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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA CÍVEIL DA COMARCA DE ITAPERUNA/RJ, A QUEM COUBER POR DISTRIBUIÇÃO. Recibo de entrega Trabalho entregue com sucesso. Código do recibo: 14164576 Trabalho entregue: CASO PRÁTICO 07: EMBARGOS DE TERCEIROS Trabalho entregue: 08/04/2021 23:53 Observações: Arquivo enviado: Peça 07 Ação Embargos de Terceiros.pdf AÇÃO DE EMBARGO DE TERCEIRO DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA AO PROCESSO Nº. 6002/2015 (NOVO CPC, ART. 676) JOSÉ AFONSO (“Embargante”), nacionalidade solteiro, engenheiro, inscrito no MF sob CPF nº......, residente e domiciliado na Rua......, nº......, Bairro......, Cidade......,Estado......, CEP......, com endereço eletrônico@......, Telefone......, ora intermediado por seu mandatário ao final firmado – instrumento procuratório acostado –, esse com endereço eletrônico e profissional inserto na referida procuração, o qual, em obediência à diretriz fixada no art. 77, inc. VI c/c art. 287, caput, um e outro do NCPC, indica-o para as intimações que se fizerem necessárias, vem, com o devido respeito a Vossa Excelência, com suporte no art. 674 e segs. do novo CPC, ajuizar presente EMBARGOS DE TERCEIRO ( com pedido de medida liminar ) em face de CARLOS BATISTA (“Embargado”), nacionalidade, solteiro, contador, inscrito no MF sob o CPF nº......, residente e domiciliado na Rua Rio Branco, nº 600, Cidade de Itaperuna no Estado do RJ – CEP......, com endereço eletrônico@......, Telefone, em razão das justificativas de ordem fática e direito, abaixo delineadas. CONSIDERAÇÕES INICIAIS I - DA TEMPESTIVIDADE CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Art. 675 – Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta. Contata-se que a presente ação tem por fundamento desconstituir ato constritivo judicial (penhora), decorrente de ação de execução por título extrajudicial. Na ação supracitada, a fase processual que ora se apresenta é a publicação de edital para praceamento do imóvel. Portanto, à luz do que preceitua o art. 675, caput, do CPC 2015, não existiu, ainda, “arrematação”, “adjudicação” ou “remição” do imóvel em apreço. Também por este prisma é o entendimento de Humberto Theodoro Júnior, que perfilha ele pensar, ao asseverar que: Dispõe o art. 675 sobre a oportunidade de que dispõe o terceiro para fazer uso dos embargos, tratando separadamente as hipóteses de atos derivados do processo de conhecimento e de atos próprios do processo de execução: (a) se a constrição ocorre no curso de processo de conhecimento, o terceiro pode opor embargos enquanto não ocorrer o trânsito em julgado da sentença; (b) se a moléstia aos bens do estranho se dá na fase de cumprimento de sentença ou em processo de execução, a oportunidade dos embargos vai até cinco dias depois da arrematação, adjudicação ou alienação por iniciativa particular, mas nunca após a assinatura da respectiva carta. O trânsito em julgado é apontado pelo art. 675 apenas como marco temporal, já que para o estranho à relação processual não se forma a res iudicata. Assim, mesmo depois de ultrapassado o dies ad quem assinalado na lei, ao terceiro sempre estará facultado o uso das vias ordinárias para reivindicar o bem constrito judicialmente. Apenas não poderá se valer da via especial dos embargos disciplinados pelo art. 674. Por isso, está assente na doutrina o entendimento de que nenhum terceiro está jungido à obrigação ou ônus de usar dos embargos. Trata-se de simples faculdade que a lei lhe confere, cuja não utilização em nada afeta o direito material do interessado [ ... ] Por isso, tempestiva a demanda. A orientação da jurisprudência já está firmada nesse diapasão: APELAÇÃO CÍVEL. TRANSPORTE. EMBARGOS DE TERCEIRO. TEMPESTIVIDADE. Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença, e, no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da arrematação, adjudicação ou remição, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta. Hipótese em que foram opostos em data anterior. Sentença desconstituída. Unânime [ ... ] II - DO PEDIDO LIMINAR De acordo com os artigos 674,677 e 678 Lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015 Código de Processo Civil. Art. 678. A decisão que reconhecer suficientemente provado o domínio ou a posse determinará a suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos, bem como a manutenção ou a reintegração provisória da posse, se o embargante a houver requerido. Parágrafo único. O juiz poderá condicionar a ordem de manutenção ou de reintegração provisória de posse à prestação de caução pelo requerente, ressalvada a impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente. Código de Processo Civil. Art. 677. Na petição inicial, o embargante fará a prova sumária de sua posse ou de seu domínio e da qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas. § 1º É facultada a prova da posse em audiência preliminar designada pelo juiz. Lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015 Código de Processo Civil. https://www.peticoesonline.com.br/modelo-embargos-terceiro-novo-cpc-pedido-liminar-veiculo https://www.peticoesonline.com.br/modelo-embargos-terceiro-novo-cpc-pedido-liminar-veiculo https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/Lei-n-13.105-de-16-de-Marco-de-2015#art-678 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/Lei-n-13.105-de-16-de-Marco-de-2015#art-678 Art. 678. A decisão que reconhecer suficientemente provado o domínio ou a posse determinará a suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos, bem como a manutenção ou a reintegração provisória da posse, se o embargante a houver requerido. Parágrafo único. O juiz poderá condicionar a ordem de manutenção ou de reintegração provisória de posse à prestação de caução pelo requerente, ressalvada a impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente. O AUTOR sofreu penhora indevida de seu bem imóvel, por isso, requer que sua manutenção para que não tenha seu direito violado e venha sofrer com o Periculum In Mora e o Fumus Boni Iuris II.1 - Periculum In Mora Traduz-se, literalmente, como “perigo na demora”. Para o direito brasileiro, é o receio que a demora da decisão judicial cause um dano grave ou de difícil reparação ao bem tutelado. Isso frustraria por completo a apreciação ou execução da ação principal. Portanto, juntamente com o fumus boni iuris, o periculum in mora é requisito indispensável para a proposição de medidas com caráter urgente (medidas cautelares, antecipação de tutela). A configuração do periculum in mora exige a demonstração de existência ou da possibilidade de ocorrer um dano jurídico ao direito da parte de obter uma tutela jurisdicional eficaz na ação principal. II.2 - Fumus Boni Iuris Traduz-se, literalmente, como “fumaça do bom direito”. É um sinal ou indício de que o direito pleiteado de fato existe. Não há, portanto, a necessidade de provar a existência do direito, bastando a mera suposição de verossimilhança.Esse conceito ganha sentido especial nas medidas de caráter urgente, juntamente com o periculum in mora. Fonte: STF (Glossário Jurídico). II.3 - Legitimidade passiva A ação de execução em mira (Proc. nº. 6002/2015), ora por dependência, tem como partes o Embargado (“CARLOS BATISTA”) e, no polo passivo da mesma, singularmente a senhorita LÚCIA MARIA, no caso como quem in dicou o imóvel foi o sr. Carlos Batista, por isso, só ele figura como polo passivo nesse Embargo. Destarte, o Embargante não é parte na relação processual acima citada, porém, teve seu bem indicado para penhora pelo EMBARGADO. Ademais, conforme adiante se comprovará, o Autor é possuidor direto do imóvel, constrito pela penhora. Nesse contexto, aquele é parte legitima para defender a posse do bem em espécie, pois define o novo CPC/2015 que: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro. § 1º - Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor. À guisa de corroboração, necessário se faz trazer à baila o entendimento do eminente professor Alexandre Câmara: Também se considera legitimado a recorrer o terceiro prejudicado. Trata-se da afirmação de que terceiros, afetados por decisões judiciais, podem recorrer. O recurso de terceiro é uma modalidade de intervenção voluntária de terceiro (já́ que através de seu recurso um terceiro ingressa voluntariamente em um processo de que não participava). Em abono dessa disposição doutrinária, mister se faz trazer à colação a judiciosa ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIROS. NULIDADES AFASTADAS. AUTO DE PENHORA https://www.peticoesonline.com.br/modelo-peticao/modelo-de-contrato-de-compra-e-venda-simples-de-imovel-parcelado https://www.peticoesonline.com.br/modelo-recurso-apelacao-civel-novo-cpc-pn808 JUNTADO NOS AUTOS DA EXECUÇÃO. LEGITIMIDADE ATIVA DO PROMITENTE COMPRADOR. ART. 674, §1º DO NCPC. SÚMULA Nº 84 DO STJ. IMPENHORABILIDADE DA PEQUENA PROPRIEDADE RURAL. REQUISITOS DEMONSTRADOS. SENTENÇA MANTIDA. Considerando que o auto de penhora se encontra colacionado nos autos da execução correlata aos presentes embargos de terceiro, não há por que se falar em nulidade, decorrente da ausência de condição específica da ação incidental. São cabíveis embargos de terceiro com fundamento em promessa de compra e venda, a teor do entendimento sumulado pelo E. STJ (Súmula nº 84: É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda de compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro). Demonstrados os requisitos legais para vedar a constrição à pequena propriedade rural: Área qualificada como pequena, nos termos legais; e propriedade seja trabalhada pela família, para garantir a subsistência, de rigor a procedência dos Embargos de Terceiro opostos. Recurso Improvido [...] Endossam este raciocínio as lições de Nelson Nery Junior e Rosa Maria Andrade Nery, quando assim lecionam: "Natureza dos embargos. Trata-se de ação de conhecimento, constitutiva negativa, de procedimento especial sumário, cuja finalidade é livrar o bem ou direito de posse ou propriedade de terceiro da constrição judicial que lhe foi injustamente imposta em processo de que não faz parte. O embargante pretende ou obter a liberação (manutenção ou reintegração de posse), ou evitar a alienação de bem ou direito indevidamente constrito ou ameaçado de o ser... III - Dos fatos JOSÉ AFONSO (“EMBARGANTE”), ,adquiriu de Lúcia Maria, residente na Avenida dos Bandeirantes, 555, São Paulo/SP, pelo valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), uma CASA para sua moradia, situada na cidade de MUCURICI/ES, Rua Central, nº 123, bairro Funcionários. http://www.stj.jus.br/sites/portalp/Jurisprudencia/Sumulas http://www.stj.jus.br/sites/portalp/Jurisprudencia/Sumulas O instrumento particular de compromisso de compra e venda, sem cláusula de arrependimento, foi assinado pelas partes em 10/01/2015. O valor ajustado foi quitado por meio de depósito bancário em uma única parcela. Sete meses após a aquisição do imóvel onde passou a residir, ao fazer o levantamento de certidões necessárias para lavratura de escritura pública de compra e venda e respectivo registro, o EMBARGANTE toma ciência da existência de penhora sobre o imóvel, determinada pelo JUÍZO DA 4ª VARA CÍVEL DE ITAPERUNA / RJ, nos autos da execução de título extrajudicial nº 6002/2015, ajuizada por CARLOS BATISTA, residente à Rua Rio Branco, 600, Itaperuna/RJ, em face de LÚCIA MARIA (“EMBARGADA”), visando receber valor representado por cheque emitido e vencido três meses após a venda do imóvel. A determinação de penhora do imóvel ocorreu em razão de expresso requerimento formulado na inicial da execução por CARLOS BATISTA (“EMBARGADO”), tendo o credor desprezado a existência de outros imóveis livres e desimpedidos de titularidade de Lúcia Maria, cidadã de posses na cidade onde reside. IV - NO MÉRITO IV.1 - Ilegalidade da penhora O presente Embargo tem por objetivo excluir a constrição do bem cogitado. O Embargante, pois, apresenta-se como possuidor direto. Não é parte do processo executivo, contudo sofreu turbação por ato judicial (penhora). Antes de tudo, sopesemos o caso em vertente não representa fraude à execução. O bem fora adquirido, em data anterior à propositura da ação executiva, antes da emissão e vencimento do título (cheque) este, emitido somente após três meses da venda do imóvel. (CPC, art. 792, inc. IV), esse fato por si, já exclui a possibilidade direta da penhora do imóvel, pois se trata de bem alheio aos bens possíveis de serem turbados por ato dessa natureza. Noutro giro, essa matéria (fraude contra credores) sequer poderá ser levantada em sede de Embargos de Terceiro. STJ - Súmula nº 195 - Em embargos de terceiro não se anula ato jurídico, por fraude contra credores. Na linha de entendimento descrita no art. 674, do Estatuto de Ritos, se o bem penhorado é de terceiro (aqui o Embargante), assiste-lhe o direito de pleitear a prestação jurisdicional, de sorte a desconstituir a constrição. Para isso, traz à colação prova da posse e/ou propriedade do bem. Nesse compasso, demonstrado com esta peça vestibular, por meio de inúmeros documentos, que o Embargante detém a posse direta do imóvel, muito antes do aviamento da ação executiva. Desse modo, é possuidor de boa-fé. Com esse enfoque, é altamente ilustrativo evidenciar as seguintes notas de jurisprudência: EMBARGOS DE TERCEIRO. EXECUÇÃO DE CONTRATO DE LOCAÇÃO EM FACE DO FIADOR. PENHORA SOBRE FRAÇÃO DO IMÓVEL OBJETO DE COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA FIRMADO ENTRE IRMÃOS. Inocorrência de fraude à execução. Súmula nº 375, STJ. Ausência de registro prévio da penhora ou de citação. Presunção deboa-fé do adquirente. Imóvel vendido antes do ajuizamento da ação de execução e da constituição do crédito. Insolvência do devedor ao tempo da alienação não comprovada. Embargos de terceiro julgados procedentes para manter a embargante na posse do bem e declarar insubsistente a penhora. Sentença mantida. Recurso desprovido [ ... ] AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS DE TERCEIRO OPOSTOS EM AÇÃO DE COBRANÇA DE COTAS CONDOMINIAIS EM FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PRETENSÃO DE SUSPENSÃO DO FEITO AO ARGUMENTO DE QUE É O VERDADEIRO PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL E QUE HOUVE OFENSA AO ART. 5º, LV, DA CR/88, JÁ QUE NÃO COMPÔS A LIDE PRINCIPAL E QUE ESTÁ NA IMINÊNCIA DE PERDER SEU BEM IMÓVEL. Decisão agravada que indeferiu a liminar sob o fundamento de que o demandante não apresentou o competente registro do imóvel, não prestou caução e não comprovou o pagamento das cotas condominiais. Inconformismo do embargante que pretende a reforma do decisim. Oposição de embargos de terceiros instruída por compromisso de compra e venda desprovido de registro. Cabimento. Súmula nº 84/STJ ("é admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda do compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que https://www.peticoesonline.com.br/acao-cobranca-novo-cpc https://www.peticoesonline.com.br/acao-cobranca-novo-cpc desprovido do registro"). Com efeito, o STJ no RESP nº 1.345.331/RS, submetido à sistemática do art. 543-c do CPC/73, sedimentou entendimento segundo o qual a responsabilidade pelas despesas de condomínio pode recair tanto sobre o promitente vendedor quanto sobre o promissário comprador e que, somente havendo a comprovação de que o promissário comprador se imitiu na posse do imóvel e que o condomínio teve ciência inequívoca da transação, seria possível afastar a legitimidade passiva do promitente vendedor. Ausência dos requisitos do art. 300 do CPC/2015. In casu, observa-se que o embargante é o possuidor do imóvel desde 27.06.2000, sendo certo que desde 2010 quando ajuizada a ação de cobrança as cotas condominiais não haviam sido adimplidas, inexistindo nestes autos comprovação da quitação da obrigação do condômino, conforme exige o art. 1.315 do Código Civil. Ademais, o embargante não prestou caução determinada pelo parágrafo único do art. 678 do NCPC. Por fim, a alegação de ciência inequívoca do condomínio sobre a imissão da posse pelo promitente comprador não lhe beneficia, pois demonstra na verdade que tem ele a obrigação de arcar o débito. Distorção da tese. Venire contra factum proprium. Recurso desprovido [ ... ] APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIROS. NULIDADES AFASTADAS. AUTO DE PENHORA JUNTADO NOS AUTOS DA EXECUÇÃO. LEGITIMIDADE ATIVA DO PROMITENTE COMPRADOR. ART. 674, §1º DO NCPC. SÚMULA Nº 84 DO STJ. IMPENHORABILIDADE DA PEQUENA PROPRIEDADE RURAL. REQUISITOS DEMONSTRADOS. SENTENÇA MANTIDA. Considerando que o auto de penhora se encontra colacionado nos autos da execução correlata aos presentes embargos de terceiro, não há por que se falar em nulidade, decorrente da ausência de condição específica da ação incidental. São cabíveis embargos de terceiro com fundamento em promessa de compra e venda, a teor do entendimento sumulado pelo E. STJ (Súmula nº 84: É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda de compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro). Demonstrados os requisitos legais para vedar a constrição à pequena propriedade rural: Área qualificada como pequena, nos termos legais; e propriedade seja trabalhada pela família, para garantir a subsistência, de rigor a procedência dos Embargos de Terceiro opostos. Recurso Improvido [...] https://www.peticoesonline.com.br/modelo-embargos-execucao-novo-cpc-pn527 Tal fato, por si só, torna admissível a oposição de Embargos de Terceiro, fundados em alegação de posse advinda de escritura pública não registrada. STJ - Súmula nº 84 - É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda do compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro. Nesse contexto, mormente em face da posse de boa-fé do Embargante e, mais, face à constrição, ocorrida após à aquisição do imóvel, a penhora deverá ser desconstituída judicialmente, por sentença meritória. Conclui-se que, a penhora do bem causará um imenso dano ao EMBARGANTE, pois este adquiriu esse bem para seu uso e já o detém de forma que, a sua turbação gerará grande adversidade a normalidade da sua intenção em obter, de forma definitiva, o imóvel para seu uso juntamente com a sua família, cumprindo o bem a sua função social, conforme dispõe o CC. CC - Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002 Institui o Código Civil. Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. § 1o O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas. IV.2 – Substituição do bem penhorado. Observando os fatos, identificamos que figura no polo passivo da ação de EXECUÇÃO a sra. ANA MARIA, no processo 6002/2015. A REQUERIDA nesse processo, dispõe de outros bens imóveis penhoráveis, esses foram identificados, pelo EMBARGANTE, durante a pesquisa feita por ele na serventia onde tomou conhecimento da penhora do imóvel comprado por ele àquela, porém, o EMBARGADO, fez a indicação do imóvel em questão, talvez por desconhecer a sua venda, por isso, percebemos o cabimento da substituição do bem penhorado e, assim, respeitosamente, estamos relatando esse fato a este juízo, que após tomar conhecimento, possa decidir substituir o bem penhorado por um outro existente, de propriedade da sra. ANA MARIA e, que seja passivo de penhora; possibilidade que dispõe o NCPC. Lei nº 13.105 de 16 de março de 2015 Código de Processo Civil. https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/CC-Lei-n-10.406-de-10-de-Janeiro-de-2002#art-1228 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/Lei-n-13.105-de-16-de-Marco-de-2015#art-847 Subseção IV Das Modificações da Penhora Art. 847. O executado pode, no prazo de 10 (dez) dias contado da intimação da penhora, requerer a substituição do bem penhorado, desde que comprove que lhe será menos onerosa e não trará prejuízo ao exequente. § 1º O juiz só autorizará a substituição se o executado: I - Comprovar as respectivas matrículas e os registros por certidão do correspondente ofício, quanto aos bens imóveis; II - Descrever os bens móveis, com todas as suas propriedades e características, bem como o estado deles e o lugar onde se encontram; III - descrever os semoventes, com indicação de espécie, de número, de marca ou sinal e do local onde se encontram; IV - Identificar os créditos, indicando quem seja o devedor, qual a origem da dívida, o título que a representa e a data do vencimento; e V - Atribuir, em qualquer caso, valor aos bens indicados à penhora, além de especificar os ônus e os encargos a que estejam sujeitos. § 2º Requerida a substituição do bem penhorado, o executado deve indicar onde se encontram os bens sujeitos à execução, exibir a prova de sua propriedade e a certidão negativa ou positiva de ônus, bem como abster-se de qualquer atitude que dificulte ou embarace a realização da penhora. § 3º O executadosomente poderá oferecer bem imóvel em substituição caso o requeira com a expressa anuência do cônjuge, salvo se o regime for o de separação absoluta de bens. § 4º O juiz intimará o exequente para manifestar-se sobre o requerimento de substituição do bem penhorado. (.....) V – DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer: a) A distribuição do presente embargo, por dependência no processo nº 6002/2015; b) A Expedição de mandado liminar para manutenção da posse e a suspensão das medidas constritivas que recaem sobre o bem do EMBARGANTE, conforme já demonstrado e por força do art. 678 do NCPC; c) A citação do EMBARGADO, pessoalmente ou na pessoa do seu procurador caso tenha, conforme o art. 677 § 3º do NCPC para que, querendo, apresente contestação no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de caracterização de revelia e verificação de seus efeitos art. 679 do NCPC; d) A confirmação da liminar no sentido de manter o EMBARGANTE definitivamente na posse do bem, cancelando-se a penhora realizada; e) No caso da não confirmação da liminar, no mérito, após conhecer os detalhes, acolher a indicação, pela EMBARGADA, de outro bem para substituir a penhora; f) Julgar totalmente procedente a condenação do EMBARGADO ao pagamento das custas e honorários de sucumbências e demais despesas do processo, conforme art. 82, § 2º e 85 do NCPC; g) A produção de todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente a produção de provas documental (em anexo), testemunhal (rol) conforme art. 677 do NCPC; h) A juntada do recolhimento de custas. VI - DO VALOR DA CAUSA Dá-se a causa o valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) Nestes termos. Pede deferimento. Local e data Advogado OAB/UF
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