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· Fundamentada pelo psicólogo Carl Rogeres; · Ao longo da história a teoria foi mudando de nome ao passo em que o foco do trabalho e Rogeres ia se modificando; · A teoria teve seu início com o desenvolvimento do conceito de tendência atualizante “definido como uma tendência inerente, presente em todos os seres humanos, a desenvolver-se em uma direção positiva”; · A partir da evolução do foco teórico e metodológico ao longo do percurso intelectual de Carl Rogers, comentadores e colegas de trabalho [...] passaram a dividir seu pensamento em fases, ainda que ele mesmo nunca tenha se preocupado com isso. Fase não-diretiva (1940 – 1950). · OBRA: Psicoterapia e consulta psicológica.; · Tem como base o impulso individual para o crescimento e para a saúde; · Dá maior ênfase aos aspectos de sentimento do que aos intelectuais; · Enfatiza o presente do indivíduo em vez de seu passado; · Tem como maior foco de interesse o indivíduo e não o problema; · E toma a própria relação terapêutica como uma experiência de crescimento; · O cliente quem conduz o processo, e não o psicoterapeuta, podendo intervir minimamente, tentando não dirigir a sessão · A ideia de não-diretividade teve severos críticos, ainda que o esforço de Rogers era no sentido de desconstruir a figura de autoridade do psicoterapeuta. Abordagem Centrada na Pessoa Revisitando as fases da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) Revisitando as fases da abordagem centrada na pessoa e Os 4 componentes da CNV VANESSA VITÓRIA SILVA FERREIRA – UFAL – PSICOLOGIA - 2020 Fase reflexiva (1950-1957): · OBRA: Psicoterapia Centrada no Cliente · O terapeuta tem um papel mais ativo, buscando promover o desenvolvimento do cliente em uma atmosfera desprovida de ameaça e com condições facilitadoras; · Teoria das atitudes facilitadoras, segundo a qual o psicoterapeuta deve apresentar três condições para que ocorra o crescimento do cliente: 1. Empatia 2. Aceitação positiva incondicional 3. Congruência Atitudes facilitadoras do processo terapêutico 1. Que duas pessoas estejam em contato psicológico; 2. Que a primeira, a quem chamaremos cliente, esteja num estado de incongruência, estando vulnerável ou ansiosa; 3. Que a segunda pessoa, a quem chamaremos de terapeuta, esteja congruente ou integrada na relação; 4. Que o terapeuta experiencie consideração positiva incondicional pelo cliente; 5. Que o terapeuta experiencie uma compreensão empática do esquema de referência interno do cliente e se esforce por comunicar esta experiência ao cliente; 6. Que a comunicação ao cliente da compreensão empática do terapeuta e da consideração positiva incondicional seja efetivada, pelo menos num grau mínimo (p.157). VANESSA VITÓRIA SILVA FERREIRA – UFAL – PSICOLOGIA - 2020Fase experiencial (1957-1970): · OBRA: Tornar-se Pessoa; · Conhecido como Período de Wisconsin; · Influenciada pelo conceito de experienciação, de Eugene Gendlin; · Passou a focalizar a experiência vivida do cliente, do psicoterapeuta e entre ambos; · Nessa fase, o objetivo da psicoterapia é ajudar o cliente a usar plenamente sua experiência no sentido de promover uma maior congruência do self e do desenvolvimento relacional; · A experiência do terapeuta passa a ser entendida como parte da relação terapeuta-cliente.; · É nesse sentido que a relação deixa de ser entendida como centrada no cliente, para ser compreendida como bicentrada; · A fase experiencial passa a ser descrita a partir da ênfase no conceito de autenticidade do terapeuta, na experiência imediata da relação com o cliente, que significa estar presente na experiência da relação terapêutica. Fase coletiva ou inter-humana (1970-1987): · Rogers deixa de ser psicoterapeuta e se volta para questões mais transcendentais do ser humano.; · Mudança de nomenclatura para inter-humana proposta por Holanda visto que, em geral o conceito coletivo “suprime o elemento pessoal individual, justamente o elemento mais importante” · É uma fase de transcendência de valores e de ideias, em que Rogers trabalha com conceitos que coexistem em outras áreas da ciência como a física, a química ou a biologia; · “Seria uma fase mais mística, holística em seu sentido amplo, em que Rogers se voltaria para a consideração de uma relação mais transcendental ou para a transcendência da existência humana” Fase pós-rogeriana ou neorrogeriana: 1. A versão clássica, atualmente desenvolvida pelo Center for Studies of the Person, onde Rogers passou a última fase de sua vida; 2. A linha experiencial com ênfase na experienciação e focalização; 3. A linha experiencial processual, com interesse principal no estudo detalhado dos elementos do processo; 4. A linha existencial-fenomenológica, embasada na fenomenologia existencial; 5. A linha transcendental, que abarca interesses espirituais, religiosos e transpessoais; 6. A linha expressiva, que integra elementos de arte e movimento corporal, estabelecendo pontes com a gestalt-terapia e o psicodrama; 7. A linha analítica, com interesse na relação entre a psicologia do si mesmo de Heinz Kohut e outros elementos analíticos; 8. A linha comportamental-operacional, com ênfase no desenvolvimento de habilidades; 9. A linha do curriculum centrado na pessoa, realizado na área de educação. · Recentemente é possível, ainda, observar outros desenvolvimentos que podem vir a constituir novas linhas. · Quinta fase pós-rogeriana ou neorrogeriana: · Fundamentada pelo psicólogo Carl Rogeres; Considerações Finais: VANESSA VITÓRIA SILVA FERREIRA – UFAL – PSICOLOGIA - 2020 VANESSA VITÓRIA SILVA FERREIRA – UFAL – PSICOLOGIA - 2020 Os Valores e a sua Importância para a Teoria da Clínica da Abordagem Centrada na Pessoa · A prática da psicoterapia, como qualquer outra profissão, principalmente as que lidam com seres humanos, requer dois tipos de competência: uma proveniente de uma formação especial e outra advinda de atributos pessoais; · Para Rogers (1967/1991), a longo prazo, a qualidade do encontro era mais importante do que a formação teórica, preparo profissional e técnicas psicológicas. · Sobre a Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), na qual está inserida a Terapia Centrada na Pessoa (TCC), Amatuzzi (2010) afirma que, “em última instância, ela não se justifica como uma técnica e sim, como uma ética: uma ética das relações humanas (interpessoais, comunitárias, sociais, políticas). · Valor operativo: situações vinculadas à própria experiência; · Valores concebidos: diz respeito àqueles que foram aprendidos e “introjetados” e que são, em sua maioria, alheios à experiência, devem ser evitados · Para Rogeres somente a tentativa de praticar as atitudes facilitadoras (a autenticidade, a consideração positiva e a empatia.) já seria o bastante para promover uma mudança de personalidade. 1. Processo Valorativo na Abordagem Centrada na Pessoa · Homem como um eterno vir a ser · As pessoas conseguem se encaixar em veros lugares por cada um ter em si a tendência atualizante · Sem neutralidade do psicólogo · Tendência Atualizante -> Conscientização · Mistura do EU organísmico (real) com o EU social · EU ideal - Enquadramento, adequação, estranhamento consigo · O tempo é do outro, as decisões também · VALORES CONCEBIDOS INTROJETATOS · Educação recebida em casa · Verdades, guias, modo de existência · Formação do juízo de valor VALORES EXPERIENCIAIS ATITUDES FACILITADORAS: · AUTENTICIDADE · CONSIDERAÇÃO POSITIVA · EMPATIA VANESSA VITÓRIA SILVA FERREIRA – UFAL – PSICOLOGIA - 2020
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