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Nas questões 1, 2 e 3 o sistema de coordenadas utilizado é um sistema ortogonal. 1. O plano π é determinado pelas retas r : x + z = 5 = y + 4 e s : X = (4, 1, 1) + λ(4, 2,−3). Obtenha equações gerais dos planos que distam 2 de π. Observamos que A = (4, 1, 1) ∈ r ∩ s e B = (0, 1, 5) ∈ r mas B = (0, 1, 5) /∈ s. Portanto r e s são retas concorrentes. Temos que, −→ AB = (−4, 0, 4) é vetor diretor da reta r e ~s = (4, 2,−3) é vetor diretor da reta s. Esses vetores são vetores diretores do plano π, determinado pelas retas r e s. Como A = (4, 1, 1) ∈ π, temos que uma equação geral de π é dada por: π : ∣∣∣∣∣∣ x− 4 y − 1 z − 1 −4 0 4 4 2 −3 ∣∣∣∣∣∣ = 0 ou seja, π : −2x+ y − 2z + 9 = 0. Se α é um plano tal que dist(α, π) = 2, então α deve ser paralelo ao plano π. Assim, α : −2x+ y − 2z + d = 0 para algum d ∈ R, d 6= 9 e dist(α, π) = dist(A,α). Logo, 2 = dist(A,α) = | − 2 · 4 + 1 · 1− 2 · 1 + d|√ (−2)2 + 12 + (−2)2 = |d− 9| 3 ou seja, d = 3 ou d = 15. Assim, existem dois planos que distam 2 de π: α1 : −2x+ y − 2z + 3 = 0 e α2 : −2x+ y − 2z + 15 = 0 2. Considere a reta r : X = (1, 2,−1) + λ(1, 1, 1). a) Determine uma equação de um plano π, que seja paralelo a r; Uma equação geral para π tem a forma, π : ax+by+cz+d = 0 e um vetor normal (ortogonal) a π é dado por ~η = (a, b, c). Para que π seja paralelo a r devemos ter que o vetor normal a π deve ser ortogonal ao vetor diretor, ~r = (1, 1, 1), de r e o ponto A = (1, 2,−1) de r não pode pertencer ao plano π. Assim, 0 = ~η · ~r = (a, b, c) · (1, 1, 1) = a+ b+ c e podemos escolher π : x− y = 0 b) Determine uma equação de uma reta s que é perpendicular à r e é transversal a π. Para s ser perpendicular a r, devemos ter que o vetor diretor ~s de s deve ser ortogonal ao vetor diretor ~r = (1, 1, 1) de r e s deve ser concorrente com r. Para que s seja transversal ao plano π devemos ter que ~s não pode ser ortogonal ao vetor normal ~η, ou seja, ~s · ~η 6= 0. 1 Segunda Prova Resolvida de Geometria Analítica Se escolhermos ~s = (0,−1, 1) teremos que, ~s · ~η = (0,−1, 1) · (1,−1, 0) = 1 6= 0 e ~s · ~r = (0,−1, 1) · (1, 1, 1) = 0. Como A = (1, 2,−1) ∈ r, temos que uma reta s que é perpendicular à reta r e é transversal ao plano π é dada por: s : X = (1, 2,−1) + µ(0,−1, 1) 3. Considere o triângulo ABC com A = (1, 1, 0), B = (0, 1,−1) e C = (1, 0,−1). a) Determine uma equação da reta rA que contém a bissetriz do ângulo BÂC; Um vetor diretor, ~rA, de rA deve ser tal que, a medida angular θ do ângulo formado pelos vetores ~rA e −→ AB deve ser igual à medida do ângulo formado pelos vetores ~rA e −→ AC, ou seja, −→ AB · ~rA || −→ AB|| · || ~rA|| = cos(θ) = −→ AC · ~rA || −→ AC|| · || ~rA|| Temos que, −→ AB = (−1, 0,−1) e −→ AC = (0,−1,−1). Se denotarmos ~rA = (a, b, c) teremos que, −a− c = −b− c, ou seja, a = b. Devemos ter também que { ~rA, −→ AB, −→ AC} deve ser L.D., pois a reta rA deve estar contida no plano determinado pelo triângulo ABC. Assim, det a a c−1 0 −1 0 −1 −1 = 0 ou seja, c = 2a. Desta forma, um vetor diretor ~rA é dado por, ~rA = (1, 1, 2) e assim, rA : X = (1, 1, 0) + λ(1, 1, 2) b) Determine uma equação da reta rB que contém a bissetriz do ângulo AB̂C; Um vetor diretor, ~rB, de rB deve ser tal que, a medida angular ϕ do ângulo formado pelos vetores ~rB e −→ BA deve ser igual à medida do ângulo formado pelos vetores ~rB e −−→ BC, ou seja, −→ BA · ~rB || −→ BA|| · || ~rB|| = cos(ϕ) = −−→ BC · ~rB || −−→ BC|| · || ~rB|| Temos que, −→ BA = (1, 0, 1) e −−→ BC = (1,−1, 0). Se denotarmos ~rB = (m,n, p) teremos que, m+ p = m− n, ou seja, p = −n. Devemos ter também que { ~rB, −→ BA, −−→ BC} deve ser L.D., pois a reta rB deve estar contida no plano determinado pelo triângulo ABC. Assim, det m n −n1 0 1 1 −1 0 = 0 ou seja, m = −2n. Desta forma, um vetor diretor ~rB é dado por, ~rB = (2,−1, 1) e assim, rB : X = (0, 1,−1) + µ(2,−1, 1) c) Determine o INCENTRO do triângulo ABC; O incentro do 4ABC é o ponto P , de intersecção das bissetrizes dos ângulos internos do triângulo, ou seja, {P} = rA ∩ rB. Logo, P = (1 + λ, 1 + λ, 2λ) para algum λ ∈ R e P = (2µ, 1− µ,−1 + µ) para algum µ ∈ R. Assim, 2 1 + λ = 2µ 1 + λ = 1− µ 2λ = −1 + µ Portanto, λ = −1 3 e µ = 1 3 e assim, o incentro procurado é dado por P = (2 3 , 2 3 ,−2 3 ) d) Determine a medida do raio da circunferência inscrita ao triângulo ABC. O incentro, P = (2 3 , 2 3 ,−2 3 ), do 4ABC é o centro da circunferência inscrita ao triângulo. Portanto, o raio R dessa circunferência é a distância de P a qualquer um dos lados do triângulo, ou seja, R = dist(P,AB) = dist(P,AC) = dist(P,BC) A reta AB tem equação AB : X = A + λ −→ AB, com A = (1, 1, 0) e −→ AB = (−1, 0,−1) e dist(P,AB) = || −→ AP∧ −→ AB|| || −→ AB|| , sendo −→ AP = (−1 3 ,−− 1 3 ,−2 3 ). Temos que, −→ AP ∧ −→ AB = ∣∣∣∣∣∣ ~i ~j ~k −1 3 −1 3 −2 3 −1 0 −1 ∣∣∣∣∣∣ = 13~i+ 13~j − 13~k Portanto, dist(P,AB) = || −→ AP∧ −→ AB|| || −→ AB|| = √ 3 3√ 2 = √ 6 6 , ou seja, o raio procurado é R = √ 6 6 4. Seja {~a,~b,~c} uma base ordenada (não necessariamente ortonormal). Mostre que, para todo vetor ~x vale a igualdade: ~x = [~x,~b,~c] [~a,~b,~c] · ~a+ [~a, ~x,~c] [~a,~b,~c] ·~b+ [~a, ~b, ~x] [~a,~b,~c] · ~c Como E = {~a,~b,~c} é uma base ordenada temos que existem escalares α, β, γ ∈ R tais que, ~x = α~a+ β~b+ γ~c Assim, [~x,~b,~c] = [α~a+ β~b+ γ~c,~b,~c] = α[~a,~b,~c] + β[~b,~b,~c] + γ[~c,~b,~c] = = α[~a,~b,~c] + 0 + 0 = α[~a,~b,~c] Como E = {~a,~b,~c} é L.I. segue que [~a,~b,~c] 6= 0. Logo, α = [~x, ~b,~c] [~a,~b,~c] Analogamente, [~a, ~x,~c] = [~a, α~a+ β~b+ γ~c,~c] = α[~a,~a,~c] + β[~a,~b,~c] + γ[~a,~c,~c] = = 0 + β[~a,~b,~c] + 0 = β[~a,~b,~c] de onde segue que β = [~a, ~x,~c] [~a,~b,~c] 3 Também, [~a,~b, ~x] = [~a,~b, α~a+ β~b+ γ~c] = α[~a,~b,~a] + β[~a,~b,~b] + γ[~a,~b,~c] = = 0 + 0 + β[~a,~b,~c] = γ[~a,~b,~c] de onde segue que γ = [~a,~b, ~x] [~a,~b,~c] Obs.: [~u,~v, ~w] denota o produto misto dos vetores ~u,~v e ~w, ou seja, [~u,~v, ~w] = (~u ∧ ~v) · ~w 4
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