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Resumo do módulo 1- Pós em direito digital- ebradi

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Módulo 1: A quarta revolução industrial e a sociedade da informação.
Tema 01- evolução histórica dos meios digitais.
Professor:Fernando Opice Bloom
Aula 01: Mudamos e para onde iremos?
A sociedade da informação- A educação pode evitar as situações recorrentes de desrespeito online. O tempo na internet é crucial, pois são imprevisíveis os avanços tecnológicos que poderemos ter, então o desafio é fazer leis que acompanhem essa evolução. O tempo, então, é um adversário pois dificulta a percepção, logo as leis servem para forçar esta percepção e tomada de decisões acerca da matéria.
Na sociedade da informação o direito tem a finalidade de apresentar as normas de convivência no ambiente digital.
(...) é preciso introduzir meios de regulamentação ética na rede, até mesmo porque já se passou o período romântico e idealista no qual a internet era concebida apenas como um imenso repositório de informação e cultura, templo de intelectuais e acadêmicos de vanguarda, para um outro em que ela, a cada dia, se transforma em mais um instrumento da sociedade de consumo.(GOIS JUNIOR, José Caldas. O direito na era das redes: a liberdade e o delito no ciberespaço. Bauru: EDIPRO, 2001. p. 30.)
O desafio principal é criar normas de direito que não fiquem obsoletas antes mesmo de sua publicação. Além da clara dificuldade do judiciário em responder as demandas na mesma velocidade em que acontecem, uma vez que os atos na internet se difundem rapidamente.
Resumo texto “O direito na sociedade da informação” de Felipe Becari Comenale.
O conceito de sociedade da informação se refere à sociedade pós-industrial, ligado à expansão e reestruturação do capitalismo na década de 80. É o termo que designa a utilização da informação como instrumento da tecnologia. Oferecendo flexibilidade e possibilitando a reconfiguração e reorganização de cada componente. 
Surgiu durante a Conferência internacional onde a comunidade econômica europeia se uniu na convenção pelo interesse em regulamentação da liberdade de circulação de serviços e de medidas para implementação de mecanismos de comunicação. 
No entendimento de Senise Lisboa, a sociedade da informação é a expressão utilizada para identificar o período histórico a partir do qual a informação é utilizada para realização de atos jurídicos. Essas informações versariam sobre os meios de produção e a distribuição de bens ou sobre uma pessoa e/ou objeto sendo utilizadas pelos meios de comunicação já existentes. Se tornando uma nova economia. 
Esta nova economia se ancora nos três pilares: 
a) O conhecimento impregna tudo o que compramos, vendemos e produzimos.
b) Os ativos do conhecimento passaram a ser mais importantes para as empresas que os ativos financeiros e físicos. 
c) Prosperar significa a maior utilização de novas técnicas de gestão, novas tecnologias e novas estratégias. 
Essas informações trazem impactos na sociedade comum aumentando ainda mais a desigualdade entre aqueles que tem e os que não tem acesso a essas informações.
A nova sociedade da informação fez surgir uma nova demanda no judiciário a do direito como mecanismo de controle social. O avanço tecnológico fragilizou a privacidade e criou a aparência de que uma pessoa atualizada quanto às tecnologias são indivíduos cultos. Observa-se que quanto mais difundida a informação, mais ela transforma os âmbitos do direito trazendo impactos em todos eles.
Considerando os jovens menores de 18 anos no ambiente digital pode-se dizer que os pais devem acompanhar os filhos nas redes, para impedir que sejam alvo de violência ou que pratiquem atos contrários à lei, sobre os quais os pais são responsáveis. Cabendo ainda sanções pela prática de ato infracional.
Resumo do texto “Direito e Sociedade da Informação- Breves Anotações” de Maria Sylvia Ribeiro Pereira Barrett.
O texto diz basicamente que na sociedade da informação, esta se tornou a mercadoria principal e após o avanço tecnológico isso tem ficado cada vez mais lucrativo. Tais avanços também demonstraram a necessidade de regulamentação inicialmente notada pela União Européia e depois se expandiu para todo o mundo, uma vez que a internet não possui fronteiras.
A necessidade de regulamentação recai sobre a base de dados dos sites, utilização do meio digital pelos órgãos públicos, redes sociais, direitos autorais e comércio online.
Traz também as definições de linking e metatags, qual seja: 
“Linking é a ligação de um website com outro, permitindo a visita de uma página a partir de outra e pode ser ilicitamente utilizado para levar o usuário, potencial cliente para outra página, ou permitir a utilização de informações existentes em determinado website.
Metatags são as palavras inseridas no website para sua catalogação conforme o assunto tratado. Tal recurso pode ser indevidamente empregado para permitir que determinado site seja encontrado mesmo que em busca relacionada a outro assunto ou produto.”.
Aula 02: Impactos da internet
Internet das coisas: Todos os dispositivos informatizados conectados à internet que não são necessariamente dispositivos que processam dados ou geram interatividade maior, como se computadores fossem. Esses dispositivos são de processamento mais limitado que um computador. 
No modelo atual (anterior à lei geral de proteção de dados) podem ocorrer ataques DDOS, pela falta de uma proteção que vem por padrão. Na evolução teremos endereço de IP nesses dispositivos para facilitar a identificação do conteúdo produzido conforme o marco civil da internet. 
Direitos autorais:
Dados pessoais:
Blockchain:
Propriedade intelectual:
Privacidade:A lei geral de proteção de dados busca conferir privacidade ao indivíduo, uma vez que a utilização exacerbada dos dados pessoais tem fragilizando a privacidade. As redes sociais também trouxeram a problemática do consentimento e da capacidade de conferí-lo.
Cybercrimes:
Compliance:
Criptomoedas:
Smart Contracts:
Resumo do texto 1: impactos da internet
Com o advento da internet as relações mudaram, criou-se um ambiente próprio para negócios, propício para inovações representado pelas start-ups e empresas disruptivas que após a criação da lei de liberdade econômica (lei 13.874/2019) perderam a carga burocrática de criar uma empresa logo no início. 
O principal impacto da transformação feita pela internet é a criação da internet das coisas, dispositivos inteligentes e com processamento limitado que captam dados sem que sejam identificados para onde vão esses dados. Outra consequência é que a quantidade de dispositivos com esse tipo de conexão, ao se popularizar, trouxe o esgotamento dos endereços de IP. Fazendo com que haja a necessidade de geração de outro tipo de identificação junto com a aquisição da velocidade 5G. Essa identificação é importante para que se fiscalize o registro de conexão à internet na utilização desses dispositivos quando necessário.
Atualmente o art. 5º do Marco Civil da internet define como registro de conexão o “conjunto de informações referentes à data e hora de início e término de uma conexão à internet, sua duração e o endereço de IP utilizado pelo terminal para o envio e recebimento de pacotes de dados. Ainda, os artigos 13 e 15 estabelecem que é necessário que os administradores de sistema autônomos de provisão de conexão à internet e os provedores de aplicação mantenham tais registros.
Neste cenário, quando há a prática de um ilícito na internet, é necessário solicitar ordem judicial para acessar as informações de usuário para descobrir quem cometeu tal ilícito. A dificuldade em acessar informações é uma questão a ser solucionada pelo direito. Outro impacto é quanto à privacidade e idade de consentimento, pois num mundo altamente conectado a utilização de aplicações gratuitas acabam tendo um custo, a utilização de dados. Dessa forma, dificulta-se a proteção desses dados e a privacidade dos usuários, consequentemente. 
Resumo do texto “Internet das coisas - IOT e privacidade de dados - Desafios técnicos, jurídicos e operacionais para o compliance” de Yuri Rodrigues Ladeia.
A internet das coisasé o conceito que conecta os dispositivos utilizados no dia a dia à rede mundial de computadores.É matéria para o direito digital na medida em que esses dispositivos estão vulneráveis a ataques ensejando responsabilização jurídica e prejuízo aos envolvidos.
No Brasil, a lei que regulará a proteção de dados na internet das coisas será a LGPD. 
Relativamente aos princípios previstos no RGPD, destacam-se (i) o princípio da limitação das finalidades: qualquer dado pessoal só pode ser recolhido e tratado com propósitos legítimos, concretos e determinados, que sejam devidamente comunicados ao respetivo titular, e sem que possam ser usados para outras ou além das finalidades recolhidas (art.º 5º, 1, al. b) do RGPD); (ii) princípio da minimização dos dados: o tratamento tem que ser compatível com as finalidades declaradas para a sua recolha e limitadas ao necessário para a sua prossecução (art.º 5º, 1, al. c) do RGPD); (iii) princípio da transparência: que garante ao titular dos dados que todas as informações são dadas e de forma clara e precisa (art.º 5º, 1, al. a) e 12º do RGPD); (iv) o princípio dos limites da conservação: que visa garantir que todos os dados são conservados adequadamente, por forma a permitir sempre a identificação e acesso dos seus titulares (art.º 5º, 1, al e) do RGPD); (v) princípios da integralidade e confidencialidade: acompanhados de medidas técnicas de proteção desses mesmos dados, que impeçam o acesso não autorizado, a perda, etc., sob pena de responsabilidade administrativa ou mesmo penal (art.º 5º, 1, al f) do RGPD). (Rebelo, 2019)
Vale mencionar os direitos do titular dos dados que o GDPR apontou, quais sejam: direito de acesso aos dados (art.º 15º do GDPR), que poderá ser efetuado sem quaisquer constrangimentos e a qualquer tempo desde que efetuado mediante requerimento prévio; direito de retificação e apagamento, que se traduz no direito do titular dos dados a, por ex., ver revogado o seu consentimento, exigir do responsável pelo tratamento a destruição dos seus registros no banco de dados, a sua a total exclusão, a mera oposição ao tratamento, ou correção (art.º 16º e 17º do GDPR); direito à portabilidade dos dados (art.º 20º do GDPR) e o direito de solicitar ao responsável pelo tratamento a transmissão dos seus dados pessoais para outra entidade, segundo o entendimento de Rebelo (2019).
Esses princípios se aplicam a LGPD porque a lei foi inspirada na GDPR europeia. As aplicações da internet das coisas dependem de muitos dados dos usuários e tratamento sistematizado para que estes dados não se percam ou sejam utilizados de forma incorreta.
Para entender o impacto da proteção de dados precisamos entender o privacy by design que significa “antecipar problemas de segurança e privacidade, desde a criação da função/produto/negócio, respeitando às regulamentações jurídicas e técnicas, adotando a privacidade como meio de operação padrão” e a proteção de dados by default, “busca o mais alto padrão de segurança e privacidade em todo o negócio ou sistema, uniformemente, segundo Ladeia (2019)”.
Para sanar essas questões, a GDPR criou a AIPD.
A Avaliação de Impacto sobre a Proteção de Dados – AIPD (Data Protection Impact Assessment – DPIA), prevista no artigo 35 do GDPR propõe que quando o processamento, em especial utilizando novas tecnologias, sendo esse caso da IOT, tendo em conta a natureza, âmbito, contexto e finalidades do processamento, possa resultar num risco elevado para os direitos e liberdades das pessoas singulares, o controlador do processamento, procederá com uma avaliação do impacto das operações de processamento previstas na Proteção de Dados pessoais, segundo o grupo de Trabalho do artigo 29 (2017).
A AIPD é uma avaliação sistemática e exaustiva de aspectos pessoais relacionados às pessoas físicas, baseada no processamento automatizado, incluindo a definição de perfis em que se baseiam as decisões que produzem efeitos jurídicos em relação à pessoa singular, ou afetam igualmente de forma significativa a pessoa singular, segundo o Parlamento Europeu e Ladeia (2016, 2019).
Portanto, identificar riscos e operacionalizar, em nível razoável, os métodos de segurança, observando critérios jurídicos, técnicos e operacionais, são os desafios e ao mesmo tempo a solução para o compliance na proteção de dados.
Resumo do texto “Conquistas e desafios na proteção da intimidade na internet” de Natália Neris.
O artigo 19 do Marco Civil da internet traz a seguinte regra: as plataformas digitais que tem seu conteúdo inserido por usuários, não são responsáveis por estes. Entretanto, devem retirá-los quando receberem ordem judicial para tanto, respondendo civil e penalmente pela desobediência a esta ordem. No mesmo Marco, consagrou-se sua exceção, o art. 21 afirma que em casos de nudez e atos sexuais divulgados, a rede tem obrigação de retirá-los com a comunicação da pessoa envolvida ou de seu representante legal, não necessitando de ordem judicial e, caso não tome essa atitude quando poderia ter feito, o provedor de aplicações será responsabilizado, “para a aplicação do artigo 21 a existência da nudez e da notificação prévia às plataformas têm sido fundamental”.
Aula 03:Desafio do avanço tecnológico
Quando o marco civil foi criado já havia a jurisprudência com relação a remoção e guarda de conteúdo de pessoas que cometessem atos ilícitos. A vítima comunicaria à plataforma e em 24 horas ela teria que retirar. Quando os tribunais tratavam da guarda desses materiais (IP, data e hora e etc.) a guarda deveria ser pelo prazo prescricional de 3 anos, que era o prazo da ação de reparação civil. O marco civil encurtou esse prazo para 6 meses para aplicações e 1 ano para conexões. 
Na prática se trabalha com o prazo mínimo, mesmo que este possa ser prorrogado.No direito processual esse direito pode requerer o uso de liminar para preservar esses dados.
O Marco civil excepcionou a remoção de conteúdo, salvo em caso de conteúdo sexual que a remoção deve ser imediata. Fora desta exceção, fica à critério da plataforma a remoção do conteúdo, geralmente demandando uma ação judicial para remoção ou atualização.
Uma das maiores dificuldades é a proporção velocidade do avanço tecnológico versus percepção, pois as leis já podem nascer desatualizadas. Segundo Opice, a jurisprudência por ter maior contato e pelo processo de criação de lei ser mais lento, pode resolver melhor essas questões.
Existe ainda a responsabilidade de administrador de grupo, que ao tomar conhecimento de prática de ato ilícito deve procurar coibi-las utilizando as ferramentas disponíveis, sob pena de responsabilização.Trata-se de decisão jurisprudencial criando regras para o mundo virtual antes da criação da Lei Geral de Proteção de Dados.
Resumo do texto “STJ confirma prazo de 24 horas para retirada de conteúdo ofensivo da internet” de Migalhas de peso.
O STJ rejeitou, por unanimidade, embargos de declaração interpostos pelo Google e manteve entendimento de que, uma vez notificado de que determinado texto ou imagem possui conteúdo ilícito, o provedor deve retirar o material do ar no prazo de 24 horas, ou poderá responder por omissão. - De 2013. 
Resumo do texto “Marco Civil contraria tese sobre responsabilidade de provedor” de Felipe Luchete.
O Marco civil da internet estabeleceu norma diferente do que vinha sendo aplicado pelo judiciário, quanto a responsabilidade dos provedores de aplicação por conteúdos ofensivos publicados pelos usuários. O marco afastou essa responsabilização por não remover este tipo de conteúdo, exceto em caso de nudez.
Resumo do texto “Responsabilidade de administrador de grupo de WhatsApp: um precedente perigoso” de João Paulo de Mello Filippin.
Existe responsabilidade civil e criminal pelo que ocorre no ambiente virtual quando há um ataque a um bem jurídico tutelado. Entretanto, o terceiro participante ou administrador, só pode ser responsabilizado por omissão quando tiver um dever jurídico de agir previsto em lei, devendo impedir a ocorrência do resultado. Esse dever de evitar um resultadonão existe ao administrador de grupo de whatsapp a ponto de torná-lo solidariamente responsável pela conduta dos seus membros.
Aula 04: Cada vez mais 
Leis que em algum momento tratam da internet:
1. CF/88.
2. Lei 9.983/2000- tipificou o crime de inserção de dados falsos em sistemas de informação.
3. Lei 11.419/2006- dispõe sobre a informatização dos processos judiciais.
4. Lei 12.735/2012- tipifica condutas realizadas mediante o uso de sistema eletrônico, digital ou similares que sejam praticados contra sistemas informatizados e similares.
5. Lei 7.962/2013- regulamentou o comércio eletrônico.
6. CPC/15- dispõe sobre o documento eletrônico como prova.
7. Dec. 8.777/14- regulamentou o marco civil da internet
8. Lei. 8.069/90 ECA- Tipificou o crime de pornografia infantil por meio de sistema da internet.
9. MP 2.200/2001- instituiu o ICP Brasil.
10. Lei 12.551/2011-Incluiu na CLT o teletrabalho
11. Lei 12.737/2012- Tipificou o crime de invasão de dispositivos móveis.
12. Lei 12.965/2014- Marco Civil da internet
13. Lei 13.185/2015- criou o programa de combate ao Bullying
14. Lei geral de proteção de dados 13.709/2018.
A lei geral de proteção de dados instituiu um novo órgão estatal para regulamentação da coleta de dados, uma agência especificamente para isso. Estabelecendo sanções para quem descumprir as regras, e sobre quem e quais são os dados coletados.
Essa lei modificará a forma que os termos de uso são dispostos aos usuários, fazendo deles mais objetivos e diretos para consentimento informado do usuário.
Pontos principais da LGPD
1. A LGPD aplica-se a qualquer atividade que trate dados pessoais, seja por pessoas naturais ou jurídicas (de direito público ou privado), por meio físico ou digital.
2. É autorizado o tratamento de dados pessoais quando:
a. consentimento do titular; 
b. cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador.
c. pela administração pública, para o tratamento e uso compartilhado de dados necessários à execução de políticas públicas previstas em leis e regulamentos ou respaldadas em contratos, convênios ou instrumentos congêneres, observadas as disposições do Capítulo IV da LGPD; para a realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível, a anonimização dos dados pessoais; 
d. quando necessário para a execução de contrato ou de procedimentos preliminares relacionados a contrato do qual seja parte o titular, a pedido do titular dos dados;
e. para o exercício regular de direitos em processo judicial, administrativo ou arbitral.
f. para a tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária.
g. Quando necessário para atender aos interesses legítimos do controlador ou de terceiros, exceto no caso de prevalecerem direitos e liberdades fundamentais do titular que exijam a proteção dos dados pessoais;
h. para a proteção do crédito, inclusive quanto ao disposto na legislação pertinente.
3. Direito dos Titulares de Dados: direito à informação, acesso, retificação e portabilidade dos dados pessoais,revogação do consentimento, entre outros.
4. Princípio de Proteção de Dados: finalidade, adequação, necessidade, livre acesso, qualidade dos dados, transparência, segurança, prevenção, não discriminação e responsabilização e prestação de contas.
5. Autoridade Nacional de Proteção de Dados: A Lei nº 13.853/2019 alterou dispositivos da LGPD e criou a Autoridade Nacional de Proteção de Dados como sendo um órgão da administração pública responsável por zelar, implementar e fiscalizar o cumprimento da LGPD em todo o território nacional. Embora formalmente criada, a ANPD ainda não foi estruturada.
6. Notificações Obrigatórias: Determina que o controlador deverá comunicar à ANPD e ao titular a ocorrência de incidente de segurança que possa acarretar risco ou dano relevante aos titulares.
7. Aplicação Extraterritorial: A LGPD aplica-se a qualquer operação de tratamento independentemente do meio,do país de sua sede ou do país onde estejam localizados os dados, desde que a operação de tratamento seja realizada no território nacional; tenha por objetivo a oferta ou o fornecimento de bens ou serviços ou o tratamento de dados de indivíduos localizados no território nacional; ou os dados pessoais objeto do tratamento tenham sido coletados no território nacional.
8. Regras Específicas: A LGPD traz regras específicas para tratar de dados pessoais sensíveis, dados de crianças e adolescentes e transferência internacional de dados.
9. Assessment sobre o tratamento de dados: ?????
10. Encarregado: Prevista obrigatoriedade de o controlador indicar encarregado ou Data Protection Officer (DPO), que irá fazer a interface entre os titulares, controladores e ANPD. O encarregado terá obrigações importantes na aplicação da lei, no relacionamento com as autoridades, na verificação interna e na conscientização de empresas.
11. Sanções: As sanções vão desde advertência até multa simples, de até 2% (dois por cento) do faturamento da pessoa jurídica de direito privado, grupo ou conglomerado no Brasil no seu último exercício, excluídos os tributos, limitada, no total, a R$ 50 milhões por infração até publicização da infração, o que pode gerar sérios danos reputacionais à empresa.
Resumo sobre o texto “Três grandes motivos para o Brasil se preocupar com o Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia” de Dayana Caroline Costa.
Observa-se que a exigência por maior proteção de dados é internacional, uma vez que o Brasil criou a LGPD para conferir segurança jurídica e atender um padrão estabelecido por outros países para que as empresas utilizem os dados dos cidadãos. A internet não possui fronteiras, por isso a preocupação com os dados utilizados faz com que essas leis recaiam sobre várias comunidades internacionais que exigem um nível mínimo de segurança. 
Mas porque o Brasil deve se preocupar com uma Regulamentação Europeia? Não faltam motivos. Primeiro porque algumas empresas brasileiras podem ser diretamente impactadas pela nova regulamentação. Segundo porque negócios e relações comerciais entre o Brasil e países da União Europeia poderão ser mitigados pelo fato de não possuirmos legislação específica sobre o tema. E, terceiro, porque adiantar-se na adaptação às regras da GDPR pode representar vantagem competitiva às empresas brasileiras já que a expectativa é de que em breve ocorra a aprovação de uma lei nacional com as mesmas premissas.
Com base na GDPR o Brasil criou a LGPD também motivado por entrar e estar qualificado no mercado europeu. 
Resumo da notícia “as empresas estão ou não preparadas para atender a LGPD?” 
A notícia evidenciou que além das empresas não estarem preparadas para o impacto da LGPD, o povo brasileiro também desconhece a lei ou sobre o que se trata. Diferentemente do comportamento do Reino Unido em relação a GDPR.
Resumo do texto “LGPD: a versão brasileira do regulamento europeu” de Richie Koch.
A primeira observação quanto a LGPD é que esta tem aplicação extraterritorial como a GDPR. Segundo o texto, dados pessoais para a LGPD significa “qualquer dado que, por si só ou combinado com outros, possa identificar uma pessoa natural ou submetê-la a um tratamento específico”.
Entre os pontos em comum com a GDPR, estão os direito dos titulares dos dados:
• Confirmação da existência de tratamento;
• Acesso aos dados;
• Correção de dados incompletos, inexatos ou desatualizados;
• Anonimização, bloqueio ou eliminação de dados desnecessários, excessivos ou tratados em desconformidade com o disposto na lei;
• Portabilidade dos dados a outro fornecedor de serviço ou produto, mediante requisição expressa, de acordo com a regulamentação da autoridade nacional, observados os segredos comercial e industrial;
• Eliminação dos dados pessoais tratados com o consentimento do titular, exceto nas hipóteses previstas no artigo 16 da lei;
• Informação das entidades públicas e privadas com as quais o controlador realizou uso compartilhado de dados;
• Informação sobre a possibilidade denão fornecer consentimento e sobre as consequências da negativa;
• Revogação do consentimento, nos termos do parágrafo 5º do artigo 8º da lei.
Diferenças entre a LGPD e a GDPR
1. Encarregado de proteção de dados: A GDPR fixa quando será necessário a utilização de um encarregado de proteção de dados e a LGPD deixou isso a cargo da autoridade nacional a necessidade ou não de regulamentação.
2. Base legal para processamento de dados: A LGPD possui 4 bases a mais que a GDPR, quais sejam- 
• Mediante o fornecimento de consentimento pelo titular;
• Para o cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador;
• Pela administração pública, para o tratamento e uso compartilhado de dados necessários à execução de políticas públicas previstas em leis e regulamentos ou respaldadas em contratos, convênios ou instrumentos congêneres, observadas as disposições do capítulo IV da Lei;
• Para a realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível, a anonimização dos dados pessoais;
• Quando necessário para a execução de contrato ou de procedimentos preliminares relacionados a contrato do qual seja parte o titular, a pedido do titular dos dados;
• Para o exercício regular de direitos em processo judicial, administrativo ou arbitral, esse último nos termos da lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996 (Lei de Arbitragem);
• Para a proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro;
• Para a tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária;
• Quando necessário para atender aos interesses legítimos do controlador ou de terceiro, exceto no caso de prevalecer direitos e liberdades fundamentais do titular que exijam a proteção dos dados pessoais;
• Para a proteção do crédito, inclusive quanto ao disposto na legislação pertinente.
3. Avisos sobre quebras de sigilo: a GDPR fixou o prazo de 72 horas para a notificação sobre a quebra de sigilo. A LGPD não fixou prazo.
4. Multas: A LGPD possui multas menos severas de até 50 milhões de reais por infração até 2% do faturamento da PJ no ano de seu exercício, já na GDPR as multas vão de 20 milhões de euros a 4% da receita global da empresa. 
Resumo do texto “Transformando desafios em oportunidades: porque a LGPD e sua empresa podem ser a combinação perfeita” de Dayana Caroline Costa.
A LGPD traz em seu bojo benefícios para as empresas que a ela se adequarem, a proteção dos titulares dos dados é uma oportunidade para as empresas diante dos recorrentes vazamentos. Sendo assim os clientes irão preferir empresas que respondam a LGPD pois seus dados estarão seguros.
Os consumidores não vão mais concordar em serem enganados quanto a real destinação dos dados que compartilham com as empresas, nem querem consentir com termos e políticas extensos e ininteligíveis. A realidade aponta para o desenvolvimento de um consumidor cada vez mais exigente e que demanda por transparência. Os titulares são impulsionados a querer usufruir do direito de saber onde estão seus dados, para onde irão e o que será feito com eles. As empresas criativas e que conseguirem de maneira didática repassar ao titular informações claras e objetivas acerca de seus dados, certamente se destacarão positivamente no mercado.
Outra vantagem é que as empresas que atendem a LGPD só vão querer ter parceria com empresas que também atendam as normas para evitar uma responsabilização solidária pelo vazamento. E uma vez estabelecido o padrão, abre-se margem para o mercado internacional devido a segurança jurídica. 
Para além disso, estar compliant com a LGPD também trará vantagem competitiva no que se refere à contratação entre empresas. Isso porque, em razão da possibilidade de responsabilização solidária e dos riscos reputacionais relacionados ao tratamento indevido de dados, as corporações adequadas às regras da LGPD ou que estejam seriamente caminhando para isso, já não aceitam assumir o risco de compartilhar dados pessoais de seus clientes ou funcionários com empresas que não estejam igualmente aderentes à lei ou comprometidas em estar. Trata-se de um efeito dominó: as empresas em conformidade com a LGPD optarão por contratar com empresas que demonstrarem adotar o mesmo nível de aderência à Lei em detrimento de outras que não escalaram a adequação legislativa como uma de suas prioridades.
Mais uma vantagem é a higienização e aumento da clareza dos dados evitando incidentes de segurança e fazendo com que os dados coletados sejam realmente úteis para a empresa, reduzindo custos com o armazenamento de dados em massa que em geral são inúteis. “O intuito primordial da LGPD é promover transparência no tratamento de dados e privilegiar a autodeterminação informativa de seus titulares”.
Tema 2: sociedade do risco.
Professora: Nuria Lopez
Aula 01- O produto da modernidade
A revolução digital é a terceira revolução industrial e a 4ª revolução é um termo cunhado pelo Professor e fundador do fórum econômico mundial Klaus Shivago que afirma que a quarta revolução é desenvolvimento da terceira, a tecnologia evoluiu tanto e faz parte da nossa vida a ponto de termos dificuldade para diferenciar as dimensões físicas, biológicas e digital. 
Por trás das revoluções industriais estão os Estados nacionais, crença na razão, ciência dando certeza no desenvolvimento, no progresso com a noção de tempo linear. 
Em algum momento, essas certezas foram postas em xeque, isso se dá porque a ciência não é exata. Os produtos da quarta revolução são de incertezas. Não se pode mais falar em Estados Nacionais com o advento da internet. 
A quarta revolução traz como produto o encurtamento do mundo pela redução do
tempo. O mundo aparece como uma entidade menor, mais integrada e, ao mesmo tempo,
paradoxalmente, mais fragmentada. A velocidade e a simultaneidade produzidas pelo desenvolvimento das indústrias de transporte, de comunicação e informática, são as responsáveis
pelo encolhimento do mundo. Trata-se de uma revolução tecnológica jamais experimentada
antes.
Resumo do texto “O que é a 4ª revolução industrial - e como ela deve afetar nossas vidas” de Valeria Perasso.
A quarta revolução industrial é marcada pela convergência entre o físico, o biológico e o digital. 
"Há três razões pelas quais as transformações atuais não representam uma extensão da terceira revolução industrial, mas a chegada de uma diferente: a velocidade, o alcance e o impacto nos sistemas. A velocidade dos avanços atuais não tem precedentes na história e está interferindo quase todas as indústrias de todos os países", diz o Fórum.
O foco desta revolução é a automatização dos processos industriais para que sejam operáveis 100% sem os seres humanos.
No Fórum Mundial de Davos, em janeiro deste ano, houve uma antecipação do que os acadêmicos mais entusiastas têm na cabeça quando falam de Revolução 4.0: nanotecnologias, neurotecnologias, robôs, inteligência artificial, biotecnologia, sistemas de armazenamento de energia, drones e impressoras 3D.
A quarta revolução preocupa, pois, se ocorrer na velocidade e na intensidade afirmada, liquidará empregos e o que acontecerá com aqueles que não conseguirem se adaptar às mudanças? “a quarta revolução só aumentará a desigualdade na distribuição de renda e trará consigo todo tipo de dilemas de segurança geopolítica”.
Resumo do texto “Indústria 4.0: entenda o que é a quarta revolução industrial” de João Ortega
“Esclarece Schwab, em seu livro A Quarta Revolução Industrial. As tecnologias que fazem parte do conjunto da Indústria 4.0 não estão restritas aos universos da nanotecnologia, neurotecnologia, biotecnologia, robótica, inteligência artificial e armazenamento de energia”.
Aula 02- sociedade da incerteza
Segundo Anthony Giddens a sociedade do risco é uma em que vivemos em crescente fronteira tecnológica que ninguém entende completamente e que gera uma diversidade de futuros possíveis.
Não há uma causalidade direta entre o que fazemos e os produtos da modernidade. Essa sociedade se caracteriza como risco,incerteza e imprevisibilidade. Segundo Ulrich Beck, a modernidade clássica passou a ser modernidade reflexiva, percebendo que o seu próprio desenvolvimento te oportuniza formas de fazer diferente. É essa reflexibilidade que proporciona as opções possíveis. E a produção de riqueza é oposta a produção de risco, o desenvolvimento tecnológico envolve risco quanto aos dados. 
O alemão Ulrich Beck também fala da modernidade reflexiva para caracterizar a sociedade do risco, da incerteza e da imprevisibilidade. A modernidade clássica está baseada nos pilares de certeza e linearidade enquanto a modernidade reflexiva de Ulrich traz a ideia de que ao pensar e ao refletir sobre seu próprio desenvolvimento industrial, é possível escolher fazer diferente. Ulrich opõe a modernidade clássica da certeza e da causalidade direta à modernidade reflexiva, na qual se enxergam caminhos diferentes a partir da reflexão, os sistemas são abertos, dinâmicos, e não trabalham com linearidade e causalidade direta.
Hoje em dia a sociedade do risco e a sociedade da informação estão interligados. 
“Risco não é redutível ao produto da probabilidade de uma ocorrência multiplicado
pela intensidade e escopo de um potencial dano. Ao invés disso, é um fenômeno
socialmente construído, em que algumas pessoas têm mais capacidade de definir
riscos que outras. Nem todos os atores sociais efetivamente se beneficiam a
reflexividade do risco. Apenas aqueles com um escopo real de definir os próprios
riscos. Exposição ao risco está substituindo a classe como a principal desigualdade
da sociedade moderna, em razão de como o risco é definido pelos atores: ‘na
sociedade de risco relações de definições são concebidas analogamente às relações
de produção em Marx. As desigualdades de definições permitem que atores
poderosos maximizem riscos para ‘outrem’ e minimizem riscos para ‘eles mesmos’.
Definição de risco, essencialmente, é um jogo de poder.” (Ulrich Beck)
Resumo do texto “A crise da modernidade e o Direito atual” de Gisele Leite.
Inicialmente o texto faz um resumos dos marcos históricos da evolução humana colocando palavras-chave de suas épocas. Passando desde a idade média até o direito positivado como marco da modernidade que preza pela ordem. 
Enfim, a modernidade formou o assujeitamento das coisas ao prazer e à satisfação do homem, um assujeitamento sem limites, em nome do progresso.
Analisando esta crise, Zygmunt Bauman afirmou que o progresso que sempre fora a manifestação extrema do otimismo radical e promessa de felicidade universalmente compartilhada e permanente. Afastou-se em direção ao polo oposto, ou seja, doravante representa uma ameaça de uma mudança inexorável e inescapável que, ao invés, de assegurar a paz e o sossego, que é o presságio da crise e da tensão.
As novas tecnologias trouxeram um paradoxo à humanidade, não sabemos se estamos na modernidade ou na pós modernidade, vivemos num presente sempre quase a terminar e próximo a um futuro que ainda nem começou. 
A complexidade do momento é inundada por questionamentos, em que não se admitem mais verdades absolutas e a ordenação de todas as coisas. No fundo, o homem criador se tornou aprisionado por sua própria criação, que por fim, o traiu com promessas jamais cumpríveis.
Entre a luz e a sombra se descortina a pós-modernidade que traz a mistura de estilos, a descrença no poder absoluto da razão, o desprestígio do Estado. É a era da velocidade.
Neste momento chegamos a fragilidade do Estado de Direito, mas especificamente no direito positivado, que segundo a autora fracassou em manter a ordem, não conseguindo conter os delitos mais comuns. Considerando o direito brasileiro, é claro. 
A segurança jurídica sofre o sobressalto da velocidade frenética, do imediatismo e da interpretação pragmática. A abstração da lei e a discrição judicial já não trazem todas as respostas. O paradigma jurídico, que já passara, na modernidade, da lei para o juiz, transfere-se agora para o caso concreto, para a melhor solução, singular ao problema a ser resolvido.
A crise pós-moderna, então, se fixa no seguinte “não se admite mais um Direito divorciado da realidade factual e social. E, a nova ordem social líquida, pós-moderna, exige uma aproximação do Direito com o social, de forma efetiva”. Pois as bases da modernidade estão ruindo pelos paradigmas trazidos por ela mesma. 
Mas, a modernidade está em crise. E, suas bases estão ruindo. E, as ilusões de ordem e progresso desenfreado foram desmistificadas durante os eventos trágicos do século XX, como as guerras e o totalitarismo que impuseram holocausto e que colocaram em xeque as crenças preciosas que sustentaram a modernidade.
Aula 03- sociedade de risco: análise
O risco social atualmente reside essencialmente no uso de dados. 
Giddens fala sobre dissociação de tempo e espaço, hoje em dia a noção de tempo não está mais dependente da noção de espaço permitindo intercomunicações ao mesmo tempo, ainda que o horário seja diferente para os interlocutores.
Segundo ele, atualmente utilizamos tokens simbólicos como o dinheiro. A virtualização do dinheiro faz com que o indivíduo não dependa de estar no estado nacional daquela moeda para utilizá-la, dependendo da confiança funcionando como um mecanismo de dissociação de tempo e espaço pois não depende de marca de tempo para fazer trocas com dinheiro. 
Outra característica da sociedade da informação é a especialização dos profissionais, pois as pessoas tendem a confiar nos especialistas, diferentemente da época antiga em que o saber não era interdisciplinar. É confiando nos significados que é possível a troca de informações e dados, fazendo com que tomemos decisões diárias. 
A primeira característica acerca da sociedade do risco refere-se à dissociação de tempo e de espaço. Antes das revoluções industriais, um indivíduo estaria em um determinado lugar em um tempo exato. Com a revolução industrial, houve o surgimento do relógio, símbolo da modernidade que foi importante neste período de revolução industrial, pois possibilitou a marcação de horário de entrada e saída dos funcionários das fábricas. Hoje o tempo é dissociado do espaço. O tempo é um só para todos e isso cresce exponencialmente em um mundo hiper conectado. A segunda característica refere-se aos tokens simbólicos. Símbolos que confiamos com determinado significado são pilares da sociedade. Exemplo disso é a confiança no estado nacional na produção da moeda. Moeda não é um produto, é algo intercambiável. A adoção de tokens simbólicos depende da confiança. Funciona como mecanismo de desencaixe de tempo e espaço. Não é necessário mais estar em horário comercial em determinado lugar para fazer trocas com dinheiro, por exemplo. A terceira característica está relacionada aos sistemas de especialistas, aos saberes específicos que geram confiança. Antes os saberes eram mais interligados e abrangentes. Grandes nomes como Aristóteles sabiam de tudo um pouco.
Resumo do texto “As relações informacionais na sociedade reflexiva de Giddens” de Lígia Maria Moreira Dumont
Segundo o texto, a sociedade atual é a sociedade do risco, onde há informação na palma da mão e há quem a combate por medo do que essas informações poderiam causar na modernidade. É no momento onde as tecnologias passam a trazer avanços sociais que o fundamentalismo surge buscando aplacar a velocidade que as informações e o conteúdo chegam as pessoas por medo do que pode vir a acontecer depois. Dada a incerteza do tempo atual. 
“A reflexividade social diz respeito a uma sociedade em que as condições em que vivemos são cada vez mais o resultado de nossa próprias ações, e, inversamente, nossas ações vivem cada vez mais a administrar ou enfrentar os riscos e oportunidades que nós mesmos criamos” (Giddens, 2000, p. 20).
Ou seja, para Giddens, vivemos num eterno looping de criar oportunidades e enfrentar os riscos de tê-la criado, estamos desorientados como se não compreendêssemos os eventos que criamos com o desenvolvimento tecnológico. Nesse caso, as pessoas podem ter quatro reações:A aceitação pragmática (aceita a evolução e acredita em sua efemeridade, de modo que se não houver compromisso com a inovação se dissipará), o otimismo sustentado (tenta se adaptar baseando-se em argumentação racional e pensamento religioso buscando respaldo para as ações das pessoas), o pessimismo cínico (decorre da premissa de que os fatos não estão se encaminhando para o lado desejado, apoiando-se no cinismo para encontrar conforto pois acredita que as mudanças sejam para pior) e o engajamento radical (contesta realidades atuais e acredita que a mobilização para superar ou transcender dificuldades traria melhorias, não imprimindo racionalidade nas suas discussões, enfatiza a crítica da realidade e a contestação via movimento nacional). Cada um utilizará fontes de informação adequadas à reação por ele desenvolvida. Ou o indivíduo será aceito como é, ou será uma oferta de novo paradigma para a ciência que, segundo o autor, não resolve os problemas da sociedade.
Para Giddens a internet não está criando ou potencializando vulnerabilidades e sim distinção entre aqueles que possuem ou não informação.
Presencial e a descoberta dos seus sistemas abstratos individuais englobados pelas facilidades da ‘escolha virtual’ são necessidades de que os usuários — a princípio compulsivos — dessas novas formas de interações sociais vêm-se ressentindo ultimamente. Algumas instituições, como os estabelecimentos bancários, estão voltando ao tradicional contato do gerente com os correntistas. Além das reclamações dos clientes, os bancos certamente constataram diminuição nos investimentos financeiros oferecidos.
Aula 04- sociedade de risco: casos atuais
Blockchain e o paradigma da confiança- Um sistema que utiliza a confiança para garantir transações financeiras. Sem precisar de um terceiro garantindo como num banco. 
Inteligência artificial e reconhecimento facial- As pessoas querem ter sua biometria facial utilizada na segurança pública? a questão gira em torno da confiabilidade dessa inteligência. 
Desenvolvimento cognitivo em relação a tecnologia- Não se sabe se a interação tão forte com a tecnologia têm nesse desenvolvimento, por isso se protege esse desenvolvimento (gerenciamento de risco).
Redes sociais e as relações interpessoais- As redes sociais podem manipular as nossas decisões e nas nossas relações com o outro.
O fator humano é o centro e a direção do desenvolvimento tecnológico, pois o bem do ser humano e da sociedade é o ponto principal para que essa evolução não se volte contra nós. um uso inteligente das nossas faculdades.
Blockchain é uma tecnologia que utiliza registro distribuído e a descentralização como medida de segurança. Não há um terceiro garantidor no blockchain. Todas as partes da transação recebem uma anotação em blockchain, de forma que é quase impossível fraudar o sistema. A confiança não é depositada em uma única instituição financeira, mas em todo o sistema. Blockchain é a tecnologia utilizada em bitcoins. Tanto é verdade que, o conceito do primeiro blockchain público surgiu em 2008 em citação no artigo acadêmico “Bitcoin: um sistema financeiro eletrônico peer-to-peer”, publicado pelo suposto criador do bitcoin conhecido pelo pseudônimo de Satoshi Nakamoto.
Resumo do texto “Ministério Público vai investigar atuação da Cambridge Analytica no Brasil” de Felipe Demartini. 
O Ministério Público do Distrito Federal anunciou o início de um inquérito para apurar a atuação da Cambridge Analytica no Brasil. O órgão quer saber se a companhia, em sua parceria com a consultoria CA-Ponte, utilizou dados de brasileiros, sejam eles usuários ou não do Facebook, em seus trabalhos de construção de perfis psicológicos para publicação de publicidade segmentada.
No escândalo detonado no final de semana pelo delator Christopher Wylie, foi revelado que as informações de mais de 50 milhões de usuários da rede social, principalmente, nos Estados Unidos e Europa, foram acessados de maneira irregular, a partir de brechas nos sistemas de privacidade da plataforma e por meio de um quiz de personalidade. O próprio Mark Zuckerberg se pronunciou sobre o assunto nesta semana, lamentando o caso e afirmando que medidas serão tomadas para que a situação não se repita.
Resumo do texto “O cartório que ninguém imaginava: Por que o Blockchain chegou para revolucionar até o mercado de arte?” de CAMILA ACHUTTI.
Conceito de Blockchain- é uma base de dados compartilhada e descentralizada – nascida em 2009 com o sucesso do bitcoin – e hoje está penetrando profundamente todos os setores da economia global. Também chamada de “corrente de blocos” – pela tradução literal do inglês – funciona como um livro de registro de operações de compra e venda em qualquer outra transação comercial-financeira-administrativa. Trata-se de uma grande base de dados, pública, remota e inviolável, na qual se podem registrar arquivos digitais de todo tipo. Cada elemento salvo ali é datado e dá origem a uma espécie de assinatura ou “hash”, formada por uma sequência de letras e números.
Resumo do texto “Europa lança diretrizes éticas para o uso da inteligência artificial” de Jonas Valente.
O termo inteligência artificial é empregado para caracterizar sistemas que ofertam serviços a partir de uma sofisticada capacidade de processamento de informação, semelhante ou até superior à de seres humanos. Determinadas tecnologias já tiveram desempenhos melhores do que de pessoas, seja em um jogo, em um diagnóstico ou no reconhecimento de imagens ou textos.
As diretrizes criaram princípios básicos para o funcionamento e implantação da inteligência artificial na vida dos cidadãos estabelecendo parâmetros para que a sociedade possa confiar no uso dessas tecnologias por vários entes, privados ou estatais.
Resumo do texto “Decreto que institui o Plano Nacional de Internet das Coisas é publicado” por ASCOM
Dispõe sobre a Câmara IoT, órgão colegiado que irá supervisionar as ações no âmbito do Plano. O Plano Nacional de IoT é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Ministério da Economia e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em conjunto com a sociedade civil – empresas, academia, agências de fomento e outros órgãos – para garantir que o Brasil se beneficie da tecnologia de IoT. Câmara IoT.
O novo decreto institui a Câmara de Gestão e Acompanhamento do Desenvolvimento de Sistemas de Comunicação Máquina a Máquina e Internet das Coisas (Câmara IoT) como órgão de assessoramento destinado a acompanhar a implementação do Plano Nacional de Internet das Coisas.
A Câmara IoT será composta pelos ministérios da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações - que a presidirá, pelo Ministério da Economia, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Ministério da Saúde, e pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. A Secretaria-Executiva da Câmara IoT será exercida pela Secretaria de Empreendedorismo e Inovação do MCTIC, cujo secretário poderá convidar representantes de associações e de entidades públicas e privadas para participar das reuniões da Câmara IoT.
As competências da Câmara IoT serão: monitorar e avaliar as iniciativas de implementação do Plano de IoT, promover e fomentar parcerias entre entidades públicas e privadas, discutir com os órgãos e entidades públicas os temas do plano de ação, apoiar e propor projetos mobilizadores e atuar conjuntamente com órgãos e entidades públicas para estimular o uso e o desenvolvimento de soluções de IoT.
 
Basicamente, a ideia é transformar o Brasil em um país onde a tecnologia 4.0 esteja mais presente no dia-a-dia dos cidadãos fazendo melhorias.
Resumo do texto “Decisão do STJ não definiu natureza jurídica das criptomoedas” de Luciana Martorano e Letícia Crivelin.
De acordo com o Banco Central, as criptomoedas ou moedas virtuais consistem em representações digitais de valor que “não são emitidas nem garantidas por qualquer autoridade monetária, por isso não tem garantia de conversão para moedas soberanas, tampouco são lastreadasem ativo real de qualquer espécie, ficando todo o risco com os detentores”.
Ao analisar a questão, o STJ considerou os posicionamentos emitidos pelo Banco Central e a CVM acima, adicionando que “a negociação de criptomoeda ainda não foi objeto de regulação no ordenamento jurídico pátrio”. Por tal motivo, os crimes relacionados a moedas virtuais seriam tidos como comuns e de competência da Justiça estadual.
DECRETO Nº 9.854, DE 25 DE JUNHO DE 2019- Institui o Plano Nacional de Internet das Coisas e dispõe sobre a Câmara de Gestão e Acompanhamento do Desenvolvimento de Sistemas de Comunicação Máquina a Máquina e Internet das Coisas.
Tema 3: A quarta revolução industrial e a sociedade da informação.
Professor: Fernando Tasso
Aula 01- Conceito, contexto histórico e macro desafios
· Origem do termo: Termo criado por Klaus Shivaggo em 2016, no fórum econômico mundial. Caracterizada pela eliminação dos limites físico, digital e biológico formando a sociedade 4.0. A evolução tecnológica acelerada causou disrupção e convergência, fazendo com que a sociedade repense o modelo de futuro. 
· Fatores associados:
· Velocidades em que as mudanças ocorrem: pequenos avanços agregados geram um aumento exponencial do avanço da tecnologia.
· Amplitude e profundidade das mudanças: As novas tecnologias quebraram paradigmas, no modelo econômico, cultural, de negócios globalizado, a sociedade sofreu os impactos se transformando em algo mais complexo.
· Impacto sistêmico: isso modificou a forma como as sociedades e os países se organizam e interagem.
· Histórico das revoluções industriais: A 1ª Revolução industrial foi marcada pela máquina à vapor e pensamento liberal de Adam Smith (livre concorrência e a grande produção), na 2ª revolução industrial tivemos a eletricidade, a linha da montagem e o Taylorismo (máxima produção no menor tempo e com menos esforço). A 3ª revolução trouxe a robotização e automação de processos que foram impulsionados pelo plano Marshal de reconstrução tecnológica. A 4ª revolução trouxe a internet, a convergência dos mundos físico, digital e biológicos. Vislumbrado na atualidade.
· Profissões propensas à extinção: No fórum econômico mundial foram expostas as profissões que provavelmente deixarão de existir, geralmente as que envolvem trabalhos mecânicos e repetitivos.
· Macrodesafios: São eles o crescimento demográfico que será de 10 milhões em 2050, os recursos naturais e energia mais especificamente o esgotamento desses recursos. As mudanças climáticas e meio ambiente trazem a busca por uma economia circular buscando eliminar o carbono. A saúde, equidade e bem estar, vai haver um aumento da renda per capita e da desigualdade social. A sociedade estará mais fragmentada e mais conectada. A economia, emprego e produtividade, vai haver a criação de novas carreiras e a extinção de algumas, na globalização haverá incremento das operações de mercado pelas reduções de custos com transporte e comunicação, e papel do governo que terá uma maior responsabilidade tendo que passar cada vez mais confiança.
Resumo do texto “ A Quarta Revolução Industrial e seus possíveis efeitos no direito, economia e política” de Matias Gonsales Soares:
O texto traz o conceito de tecnologia disruptiva como sendo aquela em que as inovações possuem um preço acessível criando um novo nicho de atividade e desbancando empresas que já encabeçavam o mercado. Ainda associa o aumento da inteligência artificial e do uso de tecnologias à melhor qualidade de vida.
Como se trata de quebra de paradigmas e não somente uma fase no avanço científico, conforme Schwab, a Quarta Revolução Industrial é a transformação diretamente para sistemas contemporâneos que foram edificados sobre a base da revolução anterior, a digital, com algumas diferenças marcantes: o alcance, a velocidade e o impacto nos próprios sistemas.
Resumo do texto “Quarta Revolução Industrial impactará todos os aspectos da vida humana” da infomoney:
Segundo o texto a revolução tecnológica impactará até o conceito de ser humano, diante da gama de possibilidades possíveis. Mesmo assim, nem tudo será extinto pelas tecnologias e sim modificado, como as profissões. Também não quer dizer que os países mais industrialmente avançados serão os “vencedores desta corrida”. Segundo o autor, a entrada das tecnologias no mercado de trabalho não significa exclusão de empregos, mas modificação destes, uma vez que o ser humano poderá se voltar para profissões que o deixem mais feliz.
Resumo do texto “A quarta Revolução Industrial e o futuro do trabalho” do sebrae: 
O texto transparece que a maior preocupação das pessoas que participaram dos debates econômicos acerca da 4ª revolução industrial, é a expectativa de que muitos empregos deixem de existir. Mark Zuckerberg acredita que a mudança será tanta que os governos deveriam garantir uma renda básica aos seus cidadãos para que possam criar, se adaptar e modificar sua situação a ponto de garantirem o giro da economia. 
Ao mesmo tempo em que temos essa perspectiva não muito animadora, a quarta revolução tem o potencial de melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas, trazendo melhores diagnósticos, prevenindo pessoas de fazerem trabalhos desagradáveis e análises que podem nos ajudar a cuidar melhor do meio ambiente, por exemplo.
Se começarmos a tomar providências agora, para mudar a natureza do trabalho, podemos não criar apenas lugares em que as pessoas amem trabalhar, mas também criar a inovação que precisamos para repor os milhões de empregos que serão substituídos pela tecnologia.
Aula 02- Mundos digital, físico e biológico.
· Modificações no mundo digital, físico e psicológico: Não se exclui o ser humano.
· Digital
· Internet das coisas- Fenômeno pelo qual máquina se comunica com máquina sem intervenção humana. 
· Internet 5G- Vai permitir que toda essa tecnologia se comunique instantaneamente. 
· Blockchain- Novo sistema de registro com 3 entradas, sendo a validação feita pelo sistema artificial.
· Inteligência artificial- Não substitui o ser humano, mas seria como um super poder.
· Mundo físico
· Novos materiais- Estes vão permitir que substâncias mais baratas e eficientes e resistentes fomentem todo o avanço tecnológico sem que haja a extinção das nossas reservas.
· Baterias- Para que essas tecnologias funcionem precisam de baterias que rendem o suficiente para realizar essa tarefa sem intervenção humana.
· Impressão 3D- Mudou o modelo econômico personalizando os produtos. 
· Robótica- A tecnologia fará a transmissão e compartilhamento de dados sozinho, a ponto de não precisar frear porque o carro fará isso automaticamente.
· Drones- Hoje em dia já se cogita a entrega de produtos por drones. Será o novo meio de transporte. 
· Mundo biológico:
· Biologia sintética- Medicamentos que vão aumentar a longevidade humana e suprir a alimentação humana.
· Organismos geneticamente modificados e transgênicos- Alimentos que devido a modificação destes sobrevivem às condições naturais que normalmente não sobreviveriam. Também voltados a suprir a fome no mundo.
· Terapia gênica- Aumentará ainda mais a longevidade humana permitindo que órgãos humanos sejam modelados. 
Resumo do texto “AS PREVISÕES DA SINGULARITY UNIVERSITY ATÉ 2038 – PARTE I: A PRÓXIMA DÉCADA” POR VICTOR VASQUES:
O texto levanta as principais hipóteses acerca do que virá nos próximos anos, de implantação de energia renovável à criação de robôs para cuidados com idosos e sexualidade.
(Só não contavam com o coronavírus)
Resumo do texto “Amazon apresenta drone que usará para fazer entregas” de Victor Hugo Silva:
A amazon pretende ser a primeira empresa no ocidente a revolucionar as entregas de bens que pesem até 2,2kg. 
Resumo do texto “STF irá adquirir ferramenta de inteligência artificial para facilitar acesso às decisões da Corte” do migalhas de peso:
O propósito é que haja maior transparência na relação do STF com a sociedade, permitindo à comunidade jurídica e ao público em geral acessar com mais facilidade as decisões dos ministros da Corte.
Aula 03- Transformaçõesno mundo jurídico.
· Impacto da quarta revolução industrial no meio jurídico: O aumento da judicialização dos litígios e a demanda por celeridade e de outro lado temos o orçamento público com a necessidade de enxugar esses gastos. Então as tecnologias surgem como solução barata para isso. 
· Automação- A primeira lei criada visando inserir a automatização da justiça na lei 11.419/06 lei do processo eletrônico. Entretanto isso veio a ser colocado em prática em 2015 com o PJe; 
· Inteligência artificial e Robôs na justiça e na advocacia- Robotic Process Automation é um recurso muito utilizado para bloquear recursos de dezenas de milhares de contas via bacenjud (bacenjud é feito para bloqueio de ativos financeiros em conta corrente; renajud é para bloquear bens móveis declarados e o infojud é para acessar a declaração de imposto de renda do devedor para saber se este tem bens) em um único dia. O uso do machine learning e o deep learning, para elaborar uma decisão ou sentença em uma fração do tempo normal. O projeto Victor do STF e da UnB que visa conferir celeridade aos processos através de um sistema capaz de converter imagens em textos, separar documentos, classificar peças, e identificar temas de repercussão geral. 
Ciência de dados e análises preditivas dessa forma, através de análises dentro do sistema com variáveis sociais é capaz de prever a demanda que virá a seguir com antecedência. 
· Blockchain e serviços extrajudiciais- Será que os cartórios vão deixar de existir?
· Teletrabalho- Trabalho é uma tarefa que você desempenha e não um lugar ao qual você vai. São características do teletrabalho: processo digital, peticionamento eletrônico, arquivo em nuvem, estação de trabalho e redução de custos e maior produtividade.
· Plataformas de disputa online (ODRs)- O consumidor. gov.br é uma plataforma para uso privado ou público para que as pessoas ou empresas que desejam trilhar uma conciliação antes de ingressar com uma ação judicial.
Resumo do texto “84% das ações ingressaram por processo eletrônico em 2018” de conjur
Isso demonstra que a virtualização dos processos aumentou as demandas nos tribunais que não são especializados, ao passo que nos tribunais especializados que adotam o sistema não há um aumento tão significativo assim. 
Resumo do texto “Inteligência artificial vai agilizar a tramitação de processos no STF” de STF. 
Batizado de VICTOR, a ferramenta de inteligência artificial é resultado da iniciativa do Supremo Tribunal Federal, sob a gestão da Ministra Cármen Lúcia, em conhecer e aprofundar a discussão sobre as aplicações de IA no Judiciário. Cuida-se do maior e mais complexo Projeto de IA do Poder Judiciário e, talvez, de toda a Administração Pública Brasileira.
O objetivo da IA é realizar o juízo de admissibilidade e verificar temas de repercussão geral, reduzindo o tempo dos processos.
Resumo do texto “Entidades de advogados reagem a robô que ajuda em ações trabalhistas” conjur 
O uso da IA segundo a empresa é para a compra de direitos patrimoniais mediante cessões, assim a empresa que passa a ser titular do direito contrata advogados e consegue lucro intermediando questões de terceiros.
Resumo do texto “Watson, o fascinante computador da IBM que venceu os humanos” de exame:
Watson é uma inteligência artificial que busca respostas para qualquer pergunta feita viabilizando diagnósticos de saúde e análises financeiras em tempo recorde. 
Resumo do texto “Fux mostra benefícios e questionamentos da inteligência artificial no Direito” de jusbrasil: Texto indisponível
Aula 04- sociedade da informação e proteção de dados.
Um novo modelo de negócios é a negociação de dados pessoais. O governo brasileiro coleta e vende dados até onde isso impacta na vida da população? O Estado deve ser transparente sobre os dados coletados e é isso que a Lei geral de Proteção de dados tutela. 
Gerações das normas de proteção de dados: 
1ª Geração: Bancos de dados - centralizados - Administração pública e empresas
privadas = com o tempo os dados passarão a ser descentralizados fazendo com que as leis caíssem por terra. 
2ª Geração: surgimento do Estado Social- Funcionamento da burocracia e planejamento sofisticado -> Privacidade e proteção de dados como liberdade negativa= Para utilizar dos serviços públicos é necessário o uso de dados. Sendo importante para entregar esse serviço de qualidade, entretanto, se verificou que se não se garante o uso desses dados se exclui essas pessoas do atendimento social.
3ª Geração: Autodeterminação informativa - Envolvimento contínuo do cidadão no processo de tratamento= O alto custo da defesa individual gerou uma privação de acesso a bens serviços e benefícios. 
4ª Geração: Normas gerais -Elevação do padrão coletivo de proteção Responsabilidade objetiva -Normas cogentes -Dados sensíveis= Evitar discriminação trazendo uniformização mundial. Tratam de salvaguarda do cidadão.
Conceito moderno de privacidade = integridade contextual dado por Helen Nissebaum, “A elevação do direito à proteção de dados ao patamar constitucional será um avanço ao afirmar que não se trata de direito ao sigilo ou ao controle, mas sim a um fluxo apropriado de informações pessoais, conforme normas informacionais orientadas pelos contextos sociais.” Pois mesmo que alguém não queira estar na internet pessoalmente estará com uma presença fantasma, uma vez que as pessoas ao seu redor estarão nas redes e em algum momento postaram algo em que você foi referido.
As leis regentes de todo o sistema protetivo de dados serão a Constituição, a LGPD, o Marco Civil da internet, a lei do cadastro positivo, CDC e o CC. 
Por essas leis, ou você concede que os seus dados sejam tratados ou essa empresa deve ter bases legais para fazê-lo. Por outro lado o tratamento deve ser responsável levando em consideração e garantindo o direito dos titulares, quanto às normas de prevenção de vazamentos e segurança como o privacy by design e o privacy by default. 
Resumo da notícia “Governo de SP põe à venda dados do RG de 30 milhões” da Folha de S.Paulo: 
O governo de São Paulo passou a comercializar o acesso à biometria dos cidadãos que são de posse do Estado pelo RG. Segundo o governo, não está sendo oferecida a biometria, e sim a conferência com o banco de dados da polícia. 
Resumo do texto “por que programas de nota fiscal podem violar sua privacidade” 
texto exclusivo para assinantes. (parei aqui)
Resumo do texto “Serpro nega venda de dados pessoais” de exame:
O promotor que investiga o caso sugeriu a utilização de um programa de proteção de dados para garantir o acesso a estes, pois os dados podem ser gravados em qualquer lugar e vendidos a qualquer pessoa. O governo deseja restringir o acesso. 
Tema 4: Funcionamento da Internet e Principais Aspectos Históricos e Técnicos
Professor(a): 
Aula 01- Funcionamento da Internet e Principais Aspectos Históricos e Técnicos
A internet surgiu a partir da arpanet, uma rede originada nos Eua, cujo objetivo era a utilização nas redes de ensino para troca de conhecimento científico. Mas, os militares observaram um potencial de uso na guerra fria, pois as redes de telefonia poderiam ser derrubadas pelos adversários. Os militares pensam em distribuir as comunicações pela rede em vários pacotes de dados por diferentes linhas de internet e ao final se junta este pacote para formar uma mensagem legível. 
Sociedade da informação é um tipo de sociedade em que há uma incorporação da tecnologia da informação em nosso cotidiano. A informação passa a ter valor financeiro. Este tipo de tecnologia nos proporcionou novos modelos de negócios disruptivas, que quebra o modelo anterior e criam novo modelo através da internet. 
Evolução da internet: a internet no início era uma grande biblioteca (de conteúdo/ repositório de informação). Depois a internet passa a ser de pessoas, no momento que criam chats e tecnologias de transmissão de imagem e sites de relacionamento. A terceira fase é a da internet das coisas, em que se conectam objetos que não são objetos típicos de comunicação(ex. geladeira). E a última fase é a internet de valor fazendo transferências financeiras de ativos digitais. 
Resumo do texto “ Internet foi criada em 1969 com o nome de "Arpanet" nos EUA
PUBLICIDADE” de LEONARDO WERNER SILVA.
O texto traça uma linha do tempo desde o surgimento do sistema arpanet até a sua comercialização e popularização. Começou em 1969 como um sistema de comunicação entre universidades, tornou-se meio de comunicação na guerra fria, em 1982 se difundiu no meio acadêmico e se expandiu para outros países passando a ser chamada de internet, 5 anos depois passou a ser comercializada nos EUA, em 1992 começaram a surgir os provedores de acesso nos EUA e na suíça foi criado a world wide web, no Brasil a internet chegou em 1995.
Resumo do texto “Da Arpanet ao Facebook: uma breve história da internet” de Fabio Sasaki.
O texto também traça uma linha do tempo do surgimento da internet adicionando as informações de que o Cern, instituto suíço criou o sistema hipertexto que permite a organização de texto e imagem e sua leitura nos sites da internet. E que a popularização da internet se deu após a criação do nestcape e explorer, sistemas de navegação em computadores pessoais. 
Também fornece o conceito de algoritmo através da explicação de que os sites de busca o utilizam para encontrar os assuntos pesquisados.
Como o computador faz as tarefas exatamente como você quer? A resposta para esta pergunta é mais simples do que parece: ele segue as instruções. Para que consiga entender o que o usuário quer, ele precisa de uma linguagem específica. Para fazer essa interação entre homem e máquina, foram desenvolvidas as linguagens de programação, que usam uma ferramenta lógica: os algoritmos. Um algoritmo nada mais é do que uma receita passo a passo dos procedimentos necessários para a resolução de uma tarefa. Em termos mais técnicos, é uma sequência lógica e definida de instruções a serem seguidas para resolver um problema ou executar uma tarefa.
O texto também insere a forma pela qual a internet se conecta pelo mundo, através de cabos transoceânicos. E inclui na linha do tempo o advento das redes sociais a partir de 2000. 
Aula 02-A Adaptação da Legislação para Recepcionar os Avanços Trazidos pela Internet - I
A doutrina brasileira adotou a teoria de que a internet é uma ferramenta para a prática de atos jurídicos. Sendo assim, as leis existentes são perfeitamente aplicáveis à internet. Mas, a internet necessita de legislação específica para os novos conflitos trazidos por ela, adaptando a nossa legislação para esses avanços. 
Resumo do texto “as modificacoes promovidas pela lei carolina dieckmann no código penal” de carta forense não pode ser lido.
Resumo do texto “Fraudes Internet Banking: considerações jurídico-penais após o advento da Lei nº 12.737/2012 (Lei Carolina Dieckmann)” de direito e TI. 
O texto explicita a dúvida se a invasão de dispositivos e acesso ao internet banking para transferir valores seria fraude ou estelionato, e o que aconteceu após o advento da lei Carolina Dieckman, segundo o texto o ato de invadir um dispositivo eletrônico, acessar o internet banking e se passar pela vítima para sacar os valores lá contidos não se caracteriza estelionato, pois este tipo penal requer que alguém esteja em erro. Também não caracterizaria fraude pois o sistema não estava sendo enganado, uma vez que os dados apresentados eram verdadeiros. Após o advento da lei Carolina Dieckmann, tal ato passou a constituir tipo penal próprio do art. 154-A do CP (que trata da invasão de dispositivos informáticos, estipulando a pena de detenção de 03 (três) meses a 01 (um) ano, e multa, para aquele que invadir um dispositivo informático alheio, mediante a violação de sistemas de segurança, para ter acesso ou modificar dados e informações, ou ainda, para obter vantagem ilícita). 
A jurisprudência, entretanto, tem entendido que: “Caso a invasão de dispositivo informático constitua meio de se obter subtração consumada de coisa alheia móvel, é de furto qualificado que se trata. Dá-se, no caso, que o delito do art. 154-A constitui crime-meio, devendo ser punido o agente, face ao princípio da consunção, apenas pelo crime-fim, ficando absorvida a invasão”. 
Resumo do texto “Site de compra coletiva deve indenizar por defeito de anunciante” de Giselle Souza.
Os sites de compras coletivas Groupon, Privalia, Peixe Urbano e Clickon também terão que indenizar os consumidores lesados por falhas nos produtos ou serviços cuja venda fizeram a intermediação. Foi o que decidiu a 3ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro ao julgar uma ação coletiva movida pela comissão de defesa do consumidor da Assembleia Legislativa do estado. Segundo o juiz Luiz Alberto Carvalho Alves, a responsabilidade das empresas de e-commerce em casos assim é solidária.
Aula 03- A Adaptação da Legislação para Recepcionar os Avanços Trazidos pela Internet - II
Comentários de leis que versam sobre o meio digital. Os fatos expõem que os avanços tecnológicos devem existir antes da legislação sob pena de impedir as inovações. 
Resumo do texto “Reforma trabalhista – do teletrabalho” de Orlando José de Almeida e Raiane Fonseca Olympio
O texto conceitua teletrabalho como sendo: 
“prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo”.
O teletrabalho, como destaca o texto, permite que o empregador economize nas despesas e receba o mesmo serviço pelo qual pagava. A CLT foi alterada para prescrever as regras desse novo modelo de trabalho.
O fato de eventualmente o empregado ir na empresa não afasta sua condição de teletrabalhador, pois o contato esporádico é salutar até para se evitar o isolamento total e estimular o convívio social entre colegas ou treinamento e, porventura, a entrega de documentos pessoais ou profissionais.
As disposições estão nos arts. 75-A a E da CLT.
Resumo do texto “A aplicação da lei 13.709/2018 (Lei Geral de Proteção de Dados - LGPD) aos condomínios edilícios” de Frederico Cardoso de Miranda e José Luiz de Moura Faleiros Júnior.
Os condomínios que utilizam a coleta de dados como forma de controle de acesso dos moradores também terão a necessidade de se adaptar à LGPD. A necessidade de segurança foi evoluindo conforme o surgimento de tecnologias chegando à necessidade de utilizar dados e fotos dos indivíduos para tanto. Esse serviço causou a insegurança em relação à utilização destes dados, sendo finalmente gerada a necessidade da proteção destes.
Nesse contexto, condomínios que buscam exercer maior vigilância para assegurar o bem-estar de seus usuários (condôminos ou não), ao buscarem, na tecnologia atual, sistemas de segurança mais eficazes, passaram a depender cada vez mais do abastecimento de bancos de dados que, para viabilizar o controle de acesso, contêm cadastros de condôminos, visitantes, prestadores de serviço, funcionários e de todos os usuários do condomínio – e o acesso é vinculado ao fornecimento desses dados!
Para recolher dados dos moradores os condomínios devem obter o consentimento livre, inequívoco e informado sobre a política de uso sendo o condomínio responsável solidário por qualquer vazamento de dados que venha a ocorrer, e passíveis de punição pela LGPD. 
A legislação impõe a vinculação entre o controlador e o operador (art. 39), estabelecendo, assim, a responsabilidade solidária entre tais partes. Sendo assim, de nada adiantaria o condomínio contratar um sistema sofisticado para o controle de acesso às suas dependências na ilusão de estar protegido das sanções da lei, pois, caso ocorra qualquer violação à proteção dos dados pessoais, o condomínio será responsabilizado solidariamente.
As sanções previstas pela LGPD e as exceções às suas aplicações são um rol taxativo “um dos incisos do artigo 43 contempla justamente a exclusão da responsabilidade quando não houver violação da legislação ou quando o dano for decorrente de culpa exclusiva de terceirosou do titular dos dados pessoais.” livrando o condomínio da responsabilização.
Resumo do texto “Bullying: uma análise crítica sobre a Lei Nº 13.185/2015” de Aryane Maria Aguiar Costa Josué.
Conceito de bullying segundo o texto:
Assim, bullying é um termo da literatura psicológica anglo-saxônica, mais utilizada para designar uma conduta violenta e repetitiva, ocorrida principalmente nas escolas. Um tipo específico de assédio em que um escolhe de forma consciente e deliberada uma vítima para aterrorizar de forma constante, causando seu eventual isolamento.
O cyberbullying se dá quando a internet é o meio utilizado para a consumação de tal conduta violenta. 
Aula 04- Funcionamento do Protocolo de Internet
Para que serve o endereço IP? Todas as vezes que nos conectamos à internet essa conexão exige um requisito técnico para navegação, esta conexão tem que ter um número de protocolo atribuído pelas provedoras de conexão à internet, empresas que nos conectam à espinha dorsal da internet. Esse número fica como rastro na rede. O marco civil da internet trouxe as definições legais no art. 5º. O endereço de ip identifica os usuários, e permite a responsabilização na internet. 
O endereço de Ip é sempre associado a uma data e um horário, pois várias pessoas usam o mesmo endereço de ip em horários diferentes. O mesmo art. trata do conceito de internet, registro de conexão, aplicações da internet (sites), e registro de acesso a aplicações da internet. 
Uma definição legal que não está no marco civil é a porta lógica, que está sendo discutida fora da legislação, que é uma informação técnica associada ao equipamento que será identificado. Pois os endereços de ip se esgotaram e enquanto não se faz a transição para o ipv6 várias pessoas utilizam o mesmo endereço de ip ao mesmo tempo, o que impossibilita a identificação do usuário. Por isso se estuda a possibilidade de identificação através da porta lógica que é capaz de determinar em qual site a pessoa estava na data e horário referido. 
Resumo do texto “Da porta lógica de origem e o posicionamento do Poder Judiciário” de Ettore Zamidi
Enquanto aguardamos a transição do IPV4 para o IPV6, que será gradativa e lenta, permitindo a identificação do usuário da internet, decidiu-se pelo uso do CG - NAT44 que permite que mais de um usuário da rede se conectem através de um único endereço de IP. 
Assim, do ponto de vista técnico expressado pelo órgão administrativo, não há dúvidas quanto à necessidade do armazenamento de dados acerca da porta lógica para possibilitar a individualização de usuários e terminais por determinado evento, fato também consignado na CPI do crime cibernético. Vale sempre lembrar que, somente com o cruzamento dos registros de acesso fornecidos pelo provedor de aplicação com registros armazenados pelo provedor de conexão é possível a individualização dos responsáveis por ilícitos. Porém, essa identificação fica prejudicada com o CG - NAT44, modelo que, conforme já exposto, permite que vários usuários de internet se conectem através de um único IP.
Portanto, quando se usa o CG-NAT44 a identificação do usuário só é possível utilizando os dados armazenados de porta lógica, pelo provedor de conexões e pelo provedor de aplicações. O armazenamento de tais informações deve se dar respeitando os princípios do MCI. 
*leitura das leis MP nº 2.200/2001- ICP, Lei nº 11.419/06- IPJ, lei 11.829/08, lei 9.983/00, lei 12.737/12, lei 12.965/14, Dec. nº 8.771/16, Dec. nº 9.854/19, lei 13.185/15, lei 13.467/17, lei 13.709/18- LGPD e lei 13.718/18; *
Tema 05- A Economia dos Dados Pessoais, Big Data e Internet das Coisas e Smart Cities
Professor Maurício Tamer
Aula 1: A ECONOMIA DE DADOS PESSOAIS
A economia de dados pessoais possui agentes que a fazem funcionar. A economia de hoje, é baseada nos dados e todas as possibilidades são infinitas; São modelos de negócios baseada na coleta e utilização de dados: 
1. Provedores de aplicação são empresas que disponibilizam serviços na internet, a exemplo do email, mídia social e etc, baseado em dados pessoais. Os provedores de aplicação são quaisquer empresas que forneçam plataforma digital com funcionalidades a serem acessadas por meio de terminais conectados à Internet, tendo toda essa operação baseada em dados pessoais, realizando memorização de senhas, preferências a partir de histórico de buscas, etc.
2. O Estado se pauta na fiscalização de usuários e provedores, para a prestação de serviços através do direito possibilitando a fiscalização e respostas mais específicas, prestando melhor esses serviços. 
3. As instituições financeiras mapeiam os usuários, traçam perfis e decidem se vão conceder ou não o crédito. 
4. Varejo: Para um negócio lucrar precisa conhecer os seus clientes.
5. Entidades de saúde: Avaliam os pacientes através de seus dados. 
6. Instituições educacionais: Se beneficia da tecnologia e pode mapear o funcionamento através de seus dados para garantir aprendizado.
Resumo do texto “A Era do algoritmo chegou e seus dados são um tesouro” de Luis Doncel.
O texto apresenta como os engenheiros de uma cidade utilizam o big data para explicar a realidade, antecipar comportamentos, minimizar riscos e aproveitar oportunidades através de algoritmos e captação de dados. No texto trata-se a captação de dados como a primeira revolução e a transformação desses dados em valor seria a segunda revolução. 
Nesta segunda revolução a maior preocupação é a segurança das redes, uma vez que os dados são o ouro, que por ela, são transportados. 
O texto também traz a hipótese dos algoritmos preconceituosos e a preocupação de estes passarem a serem juízes de um tribunal inapelável. Esses atos não são responsabilidade das máquinas e sim dos indivíduos que as criaram, sendo necessária a criação de um marco regulatório para esses casos. 
A equipe de Moro desenvolve no MIT um projeto de engenharia reversa, a fim de analisar como trabalham os algoritmos de gigantes como o Google e o Facebook. A ideia é fazer experimentos com pessoas que introduzem diversas informações nas redes, para depois ver como essas empresas reagem. Trata-se, no fundo, de tentar domar a fera e ver se é possível saber como funcionam as fórmulas matemáticas que têm um impacto em nossas vidas. Um impacto que, ninguém duvida, só crescerá nos próximos anos.
Aula 2: Big Data
Conceito: trata-se de um fenômeno de coleta em grande volume e rapidez, de informações por todas as fontes possíveis. A definição mais famosa diz que o big data é encontrar padrões e valores em informações não identificadas por seres humanos em enorme quantidade e fontes variadas. 
Segundo o professor, big data é a coleta extremamente volumosa de informações graças à tecnologia de forma rápida atingindo as mais diversas fontes por sua velocidade. O big data dá funcionalidade à economia de dados que dependem da capacidade técnica dessa coleta.
Possibilidades:
a) LGPD- Pensar como se trabalha essas informações respeitando a privacidade dos usuários. Lei de fomento a um modelo de negócios baseado em dados respeitando os clientes (usuários).
b) Transparência- Através do big data você pode dar transparência do que está sendo feito e de como estão sendo utilizados os dados coletados e os motivos das decisões tomadas. 
c) Publicidade- adequar a minha publicidade ao meu público. 
d) Tomada de decisão- Tomar decisões de acordo com os dados coletados mapeando-os.
Dados pessoais são informações que unidas podem identificar uma pessoa natural. O big data é o principal fenômeno dessa economia de dados e da sociedade atual. 
Resumo do artigo “UMA CONJECTURA SOBRE AS TECNOLOGIAS DE BIG DATA NA PRÁTICA JURÍDICA” de Márcio Pugliesi e André Martins Brandão.
As novas tecnologias aumentaram exponencialmente a produção de dados, o texto busca analisar quais os impactos disso no direito. O Big data proporcionou a análise, leitura e filtragem desses dados de acordo com os interesses dos usuários. 
O big data utiliza a lógica indutiva na análise de dados para encontrar padrões e prever situações futuras,

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