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Resenha crítica: Educação, relações étnico-raciais e a Lei 10.639/03

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RESENHA CRÍTICA
Educação, relações étnico-raciais e a Lei 10.639/03
Ana Luisa Nascimento Silva
Odontologia, 3º Período
Abril, 2021.
TEÓFILO OTONI, MG.
O nome da obra trabalhada é “Educação, relações étnico-raciais e a Lei
10.639/03'', esta foi publicada no dia 25 de Agosto de 2011 como artigos e em
revistas. Esta obra foi escrita por Nilma Lino Gomes, ela é graduada em Pedagogia
e mestra em Educação pela UFMG, além de doutora em Antropologia Social pela
USP, também é professora da Faculdade de Educação da UFMG e integrante da
Associação Brasileira de Pesquisadores Negros – ABPN –, entre 2002 e 2013
coordenou o Programa de Ensino, Pesquisa e Extensão Ações Afirmativas na
UFMG. Coordenou também o Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações
Étnico-Raciais e Ações Afirmativas (NERA) e o GT 21 – Educação e Relações
Étnico-Raciais – da ANPED, durante a gestão 2012-2013. Em 2013 e 2014 foi
reitora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira –
UNILAB –, tornando-se a primeira mulher negra a ocupar o cargo mais importante
de uma universidade federal no Brasil.
A obra baseia-se na Lei 10.639/03 onde define que nos estabelecimentos de
ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino
sobre História e Cultura Afro-Brasileira. O conteúdo programático a que se refere o
caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos
negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade
nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e
política pertinentes à História do Brasil. Estes conteúdos referentes à História e
Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em
especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.
A implementação dessa lei afirma a diversidade cultural e concretiza uma
educação étnico-racial, isso a partir dos anos 2000. O caminho para a aprovação foi
uma grande luta contra o racismo e tem como protagonistas o Movimento Negro.
Essa ação é uma forma de corrigir a desigualdade histórica sobre os negros no
Brasil. Com o avanço democrático, as escolas públicas e privadas devem elaborar
ações, projetos, práticas, desenhos curriculares e terem novas posturas
pedagógicas na qual a educação seja um direito de todos. A referida lei é uma ação
afirmativa onde visa a superação de desigualdades por meio de políticas, projetos e
práticas públicas e privadas. Esta ação tem dentre vários objetivos romper com o
silenciamento sobre a realidade africana e afro-brasileira nos currículos e nas
práticas escolares. O Estado brasileiro torna democrático onde reconhece e respeita
as diferenças, sabendo da sua importância.
As relações étnico-raciais são relações construídas no processo histórico,
social, político, econômico e cultural. A concepção de raça é usada pelo Movimento
Negro porque o racismo não ocorre apenas por causa dos aspectos culturais na
história e na vida dos africanos e dos afro-brasileiros, mas a união estabelecida
entre esse aspecto cultural e os aspectos físicos na estética do indivíduo. Ele
também é adotado baseado na análise do tipo de racismo na sociedade, sua
superação e dimensões históricas e culturais. O problema de aprendermos a
classificar as raças é que aprendemos a hierarquizar as classificações sociais,
raciais, de gênero e outras, logo aprendemos a tratar de forma desigual. Em
contrapartida, a palavra etnia revela que os grupos humanos não são marcados por
características biológicas mas pela sua história e cultura. Estes possuem algum grau
de coerência e solidariedade, possuindo origens e interesses em comum, são
pessoas unidas por experiências compartilhadas. Porém, o conceito de etnia pode
não ser o suficiente para compreender os efeitos do racismo, Sendo assim, foi
adotado o termo étnico-racial, para compreender não apenas o físico e as
classificações raciais, mas também o símbolo, a cultura, a política e sua identidade.
Esta última diz respeito à forma como a sociedade classifica o ser, nem sempre é a
forma como ele se enxerga.
As diferenças são construções sociais, culturais, políticas e identitárias, pois
aprendemos desde cedo a reconhecer a diversidade cultural e humana. Entretanto,
aprendemos a classificar não apenas para organizar a vida social, mas também para
ver as diferenças e semelhanças de forma hierarquizada e dicotômica. Uma maneira
de promover uma pedagogia diversificada é conhecendo mais a história e a cultura
africana e afro-brasileira. Assim, podemos superar opiniões preconceituosas,
denunciar o racismo e implantar ações afirmativas, rompendo com o mito da
democracia racial.
A leitura e interpretação da obra é extremamente pertinente e válida tanto
para o meio acadêmico/profissional quanto para o agregamento do conhecimento
pessoal. Uma vez que ela te direciona a compreender conceitos básicos como
“etnia” e “raça” muitas vezes ditos incorretamente ou de forma pejorativa.
Atualmente tornou-se mais fácil o acesso e a informação mediante o preconceito,
termos que devem ser usados e o quão importante e fundamental foi a luta dos
afro-brasileiros para conquistar seus direitos.
Entretanto, mesmo diante de tantas informações, as pessoas ainda
minimizam a luta constante da população negra, se achando superiores e tendo
atitudes racistas a todo momento. E mesmo sendo um crime inafiançável, vimos
ocorrências assim constantemente, seja em jornais com jovens e adultos negros
sendo baleados simplesmente porque foram confundidos com marginais; seja em
reality show onde um negro sofre piadas racistas do cabelo e se reclamar, é
“mimimi”. Eles estão cansados de explicar o que é certo e errado, logo, cabe a nós
brancos nos informarmos para não ter atitudes ou falas que irão machucar o
próximo.
Referências Bibliográficas
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm
http://www.letras.ufmg.br/literafro/autoras/368-nilma-lino-gomes
http://antigo.acordacultura.org.br/artigo-25-08-2011
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm
http://www.letras.ufmg.br/literafro/autoras/368-nilma-lino-gomes
http://antigo.acordacultura.org.br/artigo-25-08-2011

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