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O SERVIÇO SOCIAL EM TEMPOS DE PANDEMIA: Direitos Sociais e Políticas Sociais.

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SISTEMA DE ENSINO SEMIPRESENCIAL EM SERVIÇO SOCIAL
ESMERLILDES MAISA BEZERRA SERRA
EUZAMAR SOUSA MELO
MARIA DA CONCEIÇÃO SILVA RABELO PEREIRA
TEOLINDA MOURA FREITAS
VÂNIA CRISTINA ALVES PEREIRA
O SERVIÇO SOCIAL EM TEMPOS DE PANDEMIA: Direitos Sociais e Políticas Sociais.
	
São Luís 
2021
ESMERLILDES MAISA BEZERRA SERRA
EUZAMAR SOUSA MELO
MARIA DA CONCEIÇÃO SILVA RABELO PEREIRA
TEOLINDA MOURA FREITAS
VÂNIA CRISTINA ALVES PEREIRA
O SERVIÇO SOCIAL EM TEMPOS DE PANDEMIA: Direitos Sociais e Políticas Sociais.
Trabalho de produção textual apresentado à Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, como requisito para a obtenção de nota parcial na disciplina de Direito e Legislação; Serviço Social e Processos de Trabalho; Estágio em Serviço Social III; Serviço Social na área de Saúde, Previdência Social e Assistência Social.
Professores: Patrícia Graziela Gonçalves, Amanda Boza Gonçalves, Nelma dos Santos Assunção Galli, Patrícia Soares Alves.
Orientadora: Prof.ª Esp. Marcia Cristina Rodrigues Marengo
São Luís 
2021
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	4
2.	ASSISTÊNCIA SOCIAL: GARANTIA DE DIREITOS E FORMAÇÃO DE CONSCIÊNCIA	5
2.1 Processos de Trabalho do (a) Assistente Social na área da Assistência Social, Saúde e Previdência Social em tempos de Pandemia COVID- 19.................................................................................................................................6
2.2 Medidas Provisórias 927/2020 e 936/2020), o Desemprego e a Renda Básica Emergencial (Lei 13.982 de 2020).............................................................................7
3. CONCLUSÃO........................................................................................................12
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA	13
1. INTRODUÇÃO
Estamos passando por um momento muito difícil que é o da pandemia, um vírus avassalador que está matando milhares de pessoas e que a ciência pouco sabe sobre ele. Segundo a OMS, foram confirmados no mundo 107.423.526 casos de COVID-19 e 2.360.280 mortes, isso até a data de 12 de fevereiro de 2021. Aqui no Brasil, são mais de 6,5 milhões de casos de Corona vírus e quase 180 mil mortos.
Diante desse cenário, as medidas sanitárias exigiram de todos o distanciamento ou o isolamento social, paralisando por tanto, o mercado e a economia mundial, mantendo o funcionamento apenas dos serviços vistos como essenciais.
Entre os serviços considerados como essenciais estão inseridos a assistência social e o atendimento a população em situação de vulnerabilidade, consonante com o decreto do presidente de nº 10.282/2020.
Sobremaneira, boa parte da população vive na informalidade, não têm direitos como Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e nem seguro-desemprego, e com o funcionamento somente dos serviços essenciais, várias empresas não conseguem se manter e estão demitindo seus funcionários. Assim, boa parte da população não conseguirá pôr comida na mesa e precisarão de políticas sociais que vão além do auxílio emergencial.
Sendo assim, o presente trabalho segue com o objetivo de descrever o trabalho do assistente social em tempos de pandemia, com foco nos direitos sociais e políticas sociais, abordando os processos de trabalho do (a) Assistente Social na área da Assistência Social, Saúde e Previdência Social, seguindo com a descrição de medidas provisórias 927/2020 e 936/2020), o desemprego e a Renda Básica Emergencial (Lei 13.982 de 2020).
Podemos afirmar que nesse estado de calamidade pública a atuação profissional do serviço social é fundamental para que a população tenha acesso aos serviços de saúde, assistência e previdência social, além de benefícios eventuais que serão primordiais para a manutenção da vida da população mais pobre. A luta por uma sociedade mais justa e igualitária continua e é nesse momento, que não se pode recuar mais seguir na luta pela defesa da vida.
2. ASSISTÊNCIA SOCIAL: GARANTIA DE DIREITOS E FORMAÇÃO DE CONSCIÊNCIA
Os direitos procedem de uma construção social, de questões éticas, decorrente de um processo histórico e dinâmico de conquistas e de fortalecimento de espaços emancipatórios da dignidade humana. Antes mesmo de entender o significado da palavra direito, as pessoas já o buscavam através de resistências, articulações, reivindicações, sendo esse processo bem dificultoso. 
Com efeito, o problema que temos diante de nós não é filosófico, mas jurídico e, num sentido mais amplo, político. Não se trata de saber quais e quantos são esses direitos, qual é sua natureza e seu fundamento, se são direitos naturais ou históricos, absolutos ou relativos, mas sim qual é o modo mais seguro para garanti-los, para impedir que, apesar das solenes declarações, eles sejam continuamente violados. (BOBBIO, 2004, p.17)
A garantia de direitos, na esfera de nossa sociedade, é de responsabilidade de diferentes instituições que atuam de acordo com suas competências, aqui vamos citar a assistência social; cujo objetivo é garantir o direito dos cidadãos, viabilizando o acesso às políticas sociais como, educação, saúde, previdência social, habitação, assistência social e cultura. 
Sobremodo, podemos aqui destacar a dimensão socioeducativa que relaciona- se diretamente às demais dimensões, mas, possui características específicas, dentre elas, temos a sua vinculação com a organização da cultura, podendo influenciar na maneira de agir e pensar dos sujeitos. Nessa lógica, as ações desenvolvidas pelos assistentes sociais possuem uma tendência educativa com um componente ideológico.
A partir dos anos 2000, o trabalho socioeducativo tem sido utilizado de uma forma vasta, como referência metodológica nos trabalhos direcionados à proteção sócio familiar, “[...] reflete uma proposta de prática vinculada aos interesses da população, voltada para a perspectiva da transformação social [...] numa busca de superação do paternalismo” (SILVA, 2002, p. 175- 177).
Dessa maneira, um dos principais ganhos do trabalho socioeducativo é que, no processo metodológico, o usuário é visto como sujeito protagonista da situação. Nesse cenário, o assistente social deve ser capaz de democratizar informações estimulando a tomada de decisão por parte do usuário. Sendo assim, os usuários verão que os serviços prestados não podem ser reconhecidos como um favor, mas sim como um direito.
2.1 Processos de trabalho do (a) Assistente Social na área da Assistência Social, Saúde e Previdência Social, em tempos de pandemia COVID 19.
Na área da saúde, cabe ressaltar o disposto na Orientação Normativa do CFESS, nº 03/2020, onde reafirma que, “a comunicação de óbito deve ser realizada por profissionais qualificados que tenham conhecimentos específicos da causa mortis dos/as usuários/as dos serviços de saúde, cabendo um trabalho em equipe (médico, enfermeiro/a, psicólogo/a e/ou outros profissionais), atendendo à família e/ou responsáveis, sendo o/a assistente social responsável por informar a respeito dos benefícios e direitos referentes à situação”. 
Em relação aos demais processos de trabalho o CFESS (2020), orienta o profissional do serviço social sobre como proceder durante a pandemia. Nos equipamentos públicos como (CRAS, CREAS, postos de saúde, hospitais e agências do INSS), os profissionais devem continuar trabalhando ,sendo que a maioria das secretarias municipais e estaduais , assim como também o ministério da saúde e da cidadania, estão repassando orientações referente adiantamento de férias e licença prêmio dos/as trabalhadores/as. 
No caso de profissionais idosos/as, com doenças autoimune, crônicas, grávidas, lactantes, pessoas com diabetes e hipertensão estão autorizadas para trabalharem remotamente, ou em alguns casos dispensados do trabalho, sem danos sua remuneração. Da mesma forma segue as orientações do Ministério da Saúde e do Ministério Público do Trabalho (MPT), que lançou Nota Técnica Conjunta nº 02/2020 (PGT/Codemat/Conap). Pela natureza da atuação profissional e pelo como profissionais de saúde, precisamos atender diretamente à população. Isto significa que se tornanecessário ter maior rigor no processo de higienização e na utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI) e equipamentos de proteção coletiva (EPC). 
De acordo com nossa Lei de Regulamentação da Profissão (Lei 8.662/1993) e com o Código de Ética Profissional, o assistente social não deve negar atendimento à população, mesmo numa situação de calamidade pública, em que suas vidas também correm risco. Dessa forma, o profissional deve participar de programas que ajudem à população em situação de calamidade pública, no atendimento e defesa de seus interesses e necessidade. 
Importante aqui relatar, que profissionais de diversas áreas estão trabalhando de forma remota, porém no caso do assistente social, alguns serviços não podem ser prestador remotamente, como: avaliação social para concessão de benefícios sociais, estudo social e parecer social. Porque essas atividades dependem da análise de elementos e circunstâncias que fazem da realidade social, que não podem ser deduzidos por meio da análise documental, dependendo também de outros procedimentos técnicos que devem ser operacionalizados CFESS (2020, p.4). 
Assim, os trabalhos continuam sendo desenvolvidos em ambas as modalidades: de forma remota quando conveniente e de forma presencial quando necessário.
2.2 Medidas provisórias 927/2020 e 936/2020), o desemprego e a Renda Básica Emergencial (Lei 13.982 de 2020).
A medida provisória nº 927/2020 dispõe sobre as medidas trabalhistas que poderão ser utilizadas pelos trabalhadores para resguardar emprego e renda e para enfrentar situação de calamidade pública. 
Segundo BRASIL (2020), a medida provisória prediz que prevalece acima dos demais instrumentos normativos, o acordo individual escrito entre empregador e empregado de forma a assegurar a permanência do vínculo empregatício. Defende também as seguintes medidas: teletrabalho; antecipação de férias individuais; concessão de férias coletivas; aproveitamento e antecipação de feriados; suspensão de exigências administrativas em segurança e saúde do trabalho; o banco de horas; o direcionamento do trabalhador para qualificação (com interrupção do contrato de trabalho pelo prazo de até quatro meses); e o diferimento do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS.
 Dispõe sobre a jornada de trabalho para as instituições de saúde. Determina que em casos de contaminação pela COVID-19, não serão considerados ocupacionais, a não ser em caso de comprovação. Aceita a prorrogação de acordos e convenções coletivos vencidos ou próximos a vencer, no prazo de cento e oitenta dias, a contar da data de entrada em vigor da Medida Provisória. Estabelece que Auditores Fiscais do Trabalho do Ministério da Economia serão orientados quanto a sua forma de atuação.
De acordo com LIMA (2020), várias alterações ocorreram e novas regras surgiram para o mercado de trabalho, vejamos quais são elas:
Teletrabalho: O vale transporte poderá ser suspenso caso o funcionário não tenha necessidade de se deslocar para fazer o trabalho presencial. Já o vale refeição não poderá ser suspenso a não ser em casos de negociação coletiva.
Antecipação de férias Devem ser informadas de forma escrita ou por meio eletrônico ao empregado, isso com antecedência de 48 horas; não podem ser gozadas por menos de 5 dias; poderão ser concedidas mesmo que o período aquisitivo a elas não tenham sido transcorridos; trabalhadores pertencentes ao grupo de riscos têm prioridade com relação a férias; o pagamento do adicional de um terço de férias poderá ser pago após sua concessão ou até a data da segunda parcela do 13º salário (20/12/2020); o pagamento referente a férias deve ser pago até o 5º dia útil do mês subsequente.
Férias Coletivas: Devem ser notificadas com antecedência de até 48 horas; não possui mais limite máximo de períodos anuais e nem períodos mínimos de dias corridos previstos na CLT; fica isenta a comunicação prévia ao órgão local do ministério da economia e comunicação aos sindicatos da categoria.
Normas de segurança e Saúde no Trabalho: Fica suspensa a realização de exames ocupacionais, clínicos e complementares, com exceção aos exames demissionais; os referidos exames podem ser feitos no prazo de até sessenta dias a contar da data final do estado de calamidade pública, sendo que se o médico considerar que essa prorrogação pode causar danos a saúde do empregado, o mesmo poderá ser logo realizado; o exame demissional só é dispensado caso o último exame médico tenha sido realizado a menos de 180 dias; treinamentos serão realizados em modalidade de ensino a distância; as CIPA poderão ser mantidas, mas os processos eleitorais suspensos.
FGTS: Fica suspensa a exigibilidade do recolhimento do FGTS pelos empregadores, referente março, abril e maio de 2020, com vencimento em abril, maio e junho de 2020, respectivamente; AS competências de março, abril e maio de 2020 poderão ser parceladas, sem atualização da multa e dos encargos; O pagamento dessas obrigações devem ser quitadas em até seis parcelas mensais, com vencimento no sétimo dia de cada mês, a partir de julho de 2020; Mesmo parcelando, o empregador fica obrigado a declarar as informações, até 20 de junho de 2020, nos termos do disposto no inciso IV do caput do art. 32 da Lei nº 8.212/91; Em caso de demissão o empregador ficará obrigado ao recolhimento das competências não recolhidas, sem haver multa e dos encargos devidos e ao depósito da multa do FGTS; Esses recolhimentos deverão ocorrer no prazo previsto para recolhimento da multa do FGTS; Fica isenta a contagem do prazo prescricional dos débitos relativos a contribuições do FGTS pelo prazo de cento e vinte dias, a partir da data de entrada em vigor desta Medida Provisória; Os prazos dos certificados de regularidade emitidos anteriormente à data de entrada em vigor desta Medida Provisória serão prologados por noventa dias; Os parcelamentos de débito do FGTS em curso que dos quis tenham parcelas a vencer nos meses de março, abril e maio, não impedirão a emissão de certificado de regularidade.
Estabecimentos de Saúde: Fica estabelecido acordo individual escrito para as atividades insalubres com jornada de 12 horas de trabalho oras de descanso; As horas extras devem ser compensadas, no prazo de dezoito meses, contado da data de encerramento do estado de calamidade pública, por meio de banco de horas ou remuneradas.
Por sua vez, a medida provisória nº 936/2020, estabelece o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, válido durante o período do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, com o intuito de: manter o emprego e a renda; assegurando a continuidade das atividades laborais e empresariais; e diminuindo o impacto social que surgirão em consequências do estado de calamidade pública e de emergência de saúde pública. Determina como medidas: o pagamento de Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda; a redução proporcional de jornada de trabalho e de salários (25%%, 50%%, 70%); e a suspensão temporária do contrato de trabalho (por no máximo 60 dias, em até dois períodos de 30 dias). Reconhece empregado que receber o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, terá o emprego garantido de forme provisória, isso em consequência da redução da jornada de trabalho e de salário ou da suspensão temporária do contrato de trabalho. Presume que as medidas de redução de jornada de trabalho e de salário ou de suspensão temporária de contrato de trabalho poderão ser firmadas por meio de negociação coletiva. Estabelece as possibilidades nas quais as medidas do programa serão desenvolvidas por meio de acordo individual ou de negociação coletiva.
Desemprego – Na data do dia 11 de março de 2020 foi declarado pela (OMS), uma pandemia que estava em curso denominada COVID - 19, o vírus se propagou no mundo de forma rápida causando impactos profundos na saúde pública, na economia e no mercado de trabalho. Com as medidas de bloqueio total e parcial a economia se viu fragilizada, pois se baseiano autocontrole, na desindustrialização, no trabalho informal, na especialização da produção de bens primários para exportação, onde seu maior comprador é a China, país onde se iniciou a epidemia. 
Nesse contexto, a parcela da população mais prejudicada é a que vive na informalidade e reside em áreas precárias.
Nesse contexto, além da crise sanitária, uma das consequências da pandemia é o aumento do desemprego e, portanto, a elevação da informalização do trabalho, dos terceirizados, dos subcontratados, dos flexibilizados, dos trabalhadores em tempo parcial e do subproletariado. Essa população precisará ser assistida com políticas voltadas a protegê-la da fome e da pobreza, ou seja, necessitará ser inserida numa rede de proteção social. [...] Em plena era da informatização do trabalho, do mundo maquinal e digital, estamos conhecendo a informalização do trabalho, dos terceirizados, dos precarizados, dos subcontratados, dos flexibilizados, dos trabalhadores em tempo parcial e do subproletariado. – aqui, a informalidade é concebida em sentido amplo –, desprovida de direitos, fora da rede de proteção social e sem carteira de trabalho. Desemprego ampliado, precarização exacerbada, rebaixamento salarial acentuado, perda crescente de direitos – esse é o desenho mais frequente da classe trabalhadora. (COSTA,2020,p.4).
Com todo o cenário descrito acima, várias pessoas ficaram desempregadas e muitas empresas tiveram que fechar sua portas ainda mais com as medidas preventivas de isolamento social e funcionamento de serviços essenciais. Ficou ainda mais difícil manter as condições básicas de sobrevivência.
 Assim, o governo editou a Lei 13.982/2020 que dispõe sobre parâmetros adicionais de caracterização da situação de vulnerabilidade social para fins de elegibilidade ao benefício de prestação continuada (BPC) e estabelece medidas excepcionais de proteção social a serem adotadas durante o período de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do Coronavírus (Covid-19) responsável pelo surto de 2019, a que se refere à Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020. 
Segundo (BRASIL 2020), A lei atribui direito a trabalhadores informais e de baixa renda à receber auxílio emergencial no valor de  R$ 600,00 ( seiscentos reais), desde que cumpra os seguintes requisitos :
· Seja maior de 18 anos de idade
· Não tenha emprego formal ativo 
· Não seja titular de benefício previdenciário, assistencial, beneficiário do seguro de desemprego ou de programa de transferência de renda federal, exceto se for o bolsa família.
· Renda familiar mensal per capita seja de até ½ ( meio) salário mínimo ou renda familiar mensal total seja até 3 salários mínimos 
· Que não tenha recebido no ano de 2018, rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70.
O beneficiário deverá ainda cumprir pelo menos uma dessas condições: 
· Exercer atividade como MEI (microempreendedor individual)
· Ser contribuinte individual ou facultativo da previdência no plano simplificado ou no de 5%
· Trabalhar como informal, seja empregado, autônomo ou desempregado, de qualquer natureza, inclusive intermitente inativo, inscrito no cadastro no Cadastro ùnico para programa sociais do governo federal (CadÚnico)até 20 de março de 2020, ou que faça a autodeclaração e entregue ao governo e que cumpra o requisito da renda familiar mensal total até 3 salário mínimos.
Importante destacar que o benefício é limitado até 2 pessoas da mesma família e que em casos em que for mais vantajoso, o benefício substituirá o bolsa família, e a mulher provedora da família recebe até 2 cotas, ou seja, o valor R$ 1.200,00.
O valor estipulado no Auxílio Emergencial é baseado no custo da cesta básica nacional ), e nos custos básicos familiar, como taxas de água, luz, gás. Assim, o Programa do Auxílio Emergencial tem sido de extrema relevância nesse momento de pandemia, com resultados econômicos e sociais significativos, que se reproduzem em diversas proporções.
Apesar da medida provisória ser importante na situação em que estamos vivemos , é necessário que o governo verifique outras formas de manter a economia , pois o auxílio tem tempo determinado e a pandemia não tem prazo de contágio. Isso significa que não sabemos ainda, quanto tempo mais o vírus continuará agindo e a população precisa de medidas que venham garantir a sua sobrevivência durante todo esse processo.
3. CONCLUSÃO
Tantas pessoas sofrendo pela perda de empregos, pela perda de familiares e amigos ou até mesmo por terem contraído a doença. Nos deparamos com a falta de políticas públicas , e ao olhar em nosso redor observamos uma população vulnerável (mães solo, indígenas, moradores de periferia, deficientes e moradores de rua). 
Esses grupos com certeza serão os mais atingidos pelos efeitos colaterais da pandemia, como falta de sustento da família e falta de assistência do Estado que cada dia que passava demonstra menos preparo para atender essa população carente.
Sendo assim, o assistente social tem um papel de extrema importância, pois desempenha a função de identificar as necessidades dos sujeitos que se apresentam no cotidiano buscando entendê-los como manifestação da questão social vigente. É dever do assistente social participar de programas de socorro à população em situação de calamidade pública no atendimento e defesa de seus interesses e necessidades. Também compete ao mesmo encaminhar providências e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população em geral.  
Atuando na linha de frente da COVID-19, o profissional deve garantir o acesso integral aos programas governamentais e Sistema Único de Saúde (SUS), além do acesso da população aos serviços de assistência e previdência social em benefícios eventuais e auxílios emergenciais que promovam o atendimento das necessidades essenciais da população empobrecida.
Diante de uma atuação crítica, acredita-se que os profissionais podem ser capazes de identificar todos os desafios que cercam sua prática e batalhar diariamente para ratificar o seu papel frente a sociedade e seu engajamento com os cidadãos na garantia de direitos. Estamos vivendo um momento no qual as pessoas estão tendo seus direitos violados, é preciso que alguém lute para a conquista dos mesmos
3. REFERÊNCIAS
BRASIL. LEI Nº 13.982, DE 02 DE ABRIL DE 2020. Dispõe sobre obre parâmetros adicional de caracterização da situação de vulnerabilidade social para fins de elegibilidade ao benefício de prestação continuada (BPC). Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-13.982-de-2-de-abril-de-2020-250915958. Acesso em 20 de março de 2021.
____________.BRASIL.CONGRESSO NACIONAL. Medida Provisória n° 927, de 2020 (Medidas trabalhistas para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do Coronavírus). Disponível em: https://www.congressonacional.leg.br/materias/medidas-provisorias/ /mpv/141145. Acesso em 20 de março de 2021.
BAPTISTA, Myrian Veras. Algumas reflexões sobre o sistema de garantia de direitos. Serv. Soc. Soc., Mar 2012, no.109, p.179-199. Disponível em : https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-66282012000100010.
Acesso em 15 de março de 2021.
CFESS. Coronavírus: e quem trabalha no INSS?”; “Coronavírus: e quem trabalha na política de assistência social?”; “Coronavírus: e quem trabalha na área da saúde?”. Disponível em: http://www.cfess.org.br/visualizar/menu/local/serie-cfessentrevista. Acesso em 20 março de 2021.
CFESS. Coronavírus: e quem trabalha no INSS?”; “Coronavírus: e quem trabalha na política de assistência social?”; “Coronavírus: e quem trabalha na área da saúde?”. Disponível em: htttp://www.cfess.or.br/arquivos/2020CfessManifestaEdEspecialCoronavirus.pdf . Acesso em 17 de março de 2021.
CFESS. Teletrabalho e Teleperícia: orientações para assistentes sociais no contexto da pandemia. Disponível em: http://www.cfess.org.br/arquivos/Nota-teletrabalhotelepericiacfess.pdf Acesso em 17 de março de 2021.
COSTA, Simone da Silva. Pandemia e desemprego no Brasil. RAP – Revista de Administração Pública,Rio de Janeiro 54(4):969-978, jul. - ago. 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rap/v54n4/1982-3134-rap-54-04-969.pdf . Acesso em 22 março. 2021.
LIMA, Luís Alves de Freitas. Direitos trabalhistas durante a pandemia causada pela Covid-19 sob a luz das Medidas Provisórias nº 927/2020 e nº 936/2020. PRODUÇÃO TEXTUAL EM GRUPO SERVIÇO SOCIAL PTG SINAIT: abril de 2020. Disponível em: http://www.cieepe.org.br/conteudo/arquivos/NotaTecnicaAdolesct.pdf Acesso em 22 março de 2021.
MOREIRA, Ana Izabel Moura de Carvalho. Sobre a premência do debate da dimensão da tecnicalidade no trabalho da(o) assistente social. In: Em Tempos de pandemia: PRODUÇÃO TEXTUAL EM GRUPO SERVIÇO SOCIAL PTG propostas para defesa da vida e de direitos sociais. Rio de Janeiro: UERJ, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Escola de Serviço Social, 2020. Disponível em: http://www.cress-es.org.br/wpcontent/uploads/2020/05/1_5028797681548394620.pdf Acesso em 20 março de 2021.)
MOREIRA, E.; GOUVEIA, R. (Orgs) Em Tempos de pandemia: propostas para defesa da vida e de direitos sociais. Rio de Janeiro: UERJ, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Escola de Serviço Social, 2020. Disponível em: http://www.cresses.org.br/wp-content/uploads/2020/05/1_5028797681548394620.pdf Acesso em 20 de março de 2021.
PIRES, Isabela Maciel; SILVARES, Caroline Lane Lopes. Os invisíveis sociais: o atendimento aos usuários da política de assistência social em tempos de pandemia. Serviço Social em Perspectiva, v. 5, n. 1, p. 138-150.
SILVA e SILVA, M. O da (Coord.). O Serviço Social e o popular: resgate teórico metodológico do projeto profissional de ruptura. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

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