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Definição: é uma das etapas finais dos tratamentos e consiste em preencher o canal, saneando e dilatando suficientemente pela biomecânica com a utilização de materiais que promovem selamento hermético que sejam efetivos e biologicamente compatível com os tecidos periapicais. MOMENTO DA OBTURAÇÃO 1. Biopulpectomia: mesma sessão ( depende do ponto de vista histopatológico) 2. Necropulpectomia: mínimo 2 sessões Obs : sessão única em dentes despolpados: a incidência critica de sintomatologia pós-operatória e o sucesso a longo prazo da terapia. OBS estudos mostram que a obturação 2 mm aquém do ápice possui melhor resultado a longo prazo p/ bio e necro. QUANDO O CANAL PODE SER CONSIDERADO SATISFATORIO P/ A OBTURAÇÃO? 1. Ausência de sintomatologia dolorosa, espontânea e a percussão vertical e apical a palpação. 2. Ausência de mobilidade e exsudado 3. Após o preparo c/ canal asséptico e afunilado 4. Canal seco Explicação: Após preparo completo, MIC e selamento provisório, normalmente na segunda sessão, vamos avaliar o pós-operatório, o qual deve ser feito no mínimo 72 horas após o preparo, o paciente não deve relatar dor e, caso esta tenha ocorrido, ela não deve ter ultrapassado as primeiras 48 horas e clinicamente não deve ser observado dor à palpação apical ou à percussão vertical e horizontal e o dente não deve apresentar mobilidade e muito menos edema ou fístula. MATERIAIS OBTURADORES Requisitos de matérias obt. Segundo Grossman: 1. Facilidade na hora de introduzir no canal 2. Selamento lateral e apical 3. Não sofrer alteração volumétrica 4. Impermeável e insolúvel 5. Radiopaco 6. Não manchar a estrutura dentária 7. Apresentar adesividade às paredes do canal. 1. Bacteriostático 2. Biocompatível 3. Ser estéril/esterilizado 4. Fácil remoção 5. Sofrer reabsorção no periápice 6. Estimular a mineralização 7. Ser plástico durante a inserção → sólido após 8. Bom tempo de trabalho 9. Bom escoamento + viscosidade + aderência 10. Ph próximo ao neutro → pH alcalino GUTA- PERCHA: 1. classificados em dois tipos: os padronizados (calibrados- 0,02 mm/mm) e os auxiliares (conicidades variáveis pontas mais afiladas) 2. Em canais curvos os cones acessórios podem ser empregados como principais. 3. Comportamento viscoelástico, isto significa que, em temperaturas altas → viscoso e temperaturas intermediárias → sólido. Vantagens : 1. Adaptam-se facilmente às irregularidades do canal 2. São bem tolerados pelos tecidos perirradiculares. 3. São radiopacos 4. Possuem estabilidade dimensional 5. Não alteram a cor da coroa do dente quando usados no limite coronário 6. Podem ser facilmente removidos. Desvantagem: 1. Pequena resistência mecânica à flexocompressão (rigidez), o que dificulta o seu OBTURAÇÃO DO SISTEMA DE CANAIS RADICULARES NEWANY SÁ -102 uso em canais curvos e atresiados. 2. Apresentam pouca adesividade, o que exige a complementação da obturação com cimentos endodônticos. 3. Podem ser deslocados pela pressão, provocando sobreobturação durante os processos de compactação. 4. Conservados em local fresco e protegidos da luz→ + longevidade. A desinfecção dos cones de guta-percha antes do uso 1. Imersão em hipoclorito de sódio na concentração de 2,5% até 5,25% → 1 min → tomando-se 2. Clorexidina a 2%, não apresenta substância potencial para alterar a estrutura superficial dos cones de guta-perchaa → tempo não foi estabelecido ( Carmen disse 2 min) Existem outros materiais além da guta-percha: RESILON e THERMAFIL ( caso caia em alguma questão) INSTRUMENTOS P/ OBTURAÇÃO DOS CANAIS RADICULARES 1. Espaçadores digitais 2. Condesadores verticais 3. Régua milimetrada TIPOS DE MATERIAIS 1. Materiais em estado solido → cone de guta- percha e de prata 2. Matérias em estado plástico → cimentos e pastas CIMENTOS OBTURADORES Usualmente empregados para reduzir a interface existente entre aguta-percha e as paredes do canal. 1) Cimentos à base de óxido de zinco e eugenol 1. Presa do cimento se dá por reação ácido-base 2. A água funciona como um acelerador da reação de presa. 3. O eugenol → antibacteriana, efeito anestésico e anti-inflamatório. É bactericida em concentrações relativamente altas. 4. Eugenol podem modular a resposta tecidual à injúria, reduzindo a intensidade do processo inflamatório. 5. Elevadas concentrações→ eugenol pode induzir vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo → efeito deletério para uma polpa já lesada, acarretando necrose tecidual. → já em em baixas concetrações → ação anti- inflamatoria e analgésica. 6. Sem aditivos apresenta baixa capacidade de adesão e baixo escoamento 7. Tempo de trabalho é de aproximadamente 3 hrs EX: Endofil ( HERPO Brasil) ou cimento de Grossman : 1. boa capacidade seladora; 2. baixa permeabilidade; 3. estabilidade dimensional 4. adesividade adequada; 5. baixa solubilidade; e baixa desintegração 6. Para verificar se a mistura está correta→ levantar a espátula e verificar se está “liguento” - 2) Cimentos a base de resina plástica EX : AH PLUS: 1. Forma de pasta/pasta. A proporção indicada para se preparar a mistura é de 1:1 2. Tempo de trabalho → 4hrs 3. Boa capacidade seladora apical→ promove selamento biológico pela deposição de um tecido cementoide. 4. Atividade antibacteriana satisfatória e excelente escoamento. 5. Outros cimentos a base de resina plástica: : MetaSeal, Endo-Rez, Endo-Rez MTA fillapex ( cuidado: no livro tá como outros tipos de materiais e não derivados das resinas plásticas) 1. Bom escoamento, tempo de presa e força de adesão 2. Selamento marginal de longa duração. 3. Alta radiopacidade. 4. Estimulação da formação de tecido duro no ápice dental e em locais de perfuração. 5. Baixa expansão de presa. 6. Excelente viscosidade para obturação dos canais radiculares. 7. Não mancha a estrutura dental. 8. O tempo de trabalho desse cimento é de 30 minutos, enquanto o de presa é de 120 3) Cimentos a base de hidróxido de cálcio Possui ótimas características biológicas, mas para a endo precisa obedecer a características físico-químicos. Desvantagens: 1. Não é radiopaco 2. pouco escoamento 3. não tem boa viscosidade, 4. é permeável e é solubilizado com o tempo → necessidade de associá-lo a veículos com o objetivo de contornar tais deficiências. 5. Os veículos→ substâncias associadas à formulação que melhoram a radiopacidade, viscosidade, fluidez, adesividade e escoamento da pasta. EX : Sealapex 1. primeiros cimentos endodônticos à base de hidróxido de cálcio a ser comercializado 2. forma pasta ( catalisador) -pasta ( base) 3. manipulação: Partes iguais da base e do catalisador devem ser dispensadas sobre uma placa de vidro até ficar homogêneo. 4. Tempo presa → 2 hrs Outros a base de hidróxido de cálcio: CRCS, Sealer 26, Apexit Plus, Acroseal, . OBS : tem sido observado que resíduos de umidade no canal aceleram significativamente o endurecimento do material→ secar bem o canal antes de qualquer procedimento obturador. PROPRIEDADES DOS MATERIAIS OBTURADORES 1) Propriedades Biológicas: 1. Biocompatibilidade 2. Atividade Antimicrobiana 2) Propriedades Físico-Químicas: 1. Adesividade 2. Estabilidade Dimensional 3. Selamento 4. solubilidade 5. escoamento 6. radiopacidade RESUMINDO: os cimentos mais utilizados em Endodontia são eficazes em reduzir significativamente a microinfiltração de fluidos e bactérias, em níveis compatíveis com o sucesso da terapia endodôntica, desde que o controle da infecção intrarradicular tenha sido apropriado . Além disso, a grande maioria dos cimentos descritos apresenta diferentes graus decitotoxicidade imediatamente após a manipulação. Todavia, após a presa do material, sua toxicidade é bastante reduzida. Com exceção dos produtos contendo paraformaldeído na formulação, Assim, cimentos endodônticos não possuem toxicidade mantida com o tempo, o que os torna incapazes de induzir e/ou perpetuar uma lesão perirradicular. Preparo químico-mecânico e a medicação intracanal devem reduzir a carga bacteriana a níveis compatíveis com o reparo perirradicular, o papel primordial da obturação é manter estes níveis baixos, eliminando o espaço para recolonização SUCESSO DE UM T.T ENDO : No tratamento endodôntico primário de um canal radicular, quatro parâmetros são fundamentais para o sucesso: 1. controle da infecção 2. obturação compacta do canal radicular; 3. limite da obturação até 2 mm aquém do forame apical; 4. Restauração coronária adequada. TÉCNICA DA OBTURAÇÃO PELA CONDESAÇÃO LATERAL ( a frio) A técnica de condensação lateral a frio consiste da associação de cones de guta percha, principal e secundário e cimento obturador endodôntico, valendo-se dos espaçadores digitais para a condensação lateral da guta percha. Não é indicado em casos de canais curvatura extrema PASSO A PASSO: 1) Seleção do espaçador 2) Seleção do Cone Principal : o Inspeção Visual : quando coloca o cone no Comprimento de trabalho e não deve apresentar distorções. o Critério Tátil: quando tem resistência ao deslocamento coronário o Critério Radiográfico: confirmar a exatidão da seleção, em dentes com mais de 1 raize fazer uma ortorradial e depois uma com angulação ou para distal ou m. 3) Secagem do Canal : cones de papel absorvente deverá ser mantido no interior do canal, até o momento da obturação propriamente dita, a fim de absorver a umidade que se deve acumular. 4) Preparo do Cimento Obturador 5) Colocação do Cone Principal: pode-se colocar o cimento e depois o cone princi. ( com mov, de rotação anti-horária e retrocesso lento em sentido cervical) Ou o cone embebido pelo cemento ( movimentos curtos de avanço e retrocesso até atingir o CT) OBS Cone com um único movimento no sentido apical → geram bolhas de ar que ficam aprisionadas. A presença de bolhas pode provocar dores durante o ato da obturação. Além disso, a colocação do cone no interior do canal radicular com um único movimento pode produzir uma pressão unidirecional no sentido do forame apical, causando o extravasamento do cimento para os tecidos perirradiculares. 6) Compactação Lateral Propriamente Dita: o cone principal de guta-percha é ajustado no segmento apical do canal e seguido do avanço do espaçador → promove a compactação ou a adaptação do material obturador nas paredes do canal radicular propiciando um selamento adequado. OBS: O espaçador selecionado é introduzido no canal lateralmente ao cone de guta-percha principal, utilizando-se movimentos simultâneos de penetração no sentido apical e rotação. 7) Compactação Vertical Final: cortados com instrumento aquecido (espátula de inserção nº 1) em sentido lateral, de encontro à parede dentinária na embocadura do canal 8) Imediatamente depois do corte, realiza-se uma compactação no sentido apical, usando-se um compactador sem aquecimento → por cerca de 3 min. 9) limpa-se completamente a câmara pulpar com álcool etílico, removendo-se todos os resíduos de material obturador→ Estes procedimentos objetivam prevenir o escurecimento da coroa dentária após a conclusão do tratamento endodôntico. 10) Radiografia para avaliar o limite cervical da obturação e, se necessário, fazer os devidos reajustes 11) A cavidade coronária deve ser preenchida com material selador temporário após obturação. MANOBRA DO TAMPÃO APICAL o Realizado na obturação de dentes com necrose pulpar e reabsorção apical visível radiograficamente em dentes com rizogênese incompleta o O tampão apical consiste na colocação de um material obturador biologicamente compatível com os tecidos perirradiculares no segmento apical do canal radicular (tampão apical), sendo o restante obturado de forma convencional (cimento endodôntico e cones de guta-percha). PASSO A PASSO- resumido 1. Permeabilização dentinária 2. Irrigação, aspiração e secagem dos canais radiculares 3. Seleção do cone principal 4. Prova do cone 5. Verificação radiográfica da adaptação do cone principal 6. Retirada do cone principal 7. Obturação propriamente dita 8. Preparo do cimento obturador 9. Passagem do cimento do cone principal 10. Colocação do cone principal envolto por cimento 11. Tomada radiográfica para verificar a condensação 12. Corte do excesso dos cones 13. Condensação vertical 14. Limpeza da câmara pulpar 15. Selamento 16. Radiografia final 17. cones principais números 15, 20 e 25 não são utilizados, como também os espaçadores números 15, 20 e 40 OBS: A qualidade da obturação (adaptação do material obturador) pode ser observada radiograficamente apenas nas paredes mesial e distal (proximal) devido a radiografia ser bidimensional. Obturação defeituosa: Possui espaços vazios em seu interior sem selamento suficiente para impedir a penetração de microrganismos, principalmente pelo forame que propiciam um meio nutritivo favorável à multiplicação de germes e o conduto passará a comportar-se como foco de infecção, criando reações inflamatórias periapicais peculiares aos dentes infeccionados. TÉCNICA DE TERMOPLASTIFICAÇÃO DA GUTA-PERCHA 1. A Guta-percha é plastificada 2. recomendada em diferentes técnicas para o completo preenchimento do espaço pulpar 3. Promove selamento resistente à penetração de fluidos e de microrganismos no sistema de canais. 4. A guta-percha plastificada apresenta maior escoamento e melhor embricamento mecânico às paredes dentinárias. TÉCNICA DE SCHILDER: 1. Plastificação do cone de guta-percha no canal radicular mediante a inserção de um instrumento aquecido, seguida da compactação vertical,
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