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APS - Ciências Contábeis

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INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
APS – ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
CONTABILIDADE DE CUSTOS
5° / 4° semestres
São Paulo – SP
2020
Beatriz Gonçalves da Silva D6802J0
Larissa Lucas de Souza N2944H4
Michelle da Silva D5459C0
Victor Felipe de Moura Lima N2903H1
Weyla Ferreira da Cruz D751DD7
APS – ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
CONTABILIDADE DE CUSTOS
5° / 4° semestres
Atividades Práticas Supervisionadas – APS-PIPA II – Trabalho apresentado como exigência para a avaliação do 4° e 5° semestre, do curso de Ciências Contábeis da Universidade Paulista, sob orientação do Professor Eduardo dos Santos Miranda.
São Paulo – SP
2020
RESUMO 
Diante da dinamicidade e competitividade do mercado no mundo globalizado, as empresas têm necessitado se adaptar às mudanças com maior rapidez, exigindo por parte dos gestores respostas rápidas na condução dos rumos das organizações, principalmente para atender as exigências dos consumidores que aumentam à medida que a globalização avança. Para isto, estas decisões devem estar baseadas em informações precisas e confiáveis para que nenhuma destas ações comprometa a continuidade ou estabilidade da empresa. A Contabilidade de Custos e as Demonstrações Contábeis darão o suporte necessário aos tomadores de tais decisões. Através das diversas ferramentas de análise também com base em estatísticas, administração financeira e do comportamento das operações das empresas, é possível combinar informações de interesse das mesmas e que estejam alinhadas com sua metodologia de trabalho, com seu planejamento e posicionamento no mercado, sendo possível identificar distorções, processos falhos ou simplesmente aqueles que necessitam de melhorias, e através da utilização dessas ferramentas é possível que as organizações atuem especificamente nesses pontos como forma de maximizar seus resultados. 
Palavras-chave: Contabilidade de Custos, Estrutura das demonstrações contábeis, Competitividade, Informação e Ferramentas.
ABSTRACT 
 	In view of the dynamics and competitiveness of the market in the globalized world, companies have needed to adapt to changes more quickly, requiring managers to respond quickly in guiding the direction of organizations, mainly to meet the demands of consumers that increase as the globalization advances. For this, these decisions must be based on accurate and reliable information so that none of these actions compromise the company's continuity or stability. The Cost Accounting and the Accounting Statements will provide the necessary support for the decision makers. Through the various analysis tools also based on statistics, financial administration and the operations behavior of the companies, it is possible to combine information of interest to them and that are aligned with their work methodology, their planning and market positioning, being possible to identify distortions, flawed processes or simply those that need improvement, through the use of these tools it is possible for organizations to act specifically on these points as a way to maximize their results.
 Key-words: Cost Accounting, Structure of Financial Statements, Competitiveness, Information and Tools.
LISTA DE ABREVIATURAS
CIF – Custo Indireto de Fabricação
CMV - Custo de Mercadoria Vendida
CPA – Custo de Produção Acabada
CPA – Custo de Produção Acabada
CPP – Custo de Produção do Período
CPP – Custo de Produção do Período
CPV – Custo dos Produtos Vendidos
EFPA – Estoque Final dos Produtos Acabados
EFPE – Estoque Final de Produtos em Elaboração
EIPA – Estoque Inicial dos Produtos Acabados
EIPE – Estoque Inicial de Produtos em Elaboração
MC – Margem de Contribuição
MOD – Mão de Obra Direta
MPA – Matéria Prima Aplicada
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 – Gastos da empresa..................................................................................20 
Tabela 2 – Custo de produção...................................................................................21 
Tabela 3 – Despesas administrativas.........................................................................21 
Tabela 4 – Despesas de vendas................................................................................22 
Tabela 5 – Despesas financeiras...............................................................................22 
Tabela 6 – Divisão: matéria prima..............................................................................22 
Tabela 7 – Mão de obra.............................................................................................22
Tabela 8 – Energia elétrica.........................................................................................23
Tabela 9 – Resumo de custos....................................................................................23
Tabela 10 – Apropriação de custos............................................................................24
Tabela 11 – Estrutura do balanço patrimonial............................................................29
Tabela 12 – Estrutura básica da demonstração de resultado do exercício...............30 
Tabela 13 – Estrutura básica de demonstração do fluxo de caixa.............................31
Tabela 14 – Cálculo – Dividendo................................................................................39
Tabela 15 – Estrutura da demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados..........41
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 – Esquema do custeio por absorção............................................................17 
Figura 2 – Esquema do custeio variável....................................................................18 
Figura 3 – Margem de contribuição unitária...............................................................19 
Figura 4 – Margem de contribuição total....................................................................20 
Figura 5 – Distribuição de custos...............................................................................24
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	09
2. PERFIL DA ORNGANIZAÇÃO	10
 2.1 DENOMINAÇÃO E FORMA DE CONSTITUIÇÃO	10
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	10
 3.1. CONTABILIDADE DE CUSTOS	10
 3.2. CONCEITOS BÁSICOS	11
 3.3. CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURAS APLICADAS A CUSTOS	13
 3.3.1 CUSTO DIRETO	13
 3.3.2 CUSTOS INDIRETOS	13
 3.3.3 CUSTOS FIXOS	14
 3.3.4 CUSTOS VARIÁVEIS	14
 3.3.5 NOMENCLATURA DOS CUSTOS	14
 3.4 MÉTODOS DE CUSTEIO	15
 3.4.1 CUSTEIO POR ABSORÇÃO	16
 3.4.2 CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO	17
 3.5 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO	19
 3.6 CUSTOS PARA AVALIAÇÃO DE ESTOQUES	20
 3.6.1 ESQUEMA BÁSICO DE CONTABILIDADE DE CUSTOS	20
 3.7 PRINCIPIOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS INDUSTRIAIS	25
 3.7.1 PRINCÍPIO DA REALIZAÇÃO DA RECEITA	25
 3.7.2 PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA OU DA CONFRONTAÇÃO ENTRE RECEITAS E DESPESAS	25
 3.7.3 PRINCÍPIO DO CUSTO HISTÓRICO COMO BASE DE VALOR	26
 3.7.4 PRINCÍPIO DA CONSISTÊNCIA E UNIFORMIDADE	26
 3.7.5 PRINCÍPIO DO CONSERVADORISMO OU PRUDÊNCIA	27
 3.7.6 PRINCÍPIO DA MATERIALIDADE OU RELEVÂNCIA	27
4. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS	27
 4.1 DA CONTABILIDADE À ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES	32
 4.2 ANÁLISE DE ENDIVIDAMENTO	33
5. ANÁLISE DE RENTABILIDADE	33
 5.1 LIQUIDEZ IMEDIATA	34
 5.2 LIQUIDEZ CORRENTE	34
 5.3 LIQUIDEZ SECA	34
 5.4 LIQUIDEZ GERAL	34
 5.5 INVESTIMENTO	34
6. MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS	35
7. MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL	37
 7.1 CONTROLE DIRETO OU INDIRETO	38
 7.2 DIVIDENDOS 	38
 7.3 ANÁLISE HORIZONTAL	39
 7.4 ANÁLISE VERTICAL	40
8. DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS	40
 8.1 AJUSTES DE EXERCICIOS ANTERIORES	41
 8.1.2 DIVIDENDOS EXTRAORDINÁRIOS	42
 8.1.3 VALOR DOS LUCROS INCORPORADOS	42
 8.2 REVERSÕES DE RESERVAS	42
 8.2.1 LUCRO/PREJUÍZO LIQUÍDO DO EXERCICIO	42
 8.2.2 RENTABILIDADE E SEGURANÇA	43
 8.3 CUSTO DO INVESTIMENTO EM CAPITALDE GIRO	43
9. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE	43
 9.1 SISTEMA DE CONTABILIDADE	44
 9.2 INSTRUMENTOS FINANCEIROS (DERIVADOS)	44
 9.2.1 CONTROLE PERMANENTE DE ESTOQUE E DE INVENTÁRIOS	44
 9.2.2 APURAÇÃO DO CMV	45
 9.2.3 CUSTO OU MERCADO (VALOR JUSTO)	45
10. INVESTIMENTOS	45
 10.1 EMPRESAS QUE APLICARÃO O MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL	46
11. ESTATÍSTICA	46
 11.1 UTILIZAÇÃO NA CONTABILIDADE	46
12. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA	47
 12.1 OBJETIVO	47
13. MÉTODO	49
14. CONCLUSÃO	50
15. BIBLIOGRAFIA	51
1. INTRODUÇÃO
Este projeto abordará os aspectos contábeis e os meios possíveis para realizar um melhor controle financeiro, em relação aos custos e as despesas, da organização APS Indústria de Torneiras Ltda. 
Buscando evidenciar os principais conceitos estudados em Contabilidade de Custos e Estrutura das Demonstrações Contábeis se embasando em estatística e administração financeira, o objetivo é efetuar todas as transações contábeis da corporação no sistema Account (Contabilidade Didática), com intuito de fornecer os relatórios demonstrativos necessários para o avanço no gerenciamento, para que seja mais eficaz e proporcione a empresa uma boa saúde financeira.
As melhorias que serão apresentadas foram pensadas para que as empresas as coloquem como prioridade devido ao momento atual, o qual apresenta um cenário competitivo, que exige rápido posicionamento dos gestores, responsáveis por guiar o futuro da organização.
2. PERFIL DA ORGANIZAÇÃO 
 2.1 	DENOMINAÇÃO E FORMA DE CONSTITUIÇÃO 
A APS Indústria de Torneiras Ltda é uma tradicional indústria fabricante de torneiras, líder no mercado nacional, produzindo dois tipos de produtos: Torneira Normal (classificada como produto A) e Torneira Especial (classificada como produto B). 
Está localizada em região que atende a todo território nacional. 
Conta com uma equipe de funcionários familiarizada com as novas tecnologias empregadas no processo de produção, garantindo qualidade e padronização do produto final.
Além de já apresentar estes atributos nos itens comercializados, a busca pela perfeição e inovação são uma constante na empresa. 
Ressaltamos que a indústria é contribuinte do Imposto de Renda pelo Lucro Real Trimestral. 
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
3.1 CONTABILIDADE DE CUSTOS
Em decorrência do aumento de empresas durante desenvolvimento tecnológico (Revolução Industrial), sobreveio a necessidade de uma gestão de qualidade, a qual assegurasse a permanência da empresa no mercado competitivo através dos investimentos de capitais e do controle de produção. Assim, surgiu o controle de custos, o qual concede ao gestor conhecer o quanto cada produto ou serviço custa, auxiliando-o na tomada de decisão, visto que os contadores de custos apontam, aferem, definem e averiguam os custos.
“Uma contabilidade de custos é desenvolvida para atingir finalidades específicas, que podem estar relacionadas com o fornecimento de dados de custos para a medição dos lucros, determinação da rentabilidade e avaliação do patrimônio, identificação dos métodos e dos procedimentos para o controle das operações e atividade executadas, de modo a prover informações sobre custos para a tomada de decisões e de planejamento através de processos analíticos”. (CALLADO, et al. 2003, p. 58-59).
Tão diferente é o modo como a Contabilidade Financeira era feita em meados do século XVIII. Isto porque para fazer o levantamento do balanço patrimonial era preciso somente a enumeração do estoque, no que diz respeito ao termo físico, uma vez que os valores em moedas eram levantados conforme a fórmula a seguir: custo das mercadorias vendidas = estoques iniciais + compras – estoques finais. Posteriormente as receitas de vendas eram confrontadas com o CMV, seguido das demais despesas ocorridas no período. Com isso era levantado o lucro ou prejuízo da entidade.
No decorrer do tempo, com o advento das indústrias, houve a necessidade de uma melhor forma para o levantamento do balanço patrimonial, já que dificultou a utilização dos mesmos critérios da empresa comercial na industrial. E através disso a contabilidade de custos foi se desenvolvendo, não ficando concentrada somente nas empresas industriais, uma vez que as empresas comerciais, financeiras, prestadoras de serviços etc., já a usufruem. 
Essa é uma área da contabilidade que concede informações tanto para a contabilidade gerencial quanto para a financeira. Porquanto ela aprecia e alega as informações financeiras e não financeiras, referentes à obtenção e ao dispêndio de recursos pela organização. 
3.2. CONCEITOS BÁSICOS 
Para entendermos mais sobre custos, é necessário saber o seu significado no que se refere à terminologia, pois confunde-se o mesmo como uma despesa. Para Maher (2001, pg.64), “custo representa um sacrifício de recursos”, já Martins (2008) afirma que custo é o “gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços”.
Por sua complexidade e exatidão, foram criados termos determinados para cada tipo de gastos. A terminologia em custos industriais são as nomenclaturas utilizadas para facilitar a classificar os gastos de um produto, classificados em:
· Gasto: Todo sacrifício financeiro (desembolso) em troca de um produto ou serviço. Representado pela entrega ou promessa de entrega de ativos.
“Conceito extremamente amplo e que se aplica a todos os bens e serviços adquiridos; assim, temos Gastos com a compra de matéria- primas, Gastos com mão de obra tanto na produção como na distribuição.
Só existe gasto, no momento em que existe o reconhecimento contábil da dívida assumida ou da redução do ativo dado em pagamento”. (MARTINS, 2010 p. 24 e 25).
· Desembolso: É o ato de entrega do ativo, pagamento da aquisição do bem ou serviço. “Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada, portanto defasada ou não do momento do gasto. ” (MARTINS, 2010, p. 25).
· Investimento: São gastos em bens ou serviços com expectativa de geração de benefícios futuros. Exemplos: compra de máquinas e equipamentos para aumentar a produção, cursos para capacitar funcionários a desempenhar uma atividade com mais produtividade etc. 
· Custo: São os desembolsos que podem ser atribuídos ao produto final. Isso significa que são todos e quaisquer gastos relativos à aquisição ou produção de mercadorias, como por exemplo, matéria-prima, mão-de-obra e gastos gerais de fabricação (GGF), como depreciação de máquinas e equipamentos, energia elétrica, manutenção, materiais de conservação e limpeza para fábrica, viagens de pessoas ligadas à fábrica etc.
· Despesa: É o gasto ligado a obtenção de receita. 
“As despesas são itens que reduzem o Patrimônio Líquido e que se tem essa característica de representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas.” (MARTINS, 2010, p. 26).
· Perda: É um gasto involuntário, quando algum bem ou serviço é utilizado de forma anormal, onde não existe a possibilidade de obtenção de receita.
3.3 CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURAS APLICADAS A CUSTOS
 	A classificação dos custos atende a duas regras básicas, que compreende primeiro no caso de identificação da quantidade do custo utilizado em cada produto ou serviço, classificado como direto. No caso da não identificação da quantidade de custo a ser utilizado a cada produto ou serviço, esses serão classificados como indireto, isso em virtude da realização do rateio. A classificação também varia de região para região, segundo Turmena (2007), os custos variam de região para região, assim como de empresa para empresa, assim quanto a sua variabilidade, sendo fixo, variáveis e semifixos. Embasado na ideia de Leone e Leone (2010), pode-se estabelecer uma diferença nos diversos tipos de custos.
3.3.1 CUSTOS DIRETOS 	 
 	Custos diretos, são aqueles custos (ou despesas) que podem ser facilmente identificados com o objeto de custeio, são os custos diretamente identificados a seus portadores. Para que seja feita a identificação, não há necessidade de rateio. Sabe-se que custos são gastos que a empresa realiza para criar um produtoou realizar um serviço. Portanto é relevante que o gestor conheça os gastos dentro da sua empresa e faça a classificação correta destes gastos. Custos diretos como diz a própria nomenclatura são aqueles aplicados diretamente ao produto fabricado, por exemplo, matéria-prima e/ou mão-de-obra. Dentro do mesmo contexto, percebe-se que são apropriados diretamente aos produtos fabricados no processo de produção sendo facilmente identificados, não sendo necessária a realização do rateio ou estimativas para identificá-los.
3.3.2 	 CUSTOS INDIRETOS
São aqueles que não são facilmente identificados com o objetivo de custeio. Às vezes por causa de sua não relevância, alguns custos são alocados aos objetos do custeio através de rateios. Exemplos práticos que se pode citar são: salários do pessoal da fábrica e a energia utilizada na produção da fábrica (CRUZ, 2010). Os custos indiretos aqueles que são apropriados aos produtos através de rateio e estimativa em virtude da não precisão da composição dos mesmos, tornando necessária a realização do rateio ou estimativa para identificá-los, exemplificando como custos indiretos o aluguel e o seguro da fábrica, os salários dos operários e entre outros (SILVA, 2007).
3.3.3 CUSTOS FIXOS
Os custos fixos são assim denominados por não variarem, quando há um aumento ou diminuição na quantidade produzida. Diferentemente dos custos variáveis, os custos fixos não são afetados pelas alterações da atividade. Estes custos não variam independentemente da produção, isso vale para qualquer atividade desempenhada. (CAMPELO et al., 2008). 
Dessa maneira Silva et al. (2011) destaca que os custos fixos independem da quantidade produzida em qualquer volume de produção, visto que os mesmos permanecem inalterados independentemente da quantidade produzida, tendo como exemplo prático, o seguro da fábrica, o aluguel da fábrica, o imposto predial da fábrica.
3.3.4 CUSTOS VARIÁVEIS
Os custos variáveis são aqueles que variam de acordo com a produção apresentada. Na medida em que há mudanças em termos de produção, também há mudanças proporcionais aos custos indiretos, sendo determinantes na divulgação do estágio em que se encontra o processo produtivo. Os custos variáveis se alteram conforme a produção segundo Leitão (2009) eles variam numa totalidade conforme o estágio proporcional em que se encontra o processo produtivo em um determinado período de tempo.
3.3.5 NOMENCLATURA DOS CUSTOS 
Custos de produção do período (CPP) – É a soma de um período de todos os Custos do processo produtivo. Para se calcular este custo, é utilizada a seguinte fórmula: 
CPP = MPA + MOD + CIF
Custo de Produção do Período = Matéria Prima Aplicada + Mão de Obra Direta + Custo Indireto de Fabricação
Custo de produção Acabada (CPA) – É a soma de um período dos custos da produção acabada, é utilizada a seguinte fórmula: 
CPA = EIPE + CPP – EFPE
Custo de Produção Acabada = Estoque Inicial de Produtos em Elaboração + Custo de Produção do Período - Estoque Final de Produtos em Elaboração
Custo dos Produtos Vendidos (CPV) – É a soma de todos os custos durante a produção e que serão vendidos. Para se encontrar este custo é utilizada a seguinte fórmula:
CPV = EIPA + CPA – EFPA
Custo dos Produtos Vendidos = Estoque Inicial dos Produtos Acabados + Custo de Produção Acabada - Estoque Final dos Produtos Acabados
3.4 MÉTODOS DE CUSTEIO
Métodos de custeio são usados para apropriar os custos, com o intuito de fornecer informações essenciais para a gestão empresarial. Na década de 1920, era utilizado o custeio tradicional, porém, havia nesse método algumas falhas, as quais fizeram com o que o mesmo perdesse a importância que tinha visto que não correspondia às necessidades dos gestores.
 	Para Martins (2010, p. 298), as principais deficiências nesse método que dificulta o processo de melhoria contínua são as seguintes:
· Distorções no custeio dos produtos, provocadas por rateios arbitrários de custos indiretos quando do uso dos custeios que promovem tais rateios;
· Utilização de reduzido número de bases de rateio, nesses mesmos casos;
· Não mensuração dos custos da não qualidade, provocados por falhas internas e externas tais como retrabalho e outras;
· Não segregação dos custos das atividades que não agregam valor;
· Não utilização do conceito de custo-meta ou custo-alvo;
· Não consideração das medidas de desempenho de natureza não financeira, mais conhecidas por indicadores físicos de produtividade.
Dentre os diversos métodos de custeios, serão abordados apenas dois, tais como: Custeio por Absorção e Variável ou Direto.
3.4.1 CUSTEIO POR ABSORÇÃO
Nos itens 12 e 14 do Pronunciamento Técnico CPC 16 que trata da valoração de estoques, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC está contemplado o Custeio por Absorção. O mesmo é oriundo do sistema elaborado na Alemanha no início do século 20, conhecido por RKW (Reichskuratorium für Wirtschaftlichkeit). No método RKW, eram alocados à produção todos os gastos do período, ou seja, os custos e despesas. Provindo dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, o Custeio por Absorção também é conhecido como custeio integral. Trata-se da associação de todos os custos de fabricação, diretos e indiretos, fixos e variáveis. Neste caso, todos os gastos relacionados à produção serão repartidos para todos os produtos elaborados. Esse método é utilizado na Auditoria Externa, mesmo não sendo lógico devido ao rateio arbitrário. 
É obrigatória sua utilização na apuração do resultado e para o balanço. Também é adotado pela legislação comercial e fiscal, como por exemplo, para o pagamento do imposto de renda. 
O conceito fiscal do custeio por absorção é encontrado no Decreto-Lei nº 1.598/77, art. 13º, § 1º, que diz o seguinte:
Art. 13 - O custo de aquisição de mercadorias destinadas à revenda compreenderá os de transporte e seguro até o estabelecimento do contribuinte e os tributos devidos na aquisição ou importação. § 1º - O custo de produção dos bens ou serviços vendidos compreenderá, obrigatoriamente: a) o custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer outros bens ou serviços aplicados ou consumidos na produção, observado o disposto neste artigo;
Uma das vantagens na utilização desse método de custeio é que o mesmo está de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade. Convém lembrar que não é tão custoso, visto que não necessita separar os custos de manufatura nos elementos fixos e variáveis, além de ser recomendado na obtenção de soluções à longo prazo. Por outro lado, há desvantagens, tais como: o rateio arbitrário, não oferece muita informação aos gestores para tomada de decisão e a presença dos custos fixos no montante, independentemente da existência da produção. O custeio por absorção pode ser demonstrado abaixo na figura 1:
Figura I – Esquema do custeio por absorção
Fonte: Adaptado de Martins, Contabilidade de Custos, 2010.
3.4.2 CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO
Custeio Variável ou Direto está relacionado à separação dos gastos, indica a eliminação dos custos fixos, assim tendo como custo de produção apenas os custos variáveis, àqueles que alteram conforme o volume de produção, sejam eles diretos ou indiretos. Tal método não é aceito legalmente, não só no Brasil como também nos Estados Unidos, entre outros países. (LEONE, 2000, p. 322).
Para uma melhor compreensão, vejamos a figura 2:
Figura II – Esquema do Custeio Variável
Fonte: Adaptado de Costa, Proposta de modelo e implementação de um sistema de apoio a decisão em pequenas empresas, 1998.
No esquema visto, pode-se perceber que os custos fixos são levados diretamente à DRE como despesa do período. Portanto serão incluídos nos custos de produção dos bens e serviços, visto que, os mesmos acontecerão independentemente se houver ou não a produção. Aqui podemos destacar uma vantagem na utilização desse método, uma vez que os custos fixos não são analisados como encargos de um produto específico, mas como dever essencial para que a empresa possa produzir adequadamente. Outra vantagem é que esse método determina a margemde contribuição de cada produto, dessa forma ajudando na tomada de decisão.
Entretanto há desvantagem, isto porque esse método não é aceitável na preparação de demonstração contábeis de uso externo, e para Leone (2000, p. 341) “as informações do custeio variável são bem aplicadas em problemas cujas soluções são de curto alcance no tempo”, nesse caso não é aconselhável a utilização desse método caso deseje soluções a longo prazo.
3.5 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
A Margem de Contribuição é conceituada como sendo a diferença entre o preço de venda e a soma dos custos com as despesas variáveis de cada produto. O valor resultante, ou seja, o valor da margem de contribuição não é o lucro, mas sim, a garantia para o pagamento dos custos e das despesas fixas e para a formação do lucro. 
Para Nascimento (2005, p. 35), margem de contribuição é: “Diferença entre Receita e soma de Custo e despesa Variáveis, tem a faculdade de tornar bem mais facilmente visível a potencialidade de cada produto, mostrando como cada um contribui para, primeiramente, amortizar os gastos fixos e, depois, formar o lucro propriamente dito. ”
Para uma maior compreensão, verifiquemos a figura 3:
Figura 3 – Margem de Contribuição Unitária 
Fonte: Adaptado de Martins – Contabilidade de Custos, 2010.
A importância da margem de contribuição é dada pela necessidade que a empresa tem de saber qual dos seus produtos e/ou serviços tem uma contribuição maior no pagamento dos custos e despesas fixas e, posteriormente, na obtenção do lucro. Podemos perceber na figura 5 que o produto “B” possui uma maior contribuição. Dessa forma, a venda do mesmo deve ser incentivada, e em seguida, a venda do produto “C” e, por último do produto “A”. 
Para se chegar à margem de contribuição total é necessário multiplicar a MC unitária pela quantidade de produtos e, em seguida, somar com as demais margens. Este procedimento pode ser visto na figura a seguir:
Figura 4 – Margem de Contribuição Total
Fonte: Adaptado de Martins – Contabilidade de Custos, 2010.
3.6 CUSTOS PARA AVALIAÇÃO DE ESTOQUES
3.6.1 ESQUEMA BÁSICO DE CONTABILIDADE DE CUSTOS 
O esquema básico da contabilidade de custos é utilizado para avaliar o estoque de uma determinada empresa para fins legais (fiscais e societários), e consiste em três passos:
 1° passo: Separação entre custos e despesas;
 2° passo: Apropriação dos custos diretos (sobre produtos e serviços);
 3° passo: Apropriação dos custos indiretos (rateio dos custos).
Exemplo:
1° Passo: Separação entre custos e despesas:
Gastos da empresa XY no mês de janeiro:
	GASTOS
	VALORES EM R$
	Comissão de Vendedores 
	R$ 75.000,00
	Salários de Fábrica
	R$ 115.000,00
	Matéria Prima Consumida 
	R$ 330.000,00
	Salário da Administração 
	R$ 85.000,00
	Depreciação na Fábrica
	R$ 50.000,00
	Seguros da Fábrica
	R$ 8.000,00
	Despesas Financeiras 
	R$ 24.000,00
	Honorário da Diretoria
	R$ 36.000,00
	Materiais Diversos - Fábrica
	R$ 15.000,00
	Energia Elétrica - Fábrica
	R$ 75.000,00
	Manutenção - Fábrica 
	R$ 55.000,00
	Despesas com Entregas 
	R$ 31.000,00
	Correios, Telefone e internet
	R$ 4.000,00
	Material de Consumo - Escritório
	R$ 7.000,00
	TOTAL DE GASTOS/ JANEIRO
	R$ 910.000,00
Tabela 1 – Gastos da Empresa
Fonte: Elaborada por Michelle da Silva.
	
É necessário que seja feita a separação entre custo (tudo que estiver relacionado à produção) e despesa.
	CUSTO DE PRODUÇÃO (Produto)
	VALORES EM R$
	Salários de Fábrica
	R$ 115.000,00
	Matéria Prima Consumida 
	R$ 330.000,00
	Depreciação na Fábrica
	R$ 50.000,00
	Seguros da Fábrica
	R$ 8.000,00
	Materiais Diversos - Fábrica
	R$ 15.000,00
	Energia Elétrica - Fábrica
	R$ 75.000,00
	Manutenção - Fábrica 
	R$ 55.000,00
	TOTAL 
	R$ 648.000,00
Tabela 2 – Custo de Produção
Fonte: Elaborada por Michelle da Silva.
	DESPESAS ADMINISTRATIVAS
	VALORES EM R$
	Salário da Administração 
	R$ 85.000,00
	Honorário da Diretoria
	R$ 36.000,00
	Correios, Telefone e internet
	R$ 4.000,00
	Material de Consumo - Escritório
	R$ 7.000,00
	TOTAL 
	R$ 132.000,00
Tabela 3 – Despesas Administrativas
Fonte: Elaborada por Michelle da Silva.
	DESPESAS DE VENDAS
	VALORES EM R$
	Comissão de Vendedores
	R$ 75.000,00
	Despesas com Entregas
	R$ 31.000,00
	TOTAL 
	R$ 100.000,00
Tabela 4 – Despesas de Vendas
Fonte: Elaborada por Michelle da Silva.
	DESPESAS FINANCEIRAS
	R$ 24.000,00
Tabela 5 – Despesas Financeiras
Fonte: Elaborada por Michelle da Silva.
2° Passo: Apropriação dos Custos Diretos
	Neste segundo passo será feito a separação dos custos que implicam diretamente aos produtos. Digamos que a empresa XY fabrique dois produtos “A” e “B”, será necessário que sejam distribuídos os custos de cada produto, como a seguir:
	MATÉRIA PRIMA
	VALORES EM R$
	Produto "A"
	R$ 188.000,00
	Produto "B"
	R$ 142.000,00
	TOTAL 
	R$ 330.000,00
Tabela 6 – Divisão: Matéria Prima
Fonte: Elaborada por Michelle da Silva.
Para a mão de obra não basta apenas fazer a distribuição dos valores pelos produtos, mas, o rateio de mão de obra indireta e mão de obra direta por produto:
	MÃO DE OBRA:
	Indireta
	 
	R$ 20.000,00
	Direta
	 
	R$ 95.000,00
	Produto "A"
	R$ 53.000,00
	 
	Produto "B"
	R$ 42.000,00
	 
	TOTAL:
	 
	R$ 115.000,00
Tabela 7 – Mão de Obra
Fonte: Elaborada por Michelle da Silva.
Desta forma os R$ 95.000,00 serão atribuídos diretamente aos produtos, tendo cada produto seu valor e os R$ 20.000,00 serão adicionados aos custos indiretos.
A verificação de Energia Elétrica será feito através de rateio, pois o consumo na fabricação dos produtos durante o mês, R$ 35.000,00 é diretamente atribuído e R$ 40.000,00 são alocáveis, pois não existem medidores em todas as máquinas:
	ENERGIA ELÉTRICA
	Indireta
	 
	R$ 35.000,00
	Direta
	 
	R$ 40.000,00
	Produto "A"
	R$ 24.000,00
	
	Produto "B"
	R$ 16.000,00
	
	 TOTAL:
	 
	R$ 75.000,00
Tabela 8 – Energia Elétrica
Fonte: Elaborada por Michelle da Silva.
Resumo:
	
	DIRETOS
	 
	 
	
	Produto "A"
	Produto "B"
	INDIRETO
	TOTAL
	Matéria Prima
	R$ 188.000,00
	R$ 142.000,00
	-
	R$ 330.000,00
	Mão de Obra
	R$ 53.000,00
	R$ 42.000,00
	R$ 20.000,00
	R$ 115.000,00
	Energia Elétrica
	R$ 24.000,00
	R$ 16.000,00
	R$ 35.000,00
	R$ 75.000,00
	Depreciação
	-
	-
	R$ 50.000,00
	R$ 50.000,00
	Seguros
	-
	-
	R$ 8.000,00
	R$ 8.000,00
	Materiais Diversos
	-
	-
	R$ 15.000,00
	R$ 15.000,00
	Manutenção
	-
	-
	R$ 55.000,00
	R$ 55.000,00
	TOTAL
	R$ 265.000,00
	R$ 200.000,00
	R$ 183.000,00
	R$ 648.000,00
Tabela 9 – Resumo de custos
Fonte: Elaborada por Michelle da Silva.
Do total dos custos de R$ 648.000,00 são distribuídos os R$ 465.000,00 aos que já estão ligados diretamente aos produtos e R$ 183.000,00 aos custos indiretos que precisam ser apropriados.
3° Passo: Apropriação dos custos indiretos 
	 
	CUSTOS DIRETOS
	 
	CUSTOS INDIRETOS
	 
	 
	
	$
	%
	$
	%
	TOTAL
	Produto "A"
	R$ 265.000,00
	56,98%
	R$ 104.273,40
	56,98%
	R$ 369.310,00
	Produto "B"
	R$ 200.000,00
	43,02%
	R$ 78.726,60
	43,02%
	R$ 278.690,00
	TOTAL
	R$ 465.000,00
	100%
	R$ 183.000,00
	100%
	R$ 648.000,00
Tabela 10 – Apropriação de Custos
Fonte: Elaborada por Michelle da Silva.
Agora serão analisadas formas de distribuir os custos indiretos. A opção mais simples seria alocar aos produtos “A” e “B” os custos diretos proporcionalmente ao que cada um já recebeu, conforme a tabela acima:
A primeira coluna fornece em reais e em porcentagem ao custos diretos separados por produto, a segunda coluna fornece em reais e em porcentagem também separados por produto a parte de custos indiretos, e por último o total dos custos. Esquema básico, dessa maneira:
Figura 5 – Distribuição de Custos
Fonte: Elaborada por Michelle da Silva.
Sobre custo: Todos os custos que aconteceram em um determinado período só irão completamente para o resultado do mesmo período se após a fabricação não houver estoque final.
Sobre despesas: Serão sempre debitadas ao resultado do período que aconteceram, sendo assim que ocorre o custeio por absorção.
3.7 	 PRINCÍPIOS DA CONTABILIDADE DE CUSTOS INDÚSTRIAIS3.7.1 PRINCÍPIO DA REALIZAÇÃO DA RECEITA
Este princípio fixa a conduta de só haver reconhecimento contábil quando a receita for realizada, ou seja, quando houver a transferência do bem para o comprador.
 	Também na apuração do resultado, só pode ser considerado se houver esta transferência, sendo possível apenas de tal crédito.
“Do ponto de vista econômico, o lucro já surge durante a elaboração do produto, pois há agregação de valores nessa fase, inclusive do próprio resultado, mesmo que ainda numa forma potencial, sem se concretizar em dinheiro, direitos a recebimentos futuros ou outros ativos.” (MARTINS, 2010 p. 31).
O autor Martins (2010) ilustra a visão econômica, já que quando a matéria prima é ativada já se planeja e espera o retorno deste investimento, porém seguindo este princípio contábil, apenas será reconhecido com a receita realizada. 
Através deste princípio os gastos relativos ao processo de produção serão contabilizados como estoques e quando a receita for realizada e houver a apuração do resultado se transformará em despesa.
3.7.2 	PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA OU DA CONFRONTAÇÃO ENTRE RECEITAS E DESPESAS
O princípio da confrontação entre despesas e receitas respeita o princípio da realização de receita, em que só o reconhecimento contábil após a realização da receita se complementa, onde toda a despesa está atrelada a uma receita.
Existem resumidamente dois tipos de despesas, as ligadas à produção de produtos e despesas administrativas, que não estão ligadas diretamente a um determinado produto, mas englobam todo o processo para obtenção da receita.
3.7.3 PRINCÍPIO DO CUSTO HISTÓRICO COMO BASE DE VALOR 
Este princípio aborda a forma como o valor de determinado bem será contabilizado. O valor histórico é o valor pago pela aquisição do bem, independente da variação que pode ocorrer, como exemplo da inflação.
Um produto comprado e estocado por um ano será considerado o valor histórico, ou seja, o valor original de entrada, mas um ano após a compra deste produto poderá ocorrer inflação e este valor já pode não ser mais o valor real.
“Quando se acumulam custos de dois, três ou mais meses para se produzir um bem ou serviço, tem-se puro custo histórico um instrumento paupérrimo de informações. O correto, tecnicamente, seria transformar esses diversos custos originados em momentos diferentes em quantidades de moeda constante” (MARTINS, 2010, p. 33 e 34).
Porém a legislação ainda segue o princípio de valor histórico e as empresas acabam por realizar os cálculos reais de maneira paralela, para obter um controle real dos custos.
3.7.4 PRINCÍPIO DA CONSISTÊNCIA E UNIFORMIDADE 
Existem vários princípios a serem adotados, porém o princípio da consistência e uniformidade determina que exista um critério a seguir, a alternativa escolhida deve ser consistente.
Para exemplificar, após a escolha de um método de controle de estoque, caso seja necessária uma alteração, é a organização quem deve arcar com a diferença para que não haja desvantagens a outras partes interessadas. 
3.7.5 PRINCÍPIO DO CONSERVADORISMO OU PRUDÊNCIA 
A Prudência e o Conservadorismo são condutas já conhecidas dos profissionais de contabilidade e se aplicam a todos os ramos da área, fazendo parte dos princípios básicos, sendo um dos mais importantes.
Em caso de dúvida em relação a melhor opção, ou possibilidade de não receber por algum bem vendido ou serviço prestado, este princípio indica optar sempre pelo caminho mais tradicional.
“Se existir dúvidas sobre contabilizar um item como parte do Patrimônio Líquido ou das dívidas, deve também ser adotada a alternativa mais conservadora, isto é, a que avaliar pela forma mais precavida ao Patrimônio Líquido. ” (MARTINS, 2010 p. 36)
3.7.6 PRINCÍPIO DA MATERIALIDADE OU RELEVÂNCIA 
Este princípio se refere a forma de contabilização de um bem de acordo com seu valor. Quando o valor for irrisório dentro de um gasto total, fica desobrigada a contabilização exata. Nesses casos estes custos são englobados em custo maior, tornando-se parte do processo e simplificando a forma de contabilização e baixa de estoque.
4. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As demonstrações contábeis são essenciais para que uma organização financeira, sócios da empresa ou um investidor possa tomar suas decisões. Através delas é possível conseguir financiamentos bancários, pois demonstra se a empresa pode ou não arcar com a dívida proposta ou analisar se os seus investimentos estão surtindo efeito, ou até mesmo avaliar se o montante de seus gastos e custos estão condizentes com o retorno da empresa.
De uma maneira geral, podemos dizer que as demonstrações são as principais informantes da saúde de uma empresa e ela é composta por:
· Um Balanço Patrimonial, sendo este um resumo dos diretos e deveres da empresa;
· Relatório de apuração dos lucros e/ou prejuízos acumulados;
· Demonstração do Resultado do Exercício;
· Demonstração do Fluxo de Caixa;
· Demonstração do Valor Adicionado, quando se tratar de uma companhia aberta;
· Demonstração do valor correspondente à mutação do patrimônio líquido da empresa;
· Notas Explicativas e quadros analíticos ou outra que possa ilustrar a situação patrimonial.
O Balanço Patrimonial é dividido em passivo, ativo e patrimônio líquido.
O ativo é referente aos bens e direitos da organização. Neles entram os investimentos, os valores a receber, o valor que existe em estoque, caixa, banco, entre outras contas.
O passivo são as obrigações com o Fisco, com as instituições bancárias e terceiros. O Patrimônio Líquido é composto por nada mais que os recursos próprios da entidade, ou suas obrigações perante os sócios. Pode se dizer que é o resultado entre o passivo e o ativo.
A demonstração de lucros ou prejuízos fornece o saldo do início do ano e todos os ajustes que foram necessários como, por exemplo, uma correção de saldo, as transferências que foram feitas para a reserva e o lucro obtido.
	Estrutura do Balanço Patrimonial
	 
	
	
	
	
	 
	ATIVO
	PASSIVO
	(Bens + Direitos)
	(Obrigações)
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Ativo Circulante
	Passivo Circulante
	(Realizável até 12 meses)
	(Realizável até 12 meses)
	 
	
	 
	 
	
	 
	 
	
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	
	 
	Passivo Circulante
	Ativo Não Circulante
	(Realizável após 12 meses)
	(Realizável após 12 meses)
	 
	 
	 
	 
	
	 
	 
	 
	 
	 
	
	 
	(Capital Social + Reservas + 
	 
	 
	 
	Prejuízos Acumulados)
Tabela 11 – Estrutura do balanço patrimonial
Fonte: www.dinheiroinvestimentoelazer.com
A demonstração do resultado do exercício mostra as receitas brutas de tudo que foi vendido ou recebido através da prestação de serviço, além dos abatimentos das despesas/custos e dos impostos pagos.
	Estrutura Básica da Demonstração de Resultado do Exercício
	
	
	
	
	RECEITA OPERACIONAL BRUTA
	 
	Vendas de Produtos
	 
	Vendas de Mercadorias
	 
	Prestação de Serviços
	 
	 
	 
	(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
	 
	Devoluções de Vendas
	 
	Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas
	 
	 
	 
	= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO
	 
	 
	 
	(-) DESPESAS OPERACIONAIS
	 
	Despesas Administrativas
	 
	 
	 
	(-) DESPESAS FINANCEIRAS LIQUIDAS
	 
	Receitas Financeiras 
	 
	Variações Monetárias e Cambiais Ativas
	 
	 
	 
	OUTRAS RECEITAS E DESPESAS
	 
	 
	 
	= RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IR E CSLL
	 
	 
	 
	(-) PROVISÃO PARA IR E CSLL
	 
	 
	 
	= LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES
	 
	(-) Pró Labore
	 
	 
	 
	= RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCICIO
	 
Tabela 12 – Estrutura básica da demonstração de resultado do exercício. 
Fonte: www.blog.cefis.com.br
A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) indica quais foram as saídas e entradas de dinheiro no caixa durante o período e o resultado desse fluxo. Assim como a Demonstração de Resultados de Exercícios, a DFC é uma demonstração dinâmica e deve ser incluída no balanço patrimonial.
	Estrutura Básica de Demonstração do Fluxo de Caixa
	Das Atividades Operacionais
	(+) Recebimentos de clientes e outros
	 
	(-) Pagamentos a fornecedores
	 
	(-) Pagamentos a funcionários
	 
	(-) Recolhimentosao Governo
	 
	(-) Pagamentos a credores diversos
	 
	= Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) Atividades Operacionais
	 
	Das Atividades de Investimentos
	(+) Recebimento de venda de imobilizado
	 
	(-) Aquisição de Ativo Permanente
	 
	(+) Recebimento de dividendos
	 
	= Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) Atividades de Investimentos
	 
	Das Atividades de Financiamentos
	(+) Novos empréstimos
	 
	(-) Amortizações de empréstimos
	 
	(+) Emissão de debentures
	 
	(+) Integralização de Capital
	 
	(-) Pagamento de dividendos
	 
	= Disponibilidades geradas pelas (aplicadas nas) Atividades de Financiamentos
	 
	Aumento / Diminuição nas Disponibilidades
	DISPONIBILDADES - no início do período
	DISPONIBILDADES - no final do período
Tabela 13 - Estrutura Básica de Demonstração do Fluxo de Caixa
Fonte: https://portaldeauditoria.com.br/demonstracao-fluxo-de-caixa/
As chamadas notas explicativas têm a função de constar todas as informações relativas ao princípio contábil aplicado, bem como informações adicionais que se façam necessárias para uma boa análise e interpretação dos números.
A demonstração contábil irá proporcionar um verdadeiro fato financeiro de sua empresa, com isso possibilitará a abertura de novos caminhos, novos investimentos ou quando necessários, ajustes e alterações na condução dos negócios para que sejam realizados.
Ter as Demonstrações Contábeis é obrigatório de acordo com o Código Civil, e isso independentemente do tipo de tributação da empresa. Ela será feita pelo escritório de contabilidade contratado e, através dela, será possível identificar como melhorar os resultados visando o crescimento dos negócios.
4.1 DA CONTABILIDADE À ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES
As empresas, inseridas no mundo em suas transformações, urgem obter informações rápidas, precisas e objetivas acerca de sua situação financeira, patrimonial e econômica. Dentro do conceito acima descrito, a contabilidade é um instrumento fundamental para auxiliar a administração moderna, pois sua finalidade é "estudar e controlar o patrimônio, para fornecer informações sobre sua composição e variações, bem como sobre os resultados econômicos decorrentes da gestão da riqueza patrimonial." (FRANCO, 1992, p. 20).
Buscando atender esta necessidade a análise de balanços assume importância significativa, sendo como "a arte de saber extrair relações úteis, para o objetivo econômico que tivermos em mente, dos relatórios contábeis tradicionais e de suas extensões e detalhamentos, se for o caso". Por isso, segundo Matarazzo (1998, p. 13), a análise de balanços "começa onde termina o trabalho do contador", pois ele vai além dos relatórios, traduzindo os dados obtidos em informações acessíveis aos administradores, auxiliando na tomada de decisões, bem como aos demais usuários da contabilidade.
Quanto melhor a qualidade da informação, mais eficaz será o trabalho. Deste modo a quantidade e a qualidade de informações reveladas na análise de balanço proporcionarão um melhor e mais fácil entendimento das demonstrações, podendo ser realizados comparativos entre períodos como evolução, previsto e realizado, transparecendo a situação e o desempenho da empresa.
4.2 ANÁLISE DE ENDIVIDAMENTO
A situação de uma empresa em relação a sua dívida pode ser identificada através do seu grau de endividamento como também de sua capacidade de pagar tais dívidas. Esta análise tem o objetivo de indicar a participação do montante de recursos de terceiros utilizados pela empresa com relação ao seu capital próprio. Em geral, o administrador financeiro está mais preocupado com os empréstimos a longo prazo, onde acarreta mais juros. Os credores também se preocupam com o grau de endividamento da empresa e a capacidade de pagamento, pois quanto mais endividada a empresa estiver, maior será a probabilidade de não honrar seus compromissos com seus credores.
As principais medidas de endividamento e estrutura são descritas a seguir:
Participação de Capitais de Terceiros: também pode ser chamado de grau de endividamento, indica quanto a empresa adquiriu de Capitais de Terceiros para cada 1 (uma) unidade monetária de capital próprio investido, ou seja, neste índice pode-se verificar a proporção entre os capitais de terceiros (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) e o patrimônio líquido (Capital Próprio) utilizado pela empresa.
Do ponto de vista estritamente financeiro, quanto maior a relação capital de terceiros/patrimônio líquido menor a liberdade de decisões financeiras da empresa ou maior dependência a esses Terceiros.
Já do ponto de vista da obtenção de lucro, pode ser vantajoso para empresa trabalhar com capitais de terceiros, se a remuneração para esses capitais for menor que o lucro conseguido com a sua aplicação nos negócios.
5. ANÁLISE DE RENTABILIDADE
Os índices de rentabilidade visam avaliar os resultados auferidos pela empresa, ou seja, mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos, isto é, quanto renderam os investimentos e, portanto, qual o grau de êxito econômico da empresa. As principais bases de comparação adotadas para o estudo dos resultados empresariais são o ativo total, o patrimônio líquido e as receitas de vendas. Os resultados normalmente utilizados, por sua vez, são o Lucro Operacional (lucro gerado pelos ativos) e o Lucro Líquido (após o Imposto de Renda). Todos esses valores financeiros devem estar expressos em moeda de mesmo poder de compra.
5.1 LIQUIDEZ IMEDIATA
Também chamada de instantânea ou absoluta, é a capacidade financeira da empresa em pagar suas obrigações de curto prazo (Passivo Circulante), utilizando-se de suas disponibilidades em caixa, bancos e aplicações financeiras em curtíssimo prazo.
5.2 LIQUIDEZ CORRENTE
Também conhecida por normal ou comum, mostra a posição no caso de utilização total do seu ativo circulante para pagamento total do seu passivo circulante.
5.3 LIQUIDEZ SECA
Chamada também de ácida, é a capacidade financeira da empresa em honrar suas dívidas em curtíssimo prazo (Passivo Circulante), valendo-se de seus ativos mais líquidos. Os estoques são excluídos por representarem bens que não têm data definida de realização financeira, pois se trata dos ativos de menor liquidez, que ainda necessitam ser processados (manufaturados) e vendidos, havendo o risco de que o ciclo operacional não seja completado por alguma razão.
5.4 LIQUIDEZ GERAL
Denominada de total, é a capacidade financeira da empresa de pagar todas suas dívidas de curto e longo prazo.
5.5 INVESTIMENTO
As entidades, tendo em vista a consecução dos seus negócios, podem aplicar recursos próprios por meio da participação acionária em outras entidades. Além disso, outro fato comumente visto nas empresas são os investimentos em algum ativo que não se destine à manutenção da atividade principal e que, em função disso, passa a ser um direito de qualquer natureza não circulante e, consequentemente, deve ser classificado no subgrupo investimentos, no passivo não circulante.
 Devem ser registrados em investimentos:
· As participações permanentes em outras sociedades e;
· Os direitos de qualquer natureza no ativo realizável a longo prazo que não se destinem à manutenção da atividade da empresa, ou seja, não se refiram a ativos imobilizados ou intangíveis.
· As sociedades investidoras estão interessadas em complementar e diversificar as atividades desenvolvidas, além de destinar o ganho obtido para manutenção e obtenção de incentivos fiscais em projetos de sua iniciativa.
6. MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Os investimentos em participações no capital social de outras sociedades, exceto os avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial, de acordo com a lei 6.404/76, serão avaliados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, desde que esta perda esteja comprovada.
De acordo com o inciso I do art. 183 da lei 6.404/76, com redação dada pela lei 11.638/07 e pela lei 11.941/09, as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitose títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo serão avaliados:
Pelo seu valor justo, cujo ativo possa ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação. Isso quando se tratar de aplicações destinadas à negociação ou disponíveis para venda;
Pelo valor de custo de aquisição, ajustado ao valor provável de realização, quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito.
Um investimento ou uma participação de uma entidade em instrumentos patrimoniais (normalmente ações ou cotas do capital social) de outra entidade pode se qualificar como um:
· Investimento em controlada, avaliado pelo método da equivalência patrimonial no balanço individual conforme os pronunciamentos, interpretações e orientações do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) (mas não pelas normas do IASB, já que as normas emitidas pelo IASB não tratam das demonstrações contábeis individuais da controladora);
· Investimento em coligada e em empreendimento controlado em conjunto, avaliado pelo método da equivalência patrimonial, tanto no balanço individual, quanto no balanço consolidado da controladora quando esta tiver, direta ou indiretamente, influência significativa ou controle conjunto sobre outra sociedade, tanto como parte dos pronunciamentos, interpretações e orientações do CPC, quanto das normas internacionais de contabilidade;
· Investimento em controlada, em empreendimento controlado em conjunto ou em coligada, mantido por entidades de investimento, enquadradas nos itens 27 e 28 do Pronunciamento Técnico CPC 36, avaliado ao valor justo contra o resultado;
· Investimento tratado como ativo avaliado ao valor justo (ou ao custo quando não for possível uma mensuração confiável a valor justo), tanto no balanço individual da investidora, quanto no consolidado e nunca pela equivalência patrimonial, tanto como parte das práticas contábeis brasileiras quanto das normas internacionais de contabilidade;
· Investimento em coligada, em controlada ou em empreendimento controlado em conjunto apresentado em demonstração separada, avaliado ao valor justo ou ao custo, nunca pela equivalência patrimonial, tanto como parte das práticas contábeis brasileiras quanto das normas internacionais de contabilidade.
Existem três métodos para avaliação dos investimentos e eles serão descritos a seguir. 
Método de Custo: Nesse método, os investimentos são avaliados segundo o art. 183, III, da lei 6.404/76, ao preço de custo (valor contábil; valor realmente gasto na aquisição), deduzido da provisão para perdas permanentes.
São avaliados pelo método de custo todos os investimentos na forma de ações ou quotas, de caráter permanente, inferior a 20% do capital votante de outra sociedade. 
Em relação às companhias abertas e demais sociedades sujeitas às normas emitidas pelo CPC, essas participações somente serão avaliadas pelo método de custo se não existir preço de mercado cotado em um mercado ativo, ou cujo valor justo não possa ser mensurado com confiabilidades, se não for o caso, os investimentos serão avaliados pelo seu valor justo.
Nesse método o investidor não possui controle nem influência significativa, isto é, o investimento representa menos de 20% do capital votante. Se possuísse controle teria mais de 50%. No caso da influência significativa, teria mais de 20%.
7. MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
Os investimentos de caráter permanentes que devem ser avaliados pelo MEP estão descritos no art. 248 da lei 6.404/76, com redação dada pela lei 11.941/09.
Investimentos em participações em outras companhias que lhe garantam influência ou controle, o que caracteriza estas investidoras como coligadas ou controladas respectivamente.
Dá o direito à investidora de atualizar o investimento a partir dos resultados do patrimônio da investida. As sociedades que devem ser avaliadas pelo MEP são:
· Controladas;
· Coligadas;
· Sociedades que façam parte do mesmo grupo;
· Sociedades que estejam sob controle comum.
O ganho por MEP estará registrado no resultado operacional e representado na conta de ativo não circulante até que seja realizado através da distribuição de dividendos.
7.1 CONTROLE DIRETO OU INDIRETO
O controle acionário pode ser direto ou indireto, ou seja, por meio de outras controladas. É importante destacar que o conceito adotado pela Lei das Sociedades por Ações é o de controle e não de propriedade.
Exemplos:
· A empresa A possui 100% do capital votante da empresa B: Controle direto de subsidiária integral.
· A empresa A possui 60% do capital votante da empresa B: Controle direto de controlada.
· A empresa A possui 90% do capital da empresa C, indiretamente por meio da controlada (60% de investimento): Controle indireto através de uma única controlada.
No último caso, observa-se que, embora a empresa A possua 54% (60% de 90%) das ações da empresa C (propriedade), em termos de controle a empresa A possui 90% das ações, pois na assembleia geral da empresa C a empresa A, por ter a maioria das ações de B, determinará as decisões que B tomará nessa assembleia.
7.2 DIVIDENDOS
Dividendo é o montante do lucro que se divide pelo número de ações. É a parcela de lucro relativa a cada ação, o rendimento proporcionado pela ação.
O art. 202 da lei 6.404/76, alterado pela lei 10.303/01, estabelece: “Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de acordo com as seguintes normas:
I – Metade do lucro líquido do exercício diminuído ou acrescido dos seguintes valores: Importância destinada à constituição da reserva legal; e Importância destinada à formação da reserva para contingência, e reversão da mesma reserva formada em exercícios anteriores;
II – O pagamento do dividendo determinado nos termos do inciso I poderá ser limitado ao montante do lucro líquido do exercício que tiver sido realizado, desde que a diferença seja registrada como reserva de lucros a realizar;
III – Os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e se não tiverem sido absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo declarado após a realização”.
O dividendo obrigatório é devido a todas as ações, sejam ordinárias ou preferenciais. O cálculo deve ser feito a partir da seguinte maneira:
	(+) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
	 
	(-) PREJUÍZOS ACUMULADOS
	 
	(-) RESERVA LEGAL
	 
	(-) RESERVA PARA CONTINGÊNCIA
	 
	(+) REVERSÃO DE RESERVA PARA CONTINGÊNCIA
	 
	(=) LUCRO LÍQUIDO AJUSTADO ANTES DA RLR
	 
	(X) PERCENTUAL ESTABELECIDO NO ESTATUTO
	 
	(=) DIVIDENDO OBRIGATÓRIO ANTES DA RLR
	 
	(-) RESERVA DE LUCROS A REALIZAR
	 
	(+) REALIZAÇÃO DE RESERVA DE LUCROS A REALIZAR
	 
	(=) DIVIDENDO OBRIGATÓRIO
	 
Tabela 14 – Cálculo – Dividendo.
Fonte: Tabela elaborada por Weyla Ferreira da Cruz
7.3 ANÁLISE HORIZONTAL
A análise horizontal é a comparação que se faz entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas, em diferentes exercícios sociais. É basicamente um processo de análise temporal, desenvolvido por meio de números – índices, sendo seus cálculos processados de acordo com a seguinte expressão:
Número – índice = x 100
Pela identidade revela-se que o número – índice é a relação existente entre o valor de uma conta contábil (ou grupo de contas) em determinada data e seu valor obtido na data base. Em outras palavras, representa um valor monetário identificado no exercício que se pretende comparar por meio de um índice, e exprime esse mesmo valor apurado no exercício em que se efetua a comparação.
De acordo com o que ficou demonstrado, é um processo de estudo que permite avaliar a evolução verificada nos diversos elementos das demonstrações contábeis ao longo do tempo. A grande importância dessa técnica é bem clara: permite que se analise a tendência passada e futura decada valor contábil.
7.4 ANÁLISE VERTICAL
A análise vertical é também um processo comparativo, expresso com porcentagem, que se aplica ao relacionar uma conta ou grupo de contas com um valor a fim de relacionável, identificando no mesmo demonstrativo.
Dessa forma, dispondo-se dos valores absolutos e forma vertical, pode-se apurar facilmente a participação relativa de cada item contábil no ativo, no passivo ou na demonstração de resultado, e sua evolução no tempo.
Ao ser processado um estudo comparativo das demonstrações contábeis de uma empresa, é importante que sejam utilizadas tanto análise horizontal como a vertical, a fim de melhor identificar as várias mutações sofridas por seus elementos contábeis.
8. DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS
Essa demonstração retrata as movimentações ocorridas na conta patrimonial de lucros ou prejuízos acumulados, é legalmente obrigatória para praticamente todas as sociedades.
De acordo com o art. Da Lei das S.A. nos incisos I, II e III, representa a seguinte discriminação na demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados:
I – O saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial;
II – As reversões de reservas e o lucro líquido do exercício;
III – As transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período.
	Estrutura da demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados
	Saldo inicial da conta "Lucros/Prejuízos Acumulados" (final do exercício anterior)
	 
	(±) Ajustes de exercícios anteriores
	 
	(+) Correção monetária do saldo inicial (extinta)
	 
	(-) Dividendos extraordinários
	 
	(-) Valor dos lucros incorporado ao capital
	 
	(+) Reversões de reservas
	 
	(±) Lucro/Prejuízo líquido do exercício
	 
	(=) Lucros/Prejuízos acumulados antes da proposta de destinação
	 
	(-) Proposta de destinação do lucro
	 
	Transferências para Reservas
	 
	Reserva Legal
	 
	Reservas Estatutárias
	 
	Reservas para Contingências
	 
	Reservas de Lucros a Realizar
	 
	Outras Reservas de Lucros
	 
	Dividendos Propostos
	 
	(=) Saldo Final da conta "Lucros/Prejuízos Acumulados"
	 
Tabela 15 - Estrutura da demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados
Fonte: Tabela elaborada por Weyla Ferreira da Cruz
8.1 AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES
Os “ajustes de exercícios anteriores” referem-se às mutações havidas em decorrências alteração do critério contábil adotado pela empresa, ou a erros e omissões cometidos em exercícios anteriores, os quais irão alterar a estrutura final de seu patrimônio líquido. Podemos citar alguns exemplos de mudança do critério contábil, como alteração do critério de avaliação dos estoques, resolvendo a empresa utilizar o custo médio ponderado em substituição ao PEPS e adoção do método de equivalência patrimonial no lugar do método do custo corrigido na avaliação de investimento.
8.1.2 DIVIDENDOS EXTRAORDINÁRIOS
Os dividendos extraordinários referem-se às distribuições de lucros realizadas pela sociedade adicionalmente ao valor estatutariamente previsto nos dividendos mínimo obrigatório e preferencial. Na prática, muitas vezes esses dividendos extraordinários são denominados “bonificações em dinheiro”.
8.1.3 VALOR DOS LUCROS INCORPORADOS
Identifica a parcela dos lucros da sociedade que foi canalizada para aumento do capital social.
8.2 REVERSÕES DE RESERVAS
As parcelas do lucro líquido de exercícios anteriores que foram destinadas à constituição de reservas serão convertidas, no todo ou em parte, quando não existir mais razão para sua manutenção.
Deve-se destacar que, para efeitos de elaboração dessa demonstração, não se deverão especificar as reversões de provisões (reversão do saldo de provisão para devedores duvidosos, ou qualquer outra forma de provisão), as quais são bem mais consideradas quando do cálculo dos resultados do exercício.
8.2.1 LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
Representa o lucro ou prejuízo exatamente como apurado na demonstração do resultado do exercício, e transferido (após as deduções das várias participações nos lucros debenturistas, empregados) diretamente para a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados.
8.2.2 RENTABILIDADE E SEGURANÇA
No que se trata sobre as aplicações em curto prazo, verifica-se que a empresa, ao pleitear maior segurança, ou menor risco financeiro em suas operações, preocupar-se-á em manter seu capital circulante líquido em níveis mais elevados. Entretanto, ao atribuir maior prioridade ao incremento de sua rentabilidade, procurará reduzir o volume de seu capital de giro por meio de uma utilização maior de capitais de terceiros resgatáveis em curto prazo. É isso que constitui o dilema da administração do capital de giro: segurança (liquidez) X rentabilidade.
Os dois conceitos variam de maneira inversa, ou seja, um aumento da liquidez (ou redução do risco) acarreta um decréscimo da rentabilidade.
8.3 CUSTO DO INVESTIMENTO EM CAPITAL DE GIRO
O estudo do capital de giro envolve essencialmente as atividades de natureza operacional da empresa, identificadas nas fases de compra, pagamento, fabricação, venda e cobrança. Em cada fase a empresa deve tomar diversas decisões com relação aos investimentos operacionais necessários, como:
· Compras: quanto e quando comprar;
· Fabricação: capacidade de produção, tecnologia empregada;
· Venda: condições de venda (à vista, a prazo);
· Cobrança: política de cobrança, inadimplência;
· Pagamentos: recursos disponíveis ou novas captações.
9. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE
Normalmente a teoria da contabilidade admite a necessidade de hierarquizar conceitos, evidenciando que em tudo há hierarquia e que existem muitos teóricos que admitem divisões nos princípios. É proposta a seguinte hierarquia:
· Postulados - Ambientais da contabilidade;
· Princípios Contábeis - São preceitos básicos que devem orientar os registros contábeis, mutáveis no tempo sujeitos a discussão;
· Convenções - São restrições, delimitações, condicionamentos de aplicação aos princípios contábeis.
Os princípios contábeis são: Custo histórico; denominador comum monetário; Realização da Receita; Confrontação da Despesa.
9.1 SISTEMA DE CONTABILIDADE
O sistema de contabilidade é o conjunto de atividades contábeis compatíveis que vai desde a compreensão da atividade empresarial, passando pela análise e interpretação de cada fato contábil isoladamente, sua contabilização, até a elaboração das demonstrações financeiras. Sua análise, interpretação e recomendações aperfeiçoarão o desempenho da empresa.
Muitas alternativas poderiam surgir na escolha de um sistema:
· Sua procedência: norte-americano, francês, italiano;
· Sua abordagem principal: sistema estruturalista, custo por absorção, custeio direto, custo-padrão;
· Forma de processamento: sistema manual, maquinizado, mecanizado ou eletrônico;
· E fabricantes de equipamentos: Ruf, IBM, National, Zornita, Front Feed, Olivetti, entre outros.
9.2 INSTRUMENTOS FINANCEIROS (DERIVADOS)
É um contrato definido entre duas partes no qual se definem pagamentos futuros baseados no comportamento dos preços de um ativo de mercado, em resumo podemos dizer que um derivativo é um contrato cujo valor vem de outro ativo. O que se denomina por derivativo pode ser negociado em uma série de mercados quais sejam: mercado a termo, mercado futuro e mercado de opções.
9.2.1 CONTROLE PERMANENTE DE ESTOQUE E DE INVENTÁRIOS
As empresas que operam com mercadorias de elevado valor unitário, tais como automóveis, televisores e outras máquinas e aparelhos valiosos, utilizam o controle de estoque permanente ou inventário permanente dos estoques, mesmo porque o número de operações é reduzido, tanto de compra como de vendas. Isto permite examinar as notas fiscais, elaborar o registro nas fichas, calcular o custo da venda (CMV) de cada unidade.
O CMV é facilmente acumulado após o cálculo direto, esse processo baseia-se em um conjunto de fichas sob controle que evidencia o custo de artigo que permanece no estoque.
9.2.2 APURAÇÃO DO CMV
Os custossão multiplicados pelas quantidades e obtidos os valores de cada item, estes deverão ser somados para efetuar a contabilização do valor total do inventário e para obter na contabilidade o CMV do período.
9.2.3 CUSTO OU MERCADO (VALOR JUSTO)
É a convenção do conservadorismo que determina a avaliação dos ativos pelo menor valor, assim como dos passivos pelo maior valor. Acontece que nem sempre a legislação concorda, pois, os exageros reduzem indevidamente o lucro tributável, provocando a evasão de rendas.
10. INVESTIMENTOS
São aplicações relativamente permanentes, com propensão a produzir renda para a empresa. São participações voluntárias ou incentivadas em empresas e direitos de propriedade, não enquadráveis no ativo circulante, nem no realizável a longo prazo, nem mesmo no imobilizado, pois não se destinam à atividade operacional da empresa.
10.1 EMPRESAS QUE APLICARÃO O MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
Serão avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial quando no balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle comum.
Sociedades Coligadas: são as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa.
Sociedades Controladas: aquelas na qual a controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é titular de direitos de sócios que lhe assegurem, de modo permanente, o poder de eleger a maioria dos administradores.
11. ESTATÍSTICA
A estatística é o ramo da matemática responsável por métodos e técnicas de pesquisa envolvendo experimentos, coleta de dados, processamento, representações gráficas, análise e divulgação das informações.
 Com o decorrer da história, deu-se um crescente aperfeiçoamento e desenvolvimento da estatística, que sempre visaram a melhora nos processos de obtenção e recolhimento de informações, possibilitando o estudo adequado de diversos fenômenos, fatos, eventos e ocorrências nas diversas áreas do conhecimento humano. Portanto fornece ferramentas que ao serem utilizadas permite lidarmos com situações sujeitas a incertezas é o principal objetivo do ramo.
11.1 UTILIZAÇÃO NA CONTABILIDADE
A contabilidade utiliza registros e fatos ocorridos dentro de uma empresa e organiza-os em dados numéricos para mostrar a real situação econômico-financeira da empresa. 
Segundo Ribeiro (1996), ela fornece informações do patrimônio para facilitar as tomadas de decisões dos administradores e proprietários.
A contabilidade não é uma ciência exata, e sim uma ciência social, pois é a ação humana que gera e modifica o fenômeno patrimonial. Todavia, a Contabilidade utiliza os métodos quantitativos (matemática e estatística) como principal ferramenta.
Esta é uma forma de pesquisa utilizada para a coleta de dados, por ter a necessidade de decisão a ser tomada dando mais precisão ao problema a ser solucionado.
A estatística é uma coleção de métodos para planejar experimentos para obter dados, organizá-los e deles tirar conclusões. (TRIOLA, 1999). Ela utiliza dados numéricos para poder determinar e até mesmo prever como um produto/serviço será utilizado e se o mesmo trará rentabilidade para empresa ou não.
12. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
A contabilidade é essencial para fornecer informações e sustentar bases para que uma visão de médio e longo prazo possa ser construída, porém é a gestão financeira quem poderá guiar todo o negócio no âmbito “micro gerencial” no dia a dia, no melhor caminho possível até alcançar esse objetivo final.
A administração financeira é composta por um conjunto de ações tomadas no negócio que vão desde o planejamento, até o controle e a análise de todas as atividades financeiras que englobam os processos de uma organização.
Geralmente as áreas de atuação da administração financeira de uma empresa podem ser divididas em finanças corporativas, investimentos, instituições financeiras e finanças internacionais. Ambas as áreas visam a viabilização do crescimento, desenvolvimento e estabilização do negócio.
12.1 OBJETIVO
Visa consolidar o negócio cada vez mais, oferecendo possibilidades de ampliações e bons rendimentos. A eficiência neste caso permitirá ao empresário ver um pouco mais adiante e planejar o futuro dos negócios.
Quando aplicada, a administração financeira passa a controlar os gastos e os investimentos do capital para que assim, sejam conquistados mais recursos que vão financiar, por exemplo, equipamentos mais modernos, mão de obra mais qualificada, matéria prima de melhor qualidade, melhoria do serviço prestado, além de possibilitar ampliações (através de novas filiais), resultando em um maior retorno financeiro.
Ao falarmos da parte prática da administração financeira de uma empresa, nos referimos as análises, otimizações, agilidade e, principalmente, controle.
Estas são algumas das tarefas envoltas na administração financeira de uma empresa: 
· Análise financeira: análise dos resultados financeiros da empresa;
· Planejamento financeiro: planejamento visando crescimento e melhorias, tanto do processo, quanto do fluxo de caixa;
· Utilização de recursos: negociação que gira em torno da captação de novos recursos e da maneiro como estes serão aplicados;
· Crédito: análise do tipo de crédito que será oferecido aos clientes;
· Cobrança: cobrança do crédito oferecido aos clientes;
· Caixa: manter o fluxo de caixa saudável, evitando que o saldo do caixa fique negativo;
· Contas a pagar e receber: controle de todas as contas a receber, provenientes das vendas realizadas, tanto à vista quanto a prazo. Assim como das contas a pagar, que se referem à fornecedores, impostos Federais, Municipais e Estaduais), despesas de consumo (água, luz, gás) e com pessoal (salários, FGTS, INSS) e manutenção equipamentos.
Portanto através do seu rígido controle, a administração oferece à gestores e empresários a possibilidade de ver, de forma clara, a situação da sua empresa para que assim, possam tomar suas decisões utilizando-se de dados atualizados, praticamente em tempo real, e acessíveis a qualquer instante.
13. MÉTODO
A presente pesquisa se configura como qualitativa. Este modelo interpretativo que coleta dados descritivos mediante contato direto e interativo com o objeto de pesquisa. (LANDIM et al., 2005). Para a realização do estudo não foi necessário ir a campo para obtenção de informações, mas sim a utilização de um programa, além do levantamento bibliográfico que conceituou os termos referidos.
O levantamento bibliográfico explica um problema a partir de referenciais teóricos publicados em documentos. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Ambos os casos buscam conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema. (CERVO & BEUREN, 2004, p. 86).
O Account é um programa desenvolvido exclusivamente para utilização didática. Este foi o sistema adotado para a realização dos lançamentos contábeis e obtenção dos dados relativos à empresa fictícia “APS Indústria de Torneiras Ltda”. Os lançamentos realizados têm como base toda movimentação que vierem a alterar o patrimônio do objeto de estudo.
O software permite o intercâmbio de exercícios eletrônicos e a resolução deles, desta forma alunos e professores podem estar conectados a qualquer momento. O orientador das atividades práticas supervisionadas poderá visualizar em seu computador a situação completa do exercício resolvido pelos alunos e lhes direcionar.
14. CONCLUSÃO
Nesta pesquisa foram abordados os principais temas da Contabilidade de Custos no âmbito industrial, buscando entender o funcionamento das formas de custos de produção e a importância destas informações para tomada de decisão.
O software Account propiciou o desenvolvimento do exercício proposto por: Ficha de movimentação do estoque de matéria prima como o controle de estoque; Alocação dos custos indiretos de fabricação aos departamentos; Apuração do custo dos produtos acabados; Lançamentos contábeisno diário; Razonetes; Balancete de verificação mensal; Demonstração de resultados e Balanço Patrimonial. 
Juntamente com o levantamento bibliográfico, o sistema sustentou toda elaboração e desenvolvimento do trabalho, sendo primordial para a obtenção dos resultados que inferiram diretamente no bom crescimento lucrativo da organização, pois este forneceu os relatórios fundamentais para que fossem tomadas as medidas necessárias.
Averiguou-se que na “APS Indústria de Torneiras Ltda” o controle do custo de fabricação é de extrema importância, pois possibilita enxergar os gastos para que, mediante a situação da organização, se tenha base para efetuar a redução dos custos.
Ao optar pelo “Lucro Real” trimestral cumprindo com as regras para enquadramento em tal regime, foram obtidos R$ 819.926,63 de lucro líquido ao final do período.
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