as lembranças da Boa Vida. A visão do rio Negro derrotou meu desejo de esquecer o Uaicurapá. E a paisagem da infância reacendeu minha memória, tanto tempo depois. Costelas de areia branca e estriões de praia em contraste com a água escura; lagos cercados por uma vegetação densa; poças enormes, formadas pela vazante, e ilhas que pareciam continente. Seria possível encontrar uma mulher naquela natureza tão grandiosa? No fim da manhã alcançamos o Paraná do Anum e avistamos a ilha do Eldorado. O prático amarrou os cabos da lancha no tronco de uma árvore; depois procuramos o varadouro indicado no mapa. A caminhada de mais de duas horas na floresta foi penosa, difícil. No fim do atalho, vimos o lago do Eldorado. A água preta, quase azulada. E a superfície lisa e quieta como um espelho deitado na noite. Não havia beleza igual. Poucas casas de madeira entre a margem e a floresta. Nenhuma voz. Nenhuma criança, que a gente sempre vê nos povoados mais isolados do Amazonas. O som dos pássaros só aumentava o silêncio. Numa casa com teto de palha https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2247315832) pensei ter visto um rosto. Bati à porta, e nada. Entrei e vasculhei os dois cômodos separados por um tabique1 da minha altura. Um volume escuro tremia num canto. Fui até lá, me agachei e vi um ninho de baratas-cascudas. Senti um abafamento, o cheiro e o asco dos insetos me deram um suadouro. Lá fora, a imensidão do lago e da floresta. E silêncio. Aquele lugar tão bonito, o Eldorado, era habitado pela solidão. No fim do povoado encontramos uma casa de farinha. Escutamos uns latidos; o prático apontou uma casa na sombra da floresta. Era a única coberta de telhas, com uma varanda protegida por treliça de madeira e uma lata com bromélias ao lado da escadinha. Um ruído no lugar. Na porta vi o rosto de uma moça e fui sozinho ao encontro dela. Escondeu o corpo e eu perguntei se morava ali. (HATOUM, Milton. Órfãos do Eldorado. São Paulo: Companhia das Letras, 2008, p.101-102)1 divisória, tapume A voz ativa dos verbos caracteriza boa parte do texto, como na oração “Escondeu o corpo”. Caso essa oração fosse transcrita para a voz passiva sintética, teríamos mudança: a) no núcleo do sujeito. b) no tempo verbal. c) no tipo de ação. d) no modo verbal. www.tecconcursos.com.br/questoes/2275579 IBFC - Recep (MGS)/MGS/2022 Língua Portuguesa (Português) - Vozes (voz passiva e voz ativa) Texto Dia das Mães: pouca reivindicação e muito consumismo. A data perdeu sua origem reivindicativa para se tornar um negócio com grande carga sentimental. (David Bernal) Um colar feito com macarrões coloridos, uma moldura enfeitada com pregadores de roupa ou um cinzeiro com migalhas de pão. Quando éramos pequenos fazer o presente do Dia das Mães era todo um acontecimento. O importante não era o valor material, mas o amor e o entusiasmo com que fazíamos na escola. Depois, quando crescemos, puxamos o cartão de crédito, enviamos flores, ligamos com um “amo você” ou – se a distância permite – um almoço com um aperto de mão. Ao contrário do Dia dos Pais ou do Dia dos Namorados, datas um pouco controversas, todo mundo comemora o Dia das Mães. O que poucos sabem é o porquê de ele ser comemorado, já que sobre essa data existem algumas falsas crenças. O primeiro erro que as pessoas cometem é pensar que o planeta inteiro comemora no mesmo dia. Países tão diversos quanto Espanha, Romênia, Lituânia, África do Sul e Hungria comemoram no primeiro domingo de maio. Mas outros, como Estados Unidos, China, Cuba, Nova Zelândia e Brasil, no segundo. Do outro lado estão a Argentina e a Bielorrússia, que só homenageiam as mães em outubro. O segundo mito é a crença de que se trata de uma celebração religiosa. A Igreja comemora em 8 de dezembro, coincidindo com a festa da Imaculada Conceição. E na Espanha, por exemplo, foi assim até https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2275579 833) que em 1965 houve mudança. Os primeiros sinais desta festa são encontrados na Antiguidade. No Egito todos os anos era celebrada a deusa Ísis, mãe de todos os faraós, e na Grécia clássica o mesmo era feito com Rea, mãe dos deuses Júpiter, Netuno e Plutão. Os romanos herdaram essa tradição e na primavera reverenciavam por três dias a deusa Cibele em um festival chamado Hilária. Mas para encontrar sua verdadeira origem, devemos voltar ao século XVII na Inglaterra, onde um evento chamado Domingo das Mães que começou com a oferta de flores das crianças para suas mães na saída da Missa, acabou como um dia de folga no trabalho. Em 1870, nos EUA, a poeta e ativista Julia Ward Howe escreveu a Proclamação do Dia das Mães. “Levantem-se, mulheres de hoje!”, exclamou. Embora a verdadeira mãe dessa festa, como a conhecemos hoje, foi Anna Reeves Jarvis, uma dona de casa que em 12 de maio de 1907 organizou um Dia das Mães para comemorar a morte da sua, ocorrida dois anos antes, e reconhecer seu inestimável trabalho. Mas não só isso: começou uma campanha para que o resto do país também comemorasse. E funcionou, pois, em 1914, o presidente Woodrow Wilson definiu a data no segundo domingo de maio. A ideia se espalhou para o resto do mundo. Até hoje. Com esta origem tão difusa e dispersa não é de estranhar que seu caráter reivindicativo tenha se perdido ao longo do caminho para se tornar uma (outra) desculpa para que os comércios vendam. [Texto adaptado de BERNAL, David. Jornal El País (Brasil). Disponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2016/05/01/estilo/1462053874_986350.htm] Um dos estudos da sintaxe é o da flexão de voz. “Chama-se voz o aspecto verbal caracterizado pelo papel que exerce o sujeito em relação à ação expressa” (BEZERRA, 2015, p.300). Analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F). ( ) Caracteriza-se como voz ativa quando o sujeito pratica a ação. ( ) Caracteriza-se como voz passiva quando o sujeito sofre a ação. ( ) A voz respectiva ou mediana é quando o sujeito pratica e sofre a mesma ação. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo. a) F - V - V. b) F - F - F. c) V - V - F. d) V - F - V. www.tecconcursos.com.br/questoes/2366974 IBFC - AJ (TJ MG)/TJ MG/Administrador/2022 Língua Portuguesa (Português) - Vozes (voz passiva e voz ativa) Texto I “Explicar, a mim, como é Alejandra, Bruno ponderou, como é seu rosto, como são as dobras de sua boca.” E pensou que eram justamente essas dobras desdenhosas e um certo brilho tenebroso nos olhos que diferenciavam mais que tudo o rosto de Alejandra do rosto de Georgina, a quem ele amara de verdade. Pois, agora compreendia, a ela é que amara realmente, e quando imaginou estar apaixonado por Alejandra era a mãe de Alejandra que buscava, como esses monges medievais que tentavam decifrar o texto primitivo debaixo das restaurações, debaixo das palavras apagadas e substituídas. E essa insensatez fora a razão de tristes mal-entendidos com Alejandra, tendo às vezes a mesma sensação de https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2366974 834) quem, após muitíssimos anos de ausência, chega à casa da infância e, ao tentar de noite abrir uma porta, depara com uma parede. Claro que seu rosto era quase o mesmo de Georgina: o mesmo cabelo preto com reflexos avermelhados, os olhos cinza-esverdeados, a boca idêntica e grande, as mesmas faces mongólicas, a mesma pele morena e pálida. Mas o “quase” era atroz, e mais ainda por ser tão sutil e imperceptível, pois assim o equívoco era mais profundo e doloroso. Os ossos e a carne – pensava – não bastam para formar um rosto, e é por isso que ele é infinitamente menos físico do que o corpo: é determinado pelo olhar, pelo ríctus da boca, pelas rugas, por todo esse conjunto de atributos sutis com que a alma se revela por meio da carne. Razão pela qual, no momento exato em que alguém morre, seu corpo se transforma abruptamente numa coisa diferente, tão diferente a ponto de se poder dizer “não parece a mesma pessoa”, apesar de ter os mesmos ossos e a mesma matéria de um segundo antes, um segundo antes desse misterioso instante em que a alma se retira do corpo e este fica tão morto como uma casa da qual se retiram para sempre os seres que moram nela, e, sobretudo, que sofreram e se amaram nela. (SABATO, Ernesto. Sobre heróis e tumbas. São Paulo: Planeta De Agostini, 2003, p.22-23) Considere a oração “seu corpo se transforma abruptamente numa coisa diferente”, para responder à questão. Na passagem em análise, ao fazer uso da voz passiva, obtém-se como efeito: a) a indeterminação do sujeito sintático. b) a omissão do agente da ação realizada. c) a construção da ideia de reciprocidade. d) o prolongamento da duração da ação. e) a ambiguidade no complemento do verbo. www.tecconcursos.com.br/questoes/2368323 IBFC - AJ (TJ MG)/TJ MG/Revisor Judiciário/2022 Língua Portuguesa (Português) - Vozes (voz passiva e voz ativa) O texto abaixo é a transcrição de um fragmento da parte intitulada “Mérito” de uma sentença trabalhista. Considere-o para responder à questão. Texto I Trata-se de reclamatória trabalhista em que a autora alega que foi dispensada porjusta causa, requerendo a anulação do ato de demissão. A reclamada aponta de a dispensa ser regular e ter resultado do fato de a obreira ter se habilitado e recebido auxílio emergencial durante afastamento por licença de interesse particular. Sendo a justa causa a pena capital na relação de trabalho, deve ser cabalmente provada pela empresa, sobretudo diante do princípio da continuidade da relação de emprego, que gera a presunção favorável ao empregado, nos termos da Súmula 212 do TST. Assim, é da reclamada o ônus de provar a ocorrência da falta grave, fato extintivo do direito do autor, nos termos dos arts. 818 da CLT c/c art. 373, II, do CPC/2015. A prova do motivo da aplicação da penalidade máxima deve ser apresentada de forma robusta. Neste sentido, é a jurisprudência dos Tribunais Trabalhistas, inclusive do E. TRT da 11ª Região. (Disponível em: https://portal.trt11.jus.br/images/Senten%C3%A7a.pdf. Acesso em 02/09/2022. Adaptado) https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368323 835) 836) Na passagem “a autora alega que foi dispensada por justa causa” (1º§), a escolha da voz verbal cumpre um papel expressivo uma vez que enfatiza: a) a empresa agente da ação b) o caráter atemporal da ação c) a concordância com a ação d) o motivo alegado para a ação e) o sujeito passivo da ação www.tecconcursos.com.br/questoes/2249040 IBFC - PCMEB (SEED RR)/SEED RR/Língua Portuguesa/2021 Língua Portuguesa (Português) - Vozes (voz passiva e voz ativa) Quanto ao estudo das vozes verbais, o professor Evanildo Bechara estabelece uma importante distinção entre passividade e voz passiva. Considerando essa distinção, assinale a alternativa que corresponde a um exemplo de passividade: a) A inscrição foi feita no prazo determinado b) Na última semana, iniciaram-se as inscrições c) Todos vão fazer a prova na data indicada d) Os candidatos receberam as informações solicitadas www.tecconcursos.com.br/questoes/662988 IBFC - Sold (PM SE)/PM SE/Combatente/2018 Língua Portuguesa (Português) - Vozes (voz passiva e voz ativa) A Rua (Fragmento) EU AMO A RUA. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres[...], mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. (...) a rua é um fator da vida das cidades, a rua tem alma! (...) a rua é a agasalhadora da miséria. Os desgraçados não se sentem de todo sem o auxílio dos deuses enquanto diante dos seus olhos uma rua abre para outra rua (...). A rua nasce, como o homem, do soluço, do espasmo. Há suor humano na argamassa do seu calçamento. Cada casa que se ergue é feita do esforço exaustivo de muitos seres, e haveis de ter visto pedreiros e canteiros, ao erguer as pedras para as frontarias, cantarem, cobertos de suor, uma melopeia tão triste que pelo ar parece um arquejante soluço. A rua sente nos nervos essa miséria da criação, e por isso é a mais igualitária, a mais socialista, a mais niveladora das obras humanas. (...) A rua é a eterna imagem da ingenuidade. Comete crimes, desvaria à noite, treme com a febre dos delírios, para ela como para as crianças a aurora é sempre formosa, para ela não há o despertar triste, e quando o sol desponta e ela abre os olhos esquecida das próprias ações, é (...) tão modesta, tão lavada, tão risonha, que parece papaguear com o céu e com os anjos... A rua faz as celebridades e as revoltas, a rua criou um tipo universal, tipo que vive em cada aspecto urbano, em cada detalhe, em cada praça, tipo diabólico que tem, dos gnomos e dos silfos das florestas, https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2249040 https://www.tecconcursos.com.br/questoes/662988 837) tipo proteiforme, feito de risos e de lágrimas, de patifarias e de crimes irresponsáveis, de abandono e de inédita filosofia, tipo esquisito e ambíguo com saltos de felino e risos de navalha, o prodígio de uma criança mais sabida e cética que os velhos de setenta invernos, mas cuja ingenuidade é perpétua, voz que dá o apelido fatal aos potentados e nunca teve preocupações, criatura que pede como se fosse natural pedir, aclama sem interesse, e pode rir, francamente, depois de ter conhecido todos os males da cidade, poeira d’oiro que se faz lama e torna a ser poeira – a rua criou o garoto! RIO, João do. A alma encantadora das ruas. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, pp. 28–31. Vocabulário Agremia: do verbo agremiar; juntar num mesmo grupo. Canteiros: pedreiros responsáveis pelas construções com pedra. Frontarias: fachada principal; frente. Melopeia: melodia; canção melodiosa. Silfos: seres mágicos do ar presente em mitologias europeias. Proteiforme: que muda de forma frequentemente. Potentados: majestades; maiorais; pessoas de grande poder. “Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim.” O trecho apresenta uma oração cuja construção verbal ilustra a voz: a) passiva sintética. b) ativa. c) reflexiva. d) passiva analítica. www.tecconcursos.com.br/questoes/515245 IBFC - Sold (PM BA)/PM BA/2017 Língua Portuguesa (Português) - Vozes (voz passiva e voz ativa) Texto Assinale a alternativa correta. A segunda oração do primeiro quadrinho encontra-se na voz passiva. Ao passá-la para a voz ativa tem- se: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/515245 838) a) Controlam-se nossos destinos por estrelas. b) As estrelas controlam nossos destinos. c) As estrelas podem controlar nossos destinos. d) Nossos destinos serão controlados pelas estrelas. e) As estrelas controlarão nossos destinos. www.tecconcursos.com.br/questoes/372867 IBFC - Adv (MGS)/MGS/2016 Língua Portuguesa (Português) - Vozes (voz passiva e voz ativa) Texto Uma Vela para Dario (Dalton Trevisan) Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminui o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo. Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem, Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque. Ele reclina-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abre-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe tiram os sapatos, Dario rouqueja feio, bolhas de espuma surgiram no canto da boca. Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os moradores da rua conversam de uma porta à outra, as crianças de pijama acodem à janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça do cachimbo, encostava o guarda-chuva na parede. Mas não se vê guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado. A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância Dario conduzido de volta e recostado à parede - não tem os sapatos nem o alfinete de pérola da gravata. Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além de esquina; a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para espantá-las. Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso. Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados - com vários objetos - e seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade; sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade. Registra-se
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