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Adenocarcinoma de cólon Epidemiologia Segundo mais comum em mulheres Terceiro mais comum em homens Quarta causa mais comum de morte relacionada ao câncer No brasil é a quinta neoplasia mais incidente Fatores de risco Os fatores de risco ambientais (não- hereditários) dieta rica em gordura animal tabagismo sedentarismo alcoolismo Os fatores de risco individuais e familiares ( hereditários) doenças inflamatórias intestinais, principalmente a retocolite ulcerativa e a doença de Chron aumentam em muitas vezes a chance de o indivíduo desenvolver o CCR por causa da constante renovação da mucosa colônica resultante do processo inflamatório crônico •Polipose familiar(mutação no cromossomo 5) síndromes que cursam com múltiplos pólipos intestinais. •Síndromes de Gardner (mutação no cromossomo 5) doença polipoide Cursa com múltiplos pólipos intestinais, mais de 100 em média. •Síndrome de Turcot (mutação no cromossomo 5): doença polipoide Cursa com múltiplos pólipos intestinais, mais de 100 em média. •Síndrome de Lynch I (mutação no cromossomo 18) doença não-polipoide. Menos que 10 pólipos intestinais podem ser encontrados. •Síndrome de Lynch II (mutação no cromossomo 18): doença não-polipoide. Menos que 10 pólipos intestinais podem serencontrados. Sinais e sintomas O quadro clínico vai depender do local de instalação do tumor. O tumor de cólon direito, como o bolo fecal ainda não está totalmente formado, aconteceria sintomas diarreia constipação Caracteriza-se por presença de sangue nas fezes anemia diarreia tumor palpável no flanco direito alterações no hábito intestinal Tumor no cólon esquerdo diarreia (mais frequentemente) constipação e sangue nas fezes ( hematoquezia) parada de eliminação de fezes e flatos distensão abdominal(abdomeagudo). Tumor do reto causa afilamento das fezes devido à parcial obstrução do canal retal gerando ainda, dificuldade de defecação De uma forma geral, os tumores localizados no reto podem causar sintomas relacionados com a evacuação urgência tenesmo, sensação de constante necessidade de defecar puxo e até incontinência Pacientes com CCR avançado podem apresentar sintomas sistêmicos, como adinamia perda de peso anemia No exame físico observamos anemia massa palpável endurecida na região dos cólons fígado palpável abdome agudo com sinais de descompressão busca (sinal de Blumberg) positiva timpanismo abdominal aumentado Fisiopatologia a carcinogenese colorretal está relacionada com duas vias via supressora/ APC o carcinoma se desenvolve seguindo uma sequencia adenoma-carcinoma corroborado pelos seguintes fatos prevalencia de adenomas e carcinomas ambas as lesões localizadas preferencialmente no colon e no reto pico de incidencia dos adenomas precede em alguns anos o pico de incidencia do carcinoma risco de carcinoma diretamente relacionado com o numero de pólipos malignização constante nos portadores FAP Areas de adenoma acompanhados em programas de rastreamento de carcinoma colorretal Há transtornos na regulação da proliferação celular instabilidade genomica mutações do gene APC constituem o evento mais precoce a progressão do carcinoma é devida a mutações adicionais na polipose familiar herda uma mutação em um alelo do APC depois no outro alelo em sequencia outras mutações fazem a evolução da doença APC cromossomo 5 (5q21) normalmente produto do gene APC liga-se com Beta-catenina (proteina formando um complexo que favorece a degradação da bet catenina nas células quando mutado o gene APC isso n ocorre beta permanece integra vai para o núcleo atua lá como um fator de transcrição estimulando divisão cel diminuindo tbm apoptose K-RAS cromossomo 12 (12p12) modificando a transmissão de sinais intracelulares SMAD cromossomo 18q21 envolvidos na sinalização TGF que inibe proliferação cel p53 que inibe a proliferação cel e inibe apotose mutada perde sua função via mutadora/ instabilidade de microssatélites mutações em genes de reparo Exames Pesquisa de sangue nas fezes tem papel comprovando na diminuição da mortalidade por CCR porém, não é capaz de diagnosticar pequenos pólipos, pois, no início, eles não causam sangramento. As retoscopias rígidas ou flexíveis importantes mas não alcançam todo o intestino grosso apenas a porção distal A colonoscopia é o método ideal para examinar todo o intestino grosso melhor exame para diagnóstico de CCR além do diagnóstico de pólipos, ele oferece a possibilidade de remoção, evitando que evoluam para a malignidade É recomendada a realização de uma colonoscopia de base após os 50 anos de idade, mesmo que o paciente não apresente queixa alguma repetir o exame a cada 10 anos anualmente pesquisa de sangue oculto nas fezes A tomografia computadorizada de abdome e pelve e o raio-X de tórax para avaliar a extensão da lesão e auxiliam no estadiamento Metástase Pode disseminar localmente por continuidade Quando invade um orgão ou estruturas adjacentes por via linfática hematogenica preferencialmente em figado e pulmão a metastase óssea esta relacionada a um estado avançado da doença Estadiamento consiste basicamente de duas fases A primeira fase relacionada aos exames pré-operatórios chamada de estadiamento clínico segunda leva em conta o achado cirúrgico e anatomopatológico O sistema de estadiamento mais utilizado é o TNM Doença que não tenha disseminação linfonodal (cadeias pericolônicas) lesão restrita ao cólon, com comprometimento das paredes colônicas ( com exceção da camada mucosa) estadiamento IIA; acometimento de todas as camadas com comprometimento de estruturas adjacentes estadiamento IIB doença disseminada para os linfonodos é classificada como I'II estadiamento IV significa metástase. O tratamento para o CCR, qualquer que seja o estadiamento, é cirúrgico Tratamento (complicações da quimioterapia→ lise tumoral) O único tratamento curativo para o CCR é a cirurgia de ressecção do tumor com colostomia, provisória ou não. A colostomia é necessária para evitar a deiscência no local da síntese intestinal após a cirurgia possibilitando a drenagem externa de muco e secreções no geral Em casos de tumores ressecáveis, deve-se fazer colectomia parcial e retirada de pelo menos 12 linfonodos pericolônicos. Em casos de doença linfonodal quimioterapia adjuvante Caso contrário, a cirurgia é o único método de tratamento. Para tumores localizados no cólon as ressecções devem ser segmentares de acordo com a localização do tumor: • Cólon direito colectomia direita, com anastomose ílio- cólontransverso. • Cólon transverso: colectomia transversa, com anastomosecolo- cólica. • Cólon esquerdo: colectomia esquerda, com anastomosecolo- cólica. • Sigmoide: sigmoidectomia com anastomosecolo-cólica. • Reto alto e médio (entre 12 cm e 3 cm acima da linha pectínea): ressecção anterior do reto com anastomose colorretal término-terminal ou bolsa colônica-retal. No caso de tumor de terço médio do reto quimioterapia e a radioterapia são indicadas • Reto baixo (3 cm acima de linha pectínea): amputação abdominoperineal do reto e ânus (cirurgia de Milles), com colostomia definitiva faz-se ainda quimioterapia e radioterapia • Tumor metastático: quimioterapia. Para tumores do reto localmente avançados (T3 com invasão franca da gordura perirretal, T4, N1 ou N2) tratamento neoadjuvante (pré-operatório) com radioterapia e quimioterapia Prognóstico Na expectativa de 25 anos, temos o seguinte prognóstico de acordo com o estadiamento do tumor: � Estadio I – 95% decura. � Estadio IIa (acometimento das paredes do intestino com exceção da camada serosa) – 85% decura.� Estadio IIb (acometimento de todas as camadas com comprometimento de estruturas adjacentes) – 75% de cura. � Estadio III (doença linfonodal) – 50% decura. � Estadio IV (metástase) – 10% decura. Produtos desses genes hMSH2, hMLH1, MSH6, hPMS1 e hPMS2 Revisores do DNA Detectam erros durante a replicação As mutações nesses genes de reparo Associam-se em sequências repetitivas que são as chamadas instabilidades microsátelites algumas dessas sequências podem ocorrer em regiões capazes de codificar genes de proliferação celular inibição da apoptose resultando em proliferação descontrolada
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