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curso Day Trade

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Curso 
 DAY TRADE 
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Neste e-book você vai encontrar 
uma introdução a Análise Técnica. 
Estude com cautela e atenção. 
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O QUE É ANÁLISE TÉCNICA? 
Estudar gráficos é estudar de forma indireta o presente e o 
passado dos fundamentos econômicos, utilizando-se das 
estatísticas visuais para determinar o comportamento dos 
mercados. 
 
 
Apesar de ser uma ferramenta importantíssima para melhorar a 
performance dos seus investimentos, é uma grande ilusão falar 
que SOMENTE com os gráficos você se tornará um investidor 
profissional de mercado. 
 
 
Com toda certeza, encontrar a equação matemática que dite o 
comportamento do mercado é atualmente impossível, mas quem 
sabe com os computadores quânticos! 
 
 
Isso ocorre, porque os gráficos não mostram o futuro! Eles são 
ótimos para ver o que aconteceu e o que está acontecendo, mas 
nunca o que acontecerá com 100% de certeza. 
Com o tempo e a prática, você saberá o que é mais provável de 
acontecer e para onde o mercado deverá caminhar, mas para se 
aperfeiçoar como profissional de mercado é necessário 
acompanhar as notícias e os fundamentos econômicos. A partir 
daí você será capaz de realmente antecipar os movimentos de 
uma forma mais confiável. 
PREMISSAS DO MERCADO 
Para se estudar a Análise Técnica é necessário ter em mente 
algumas premissas ou até mesmo as máximas do mercado. 
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• Os mercados já são precificados: todas as ações e fundamentos 
do mercado são refletidos nos preços das ações. O analista técnico 
irá indiretamente estudar o comportamento desses preços, sem 
necessariamente conhecer os motivos dos movimentos 
financeiros. Basicamente, um mercado será de alta se a demanda 
for maior que a oferta e vice-versa. 
 
 
• A história repete-se por si mesma: grande parte dos estudos da 
análise técnica reflete o comportamento psicológico humano. Eles 
assumem que os movimentos acontecidos no passado 
dificilmente irão mudar. Por isso, assume-se que técnicas que 
funcionaram no passado continuarão a funcionar no futuro. 
A TEORIA DE DOWN 
 
O conceito de tendência é o princípio básico da análise técnica. 
Todos os instrumentos e análises, com suas formações, linhas, 
indicadores, etc. Visam determinar qual a direção do mercado, as 
suas correções de meio de percurso e as reversões de tendência. 
De um modo geral, tendência é exatamente isto, ou seja, a direção 
do mercado. 
 
 
A teoria de Dow diz que: 
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As médias levam tudo em consideração, ou seja, todos os fatores 
tanto de demanda como os de oferta quanto às expectativas que 
existem no mercado estão já embutidas no valor da média. A 
qualquer momento o preço de mercado é o valor correto, pois 
senão haveria variação imediata daquele, pela entrada de novos 
participantes no mercado. 
1 - As tendências de longo prazo têm três fases: 
A primeira é a fase da acumulação, na qual todas as más notícias 
já foram descontadas e na qual os investidores mais perspicazes 
começam a comprar. 
A segunda fase, na qual os analistas técnicos começam a entrar, é 
aquela na qual os preços começam a subir rapidamente e as 
notícias começam a ser favoráveis. 
A terceira e última fase é caracterizada por uma grande entrada 
do público (“leigos”) com os jornais começando a publicar cada 
vez mais notícias altistas, os indicadores econômicos melhores do 
que nunca, e o volume especulativo aumentando. 
É durante esta última fase que o investidor “profissional” começa 
a sair do mercado, vendendo em um momento que ninguém quer 
vender, após ter entrado no mercado quando ninguém queria 
comprar. 
 
 
2 - O volume tem que confirmar a tendência: 
Numa tendência altista o volume deve subir quando das altas e 
diminuir nas correções de meio de percurso. Novas altas não 
confirmadas pelo volume indicam perda de força da tendência. 
Isto é geralmente verdade também na tendência de baixa, 
embora com menor força. 
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3 – Assume-se que uma tendência prossegue até se ter indicação 
do contrário 
Este é um princípio muito importante na análise técnica. Embora 
que devido a ele o analista técnico “desperdice” tanto o começo 
de uma tendência quanto uma parte significativa do seu fim, por 
sair geralmente “um pouco atrasado”, a verdade é que não existe 
fórmula ou método que permita a entrada exatamente no fundo 
e a saída exatamente no topo, ou vice-versa. 
 
 
A TEORIA DE ELLIOT 
A teoria de Elliot se fundamenta teoricamente nas propriedades 
de uma série numérica estudada no século XVIII pelo matemático 
italiano Leonardo Fibonacci. 
 
 
Elliot conceitua um movimento inteiro como aquela configuração 
gráfica de oscilações de preços de um mesmo ativo que contenha 
cinco vagas, ou seja, uma sequência de cinco retas resultantes do 
movimento dos preços ao longo do tempo. Destas cinco, três 
seguem o mesmo sentido e duas o sentido contrário. 
 
 
 
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Deve ficar bem claro que o movimento inteiro, aqui exemplificado 
para uma situação altista, também se constitui para tendências de 
baixa. 
 
 
A utilização da série de Fibonacci consiste na adoção da 
quantidade constante de 5 vagas para o movimento inteiro, com 
a soma de 3 vagas no sentido dominante mais 2 vagas no sentido 
contrário. As vagas de sentido dominante, por sua vez, 
desdobram-se em 5 vagas menores (3 no mesmo sentido e 2 de 
correção); por sua vez, as duas vagas de correção se desdobram 
em duas vagas menores (2 no sentido da correção original e 1 
contrária), com todo o conjunto seguindo a mesma lei harmônica 
geral - cinco contendo três + dois, e três contendo dois + um. 
 
 
Para os investidores e analistas técnicos, a teoria das vagas veio 
proporcionar uma analogia de natureza matemática que se 
superpôs muito adequadamente à teoria de Dow. Se tomarmos 
um gráfico real e representativo da evolução dos preços de uma 
determinada ação ao longo do tempo, a combinação das duas 
teorias (Dow e Elliot) passa a conter sentido prático e a se 
constituir em valioso instrumento de análise e previsão. 
 
 
A ressalva imprescindível e óbvia é de que as reações humanas 
dos investidores não apresentam em conjunto harmonia 
matemática precisa. Por isso, uma das maiores dificuldades na 
aplicação das teorias de Dow e Elliot reside na identificação 
correta das vagas nos gráficos, pois poderão ocorrer (e 
frequentemente ocorrem) correções atípicas que se apresentam 
como pausas na evolução da tendência predominante. 
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Correção de Tendências 
Sempre que o mercado passa por um longo período seguindo uma 
tendência, ocorre uma correção, realizando as posições (se o 
mercado estiver em uma tendência de alta, ocorrerá uma queda. 
Se estiver em baixa, ocorre uma alta). Como padrão, as correções 
seguem uma relação fibonática chamada de speedline. Essas 
speedlines mostram uma correção que gira em torno de 2/3 ou 
1/3 do total da tendência. Geralmente, quando uma speedline é 
quebrada, os preços caem para a próxima linha. 
 
NÚMEROS DE FORÇA 
Vamos imaginar um grande número de investidores observando 
uma ação desde sua entrada. Todos eles guardam em sua 
memória os preços em que a ação foi, mas não conseguiu 
ultrapassar... o número de vezes que a ação foi até aquele 
preço... quanto dinheiro ele ganhou ou perdeu em certos pontos 
das ações... 
Essa “memória das massas” faz com que o mercado crie um 
consenso sobre o preço das ações. O consenso cria então linhas 
importantes chamadas números de força. Essas linhas passam a 
ser referências, quando uma ação permanece ou testa um preço 
por muito tempo. 
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Gráfico de Linha 
É um gráfico formado por uma linha construída pela ligação de 
segmentos de reta, unindo os pontos que representam os dados. 
Nos gráficos de linha minuto-a-minuto, são mostrados todos os 
negócios realizados durante o período avaliado. 
No gráfico abaixo, cada barrinha azul que fica abaixo da linha 
contínuarepresenta o volume negociado, ou seja, quantas ações 
foram negociadas naquele minuto. 
A linha contínua representa os preços em que foi negociado os 
volumes das barrinhas. 
 
Gráfico de Barras 
O gráfico de barras é um tipo bem popular na análise técnica. A 
barra oferece uma série de informações sobre o que acontece no 
pregão. O segmento de reta para a esquerda é a abertura, ou 
seja, o valor do primeiro negócio que ocorreu no dia. O 
segmento para a direita é o valor de fechamento, representando 
o preço do último negócio no pregão. 
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O ponto mais alto da barra coincide com o preço máximo 
praticado durante o pregão, enquanto que a extremidade 
inferior corresponde ao preço mínimo. 
 
Gráficos de Candle Stick Japonês 
Criados há mais de quatrocentos anos para a análise do mercado 
de arroz japonês, este estilo evoluiu e se tornou uma das mais 
importantes ferramentas de análise técnica. 
Gráfico com Candlestick é uma ótima ferramenta de leitura de 
preços, pois engloba a psicologia do mercado e ainda pode ser 
mesclado com outras técnicas ocidentais de análise gráfica 
criando uma sinergia entre vários métodos. Certos padrões 
formados pelos preços quando vistos sobre a ótica dos Candles, 
podem nos dizer quando o mercado está entrando em 
acumulação, nos dão as pistas para notarmos um movimento que 
o mercado está por fazer ou nos mostra qual a possível situação 
psicológica dos participantes do mercado. Os Candlesticks 
apresentam uma profunda visão dos movimentos dos preços. 
Para entendermos essa técnica, temos que compreender a 
formação dos corpos das figuras de Candles. A diferença entre a 
abertura e o fechamento forma a caixa que chamamos de Corpo 
Real do Candle. Um corpo vermelho significa que o fechamento 
deu-se abaixo do preço de abertura (Temos um dia de BAIXA), 
enquanto um corpo verde significa que o fechamento foi acima da 
abertura (Temos um dia de ALTA). Os “Rabos” que sobram pra 
baixo de um candle é a mínima do dia, enquanto pra cima é o valor 
máximo em que a ação foi negociada no dia. 
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FORMAÇÃO DOS TEMPOS GRÁFICOS 
De acordo com a ferramenta utilizada, os gráficos gerados podem 
ser de diferentes periodicidades. Por isso, os gráficos podem 
representar períodos de 1 minuto, 10 minutos, 1 hora, 1 mês, 1 
ano, 1 século e por ai vai... Os tempos gráficos mais comuns são: 
• Diário: Cada Candle representando 1 pregão; 
• Semanal: Cada Candle representando todos os pregões da 
semana; 
• Mensal: Cada Candle representando todos os pregões do mês; 
• Anual: Cada Candle representando todos os pregões do ano. 
Outra classe, são os que mostram o que aconteceu durante a 
sessão, são os gráficos intraday. Em um gráfico intraday o 
intervalo utilizado corresponde normalmente, há alguns minutos. 
Os mais comuns: 1, 5, 15, 30 e 60 minutos. 
HIERARQUIA DOS GRÁFICOS 
Um ponto importante é que as técnicas de análises são válidas em 
qualquer tempo gráfico. As teorias são sempre válidas quando a 
formação do preço é livre (oferta x demanda). 
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Entretanto, deve observar que no mundo dos gráficos as coisas 
funcionam como na vida real... Geralmente, os mais antigos, os 
gráficos mais velhos influenciam fortemente ou até mesmo 
mandam nos gráficos mais novos. Um gráfico semanal que indica 
COMPRA FORTE, dificilmente será vencido por um gráfico diário 
que esteja apontando uma venda. Muito menos, se quem estiver 
apontando a venda for um gráfico do intraday. 
Mas vamos pensar naquele velhinho (gráfico semanal) que já está 
todo cansado... seguindo a mesma tendência à muito tempo e de 
repente o seu filho mais novo (o gráfico diário) começa 
insistentemente a falar que a tendência deve ser alterada. Vai um 
dia... vai outro e outro até que o velhinho se cansa e muda de 
tendência. 
 
FORMAÇÃO DOS PREÇOS 
A formação de preços segue padrões logarítmicos e estocásticos. 
Nos primeiros, os preços geralmente possuem uma distribuição 
quase normal (a ação sai de R$ 100, vai pra R$ 95, volta pra R$ 
100...). Nos processos estocásticos, os preços das ações se 
comportam de uma maneira até que mude de patamar. Vamos 
supor a ação A que tinha o comportamento X (que você conseguiu 
assimilar muito bem) entre R$ 100 e R$ 150. 
Se essa ação muda de patamar e passa a ser negociada entre R$ 
200 e R$ 250, provavelmente seu comportamento não será o 
mesmo do período X. Poderá até ser similar, mas não o mesmo. 
Esse é o processo estocástico de formação de preços: Novos 
patamares criam novos comportamentos, da mesma forma que 
você mudaria de comportamento se ficasse mais rico ou mais 
pobre!!! 
Além disso, a grande maioria da evolução de preços segue 
proporções fibonáticas de evolução e retração. Leonardo de Pizza, 
também conhecido com Fibonacci viveu na Itália durante o século 
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XII. Em busca da resolução da equação que explicasse o problema 
“Quantos pares de coelhos serão produzidos num ano, 
começando com um só par, se em cada mês cada par gera um 
novo par que se torna produtivo a partir do segundo mês.”, 
Fibonacci encontrou uma equação que explica a simetria dos 
corpos, a proporção de vários elementos na natureza, a Reflexão 
de raios luminosos, a geometria no cálculo da secção áurea e por 
ai vai! 
 
LINHAS DE TENDÊNCIA 
Os mercados caminham de acordo com as perspectivas das 
pessoas, pois isso influencia suas decisões de compra e venda. Em 
um mercado com boas perspectivas, as pessoas ficam dispostas a 
pagar preços mais altos, pois acreditam que as condições possam 
melhorar ainda mais, formando tendências de ALTA. 
Se as perspectivas não são boas, as pessoas estarão dispostas a 
vender em preços cada vez mais baixos, pois acreditam que tudo 
possa piorar ainda mais, formando tendências de BAIXA. 
As linhas de tendência são as linhas imaginárias, traçadas entre os 
topos ou fundos, que demonstram a direção em que o mercado 
está caminhando: alta, baixa e lateralizado. 
Linhas de Tendência de Alta 
 
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Linhas de Tendência de Baixa 
 
 
EXERCÍCIO 
Traçar Linhas de Tendência 
 
 
 
A Teoria Down 
 
 
O conceito de tendência é o princípio básico da análise técnica. 
Todos os instrumentos e análises, com suas formações, linhas, 
indicadores, etc. Visam determinar qual a direção do mercado, 
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as suas correções de meio de percurso e as reversões de 
tendência. 
De um modo geral, tendência é exatamente isto, ou seja, a 
direção do mercado. 
Suportes e Resistências 
Vamos supor agora que o preço da ação seja R$ 100,00 e eu sei 
que existe um número de força nos R$ 98,00. Se a ação começar 
a cair, provavelmente ela terá muita dificuldade em ultrapassar 
os R$ 98,00. Este é o primeiro suporte da ação! Portanto, toda 
vez que existir um número de força que dificulte a queda da 
ação, este é um SUPORTE. 
Agora vamos pensar ao contrário: a ação vale R$ 100,00, mas sei 
que existe um número de força nos R$ 102,00. Logo, se a ação 
começar a subir ela sofrerá dificuldades para ir além dos R$ 
102,00. Este é a primeira resistência da ação! Portanto, toda vez 
que existir um número de força que dificulte a alta da ação, esta 
é uma RESISTÊNCIA. 
 
Estes são os números “místicos” das ações, pois são os pontos 
em que as ações terão dificuldade em ultrapassar. É muito 
importante manter uma tabela dos suportes e resistências dos 
papéis que você acompanha. 
Não é necessário um número grande de ações, 7 (sete) já é um 
número bem razoável!!! 
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Gaps 
Um GAP é uma janela, buraco ou abertura que resulta de uma 
ruptura no movimento atual do mercado que acontece quando o 
fechamento do período anterior é muito maior ou menor que a 
abertura do próximo período. 
Quando os mercados fazem um movimento muito brusco, eles 
podem romper o processo padrão de formação de preços 
formando os GAP´s. Por exemplo, se PETR4 fechou ontem a R$ 
30,00, mas abriu hoje a R$ 31,00, ela abriu com um movimento 
bruto de alta –um GAP de Alta – de R$ 1,00. 
Do lado oposto, se a ação fechou ontem a R$ 30,00 e abriu hoje 
a R$ 29,00, ela originou um GAP de Baixa. 
 
Simetria 
Quando o analista técnico observa um gráfico, ele age como um 
farejador de pistas que possam ajudá-lo a avaliar a probabilidade 
de continuação ou reversão de um movimento. 
Se vários sinais gráficos estão apontando para mesma direção, os 
sinais das trilhas são reforçados, mas quando os sinais são 
emitidos de forma conflitante, é melhor não operar. 
Assim como alguns objetos com simetria bi-lateral, aqueles com 
um plano de simetria - a maioria dos animais (incluindo os 
humanos) e muitas máquinas – o mercado opera em alguns 
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momentos com uma face espelhada/duplicada da primeira 
metade do seu movimento. Quando isso acontece, aparecem as 
figuras de impulsão e reversão que movimentam o mercado como 
padrão dos gráficos. 
 
 
Figuras de Impulsão 
Após anos de estudos e observações dos padrões que surgem 
repetidamente ao longo do tempo, os analistas técnicos 
classificaram as Figuras de Impulsão. No mercado de capitais, as 
circunstâncias estão sempre se repetindo, levando as forças de 
oferta e procura, representadas pelos investidores, a repetirem 
suas decisões. Por isso, essas são figuras que sugerem a impulsão 
dos preços para outros patamares. 
OCO/OCOI – Ombro-Cabeça-Ombro 
Como um importante padrão de reversão de tendência, o OCO 
lembra os ombros e cabeça de uma pessoa. A linha da base 
formada pelas três figuras é chamada de linha de pescoço. 
Quando rompida, os preços o mercado são projetados de acordo 
com as proporções fibonáticas. 
Geralmente, o volume costuma decrescer conforme o padrão vai 
sendo construído, elevando-se rapidamente no corte da linha do 
pescoço. 
Fundos e Topos Duplos – W/M 
Como as pessoas possuem lembranças, nada melhor do que 
aquela ação que atingiu o topo histórico e despencou! Você fica 
pensando: “ahh, se eu tivesse vendido!!!” Se ela voltar lá de novo, 
eu vendo! Da mesma forma quando ela caiu você acreditou que 
iria cair mais, mas na realidade ela voltou a subir!! “Ah, se ela cair 
de novo eu compro!!!” 
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Daí surge o comportamento que justifica a formação dos topos e 
dos fundos duplos e triplos!!! 
Três Montanhas e Três Rios 
Semelhantes aos OCO/OCOI e aos W/M, as montanhas e os rios 
são resultado de um período de negociação em um canal 
lateralizado do mercado. Geralmente, as montanhas e os rios são 
a consolidação de um movimento de topos ou fundos triplos. 
INDICADORES 
Médias Móveis 
 
Uma média móvel é a representação do valor médio negociado, 
normalmente dos preços de fechamento, em um período de 
tempo. 
Seu cálculo geralmente é efetuado pela média dos fechamentos 
dos dias anteriores, mas alguns operadores utilizam uma 
ponderação percentual para cada dia. 
Elas são indicadores que se comportam de acordo com as 
máximas do mercado (manter a posição de acordo com a 
tendência), mas não funcionam bem quando o mercado está 
sem tendência. Sua principal utilidade é mostrar a média do 
consenso dos preços que o mercado está aceitando negociar e 
quais são os suportes e resistências da média do mercado. 
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A média móvel pode ser do tipo Aritmética (A + B + C)/3 ou 
Exponencial que leva em consideração a média do dia anterior. 
Com isso, na exponencial os dados mais novos possuem uma 
importância superior – ela é mais atenta às mudanças recentes. 
Movimento Direcional ADX 
 
Este é um método de avaliação de euforias e depressão no 
mercado. O sistema direcional identifica as tendências e mostra 
em qual velocidade elas estão avançando. Ele rastreia as 
mudanças na disposição da massa, medindo a velocidade e a 
força em que os preços estão conseguindo se movimentar para 
cima ou para baixo. 
O DI+ = Linha que indica tendência de alta (azul). 
Sempre que estiver entre 30 e 60 começa-se a suspeitar de uma 
euforia no mercado. O DI- = Linha que indica tendência de baixa 
(vermelho). Sempre que estiver entre 30 e 60 começa-se a 
suspeitar de uma depressão no mercado. 
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Bandas de Bollinger 
 
Baseadas em uma distribuição normal da evolução/retração dos 
preços, as Bandas de Bollinger mantém uma relação intensa com 
a volatilidade. Representa a variação dos preços dentro de uma 
distribuição normal, com 95% certeza, utilizando a teoria de 
desvios padrão. 
Se os preços começam a ultrapassar esses limites de desvios- 
padrão em um pequeno intervalo de tempo, as bandas de 
bollinger se abrem indicando um rally de mercado. Caso 
contrário, em tempos de mercado com pouca volatilidade, as 
bandas se retraem, indicando o fim de um rally. 
Índice de Força relativa 
 
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O IFR é um oscilador que mede a força das negociações, por 
meio do monitoramento das mudanças nos preços de 
fechamento. 
Mesmo que cada preço negociado durante o dia represente o 
consenso dos participantes no momento da transação, o preço 
de fechamento é o mais importante do dia. Não importa se eu 
comprei/vendi na abertura ou no meio do dia, pois é o preço de 
fechamento que vai me dizer se eu ganhei ou perdi dinheiro 
naquela transação. 
Ele também indica sinais de “super comprado” ou “super 
vendido” quando acima de 80 ou abaixo de 20, respectivamente, 
podendo indicar correções de tendências. Entretanto, sua 
melhor utilidade é para a detecção de divergências de mercado. 
As divergências ocorrem quando a linha dos preços segue uma 
direção contrária a do IFR, sendo que os primeiros alertas de 
divergência geralmente não são definitivos, mas sim seguidos 
por um novo movimento de preços. 
Quando o IFR está cotado abaixo de 20 ou acima de 80 e 
ocorrem divergências, pode-se interpretar como um alerta de 
mudança de tendência, pelo menos momentânea. 
OBV 
 
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O OBV (On Balance Volume) é um indicador momentum que 
relaciona mudanças no preço com as variações de volume. Ele foi 
criado por Joe Granville e a idéia é detectar a direção do fluxo do 
volume, ou seja, se está entrando ou saindo volume do ativo. 
Trata-se de um indicador bastante utilizado. Sua fórmula de 
cálculo é simples. Se o fechamento do dia for superior ao do dia 
anterior todo o volume é considerado volume de alta. Se o 
fechamento for inferior ao do dia anterior, todo o volume é 
considerado volume de baixa. Assim: Dia de Alta: OBV = OBV 
(ontem) + Volume (hoje). Dia de Baixa: OBV = OBV (ontem) - 
Volume (hoje). O OBV pode, naturalmente, ser aplicado também 
para gráficos Intraday. Neste caso, o cálculo não é feito em 
termos de dias, mas sim em relação à periodicidade de cada 
barra. 
Como muitos outros indicadores o OBV permite a análise por 
divergências. Quando o preço atinge patamares mais elevados 
(ou mais baixos) e o OBV não acompanha trata-se de um 
indicativo extra de que está faltando força ao movimento e 
existe probabilidade razoável de reversão. Em um situação como 
essa os Stops devem ser encurtados para preservar o lucro da 
operação ou a entrada no novo movimento deve ser planejada. 
O gráfico acima do Bradesco (BBDC4) mostra que os preços 
realizaram uma perna de alta, enquanto que o OBV gerou um 
topo inferior. O sinal de divergência gerado transformou-se em 
seguida em um movimento baixista mais amplo. 
MACD 
A primeira coisa a observar sobre o indicador são as informações 
fornecidas pelo seu nome, MACD (Moving Average Convergence 
/ Divergence) é uma sigla para convergência/divergência de 
médias móveis, já indicando que outros indicadores (médias 
móveis) são usados em sua composição. 
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A construção do MACD utiliza, portanto, três elementos 
principais: 
• Média móvel exponencial de 26 dias dos preços (média longa); 
• Média móvel exponencial de 12 dias dos preços (média curta); 
• Média móvel exponencial de 9 dias do próprio MACD 
(chamada de linha de sinalização). 
Agora que temos os elementos, vamos calcular a linha do MACD. 
Para isso, basta subtrairmosa média móvel longa (26 dias) da 
média móvel curta (12 dias). O resultado será um número que irá 
oscilar em torno de zero. O zero no MACD representa uma 
região na qual a oferta e demanda, estão em equilíbrio. 
Através da linha de sinalização iremos identificar melhor as 
oportunidades de compra e venda. 
A figura abaixo mostra um exemplo do MACD com sua linha de 
sinalização traçada na Telemar. 
 
 
A linha de sinalização nos ajuda a identificar pontos de entrada e 
saída do mercado, o procedimento é o seguinte: 
• Sinal de Compra: Um sinal de compra é gerado sempre que o 
MACD cruza para cima sua linha de sinalização. 
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• Sinal de Venda: É gerado sempre que o MACD cruza para baixo 
sua linha de sinalização. 
No gráfico, a linha vertical vermelha mostra o ponto no qual o 
MACD gerou um sinal de venda. Apesar de não ter sido no topo, a 
tendência de queda prosseguiu ainda por cerca de 20 pregões. A 
linha verde mostra um sinal de compra, note que o sinal não surge 
no fundo exato (embora próximo), neste caso ele demorou dois 
pregões. Enquanto o MACD permanecer sobre/sob sua linha de 
sinalização a posição de compra/venda deve ser mantida. 
APROFUNDAMENTO NOS GRÁFICOS CANDLE 
 
Mais do que uma simples ferramenta de análise técnica, os 
Candles são formas subjetivas de análise do mercado. Com eles, o 
analista passa a avaliar não figuras estáticas, mas sim o que se 
passa pela cabeça dos investidores e qual será o provável 
comportamento dos mesmos se o mercado tomar essa ou aquela 
direção. 
É claro que sempre existirão as figuras que já foram padronizadas 
e classificadas, mas a arte de ler um conjunto de Candles vai muito 
além. Aquele que se aprofundar no candle será capaz de 
identificar com muita facilidade e rapidez quais serão as atitudes 
mais prováveis do mercado como um todo ou se existe algo de 
muito importante/ inesperado que esteja pra acontecer. 
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Definitivamente, os Candle Sticks são uma das ferramentas mais 
completas e complexas para a avaliação do mercado (pois levam 
uma forte carga de subjetividade na sua avaliação geral), mas 
também possuem grande eficiência! Eu costumo dizer que se 
fosse necessário escolher uma única ferramenta para operar, eu 
escolheria os Candles! 
 
 
Long Days 
TIPOS DE CANDLE 
 
Esses são dias de alta volatilidade no mercado, indicando que 
houve uma grande diferença, entre o preço de abertura e o de 
fechamento, naquele dia. 
 
 
Short Days 
Os Candles Short Day indicam que houve uma diferença pequena 
entre o preço de abertura e o de fechamento. Eles são muito 
pequenos em relação aos demais e indicam continuação da 
tendência ou simplesmente acumulação. 
 
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DOJI 
Uma das figuras mais importantes nos Candles são os Dojis. Eles 
são tidos como as figuras místicas e lendárias que demonstram 
uma possível mudança radical nas tendências do mercado. 
Os Dojis são corpos dos Candles em que o mercado abriu em um 
preço, se movimentou para cima com grande força até atingir a 
máxima, caiu com grande força até atingir a mínima e voltou a 
subir ao preço de abertura. Isso demonstra a forte indecisão do 
mercado, justificando sua importância. 
 
 
Spinning Tops 
Esses são os primos mais gordinhos dos Dojis que também 
demonstram indecisão, mas não com tanta importância como 
seus primos mágicos! 
 
 
Paper Umbrellas 
Estas figuras são fortes sinais de reversão ou diminuição de uma 
tendência. Geralmente a proporção da sua cabeça deverá ser de 
mais ou menos 1/3 do total do seu corpo, não podendo haver 
sombras acima da sua cabeça. 
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FIGURAS DE REVERSÃO 
São figuras que demonstram o fim ou a diminuição da força de 
uma tendência. Geralmente, essas figuras acontecem nos topos e 
nos fundos de uma linha de tendência e se tornam mais fortes 
quando coincidem com suportes e resistências. 
Martelo 
O martelo ocorre quando estamos seguindo um canal de baixa, 
mas após uma forte venda logo na abertura do pregão, o mercado 
volta lentamente e fecha acima da abertura do dia ou bem perto 
da abertura. Esse movimento significa uma fraqueza no 
sentimento baixista que estava acontecendo, especialmente se o 
martelo for de fechamento positivo. 
A confiabilidade do martelo sozinho é relativamente baixa e, por 
isso, a reversão deverá ser confirmada pelo Candle seguinte. 
 
Hangin-Man “O Enforcado” 
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O enforcado é um indicador de reversão para baixo e ocorre 
quando uma umbrella aparece no topo de um canal de alta. Nesse 
dia, o mercado abre, tenta uma realização, mas consegue se 
recuperar lentamente durante o dia. Para o enforcado, a 
confirmação também é necessária. 
 
 
Martelo Invertido 
No fundo de um canal de baixa, encontramos um pequeno candle 
com uma sombra no topo pelo menos duas vezes maior que o 
corpo e com quase nenhuma sombra no fundo. 
Isso ocorre porque o mercado abre abaixo do mínimo do dia 
anterior (um gap de baixa), mas os compradores passam a ganhar 
alguma força no mercado e evitam a continuação do movimento 
de baixa. Este movimento faz com que as posições vendidas 
fiquem em situação de perigo e abrem potencial para um rali de 
alta. 
 
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Shooting Star 
De forma semelhante ao enforcado, temos o Shooting star nos 
topos dos canais de alta, mas neste caso ele será formado por um 
Martelo invertido ou um Doji. Isso ocorre quando os preços abrem 
e fazem um novo topo, mas logo perdem a força e voltam 
fechando próximos ao preço de abertura. A confirmação também 
é necessária para a virada de tendência. 
 
Estrela da Manhã 
No fundo de um canal de baixa, o mercado abre com um gap de 
baixa. Entretanto, após o fechamento forma-se um Doji com 
pequenas sombras. Neste caso, o mercado constrói forças no dia 
anterior e no dia em que faz o doji, mesmo que nesse dia opere 
com pouca volatilidade. Isso mostra a falta de confiança dos 
vendedores abrindo brecha para uma reversão de alta. A 
confirmação também é necessária. 
 
 
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Estrela da Noite (Dark Star) 
 
 
Possui o mesmo princípio da estrela da manhã, mas ocorre no 
topo dos canais de alta. O mercado abre com um gap de alta, mas 
perde suas forças de compra formando um Doji e mostrando a 
falta de confiança dos compradores. No dia seguinte, inicia-se um 
movimento de baixa, colocando em risco as posições compradas. 
A confirmação também é necessária. 
 
 
Engulfing de Alta 
Ao fundo de um canal de baixa o mercado abre com GAP de baixa, 
mas ao longo do dia consegue recuperar, fechando acima do 
último candle. O Candle é literalmente engolido!!! Esse 
movimento põe em grande risco todas as posições vendidas do 
dia anterior, aumentando as chances de um rally de alta. 
 
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Engulfing de Baixa 
Ocorre no topo de um canal de alta quando o mercado abre com 
um GAP de alta, mas ao longo do dia perde força, fechando abaixo 
do último candle. Esse movimento põe em grande risco todas as 
posições compradas do dia anterior e animam os vendedores a 
impulsionar o mercado para baixo, aumentando as chances de um 
rally de baixa. 
 
Considerações Finais sobre os Candles: 
Existem inúmeras figuras que podem ser formadas pelo conjunto 
de Candles, mas todas com um único objeto de estudo: O 
comportamento psicológico dos participantes do mercado: 
1. Os que estão Comprados dentro do mercado, querendo vender. 
2. Os que estão Vendidos a descoberto dentro do mercado, 
querendo comprar. 
3. Os que estão de fora querendo comprar. 
4. Os que estão de fora querendo vender. 
5. Os que estão de fora querendo vender a descoberto. 
Todos eles serão influenciados pelas mudanças de direção e pelos 
riscos ocasionados pela variação dos preços. Portanto, para 
analisar um conjunto de Candles de forma eficiente, é necessário 
se colocar na posição de cada um dos participantes e se perguntar: 
O que eu faria no lugar deles, sendo um investidor de curto, médio 
ou longo prazo!? 
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A resposta será criada exatamentepelo seu perfil de investimento 
e pela prática no mercado, não existindo, portanto uma fórmula 
mágica para essa avaliação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esperamos que o conteúdo tenha te ajudado. 
Não esqueça, o mercado não é fácil, mas é 
totalmente possível. Lembre-se 
 
 
Bons estudos e conte sempre conosco.

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