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CASO 06 DIREITO PROCESSO PENAL I

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DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL PENAL I
ACADÊMICO: MARCUS CALDAS
CASO 01:
João, diretor de uma empresa de marketing, agride sua mulher, Maria, modelo fotográfica, causando-lhe lesão de natureza leve. Instaurado inquérito policial, este é concluído após 30 dias, contendo a prova da materialidade e da autoria, e remetido ao Ministério Público. Maria, então, procura o Promotor de Justiça e pede a este que não denuncie João, pois o casal já se reconciliou, a lesão já desapareceu e, principalmente, a condenação de João (que é reincidente) faria com que este perdesse o emprego, o que deixaria a própria vítima e seus três filhos menores em situação dificílima. Diante de tais razões, pode o MP deixar de oferecer denúncia?
Em observação ao princípio da obrigatoriedade e indisponibilidade, uma vez identificada a hipótese de atuação, materialidade delitiva e indícios de autoria, o Ministério Público não pode se recusar a dar início a ação penal; ao princípio da indisponibilidade, com previsão no art. 42 CPP, uma vez ajuizada a ação penal o parquet não poderá mais desistir dela. No que diz respeito ao Princípio da Oficialidade, poderá o MP agir de ofício, independente de provocação, salvo quando a ação penal pública for condicionada a representação ou requisição do ministro da Justiça. 
O caso em estudo trata-se de ação penal incondicionada, conforme previsão no artigo 129 § 9º deixando de ser leve o crime e passando a violência doméstica; crime cometido contra cônjuge ou companheiro. Crime que cometido no âmbito doméstico e familiar não se aplica o princípio da insignificância, conforme decidiu o STF: “é inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas.”
2-Paulo Ricardo, funcionário público federal, foi ofendido, em razão do exercício de suas funções, por Ana Maria. Em face dessa situação hipotética, assinale a opção correta no que concerne à legitimidade para a propositura da respectiva ação penal.
a) (RESPOSTA) Será concorrente a legitimidade de Paulo Ricardo, mediante queixa, e do MP, condicionada à representação do ofendido.
b) Somente o MP terá legitimidade para a propositura da ação penal, mas, para tanto, será necessária a representação do ofendido ou a requisição do chefe imediato de Paulo Ricardo.
c) A ação penal será pública incondicionada, considerando-se que a ofensa foi praticada propter officium e que há manifesto interesse público na persecução criminal.
d) A ação penal será privada, do tipo personalíssima.
3- Maria, que tem 18 anos de idade, é universitária e reside com os pais, que a sustentam financeiramente, foi vítima de crime que é processado mediante ação penal pública condicionada à representação. Considerando essa situação
hipotética, assinale a opção correta.
A- Caso Maria venha a falecer, prescreverá o direito de representação se seus pais não requererem a nomeação de curador especial pelo juiz, no prazo legal.
B- O representante legal de Maria também poderá mover a ação penal, visto que o direito de ação é concorrente em face da dependência financeira e inicia-se a partir da data em que o crime tenha sido consumado.
C- Caso Maria deixe de exercer o direito de representação, a condição de procedibilidade da ação penal poderá ser satisfeita por meio de requisição do ministro da justiça.
D- (RESPOSTA) Caso Maria exerça seu direito à representação e o membro do MP não promova a ação penal no prazo legal, Maria poderá mover ação penal privada subsidiária da pública.

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