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Sistema Muscular

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 Produção dos Movimentos Corporais: 
Movimentos globais do corpo como, por 
exemplo, andar e correr; 
 Estabilização das Posições Corporais: A 
contração dos músculos esqueléticos 
estabilizam as articulações e participam da 
manutenção das posições corporais como, por 
exemplo, ficar em pé ou sentado. 
 Regulação do Volume dos Órgãos: A contração 
sustentada das faixas anelares dos músculos 
lisos (esfíncteres) pode impedir a saída do 
conteúdo de um órgão oco; 
 Movimento de Substâncias Dentro do Corpo: As 
contrações dos músculos lisos das paredes dos 
vasos sanguíneos regulam a intensidade do 
fluxo. Os músculos lisos também podem mover 
alimentos, urina e gametas no sistema 
reprodutivo. Os músculos esqueléticos 
promovem o fluxo de linfa e o retorno do sangue 
para o coração; 
 Produção de Calor: Quando o tecido muscular 
se contrai ele produz calor e grande parte desse 
calor liberado pelo músculo é usado na 
manutenção da temperatura corporal; 
 
 
O tecido muscular é formado por fibras (células com 
formato alongado). As fibras musculares são divididas 
em três grupos: 
 
 Fibra Muscular Esquelética: Forma os músculos 
esqueléticos. Os músculos esqueléticos formam 
a carne do corpo e tracionam os ossos nos 
movimentos voluntários; 
 Fibra Muscular Lisa: As proteínas desse tecido 
muscular não estão organizadas em estrias 
como estão, por exemplo, no músculo 
esquelético. Os músculos lisos dispõem-se em 
camadas dentro de órgãos (exceto no coração) 
e trabalham em sincronia com o sistema 
nervoso autônomo para a contração 
involuntária; 
 Fibra Muscular Cardíaca: A sua organização é 
parecida com a do músculo esquelético, porém 
ela é de contração involuntária, pois está 
associada ao nervo vago para o controle da 
frequência cardíaca. Além disso, a sua 
organização é feita, especialmente, para não 
sofrer fadiga e não acumular metabólicos no 
coração. 
 
 
 
 
Os músculos são divididos em nove grupos que 
acompanham a divisão topográfica do corpo: 
 Cabeça; 
 Pescoço; 
 Tórax; 
 Abdômen; 
 Região Posterior do Tronco; 
 Membros Superiores; 
 Membros Inferiores; 
 Órgãos dos Sentidos (associados ao globo 
ocular ou a língua, por exemplo); 
 Períneo. 
 
 
Os músculos, majoritariamente, possuem uma região 
mais larga denominada corpo - ventre e duas 
extremidades, uma proximal, conhecida como origem, 
e outra distal, conhecida como inserção. 
Nas extremidades encontram-se componentes do 
tecido conjuntivo denominados tendões ou 
aponeuroses, responsáveis por fixar a musculatura no 
esqueleto ou separar um músculo do outro 
(aponeurose). 
 
 
Anatomia 
Sistema Muscular 
Beatriz Fernandes 
 
1. Forma: 
 
 Fusiforme: Possuem formato de fuso; 
 Unipenniforme: Possuem o formato de uma meia 
pena; 
 Bipenniforme: Possuem o formato de uma pena 
completa; 
 Multipenniforme: Possuem o formato de várias 
penas como, por exemplo, o músculo serrátil (lateral 
do tórax); 
 Planos ou Chatos: Estão presentes no peitoral; 
 Longos: Como, por exemplo, o músculo da coxa; 
 Curtos: Como, por exemplo, os músculos posturais 
da cabeça ou os intrínsecos do dorso; 
 Mistos: Possuem porções curtas e longas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Situação: 
 
 Superficiais: Como, por exemplo, os músculos da 
face; 
 Profundos: É necessária a dissecação de uma 
camada para a sua observação como, por exemplo, 
os músculos das camadas profundas do dorso. 
 
 
 
3. Origem: 
 
 Uma origem (uníceps): Como, por exemplo, o 
músculo palmar longo; 
 Bíceps: Possuem duas origens, ou seja, duas 
cabeças como, por exemplo, o bíceps braquial; 
 Tríceps: Possuem três origens sendo uma superior, 
outra lateral e uma medial como, por exemplo, o 
tríceps braquial; 
 Quadríceps: Possuem quatro origens sendo uma 
lateral, outra medial, uma superior e uma 
intermédia como, por exemplo, aquele encontrado 
na região anterior da coxa. 
 
 
 
4. Número de Ventres: 
 
Os ventres são as regiões mais largas do músculo, onde 
se encontram as fibras musculares. 
 
 Digástrico: É encontrado, por exemplo, na região 
anterior do pescoço, e possui dois ventres 
separadas por uma alça fibrosa; 
 Poligástrico: Possui diversos ventres como, por 
exemplo, o músculo reto abdominal (parede 
anterior do abdômen). 
 
 
5. Ação Muscular: 
 
 Agonistas: São os músculos que executam a ação. 
Na flexão do antebraço, por exemplo, o agonista 
seria o bíceps braquial; 
 Antagonistas: São os músculos contrários ao 
movimento. Na flexão do antebraço, por exemplo, o 
antagonista seria o tríceps (extensão); 
 Sinergistas: Auxiliam o agonista a realizar o 
movimento; 
 Fixadores: Fixam a origem do agonista para 
aumentar a eficiência do movimento. Na flexão do 
antebraço, por exemplo, o fixador é o deltoide. 
 
 
 
 
Esses componentes anatômicos são as porções que 
ficam associadas ao tecido muscular para a fixação 
deles. O tecido conjuntivo irá formar os tendões e os 
envoltórios musculares. 
 
 Fáscia Superficial: É a camada que separa os 
músculos da pele. Ao observarmos, por exemplo, a 
pele da lateral da face nós visualizamos a fáscia 
temporal (músculo temporal); 
 Fáscia Muscular: É uma faixa de tecido mais larga e 
mais fibrosa que irá circundar os músculos e 
separá-los uns dos outros, e das vísceras. As fáscias 
musculares funcionam como um conduite para os 
vasos sanguíneos, pois é a partir delas que eles se 
difundem para a musculatura. No membro inferior, 
por exemplo, as fáscias auxiliam no retorno venoso, 
pois elas dão um limite para a expansão muscular, 
causando a compressão da veia contra a 
musculatura, o que ajuda na constituição da bomba 
músculo venosa. As varizes são um sinal de veia 
incompetente, ou seja, as válvulas dessas veias já 
não funcionam mais. 
 Endomísio: É a membrana de tecido conjuntivo que 
envolve cada fibra muscular; 
 Perimísio: É o revestimento do agrupamento de 
fibras musculares em feixes de 10 a 100 fibras 
musculares (fascículos musculares); 
 Epimísio: É o envoltório, contínuo com a fáscia e com 
o tendão, do músculo, ou seja, da união dos 
fascículos musculares. 
 
 
 
 Aponeurose: É um tendão plano encontrado, por 
exemplo, no músculo epicrânio (aponeurose 
craniana), em que separa o ventre frontal do ventre 
occipital desse músculo. Nós também encontramos 
aponeuroses nos músculos do abdômen como, por 
exemplo, no oblíquo interno, em que separa os 
músculos oblíquo interno e reto abdominal. 
 
 
 
 
 
 
1. Músculos Dérmicos ou Mímicos: São aqueles 
responsáveis pela expressão facial. 
 
 Músculo Occipitofrontal ou Músculo Epicrânio: 
Possui um ventre frontal, que recobre a testa, e um 
ventre occipital. Entre esses dois ventres há a galha 
aponeurótica ou aponeurose do músculo epicrânio 
(aponeurose larga). Esse músculo se insere na pele 
acima das sobrancelhas e, por isso, quando 
contraímos o ventre frontal nós erguemos as 
sobrancelhas em direção ao couro cabeludo. O 
ventre occipital auxilia a contração do couro 
cabeludo, movimentando-o junto com os 
movimentos faciais. 
 
 
 
 Músculos da Órbita: 
 
a) Músculo Orbicular do Olho: Ele forma uma órbita 
(círculo) e possui uma porção orbital, que fica acima 
da borda supraorbital e da borda infraorbital, e uma 
porção palpebral, que forma as pálpebras e recebe 
fibras do sistema nervoso autônomo. A porção 
palpebral recebe fibras do sistema nervoso 
autônomo, pois piscar é um reflexo de proteção do 
globo ocular que funcionará permanentemente. O 
músculo orbicular do olhos possui tanto fibras do 
sistema nervoso autônomo quanto fibras do 
sistema nervoso simpático. O sistema nervoso 
autônomo (involuntário) será responsável pelo 
controle do reflexo de piscar e o sistema nervoso 
simpático (voluntário) será responsável, por 
exemplo, pelo controle voluntário de fechar os olhos. 
b) MúsculoCorrugador do Supercílio: Quando o 
músculo orbicular do olho é dissecado nós 
observamos na borda supra orbital uma faixa 
muscular que irá terminar na pele entre as 
sobrancelhas, essa faixa muscular é o músculo 
corrugador do supercílio, que formará rugas entre 
as sobrancelhas quando elas são aproximadas 
(expressão de dúvida e raiva). 
 
 
 
 
 Músculo Prócero: Encontra-se entre os músculos 
orbiculares do olho e possui um formato de leque. 
Ele trabalha em harmonia com o músculo nasal, 
pois ele auxilia no enrugamento da pele acima do 
nariz. Quando precisamos abrir as narinas, o 
músculo nasal (entre o dorso e a asa do nariz) 
levanta as asas do nariz e abre-as. No entanto, para 
sentirmos cheiros e enrugarmos o nariz o músculo 
nasal recebe o auxílio no músculo prócero. 
 
 
 
 Músculo Levantador do Ângulo da Boca. 
 Músculos Zigomáticos: O músculo zigomático 
maior, principalmente, é responsável pelo sorriso 
verdadeiro (aquele em que vemos os dentes). 
 Músculo Risório: É responsável pelo sorriso forçado 
(aquele em que não vemos os dentes), pois apenas 
afasta os ângulos da boca. 
 Músculos Depressores do Ângulo da Boca: São 
responsáveis por projetar os cantos da boca para 
baixo durante uma expressão triste, por exemplo. 
 Músculo Orbicular da Boca: É o músculo do beijo, 
responsável por franzir o lábio. 
 
 
 
 Músculos Auriculares: Responsáveis por 
movimentar o pavilhão auditivo enquanto 
mastigamos, falamos e respiramos. São três os 
músculos auriculares, auricular superior, auricular 
anterior e auricular posterior. 
 
 
 
2. Músculos da Mastigação: 
 
A articulação temporomandibular é a única articulação 
móvel do crânio (diartrose) e encontra-se entre o 
côndilo (cabeça) da mandíbula e a fossa mandibular do 
osso temporal. Nela nós encontramos uma cápsula 
articular reforçada por três ligamentos (ligamento 
lateral ou ligamento temporomandibular, ligamento 
esfenomandibular, entre o osso esfenoide e a porção 
interna da mandíbula, e ligamento estilomandibular, 
entre o processo estiloide e o ângulo da mandíbula). 
Esses três ligamentos mantém a mandíbula ancorada 
ao osso temporal. 
 
 
 
 
Na região inferior e lateral da face encontram-se os 
músculos da mastigação, que possuem, 
obrigatoriamente, uma inserção na mandíbula, pois a 
sua ação é sobre ela. Eles são responsáveis por puxar a 
mandíbula para baixo ou abrir a boca (depressão), 
fechar a boca (elevação), empurrar a 
mandíbula para trás (retração) e empurrar a mandíbula 
para frente (protrusão). 
 
a) Músculo Temporal: Está localizado na fossa 
temporal do crânio, entre as linhas temporais e o 
processo coronóide da mandíbula. Ele é responsável 
pela elevação, ou seja, por fechar a boca e puxar a 
mandíbula para trás (retração). 
 
 
 
b) Músculo Masseter: Está inserido entre o arco 
zigomático e o ângulo da mandíbula. Ele é 
responsável por puxar a mandíbula para cima, ou 
seja, fechar a boca. Ele possui uma porção profunda 
e outra superficial, e entre elas há a passagem do 
nervo massetérico, que controla o funcionamento 
desse músculo. O nervo massetérico é um ramo do 
nervo mandibular que constitui o V par craniano 
(nervo trigêmeo). 
 
 
 
Os músculos da mastigação são inervados pelo V par 
craniano (nervo trigêmeo) e os músculos da expressão 
facial são inervados pelo VII par craniano (nervo facial). 
 
c) Músculo Bucinador: Ele NÃO é considerado um 
músculo da mastigação, pois não possui inserção 
da sua musculatura na mandíbula, porém auxilia 
esse movimento. O músculo bucinador forma as 
bochechas. Ele é responsável pelo movimento de 
sucção e por, durante a mastigação, manter as 
bochechas coladas contra a arcada dentária para 
evitar que o alimento saia da cavidade oral e caia 
no vestíbulo da boca (entre a bochecha e os dentes). 
Entre as fibras do bucinador encontra-se a 
passagem do ducto da glândula parótida, que irá 
jogar a saliva para dentro da cavidade oral. 
 
O botox deve ser aplicado na testa, mas nunca nas 
bochechas ou no nariz, pois a toxina botulínica impede 
a junção neuromuscular. Os nervos que vão em direção 
ao músculo se conectam com a fibra muscular e liberam 
acetilcolina para induzir a contração desse músculo. O 
botox impede que a acetilcolina se ligue na fibra 
muscular, impedindo a contração. Se não há contração 
muscular, não poderemos franzir a testa e, por isso, não 
teremos a formação das rugas de expressão. No 
entanto, caso o botox escorra para os músculos da 
mastigação, ele pode paralisar o nervo massetérico e 
impedir que elevemos a mandíbula, ou seja, impedir que 
consigamos mover a boca. 
 
d) Músculos Pterigoides: Encontram-se na fossa 
infratemporal, próximos a asa do esfenoide (no 
ptério). Os músculos pterigoides lateral e medial 
auxiliam a impulsionar a mandíbula para baixo. O 
movimento de abrir a boca é mais fácil, pois além 
da ação dos músculos pterigoides, há também a 
ação da gravidade. Esses músculos são 
responsáveis pela depressão da mandíbula e por 
empurrar ela para frente. 
 
 
 
 
Para fecharmos a boca precisamos puxar a mandíbula 
para trás e para cima. Para esses movimentos usamos 
o músculo masseter e o músculo temporal. Já para 
abrirmos a boca, fazemos a depressão da mandíbula e 
empurramos a sua cabeça para frente. Os músculos 
responsáveis por esse movimento são os músculos 
pterigoideos medial e lateral. 
 
Os músculos dérmicos são aqueles que estão inseridos 
na face e quando contraídos formam as expressões 
faciais. Eles são inervados pelo VII par craniano (nervo 
facial). Os músculos da mastigação são aqueles 
inseridos na mandíbula e no osso temporal, 
responsáveis por triturar os alimentos. Eles são 
inervados pelo V par craniano (nervo trigêmeo), 
principalmente pelo ramo mandibular. 
 
 
 
 
 Platisma: Quando fazemos uma dissecação do 
pescoço, a primeira parte que vemos, logo após a 
retirada da camada superficial, é o platisma. O 
platisma é um músculo extremamente fino que 
parece uma membrana. Ele se insere no corpo da 
mandíbula e auxilia a projetar os cantos da boca 
para baixo. 
 
 
 
 Músculo Esternocleidomastóideo (ECOM): Ao 
retirarmos o platisma e a fáscia que se encontra 
abaixo dele, encontramos o músculo 
esternocleidomastóideo (duas faixas musculares), 
que auxilia não só a rotação e a flexão da cabeça, 
mas também a flexão lateral do pescoço. Esse 
músculo possui uma inserção no processo mastoide 
do osso temporal, uma no manúbrio do esterno e 
outra na clavícula. Esse músculo é utilizado para 
dividir o pescoço em trígono anterior, que se 
encontra na frente do esternocleidomastóideo, e 
trígono lateral, que se encontra entre o 
esternocleidomastóideo e o trapézio. A ação em 
conjunto dos dois esternocleidomastóideos 
possibilita a flexão da cabeça. Já a ação isolada do 
esternocleidomastóideo direito, por exemplo, nos 
permite virar a cabeça para o lado direito (flexão 
homolateral do pescoço e rotação da cabeça). Esse 
músculo também funciona como sinergista dos 
músculos que fazem a extensão da cabeça, ou seja, 
ele contribui para o movimento, mas não é o 
músculo principal. O esternocleidomastóideo 
também funciona como músculo inspiratório, pois, 
graças a sua inserção no manúbrio do esterno, ele 
consegue erguer o esterno e aumentar o tamanho 
da caixa torácica, permitindo a expansão do 
pulmão. 
 
 
Para o acesso venoso profundo, por exemplo, da veia 
jugular interna, usa-se como referência anatômica as 
inserções do esternocleidomastóideo. A agulha deverá 
ser posicionada entre a cabeça esternal e a cabeça 
clavicular desse músculo. 
 
 Músculo do Trígono Anterior: São os músculos 
encontrados entre os dois esternocleidomastóideos 
e que possuem relação com a deglutição e com a 
respiração. Esses músculos se inserem no osso 
hioide para mantê-lo na posição anatômica. A 
língua fica presaao osso hioide pelo músculo 
hipoglosso. Assim como a língua, a laringe também 
se encontrará presa a esse osso. Toda vez que 
engolimos algo, os músculos do trígono anterior do 
pescoço puxam o osso hioide para cima, fazendo 
com que a epiglote cubra a via aérea e direcione o 
bolo alimentar para o esôfago. Esses músculos são 
divididos em músculos supra-hióideos (acima do 
osso hioide) e infra-hióideos (abaixo do osso hioide). 
Em cada região existem quatro músculos, 
totalizando oito músculos no trígono anterior do 
pescoço. 
 
a) Músculos Supra-Hióideos: Com o auxílio dos 
músculos infra-hióideos, eles mantêm o osso hioide 
e propiciam uma base firme para os movimentos da 
língua. Os músculos supra-hióideos puxam o osso 
hioide para cima, erguendo a laringe e direcionando 
o alimento para o esôfago. Os músculos supra-
hióideos são divididos em: 
 
 Digástrico; 
 Milo-hióideo: Se encontra inserido na linha milo-
hióidea, entre os dois lados da mandíbula; 
 Estilo-hióideo: Se encontra entre o processo estiloide 
e o osso hioide; 
 Genio-hióideo: Se encontra embaixo da língua; 
 
b) Músculos Infra-Hióideos: Após a deglutição, os 
músculos infra-hióideos retornam o osso hioide e a 
laringe para as suas posições anatômicas. Esses 
músculos são maiores e mais fortes, e, por isso, 
funcionam como ancoragem muscular do osso 
hioide, evitando os deslocamentos indesejáveis, por 
exemplo, para as laterais. Os músculos infra-
hióideos são divididos em: 
 
 Omo-hióideo (2 ventres); 
 Esterno-hióideo: É responsável por prender o osso 
hioide no esterno; 
 Esterno-tireóideo: É responsável por prender o osso 
hioide no esterno e na cartilagem tireóidea; 
 Tireo-hióideo: É responsável por prender o osso 
hioide na cartilagem tireóidea. 
 
 
 Músculo do Trígono Lateral: Encontra-se entre os 
músculos esternocleidomastóideo e trapézio; 
 
 
 
a) Músculo Levantador da Escápula: É responsável por 
erguer as escápulas e, como ele possui uma 
inserção proximal nas vértebras cervicais, por 
auxiliar os movimentos de flexão lateral do pescoço. 
b) Músculos Escalenos: Eles são divididos em escalenos 
anterior, médio e posterior. Encontram-se fixados 
nas vértebras cervicais e no primeiro (escaleno 
anterior e médio) e segundo (escaleno posterior) 
pares de costelas. Além deles auxiliarem a flexão 
lateral do pescoço, eles também possuem função 
inspiratória, ou seja, auxiliam a respiração ao 
erguerem o primeiro par de costelas. 
 
Observação: Todos os músculos que têm ação sobre as 
costelas e o esterno auxiliam a respiração. 
 
 Peitoral Maior: O músculo peitoral maior se insere 
no terço superior do úmero (abaixo do colo 
cirúrgico). Ele possui inserções na clavícula 
(margem inferior), no manúbrio do esterno, no 
corpo do esterno, nas costelas e no úmero. É um 
músculo plano com uma ancoragem muito 
resistente, pois a clavícula (ponto de contato entre 
esqueleto apendicular do membro superior e o 
esqueleto axial), onde ele está inserido, por ser 
responsável por estabilizar todo o movimento do 
membro superior, necessita de uma musculatura 
resistente, para evitar deslizamentos indesejáveis. 
Esse músculo é responsável, também, pela adução 
dos ombros (diminuir o ângulo entre os ombros), 
adução dos membros superiores (aproximar o 
úmero ao corpo) e flexão dos 
ombros. Quando dissecamos o peitoral maior, 
embaixo dele encontramos o peitoral menor. Tanto 
o peitoral maior, quanto o peitoral menor possuem 
função respiratória. O peitoral maior está inserido 
no esterno, ajudando a erguê-lo durante a 
inspiração (músculo inspiratório). 
 
Observação: Todos os músculos que erguem o esterno 
e as costelas são considerados músculos inspiratórios. 
 
 
Pacientes com crise asmática grave tendem a se 
agarrar na mesa ou na maca quando estão sendo 
socorridos, pois fixa-se o cíngulo do membro superior e 
deixa-se livre a ancoragem do esterno para ajudar a 
levantá-lo durante a inspiração e tentar aumentar o 
volume de ar que chega aos pulmões. 
 
 Peitoral Menor: Está inserido no processo coracoide 
da escápula. A sua inserção distal (inferior) é no 
terceiro, quarto e quinto pares de costelas. O 
peitoral menor é responsável por erguer esses pares 
de costelas em que ele se encontra inserido 
(músculo inspiratório). 
 
 
 
Lesões na musculatura peitoral podem gerar má 
formação do membro superior, principalmente dos 
nervos que vão em direção ao plexo braquial. Além 
disso, podemos ter lesões na musculatura peitoral em 
caso de traumas no tórax. 
 
Em pacientes com câncer de mama, a mastectomia 
radical retira não só o tecido mamário, mas também a 
fáscia que recobre o peitoral maior. Em alguns casos, 
retira-se também parte da musculatura do peitoral 
maior, gerando uma maior dificuldade de movimento do 
membro superior ipsilateral ao tumor. 
 
 Serrátil Anterior: É um faixa muscular grande que é 
dividida em porções superior, média e inferior. A sua 
porção superior está inserida no primeiro e no 
segundo par de costelas, a sua porção média está 
inserida entre a segunda e a quarta costela, e a 
porção inferior estará inserida até o nono par de 
costelas. A sua inserção posterior é no ângulo 
superior da escápula, pois ele tem diversas faixas 
musculares que ajudam a manter a escápula na 
posição anatômica (contra o tórax) e, 
consequentemente, a manter a estabilidade do 
cíngulo do membro superior. O principal nervo que 
irá suprir esse músculo é o torácico longo. 
 
 
 
Quando acontece uma lesão do plexo braquial, pode 
haver uma lesão do nervo torácico longo e, 
consequentemente, uma discinesia da escápula, ou seja, 
a escápula irá se projetar para frente quando a pessoa 
fizer adução do ombro (escápula alada). 
 
 
 
A lesão do nervo acessório também pode levar a uma 
discinesia da escápula. O nervo acessório é o décimo 
primeiro par craniano, responsável pela inervação da 
porção superior do trapézio. O trapézio também possui 
uma inserção na escápula, portanto, se há um 
enfraquecimento do trapézio, a escápula se projeta 
para frente e se vira para o plano mediano. 
 
Exercício para o fortalecimento dos ombros tendem 
a trabalhar a musculatura do serrátil anterior. O 
serrátil está inserido nas costelas, ajudando a 
erguê-las, portanto, ele também tem função 
inspiratória. 
 
 Músculo Subclávio: É uma faixa muscular pequena 
que funciona como ancoragem muscular para 
clavícula. Ele está inserido na margem inferior da 
clavícula e no primeiro par de costelas, portanto, ele 
também possui função respiratória, pois ajuda a 
erguê-las. 
 
 
 
 Músculos Intercostais: Os músculos intercostais são 
divididos em intercostais interno e externo. Eles 
possuem ação em cima da costela e, portanto, são 
usados durante a respiração. Os músculos 
intercostais externos irão erguer as costelas e os 
músculos intercostais internos irão abaixar as 
costelas, diminuindo o volume de ar dos pulmões. 
Portanto, os intercostais externos são músculos 
inspiratórios e os intercostais internos são músculos 
expiratórios, assim como os intercostais íntimos. 
 
 
 
Os músculos estabilizadores do tórax não permitem que 
as costelas deslizem contra o esterno, ou seja, não 
permite que elas saiam da sua articulação com o 
esterno. Na região anterior do tórax nós encontramos o 
músculo transverso do tórax e na região posterior do 
tórax nós encontramos os músculos subcostais. 
 
 
 
A existência de mais músculos inspiratórios do que 
expiratórios acontece, pois, para inspirar é necessário 
que a costela se movimente sem comprometer a 
integridade da caixa torácica, ou seja, sem que ela 
deslize para fora da articulação. Além disso, esse 
movimento acontece contra a ação da gravidade, o que 
dificulta ainda mais a inspiração. 
 
Os músculos intercostais são inervados pelos nervos 
intercostais, que se encontram localizados nos 
sulcoscostais da margem inferior das costelas. 
 
 
 
 Diafragma: Ele separa a cavidade torácica da 
cavidade abdominal. Quando nós inspiramos, o 
diafragma desce a sua cúpula e espreme as vísceras 
abdominais para baixo. Quando nós expiramos ele 
volta para a sua posição normal, ajudando, assim, 
a expulsar o ar. O diafragma também auxilia a 
compressão das vísceras abdominais para baixo, 
comprimindo a parede do abdômen e aumentando 
a pressão dentro da cavidade intra-abdominal. Essa 
compressão é importante para o ato de urinar, 
defecar e para o momento do parto (empurrar o 
bebê em direção ao canal vaginal). O diafragma é 
dividido em pilares direito (maior) e esquerdo, e no 
centro há um tendão denominado centro tendíneo. 
Nesse músculo encontram-se passagens para 
vasos sanguíneos que seguem da cavidade 
abdominal para o coração como, por exemplo, o 
forame para veia cava inferior (leva o sangue dos 
membros inferiores em direção ao coração). No 
centro do diafragma há o hiato esofágico, por onde 
passa o esôfago, e, anterior a coluna vertebral, há o 
hiato aórtico, por onde passa a artéria aorta. As 
fragilidades no diafragma podem levar ao mal 
funcionamento, por exemplo, do hiato esofágico. Ele 
é inervado pelo nervo frênico que acompanha o 
trajeto da veia cava e se distribui pela cúpula do 
diafragma, controlando a sua contração. No tendão 
central desse músculo há um espaço onde o 
coração ficará preso pelo pericárdio para se manter 
na posição anatômica. 
 
Resumindo, os músculos inspiratórios são o diafragma, 
os levantadores das costelas, os intercostais externos, o 
subclávio, os escalenos (anterior, médio e posterior), 
peitoral menor, peitoral maior 
e esternocleidomastóideo. Os músculos expiratórios 
são os intercostais internos e intercostais íntimos. Os 
estabilizadores do tórax são o transverso do tórax 
(parede anterior) e os subcostais (parede posterior). 
 
 
A parede anterolateral do abdômen é responsável pelo 
suporte da coluna lombar e pela proteção das vísceras 
abdominais. Ela retira parte da sobrecarga de peso 
dessa região da coluna, auxiliando-a a segurar o peso 
do corpo. 
 
1. Músculos da Parede Anterolateral: Ajudam a 
comprimir e suportar as víscera abdominais, 
principalmente o intestino, além de dar suporte 
a coluna. 
 
a) Reto Abdominal: Ele é coberto por uma bainha de 
tecido conjuntivo e é formado por duas colunas 
musculares, cada uma com quatro ventres. Quando 
exercitamos o reto abdominal, os ventres ficam 
hipertrofiados. A sua bainha de tecido conjuntivo é 
fixa ao plano mediano, formando a linha alba. Esse 
músculo auxilia a flexão de tronco e está inserido no 
processo xifoide, entre o quinto e o sétimo par de 
costelas (inserção superior), e na sínfise púbica 
(inserção inferior). 
 
Em pacientes obesos ocorre o aumento da gordura entre 
as vísceras e, consequentemente, da pressão intra-
abdominal, o que pode rasgar a bainha de tecido 
conjuntivo do reto abdominal e afastar as faixas 
musculares desse músculo (diástase abdominal). Isso 
permite o deslocamento do intestino da posição 
anatômica e aumento o risco de hérnias encarceradas. 
 
b) Oblíquo Externo: Está localizado na frente e na 
lateral do abdômen. Ele é responsável pela flexão e 
pelo giro do tronco. Esse músculo comprime e 
suporta as vísceras abdominais. O oblíquo externo 
está inserido nas costelas e no osso do quadril (ílio). 
 
 
 
c) Oblíquo Interno: Também é responsável pelo giro e 
pela flexão do tronco. O oblíquo interno também 
comprime e suporta as vísceras abdominais. 
 
Observação: A diferença entre o oblíquo interno e o 
oblíquo externo são as orientações das fibras. No 
oblíquo interno as fibras são orientadas para cima e no 
oblíquo externo elas são orientadas para baixo. As fibras 
desses dois músculos se entrelaçam com as fibras do 
transverso do abdômen (fibras horizontais) para 
manter as vísceras abdominais no lugar e protegê-las. 
 
Na diástase abdominal há a ruptura da bainha de tecido 
conjuntivo do músculo reto abdominal e, 
consequentemente, o enfraquecimento da parede 
muscular. O transverso do abdômen e os oblíquos 
ficarão mais sobrecarregados, podendo ser rompidos 
subsequentes a uma diástase abdominal. Elas são 
observadas, principalmente, nas gestantes e durante o 
aumento de peso. 
 
 
 
2. Músculos da Parede Posterior do Abdômen: 
 
a) Músculo Quadrado Lombar: Ele está inserido na 
crista ilíaca e na margem inferior na décima 
segunda costela (costela flutuante). Esse músculo 
auxilia a flexão lateral da coluna e fixa a décima 
segunda costela durante a inspiração, não 
deixando-a se projetar para frente. 
b) Músculo Psoas Maior: Está inserido, superiormente, 
entre a décima segunda vértebra torácica e a quinta 
vértebra lombar, e, inferiormente, no trocanter 
menor do fêmur. 
 
 
 
c) Músculo Ilíaco: Está localizado na fossa ilíaca e 
encontra-se inserido na crista ilíaca e no trocanter 
menor do fêmur. Esse músculo se torce ao redor da 
articulação do quadril, auxiliando na sua 
estabilização e garantindo que o fêmur fique preso 
contra o acetábulo, ou seja, impedindo que a 
cabeça do fêmur deslize para fora do acetábulo. 
d) Músculo Iliopsoas: É a união entre o músculo psoas 
e o músculo ilíaco. Eles são considerados músculos 
posturais, pois ajudam a manter o tronco ereto 
quando estamos sentados, e, quando estamos em 
pé, em conjunto com o músculo do dorso, eles 
equilibram o tronco e auxiliam a manutenção da 
postura ereta. Além disso, eles levantam a coxa e 
auxiliam a estabilização da articulação do quadril. 
 
Tanto o músculo psoas maior quanto o músculo 
quadrado lombar possuem fibras que são longitudinais 
(verticais) e estão em paralelo com a coluna, o que faz 
com que esses músculos funcionem como uma coluna 
de sustentação para o peso do corpo. 
 
 
1. Assoalho Pélvico: O assoalho pélvico é 
conhecido como diafragma pélvico e recobre 
toda a abertura pélvica inferior. É nele que ficam 
apoiadas as vísceras pélvicas. No sexo 
masculino ficarão apoiados o reto, a bexiga e a 
próstata. Já no sexo feminino, ficarão apoiados 
o reto, a bexiga, o útero e o canal vaginal (entre 
pelo assoalho pélvico). 
 
a) Músculo Levantador do Ânus: É formado pelos 
músculos pubococcígeo (púbis ao cóccix), 
puborretal (ao redor do reto) e iliococcígeo (ílio ao 
cóccix). Ele suporta as vísceras pélvicas e resiste 
contra o aumento da pressão intra-abdominal; 
b) Músculo Isquiococcígeo: Ele não possui a função de 
suporte das vísceras pélvicas, porém é responsável 
por fletir o cóccix para acompanhar os movimentos 
da coluna. 
c) Músculo Coccígeo: Encontra-se ao redor do cóccix e 
não possui função de suporte das vísceras pélvicas, 
ele forma parte da parede posterior da pelve. 
 
Observação: No assoalho pélvico feminino, ao redor do 
ânus e do canal vaginal encontra-se o músculo 
levantador do ânus, com as suas três faixas musculares. 
Além disso, nas mulheres nós encontraremos três canais 
na pelve, a uretra, a vagina e o ânus. Já no homem 
encontraremos apenas o ânus, pois a uretra passa por 
dentro do pênis. 
 
 
 
As episiotomias são incisões feitas, a partir dos músculos 
do canal vaginal, para evitar as lacerações múltiplas dos 
músculos do assoalho pélvico. No entanto, a episiotomia 
mediana não é mais indicada, pois pode ocorrer uma 
fístula (comunicação entre o ânus e a vagina), fazendo 
com que bactérias do sistema digestório se direcionem 
para o sistema reprodutor feminino. Já a episiotomia 
mediolateral alivia a pressão em cima do assoalho 
pélvico e evita as lacerações múltiplas com a passagem 
do bebê. Caso não haja indicação, a episiotomia pode 
ser considerada violência obstétrica, pois não haverá 
autorização da gestante para esse procedimento.