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1 e 2 SEMANA DE DESENVOLVIMENTO - Documentos Google

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1 e 2 SEMANA DE DESENVOLVIMENTO 
 
Clivagens: 
São divisões mitóticas que ocorrem após a fertilização 
no zigoto e tem características específicas: ocorrendo 
sem crescimento celular, então gera cada vez células 
menores e essas células geradas pela clivagem é 
chamada de blastômero. 
 
Outra característica da clivagem é que são divisões 
muito rápidas, é importante que isso ocorra nas 
primeiras etapas e isso ocorre devido às ausências de 
fases g1 e g2, ou seja passa de síntese direto para 
fase de mitose/ divisão. 
 
 
 
As clivagem dos mamíferos são chamadas de 
holobastas ou completas, pois o sulco de clivagem 
(lugar onde vai ocorrer essa divisão ocorre em toda a 
extensão do embrião) 
 
Diferenças entre a clivagem em mamíferos e outras 
espécies: 
A clivagem dos mamíferos estão entre as mais lentas 
do mundo animal, a primeira ocorre entre 12 a 24 da 
fertilização e vão durar os 6 primeiros dias após a 
fertilização 
 
Clivagem rotacional- nos ouriços do mar as clivagens 
ocorrem no mesmo eixo (ângulo) já nos mamíferos vai 
ocorrer troca, ou seja algumas vão ocorrer 
meridionalmente e outras equatorial mente 
(perpendicular a clivagem anterior) 
 
Também ocorre falta de sincronização das divisões 
precoce- isso quer dizer que o embrião que está no 
estágio de 2 blastômero não passa imediatamente para 
o estágio de 4 blastômeros com uma divisão ocorrendo 
simultaneamente nos 2 blastômeros. O que pode 
ocorrer é: ele pode estar no estágio 2 blastômeros e 
um se dividir chegando no estágio de 3 blastômeros e 
depois o outro se dividir- as divisões não são 
sincronizadas. 
 
As clivagens são controladas por fatores no embrião. 
 
Em seguida ocorre o fenômeno da compactação 
 
 
Resumo: A clivagem vai estar acontecendo durante a 
primeira semana de desenvolvimento e durante o 
percurso do zigoto pela tuba uterina até chegar no 
útero 
Quando o embrião chega no estágio de 12 a 16 
blastômeros ele passa a ser conhecido como mórula. 
 
Depois aparece uma cavidade dele e vai passar a se 
chamar de blastocisto. E posteriormente ele vai se 
implantar na parede uterina (blastocisto tardio) 
 
Durante a clivagem o embrião ainda vai estar dentro 
da zona pelúcida, impedindo o crescimento, mantendo 
constante, quando se tem o blastocisto tardio este não 
tem mais a zona pelúcida e consegue crescer se 
implantando no útero. 
 
No blastocisto tardio é possível ver claramente a 
cavidade, uma massa celular interna (embrioblasto) 
que vai formar o embrião e algumas membranas e ao 
redor do embrião tem o trofoblasto que vai dar origem 
à placenta. 
 
Compactação: 
Até o estágio de 8 células os blastômeros são 
idênticos, mas a partir desse momento vai começar a 
ter uma diferença entre os blastômeros mais internos e 
externos devido ao processo de compactação. 
 
Os blastômeros mais externos vão começar a se unir 
por junção, se unindo de uma forma que não vai ser 
mais possível observar cada um individualmente. 
 
Mecanismos envolvidos na compactação: 
Ocorre a polarização dos blastômeros externos, ou 
seja, em uma parte da membrana deles vai ter 
proteínas e em outra outros tipos de ptn- então na 
parte que tem moléculas de adesão, microvilosidades 
é a membrana apical (mais externa que vai unir os 
blastômeros externos) e outra parte seria a membrana 
basal que está na parte interna. 
 
Os blastômeros que ficam internamente não terão uma 
adesão tão forte, ficando mais solto, mas vai ter uma 
junção comunicante entre eles não sendo possível 
passar moléculas para sinalizar entre eles. 
 
Resultado: É o primeiro processo de diferenciação do 
embrião que vai ser a diferenciação das células 
externas gerando o trofoblasto e das células internas 
gerando a massa celular interna ou embrioblasto. 
 
Cavitação: 
Ocorre logo após a capacitação 
Os blastômeros vão começar a produzir fluidos e os 
blastômeros que vão fazer parte do trofoblasto passam 
a expressar em sua membrana basal bomba de sodio 
e potássio ATpase que vão bombear sódio para dentro 
do embrião, fazendo com que a água venha por 
osmose, então forma-se uma cavidade (blastocele) 
que vai fazer uma força hidráulica nas células que 
estavam internamente ao embrião e fracamente 
unidas, fazendo com que essas células sejam 
empurradas para um dos polos do embrião, enquanto 
se forma a cavidade e aí se tem a formação do 
blastocisto. 
 
A saída da zona pelúcida acontece no útero, ocorre a 
eclosão do blastocisto, então há a liberação de 
algumas enzimas que vão clivar a zona pelúcida (abrir 
um buraco) e esse embrião então vai sair por esse 
buraco e vai ficar no ambiente uterino até que ele 
implante na parede do endométrio- ou seja, a zona 
pelúcida fica por todo até o útero quando o embrião 
sai. 
 
 
O corpo polar deve mostrar o lugar em que vai ocorrer 
a primeira clivagem, então o embrião em si não é 
simétrico, tendo regiões de assimetria como a região 
que abriga o corpo polar e tem um outro ponto de 
assimetria que é o local por onde o espermatozóide 
entrou chamado de cone de fertilização 
 
 
 
 
Os cientistas observaram que na maioria das vezes a 
primeira clivagem ocorre próximo (adjacente) ao corpo 
polar e ao cone de fertilização. 
 
Transição materno zigótica: 
Uma das características da clivagem é que fatores do 
embrião são responsáveis por essas clivagens- ou 
seja, significa que nos primeiros momentos após a 
fecundação tem a fusão do material genético 
masculino e feminino mas não tem a transcrição do 
genoma novo. 
 
A primeira clivagem vai depender de proteínas e 
ribossomos,RNAm que veio da mãe, só que embriões 
mamíferos essa dependência ocorre apenas até o 
estágio de 2 blastômeros, nesse já vai ter um 
crescimento significativo da produção de RNA pelo o 
embrião, enquanto em outras espécies isso acontece 
no final. 
 
Resumo: Durante a ovogênese tem o acúmulo de 
material e proteína materna no ovócito, mas logo após 
a fecundação observa uma enorme degradação nesse 
material (RNA e Ptn) e quando chega no estágio de 
mórula já acaba completamente esse material,mas já 
tem um ativação do genoma embrionário no estágio de 
2 celulas que vai aumentando até que ele esteja 
completamente dependente de seu genoma no estágio 
de blastocisto, como pode ser observado na imagem 
abaixo: 
 
 
A diferenciação: 
O primeiro evento é a formação do trofoblasto, em que 
um dos fatores responsáveis por essa diferenciação é 
o Cdx2, então no início do desenvolvimento quando os 
blastocistos são semelhantes então é possível gerar 
genes. Mas esse potencial de uma célula única gerar 
vários tipos celulares vai diminuindo à medida que o 
desenvolvimento anda e cada célula vai se 
diferenciando/especializando mais, não podendo gerar 
tipos celulares diferentes. 
 
Alguns dos fatores responsáveis pela 
pluripotencialidade, são o: 
 
 
Mas o Cdx2 inibe os outros fatores, ou seja, é 
importante para a especificação do trofoblasto. 
Ae o estágio de 16 células ainda é possível tirar uma 
célula de um embrião e mudá-la de lugar ela muda seu 
destino final (não está completamente comprometida 
com um tipo celular), mas quando se chega nas 32 
celulas nao tem mais como fazer que uma célula do 
trofoblasto vire uma célula da massa celular interna e 
vice versa- comprometimento grande. 
 
Agora, durante o desenvolvimento cada vez mais as 
células vão se diferenciando, diminuindo sua eficiência 
e aumentando a especialização. 
 
 Classificação: 
Células tronco: Células capazes de se auto renovar e 
de formar vários tipos celulares (formam células do 
embrião e trofoblasto), o zigoto- célula totipotente 
 
Célula Pluripotente: célula da massa celular interna, 
pois só é capaz de formar células do próprio embrião 
(não forma trofoblasto). 
 
Célula Multipotente: Cel tronco de um tecido 
específico, células hematopoiéticas. 
 
O nível da potencialidade das células vai diminuindo 
até que chega numa célula que só é capaz de gerar 
um tipo celular (progenitor) ou então uma célula 
diferenciada que nem se divide. 
 
Hoje em dia é possível induzir a célula a virar uma 
célula específica, o que é muito importante para 
estudo de doenças. 
 
 
 
IMPLANTAÇÃO E ANEXOS 
EMBRIONÁRIOS 
 
Implantação (nidação) 
Após a fertilização o embrião vai sofrer a clivagem 
durante a primeira até chegar no útero, onde ainda vai 
estar com a zona pelúcida. 
 
E para implantar na parede ele precisa perder a zona 
pelúcida que é o primeiro evento da nidação. 
 
A implantação vai acontecer na 2º semana pós 
fecundação e geralmente acontece na região superior 
do útero (regiões laterais) e o embrião vai se implantar 
a partir do seu pólo embrionário, região onde tem a 
massa celular interna ou embrioblasto. 
 
Durante o processo de nidação, o blastocisto está 
crescendo e se desenvolvendo e se diferenciando. 
 
OBS: Se o embrião se implantar em um local que não 
é normal se chama gravidez ectópica geralmente é 
uma gravidez tubária (quando se implanta na tuba) e é 
um risco para mãe pois o embrião estimula a 
vascularização do tecido, precisa de nutriente e está 
crescimento em um local que não está preparado para 
isso podendo levar a ruptura de vasos sanguíneos e 
hemorragia. 
 
Se a implantação não ocorrer, ocorre um aborto no 
que é chamado de gravidez desperdiçada, geralmente 
ocorre por anormalidades cromossomicas presentes 
no embrião ou problemas na liberação de 
progesterona e estrogenio fazendo com que o 
endometrio nao esteja preparado. 
 
Caso tudo esteja preparado, a implantação acontece, 
primeiramente tem o posicionamento do blastocisto 
próximo ao epitélio do endométrio pelo o polo 
embrionário e uma vez que ele se adere ao 
endométrio os trofoblastos vão começar a se 
diferenciar, formando sincício trofoblasto que vai 
invadir o endométrio até que todo o blastocisto esteja 
implantado na parede uterina. 
 
Janela de implantação: 
A janela de implantação é o momento em que o 
endométrio está completamente preparado para 
receber o embrião e o próprio blastocisto está pronto 
para aderir corretamente. 
 
Progesterona e estrogênio que definem a janela, ela 
acontece geralmente entre 20 e 24 dias do ciclo 
menstrual. 
 
Após a saída do blastocisto da zona pelúcida ele vai 
sofrer ações de moléculas liberadas pelo endométrio 
como o LIF que vai estimular a expressão de 
receptores de LIF no blastocisto e posteriormente 
estimular a produção de LIF no blastocisto e estimular 
o receptores no endométrio- se a mulher tem alta LIF 
tem maior de sucesso na implantação. 
 
Uma outra modificação no endométrio é que ele 
geralmente contém microvilosidades, porém nas áreas 
onde vai implantar acontece uma redução das 
microvilosidades e aparecimentos do filopódios que 
vão interagir com o blastocisto permitindo sua posição 
e adesão. 
 
Também existem mudanças na matriz extra celular do 
epitélio para permitir a adesão. 
 
Quando ocorre a adesão o trofoblasto vai se 
diferenciar em citotrofoblasto e em sincício trofoblasto, 
que vai liberar protease que vão permitir a invasão do 
blastocisto dentro do endométrio. 
 
Durante o processo de implantação e por causa da 
progesterona ocorre uma mudança nas células 
estromais do endométrio (que ficam adjacente ao 
epitélio do endométrio) que vão começar a acumular 
glicogênio lipídios ficando entumecidas (maiores) 
essa modificação é chamada de reação decidua l e as 
células estromais vão passar se chamar de decíduas. 
 
Essas células são importantes para diversos fatores 
durante a gestação: no momento de implantação 
enquanto o trofoblasto diferenciado 
(sinciciotrofoblasto) está penetrando no embrião, 
invadindo o endométrio, algumas dessas células 
deciduais vão morrer liberando nutrientes, metabólicos 
que vão nutrir e ajudar no crescimento do embrião 
(favorecendo tanto a implantação quanto o embrião). 
 
 Ou seja, as células deciduais são uma fonte de 
fatores de crescimento e metabólicos, nutre o embrião 
em implantação, impede a rejeição do embrião e 
regula o processo de placentação. 
 
Durante a implantação: 
O início da implantação ocorre a diferenciação em 
sincício trofoblasto (verde claro), onde essas células 
perdem a membrana celular e o citotrofoblastoque 
continua com a membrana e com o crescimento do 
embrião elas podem se fundir e formar um sincício. Ao 
mesmo tempo ocorre a diferenciação do embrioblasto 
em: Epiblasto(azul) e hipoblasto (amarelo). 
 
 
O epiblasto tem as células mais cilíndricas, enquanto o 
hipoblasto tem células mais cubóides. 
 
 
 
Na foto acima, tem a imagem de uma célula no 8 dia 
de fecundação, onde é possível observar que já 
ocorreu uma entrada importante do embrião no 
endométrio, o citotrofoblasto ta perdendo uma células 
que estão perdendo membrana, virando sincício que 
aumenta cada vez mais. 
 
É formado uma cavidade no embrioblasto, 
principalmente na região do epiblasto que vai gerar a 
cavidade amniótica e depois quando o embrião já 
conseguiu entrar completamente no endométrio o local 
por onde ele então vai ser fechado por um tapão 
chamado de tampão de coagulação 
 
 
O sinciciotrofoblasto vai ter envolvido todo o embrião e 
também durante a invasão alguns vasos sofreram 
erosão e formaram lacunas trofoblásticas que são 
regiões que vão ajudar na nutrição do embrião até a 
formação da placenta (local que tem o sangue 
materno e material das glândulas uterinas) 
 
Em relação ao blastocisto é possível notar um 
aumento da cavidade amniótica, as células do 
epiblasto vai formar membrana dessa cavidade que é 
o âmnio, ao mesmo tempo algumas células do 
hipoblastos estão sofrendo migração e vão envolver a 
cavidade blastocística (blastocele) formando uma 
membrana chamada de membrana de heuser e após a 
formação dessa a cavidade passa a ser chamada de 
saco vitelinico primário. 
 
Depois, a partir das células do hipoblasto ocorre a 
formação do mesoderma extraembrionário, então as 
células vão sair desse hipoblasto e vão ocupar uma 
posição entre o saco vitelínico e o citotrofoblasto 
(verde escuro). É possível também observar 
externamente ao citotrofoblasto a evolução das 
lacunas do sangue materno que está nutrindo o 
embrião 
 
 
 
. Depois ocorre a formação de uma cavidade no meio 
do mesoderma extraembrionário chamada de 
cavidade coriônica que está dividindo o mesoderma. 
 
Por volta do 12º dia o saco vitelino primário é 
deslocado e em seguida degenerado pela segunda 
sequência de migração de células do hipoblasto, as 
quais formam o saco vitelínico definitivo. Quando 
terminar essa formação vai ter uma formação com 
epiblasto ( azul) que vai formar o chão da cavidade 
amniótica e o hipoblasto (amarelo) que é o teto do 
saco vitelínico definitivo, assim o embrião vai estar no 
meio do epiblasto e do hipoblasto estando suspenso 
por uma região chamada de pedículo de conexão 
formada por mesoderma extraembrionário. 
 
 
 
Então no final da segunda semana de 
desenvolvimento temos: 
 Finalização do processo de implantação 
 O embrião agora é um disco bilaminar formado por 
epiblasto e hipoblasto 
 Existem estruturas já formadas como: cavidade 
amniótica, saco vitelínico definitivo. 
 
Saco vitelínico: 
Tem no teto dele o hipoblasto. 
Tem algumas funções importantes durante o 
desenvolvimento: é a partir dele que migra as células 
germinativas primordiais, vão ser formadas as 
primeiras células sanguíneas e enquanto o embrião se 
desenvolve ele para de crescer ficando cada vez 
menor comparado ao embrião e depois vai sumir (caso 
não suma vai formar o divertículo de Meckel no 
intestino delgado no adulto- não tem importância 
clínica ) 
Em outras espécies o saco vitelínico tem vitelo que 
ajuda na nutrição. 
 
Âmnio e cavidade amniótica: 
 
A cavidade amniótica vai crescer e vai envolver todo o 
embrião, é importante pois o líquido dentro dela vai 
ajudar no desenvolvimento, ter espaço para se 
movimentar, não vai aderir nos tecidos maternos e 
proteção contra choques. 
 
No final da gestação o líquido amniótico tem cerca de 
1l. 
 
Até a 20º semana a composição do fluido é 
semelhante à dos fluidos fetais, onde a pele ainda não 
está queratinizada . A membrana amniótica secreta 
fluidos e componentes do soro materno através dela 
 
Depois da 20º semana o líquido vai apresentar urina 
fetal, filtrado do sangue materno, filtrado dos vasos 
sanguíneos do cordão umbilical e placa coriônica 
 
Volume normal- 500ml a 1l- normohidramnio 
Volume excessivo- acima de 2l- polidrâmnio - 
associado a múltiplas gravidezes, atresia esofágica ou 
anencefalia 
Volume diminuído- abaixo de 500ml- oligohidrâmnio - 
nao esta urinando 
 
Saco coriônico: 
Pode ser chamado de saco gestacional 
Formado pelo mesoderma extraembrionário- vai gerar 
o mesoderma somático ou mesoderma esplâncnico 
extraembrionário.

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