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Introdução a embriologia geral II

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Embriologia Unidade II 
Pré termo: Nascimento antes de 38 semanas 
Termo: Nascimento entre 38 a 40 semanas 
Pós termo: Nascimento após 40 semanas 
A fecundação é aleatória, não a nada que guie os espermatozóides 
 
Existem três barreiras para o espermatozóide fecundar o óvulo: 
A coroa radiada> zona pelúcida> membrana plasmática 
As células do epidídimo produzem uma glicoproteína que encapa os espermatozóides, que serve 
para que eles sobrevivam ao ph ácido da vagina. Antes de chegar na túba uterina o 
espermatozóide precisa ser desencapado, esse processo é chamado de capacitação, que é a 
perda dessa camada de glicoproteína, que ocorre durante o percuso que o espermatozóide faz 
pela vagina. 
A fecundação ocorre na tuba uterina, no terço distal da ampola, e se inicia logo após a chegada 
do espermatozóide ao ovócito. E acaba quando acontece a junção do material genético dos dois 
gametas, formando uma única célula diplóide chamada zigoto. A duração da fecundação é de 24 
horas, que se dá do toque do espermatozóide no óvulo até a junção do material genético. 
Anfimixia: Junção dos pro-núcleos masculino e feminino, onde há o pareamento dos 
cromossomos. > formação do zigoto 
Após passar pela cora radiada e entrar em contato com a zona pelúcida o espermatozóide se liga 
ao receptor da zona pelucída (ZP3), que reconhece que o espermatozóide é da espécie humana, 
e acontece a reação acrossômica, que são perfurações na membrana plasmática. 
• Quando ocorre a fecundação, há uma despolarização da membrana plasmática. 
 
• Quando o espermatozóide toca a membrana plasmática, ele não entra, apenas toca o ovócito 
que está em metáfase II da segunda divisão meiótica. Para que ocorra a maturação. 
 
• O cálcio vai mobiliziar os granulos corticais que jogarão seu conteúdo entre a membrana 
plasmática e a zona pelúcida. Que vai fastar a zona pelúcida da membrana plasmática e ao 
mesmo tempo o conteúdo dos granulos vai infiltrando na zona pelúcida destruíndo tudo o que 
resta de receptor ZP3 para que não haja a ligação de outros espermatozóides, e quando 
acontece a destruição desses receptores a zona pelúcida se torna uma estrutura rígida, 
chamada de invólucro de fecundação, que protegerá permanentemente contra a entrada de 
outros espermatozóides. 
 
• Ao fim da fecundação ocorre a restauração do número diplóide de cromossomos, a definição 
do sexo 
O período mais propício a má formação é o período embrionário, que vai da 4ª a 8ª semana. 
 
30 horas após a fecundação o zigoto começará a se dividir, essas divisões sucessivas são 
chamadas de segmentação. Isso se inicia ainda na tuba uterina, até chegar na cavidade uterina. 
Segmentação: É o aumento do número de células, com volume constante, esse volume constante 
se dá devido a regidez que a zona pelúcida obteve durante a fecundação. 
• Segmentação holoblástica: quando ocorre no zigoto inteiro, do polo superior até o polo 
inferior 
• Segmentação meroblástica: ocorre apenas em uma parte do zigoto 
 
Estágio de 2 blastômeros: estágio em que a célula ovo se dividiu em 2 
células, e ocorre 30 horas após a fecundação, esse estágio ocorre no sentido 
longitudinal; 
Estágio de 4 blastômeros: ocorre também no sentido meridional/longitudinal, 
ocorre entre 40 e 50 horas após a fecundação; 
 
Estágio de 8 blastômeros: ocorre no 3º dia, a divisão ocorre no sentido 
equatorial/transversal; 
 
Estágio de mórula: é chamado de mórula quando a célula ovo atinge de 16 a 
60 blastômeros. A partir do estágio de mórula vão se intercalando uma divisão 
longitudinal e uma transversal sucetivamente 
 
 
Mórula final: ocorre quando a mórula atinge 64 blastômeros 4 dias após a 
fecundação 
 
Blástula/Blastocísto: no 5º dia chega-se ao estágio de blástula, que tem uma 
cavidade no centro. O bolo de células que ficam lateralizadas é chamado de 
embrioblásto. E as células que ficam ao redor chamadas de trofoblasto, e a 
cavidade que fica ao meio chamada de blastocele/cavidade blastocística. 
 
Quando atinge o estágio de blástula pelo 5º ou 6º dia já está chegando à cavidade uterina, nessa 
fase o endométrio já está todo preparado, para a nidação. 
Quando a blástula já está chegando à cavidade uterina, a pressão é tão grande, que a zona 
pelúcida se rompe, fazendo a eclosão da blástula. E entra em contato com o epitélio do 
endométrio. 
A segmentação termina quando o zigoto atinge o estágio de blástula/blastocísto. 
Quando ocorre aumento da quantidade de células e aumento do volume, esse fenômeno é 
chamado de gástrulação. 
A nidação ocorre no período de blástula, que corresponde ao processo de penetração da blástula 
na mucosa endometrial, ocorre a eclosal da blástula,depois a blástula vai passar a digerir as 
células epiteliais, em seguida penetrar no estroma endometrial, e por fim o epitélio se reconstrói 
sobre ela. Tem início no final da 1ª semana e termina no final da 2ª semana, de modo que na 2ª 
semana a blástula continua penetrando na mucosa endometrial. 
O local usual onde se implanta a blástula é chamado de “local tópico” e se localiza na parede 
posterior da cavidade uterina. Porem a implantação pode ocorrer em outras regiões não usuais e 
são chamadas de “ectópicas”. Essas implantações ectópicas não se desenvolvem, levando a 
morte da blástula. 
A implantação se deve a ação agressiva do trofoblasto, porque as células do trofoblásto liberam 
proteínas enzimas (enzimas proteolíticas) que vão digerir as células epitéliais para que a 
blástula possa penetrar na mucosa endometrial. O trofoblasto só produz essas enzimas, porque o 
endométrio induz o trofoblasto a produzilas. 
A 2ª semana começa com o pré-embrião parcialmente implantado no endométrio, o pré-embrião 
deixa de ter forma de bolo celular, e passa apresentar forma de um disco ovóide, com duas 
lâminas celulares (disco bilâminar), e ele cresce 100%. Ele tinha 0.1mm e passa a ter 0.2 mm. 
A nutrição dele é heterofágica, e se nutri das secreções que encontrou durante o caminho. A 
medida que o embrião vai penetrando o trofoblasto vai fagocitando substâncias granulares que 
servirão para sua nutrição. 
Ocorrem modificações simultâneas no endométrio na parte uterina, no trofoblásto, embrioblásto e 
seus componentes da blástula. A 2ª semana é um marco muito importante na formação do pré-
embrião, porque se tem o início de todos os anexos embrionários: saco vitelino, início da 
cavidade aminiótica e do âmnio, início do pedículo de fixação do embrião que é o futuro cordão 
umbilical e coéno. 
Modificações no endométrio: 
Epitélio simples cilíndrico ciliado, e uma camada de tecido conjuntivo, chamado de estroma 
endometrial. 
Na hora em que a blástula chega ao endométrio, o trofoblasto entra em contato, e só o contato 
dele faz com que as células do estroma endometrial se modifiquem, formando células grandes 
globosas cheias de lipídeo, essas células passam a ser chamadas de células deciduais, essas 
células servem para fazer uma parede contrária a direção do trofoblasto. Se isso não 
acontecesse o trofoblasto sairia perfurando todo o útero, e o atravessaria. Portanto a reação 
decidual é uma reação contrária à ação agressiva do trofoblasto. 
Não importa onde o embrião se implantar o endométrio sempre vai responder com reação 
decidual. Portanto é uma reação de implante. 
No momento em que as células do estroma endometrial se modificam dando origem as células 
deciduais, ele deixa de ser chamado de endométrio e passa a ser chamado de decídua. 
Decídua basal: Logo abaixo do local de implante 
Decídua Parietal: No restante do endométrio 
Decídua Capsular: Contorna o embrião por fora 
Ainda na segunda semana, 2ª modificação: o trofoblásto irá se diferenciar em duas camadas de 
células o citotrofoblasto e o sincíciotrofoblasto. 
Massa protoplasmática, uma massa de célula com vários núcleos, que surgi pelo 
desaparecimento da membrana plasmática que desaparece = Plasmódio, quando isso ocorre é 
chamadode sincício. 
Na superfície do sincíciotrofoblasto vão se formando lacunas que vão entrando em contato com 
as glândulas e os vasos sanguíneos da mãe que vão absorvendo o conteúdo dessas glândulas e 
vasos, isso já é o início de uma relação nutricional materno com o pré-embrião. 
O sincíciotrofoblasto (dará origem a placenta) 
O sinciciotrooblasto é responsável pela produção do hormônio gonadotrófico coriônio (HCG= 
Gonadotrófina Coriônica Humana) que vai manter o corpo lúteo e aquele que vai dizer que a 
mulher está grávida ao realizar o teste de gravidez 
O sinciciotrofoblasto tem baixa atividade antigênica, por isso o sistema imunológico não é 
estimulado. Além do que, quando a mulher engravida é produzida uma proteína que funciona 
como uma substância imunossupressora, para diminuir a atividade do linfócito T citotóxico. 
O citotrofoblásto passa a ser uma camada interna, tudo que era chamado de trofoblásto passa a 
ser dividido de citotrofoblásto (apresenta mitose intensa), e sinciciotrofoblásto. 
3ª modificação: O embrioblásto vai se diferenciar em uma estrutura discoide com duas camadas 
de células, uma camada interna de células cubóides chamada de hipoblásto, e uma camada 
externa com células cilíndricas chamada de epiblásto. 
O primeiro anexo embrionário a se formar é o saco vitelino 
Na 2ª semana as células do epiblásto começam a proliferar de um lado e do outro, essas células 
vão proliferando, formando uma camada de células achatadas em cima das células do 
citotrofoblásto. O que era blastocele agora é circundado por uma camada de células achatadas 
originadas do hipoblásto, deixa de ser blastocele e é chamado de saco vitelino primário/cavidade 
exocelômica. 
A camada de células que revestiu a blastocele originada do hipoblásto passa a ser chamada de 
membrana de heuser. 
Novamente células do hipoblásto proliferam em cima da membrana de heuser, e formam uma 
cavidade menor dentro do saco vitelino primário. O resto do saco primário que vai ser eliminado é 
chamado de cisto exocelômico. 
Posteriormente começam a aparecer lacunas isoladas entre as células do citotrofoblásto e as 
células do hipoblásto. Todas essas lacunas começam a se juntar e a formar uma cavidade, essa 
cavidade vai se expandindo entre o hipoblásto e o epiblásto e passa a se chamar de cavidade 
amniótica. 
As células do citotrooblásto começam se proliferar numa pequena camada de células 
internamente chamada de amnioblástos (são células secretoras eu que irão secretar o líquido 
amniótico), e esses amnioblástos irão dar origem ao âmnio, que vai revestir a cavidade amniótica. 
O âmnio que produz o líquido amniótico. 
Posteriormente há a formação do mesoderma extraembrionário que dará origem a anexos 
embrionários. O mesoderma extraembrionário é um tecido originado do saco vitelino que 
separa a cavidade amniótica do saco vitelino do citotrofoblásto. 
 
O mesoderma extraembrionário vai começar a sofrer a formação de lacunas no seu interior, 
essas lacunas vão se expandindo e se juntando uma com a outra, de modo que quando vão se 
juntando formam uma cavidade maior, até formar uma cavidade única, essa cavidade passa a ser 
chamada de celoma extraembrionário, ou cavidade coriônica, e divide o mesoderma 
extraembrionário em duas membranas/folhetos, um que ficou aderido ao citotrofoblásto é 
chamado de somatoplêura, e o outro que ficou aderido ao saco vitelino e a cavidade amniótica 
chamada esplancnopleura. 
Nesse momento o pré-embrião já está completamente implantado e o epitélio já se reconstituiu. 
O embrião só não fica solto porque o âmnio fica preso ao citotrofoblásto por um pedaço do 
mesoderma extraembrionário e esse “pedacinho” que fiou aderido ao citotrofoblásto é chamado 
de pedículo de fixação do embrião, e esse local é o local do futuro cordão umbilical. 
Outro anexo embrionário a se formar é o Cório/Serosa que a junção da somatopleura mais o 
citotrofoblásto. O embrião cresce dentro da cavidade coriônica, juntando o âmnio com o cório que 
é a membrana que se rompe quando o bebê vai nascer, a “bolsa”

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