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Portfólio Serviço Social 4° semestre : FHTM3, Fundamentos das políticas sociais, ètica profissional em serviço social, Comunicação na prática do Assistente Social, Administração e Planejamento em Serv

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Prévia do material em texto

FACULDADE ANHANGUERA DE SOROCABA
 GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL 
 (
JURANDIR ANTONIO FILHO
Fabia Pereira de Barros 
)
 (
O cotidiano e o exercício profissional do Assistente Social em tempos de pandemia
)
 (
Sorocaba
2021
)
 (
jurandir antonio filho 26927588
Fabia Pereira de Barros 2421622503 
)
 (
O cotidiano e o exercício profissional do Assistente Social em tempos de pandemia
)
 (
Trabalho apresentado às disciplinas: Administração e Planejamento em Serviço Social, Comunicação na Prática do Assistente Social, Ética Profissional e Serviço Social, Fundamentos das Políticas Sociais e Fundamentos Históricos Teóricos e Metodológicos do Serviço Social III. Professores : Amanda Boza Gonçalves, Nelma Galli, Patricia Soares Alves da Silva e Paulo Sérgio Aragão
. 
)
 (
Sorocaba
2021
)
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
DESENVOLVIMENTO	4
CONSIDERAÇÕES FINAIS	23
REFERÊNCIAS	24
INTRODUÇÃO
A proposta de Produção Textual em Grupo (PTG) terá como temática: ““O cotidiano e o exercício profissional do Assistente Social em tempos de pandemia”, Vamos buscar reflexões sobre o trabalho dos profissionais de Serviço Social no contexto da pandemia mundial do Covid 19, realizando análises de suas ações e princípios, desenvolvendo-as com base na situação –problema. 
Desse modo, vamos articular a produção textual, com as disciplinas do semestre e com os textos indicados, redigindo um texto dissertativo como respostas ao desafio proposto.
 
 
3
DESENVOLVIMENTO
 A política social tem sua gênese da luta de classe dos trabalhadores, nos primeiros anos do século XX, sobretudo em 1907, onde já se reconhece o direito de livre organização sindical. Com a influência da Revolução Russa em 1917, se formou aqui no Brasil o Partido Comunista Brasileiro, em 1922. 
 Uma das maiores expressões de mobilização dos trabalhadores, nas primeiras décadas do século foi a Greve Geral de 1917. A greve aconteceu em São Paulo, no mês de julho, e envolveu trabalhadores dos setores da indústria e comércio. Esse movimento foi de grande importância. Os operários buscavam melhores condições de salários, redução das jornadas de trabalho e revogação da lei que previa a extradição de trabalhadores estrangeiros, pois estes eram proibidos de participar das organizações dos movimentos sindicais que, naquele momento, havia chegado ao seu ápice. As condições de vida eram precárias, sem saneamento básico, o que provocava graves problemas de saúde, problemas esses que não se resolviam, pois, faltava também serviços de saúde. As moradias eram precárias, os proletariados viviam nas vilas operárias, grande parte das instalações era sem condições de higiene e segurança, cortiços, o que contribuía para a proliferação de insetos e roedores, além da violência, que o crescimento urbano e industrial sem planejamento trouxe.
 A partir daí, conquistaram o respeito, mas primeiro foi necessário provar a capacidade de organização, mobilização e reivindicação da classe trabalhadora. 
 As expressões radicalizadas da questão social, no país recém saído do escravismo, começavam a ser enfrentadas na forma de greve e mobilizações. Por outro lado, tinham um estado opressor, que tratavam as expressões da questão social como caso de polícia. Em contra partida, no outro extremo, as elites tanto industriais como comerciais tinham acesso as melhores regiões para instalações de suas residências e usufruto dos bens públicos. 
Para Sposati (2007, p. 41):
No caso brasileiro é possível afirmar, salvo exceções, que
até 1930 a consciência possível em nosso país não
apreendia a pobreza enquanto expressão da questão 
 social.Quando esta se insinuava como questão para o Estado,
era de imediato enquadrada como "caso de polícia"
e tratada no interior de seus aparelhos repressivos.
Os problemas sociais eram mascarados e ocultados
 sob forma de fatos esporádicos e excepcionais. A pobreza era tratada com disfunção pessoal dos indivíduos.
 
 A partir da década de 1930 no Brasil, com a Era Vargas, passou-se a implementar algumas ações de políticas sociais, por parte do Estado. Entretanto, essas legislações eram parca e inócuas, chegando fragmentadas para os trabalhadores. Vargas, buscava substituir a luta de classes pela “colaboração” de classes, impulsionando a construção do estado social, em sintonia com os processos internacionais, a diferença era as mediações internas, tinham particularidades brasileira. Ao contrário do que acontecia em governos anteriores, entretanto, o governo populista, que assumiu o poder logo após a Revolução de 30, reconheceu a existência da questão social, que passou a ser uma questão política a ser enfrentada e resolvida pelo Estado.
 Segundo Teixeira (2007), o Estado antecipa essas ações diante das demandas da área social, para controlar os movimentos sociais, e se organizam e mobilizam para dar evidência às suas necessidades, assim, a consequência é a transmutação de direitos em concessão.
 De acordo com(Couto, 2004, p.95), a regulamentação das relações entre capital e trabalho foi a tônica do período, o que parece apontar uma estratégia legalista na tentativa de interferir autoritariamente, via legislação, para evitar conflito social. Toda a legislação trabalhista criada na época embasava-se na idéia do pensamento liberal brasileiro, onde a intervenção estatal buscava a harmonia entre empregadores e empregados. Era bem-vinda, na concepção dos empresários, toda a iniciativa do Estado que controlasse a classe operária, da mesma forma era bem-vinda por parte dos empregados, pois contribuía para melhorar suas condições de trabalho. As políticas sociais atendiam também o interesse dos capitalistas, interesses esses políticos e econômicos. Transformando assim, os direitos dos trabalhadores em capital privado lucrativo. 
 Segundo Draibe (1990),entre os anos de 1930 e 1940 se deu os esforços regulatórios iniciais, sendo caracterizado os anos da introdução da política social no Brasil, referenciando aos países desenvolvidos, regulou parcialmente benefícios relacionados a acidentes de trabalho, aposentadorias e pensões , auxílio doença, maternidade, família e seguro desemprego.
. Segundo (Teixeira, 2007), anterior a esse período, o Estado sinalizou uma aproximação com os trabalhadores através da implantação de legislações que intervinham no trato social. Uma das mais importantes intervenções do século XX foi a aprovação da Lei Eloy Chaves, de 1923, por meio do Decreto – Legislativo nº 4.682 que implantou a Caixa de Aposentadoria e Pensão para os trabalhadores ferroviários. 
 Através da Lei Eloy Chaves, originou-se à previdência social no Brasil. Aqueles que estavam inseridos nas empresas ferroviárias de grande porte que ofereciam a CAP’s podiam contar com a aposentadoria, pensão e assistência médica.Diante desse contexto, abriu-se precedentes para outras classes organizadas de trabalhadores: marítimos, comerciários, bancários, industriários, servidores do Estado e outros. 
 Com os novos contornos da Era Vargas, o Estado passa a assumir a gestão das Caixas de Aposentadoria e Pensões. Contudo, passaram de CAPs para Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAP) no novo governo. Os IAPs passaram a incorporar após alguns anos os benefícios de alimentação, habitação e assistência médica e habitação para os associados. Esse modelo durou até 1960 e trouxe avanços importantíssimos para os trabalhadores.
 
 Em 1930, no mesmo ano de sua posse, Getúlio Vargas cria o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Alguns meses após, em 4 de fevereiro de 1931, institui-se o Departamento Nacional do Trabalho (DNT) pelo Decreto nº 19.671-A. Dentrodesse contexto, a criação do Ministério do Trabalho tinha como finalidade superintender a questão social, o amparo e a defesa do operariado urbano e rural. Segundo (BIAVASCHI, 2007, p.88):
A partir desse momento o Brasil passaria a lutar pela superação das características
 que, até então, marcavam sua estrutura econômica, social e política: os resquícios
 de uma ordem escravocrata, patriarcal e monocultora herdada dos tempos coloniais;
 uma sociedade eminentemente agrária; uma economia subordinada a um modelo
 primário exportador; um operariado urbano esparso e não organizado; uma
 política "café com leite", com domínio dos proprietários rurais do eixo Minas/São Paulo;
 o sufrágio não universal e não secreto, sem participação feminina; a Questão Social,tratada genericamente como questão de polícia.
 Conselho Nacional de Educação e o Conselho Consultivo do Ensino Comercial, foi criado também do Ministério da Educação e Saúde Pública. Essas políticas tinham como função a mediação de conflitos surgidos no processo de desenvolvimento econômico e social do Brasil e da nova política do novo governo vigente. 
 Em 1932 foi criada a carteira de trabalho, o qual passa a ser documento da cidadania no Brasil. Portavam alguns direitos aqueles que tinham carteira assinada. Uma das características eram a fragmentação, estava distante de seguir o modelo da universalização Beveridgiana.
 Alguns princípios na Constituição de 1934, foram consideradas atinentes às relações de trabalho, o salário mínimo regional, cujo anteprojeto data de setembro de 1931. Somente em 14 de janeiro de 1936, pela Lei n° 185, foram instituídas comissões para o estudo dos salários mínimos regionais, que tiveram sua regulamentação efetivada em 1938, pelo Decreto-Lei n° 9399. Seria porém, somente no Estado Novo, pelo Decreto Lei n9 2.162, de 01/05/1940, que o salário mínimo entraria em vigência, com o objetivo de manter o empregado em condições de sobrevivência. Outro destaque da constituição de 1934 foram as ligadas á área trabalhista como : regulamentação do trabalho feminino e dos menores no espaço industrial, a definição do salário mínimo, o repouso remunerado, a definição da jornada de trabalho de 8 horas diárias, férias anuais remuneradas, regulamentação para o trabalho agrícola, amparo à maternidade e à infância, direito à educação primária integral e gratuita.
 A Constituição Federal de 1937 apresentou retrocessos no que se refere ás práticas das liberdades políticas e relacionados aos direitos sociais á população. O estado aumentou também o controle sobre as organizações sindicais, criou imposto sindical, centralizou as ações no âmbito federal, excluindo os municípios acerca da gestão local. 
 Outro ponto importante no percurso histórico das políticas sociais, foi a Consolidação das Leis do Trabalho, inspirada na Carta del Lavoro – (CLT), criada em 1943, congregou todas as normativas sociais desde o início do governo de Getúlio Vargas, ou seja, desde 1930. 
 Em 1937 houve a Criação do Depto Nacional de Saúde 
Segundo Braga e Paula, (1986 p.53-55), as principais alternativas adotadas em relação à saúde pública foi no período de 1930 a 1940, com ênfase nas campanhas sanitárias; ƒtinham a coordenação dos serviços estaduais de saúde dos estados de fraco poder político e econômico Já em 1937, criou-se o Departamento Nacional de Saúde, Interiorizando das ações para as áreas de endemias rurais, em decorrência dos fluxos migratórios de mão-de-obra para as cidades; ƒ Criação de serviços de combate às endemias (Serviço Nacional de Febre Amarela, 1937; Serviço de Malária do Nordeste, 1939; Serviço de Malária da Baixada Fluminense, 1940, financiados, os dois primeiros, pela Fundação Rockefeller – de origem norte- americana); ƒ Reorganização do Departamento Nacional de Saúde, em 1941, que incorporou vários serviços de combate às endemias e assumiu o controle da formação de técnicos em saúde pública.
 Em 1941 o SAM - Serviço de Assistência ao Menor com caráter mais punitivo em seu código, apesar de ter o objetivo de proteger, a culturfffffffffgvvvvvca e falta de financiamentos na época, prevalecia a coersão e os maus tratos aos jovens pobres e delinqüentes. 
 A Criação da LBA - Legião Brasileira de Assistência, foi em 1942, para atender as famílias dos pracinhas envolvidos na Segunda Guerra Mundial, era coordenado pela primeira dama Darcy Vargas. Tinha características clientelistas, de tutela e favor na relação entre estado e sociedade. Posteriormente se tornou instituição articuladora da assistência social no Brasil, com forte rede de instituições privadas conveniadas, sem perder as características citadas acima. 
 Segundo (MIRANDA, 2009) Em relação aos movimentos sociais, estes voltariam a crescer nesse período. A nova Constituição possibilitou relativa liberdade até as vésperas da ditadura, ou seja, até 1964. Esses movimentos tiveram importante participação nos assuntos de interesse nacional e dos problemas políticos e sociais do país. Mas este processo de intensa participação foi interrompido com o golpe de 1964. E mais uma vez utilizava a justificativa de que o país passava pelo perigo comunista. E assim, a participação popular e qualquer manifestação ficaram expressamente proibidas. 
 Houve perda das liberdades democráticas por parte do bloco militar-tecnocrático empresarial que buscava adesão e legitimidade por meio da expansão e modernização das políticas sociais. Em 1966 unificou, e centralizou a previdência social no Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), em 1966 tirou os trabalhadores da gestão da previdência social, passando a ser tratado como questão técnica e atuarial. Em 1967 os acidentes de trabalho passam a ser também de responsabilidade da gestão do INPS. 
 Em relação a proteção social aos trabalhadores rurais, acontece apenas em 1971, quando institui-se o Programa de Assistência Social ao Trabalhador Rural (PRORURAL), ampliando a previdência social a estes trabalhadores por meio do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL). Em 1972 foi a vez da cobertura previdenciária cobrir os trabalhadores domésticos, jogadores de futebol, e, em 1973, os trabalhadores autônomos e ambulantes. Em 1974 criou-se a renda mensal vitalícia para idosos pobres, no valor de meio salário mínimo para aqueles que tivessem contribuído ao menos 1 ano para a previdência. 
 A constituição federal de 1988 foi promulgada no dia 5 de outubro de 1988. Esta, dividida em 9 títulos com 245 artigos abertos, isso indica que pode receber emendas a qualquer instante. É a mais importante lei brasileira, não havendo nenhuma acima dela e nenhuma outra lei que seja contraditória ou que se oponha a ela. De forma geral, esse documento estabelece as regras básicas de convivência, dizendo o que pode e o que não pode, o que está certo e o que não está. Foi universalizada a proteção social a todos os cidadãos brasileiros, responsabilizando o Estado a providenciar as condições de acesso pela via das Políticas Sociais.
A Constituição Federal de 1988 nasceu marcada pela
 sua contradição histórica, fruto da mobilização popular, da
 democratização da sociedade, num contexto em que a ofensiva neoliberal cobrava a redução do
 Estado na regulação econômica e social. (COSTA, 2006, p. 148) 
 Com o advento da Constituição de 1988, a Assistência Social tornou-se política pública, por meio de uma grande luta que não se encerrou com a Constituição. Ali estava apenas começando. Ainda era necessário os Artigos 203 e 204 do referido documento que tratava da assistência social. Esse documento precisava ser regulamentado, pois implicava na elaboração e aprovação da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS). 
 O movimento articulado com a participação de alunos, professores, usuários, entre outros atores, culminou na aprovação da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, denominada Lei Orgânicada Assistência Social (LOAS) que organiza a Assistência Social. A LOAS veio para reafirmar os direitos da Assistência Social, reafirmando os direitos da Assistência Social a partir da Constituição Federal de 1988. Garante e responsabiliza o Estado como provedor das necessidades básicas e da oferta dos mínimos sociais. Articula ainda, as ações dos serviços públicos com a sociedade civil organizada para a efetivação dos direitos sociais.
 Segundo Pereira (1996), os objetivos da LOAS é priorizar a proteção da família, da criança, do adolescente da pessoa idosa, de habilitar e reabilitar a pessoa com deficiência profissionalmente e ainda garantir o pagamento mensal de um salário mínimo para as pessoas idosas e com deficiência que confirmem não ter condições de sustentar-se ou de serem sustentados por suas famílias. A execução das ações da assistência social a partir da LOAS deve ser descentralizada e com a participação da população na elaboração e controle desta política. 
 
Houve o reconhecimento de que as políticas desenvolvidas 
pelo Estado não tinham criado empregos suficientes
para absorver a força de trabalho. Daí a necessidade de
se estabelecer política social de assistência social 
para atender “[...] a quem dela necessitar, independentemente 
de contribuição à seguridade social” (BRASIL, 1988, Art. 203). 
Em 1989 foi Criado o Ministério do Bem Estar Social que, na contramão da Carta Magna, fortalece o modelo simbolizado pela LBA (centralizador, sem alterar o modelo já existente). 
 Em 1990 foi elaborada a primeira redação da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), sendo vetada, posteriormente no Congresso nacional. 
 Em 1993 as negociações de movimento nacional, envolvendo gestores municipais, estaduais e organizações não governamentais com o Governo federal e representantes no Congresso permitiram a aprovação da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Inicia-se o processo de construção da gestão pública e participativa da assistência social através de conselhos deliberativos e paritários nas esferas federal, estadual e municipal. 
 Em 1997, foi editada a Norma Operacional Básica (NOB) que conceitua o sistema descentralizado e participativo, ampliando o âmbito de competência dos governos Federal, municipais e estaduais e institui a exigência de Conselho, Fundo e Plano Municipal de Assistência Social para os município poder receber recursos federais. 
 Em 1998 uma nova edição da NOB diferencia serviços, programas e projetos; ampliando as atribuições dos Conselhos de Assistência Social, criandoos espaços de negociação e pactuação - Comissões Intergestora Bipartite e Tripartite, que reúnem representações municipais, estaduais e federais de assistência social. Em 2004 o Presidente em exercício Luis Inácio Lula da Silva criou o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) que, sob o comando de Patrus Ananias, acelerou e fortaleceu o processo de construção do SUAS. Iniciou-se com a suspensão da exigência da Certidão Negativa de Débitos, que impedia o MDS de repassar aproximadamente R$ 25 milhões por mês para os municípios. Em dezembro do mesmo ano, após ampla mobilização nacional, editou a Política Nacional de Assistência Social. Em 2005 o MDS apresenta proposta para a NOB 2005 em evento que reuniu 1200 gestores e assistentes sociais de todo o Brasil, em Curitiba (PR). O texto foi debatido em seminários municipais e estaduais, apoiados pelo Ministério e sua versão final foi aprovada no dia 14 de julho em reunião do Conselho Nacional de Assistência Social. A partir de agosto o Sistema Único de Assistência Social virou realidade.
 Em 2019 com o presidente Jair Messias Bolsonaro, é extinto o MDS e criado o Ministério da Cidadania, cuja Secretaria Especial do Desenvolvimento Social, assume a Politica Nacional de Assistência Social.
 Na atualidade, apesar das contrareformas ultraneoliberais do governo federal, seguem os programas: bolsa-família, benefício de prestação continuada, políticas de inclusão social (idosos, pessoas portadoras de deficiência), sistemas de cotas nas universidades, programas de primeiro emprego, etc. O mais importante programa federal no âmbito da política social de assistência social é o Bolsa-Família. Nele, se efetiva a transferência direta de renda para famílias classificadas como abaixo da linha de pobreza.
 Conforme apresenta Silva e Ramos (2013), o programa Bolsa Família é um programa de transferência de renda, que alterou as condições de existência das famílias beneficiadas, retirando-as da pobreza absoluta. Contudo, não é uma política social, mas uma política de governo e por isso pode ser extinta a qualquer momento. Pode ser considerado um determinante importante no combate à pobreza neste período, mas não estar associado a mudanças estruturais, porque os determinantes da pobreza não foram alterados, e o combate à pobreza não se dar apenas por meio de transferência de renda, é preciso utilizar-se também de outras políticas sociais..
  Foi adotado o Auxílio Emergencial pelo Governo Federal durante a pandemia de Covid-19, pesquisadores da área da Assistencia Social, fizeram uma análise crítico-científica dos dados relativos ao Auxílio Emergencial, Revelou-se que existe uma série de questões associadas às desigualdades regionais e territoriais. Os dados e as análises desenvolvidas mostraram a existência de uma ampliação da questão social, destacando-se situação de pobreza ou de extrema pobreza no Brasil, durante a pandemia.  
 Assim o Auxílio Emergencial constitui-se como um programa assistencialista do governo, e se justifica pela necessidade de sanar o problema da concentração de renda que assola o país.
 Podemos destacar que, além dos programas governamentais, temos ações do Terceiro setor, ou as Organizações Não-Governamentais – ONG’s, que também operacionalizam as políticas sociais. O Estado transfere parte de suas responsabilidades com a proteção social para as ONGs e as subsidia financeiramente. 
 
 
 
 O planejamento tem um grande significado para o profissional Assistente Social. È um instrumento importante na rotina de trabalho, dentro das instituições públicas e privadas. É realizado, através do planejamento, ações e intervenções. Essas ações devem ser organizadas e planejadas, sendo assim, realizadas por aproximações, com os usuários e demais profissionais envolvidos. A Lei de Regulamentação 8662/93 da profissão, define: 
  Art. 4º - Constituem-se competência do assistente social I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas 
 sociais junto a órgãos da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares;
 II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas 
e projetos que sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com 
participação da sociedade civil; X - planejamento, organização e 
 administração de Serviços Sociais e de Unidade de Serviço Social
.
 O planejamento é uma ação permanente utilizada pelo profissional Assistente Social, a partir do Seminário de Araxá, no movimento de reconceituação, que foi mais voltado à teorização, o profissional assistente social recebeu “status” de planejador ou gestor. Tais atribuições, faz parte da nova roupagem da profissão, planejador das políticas sociais.
 Assim, surgiram novas oportunidades de atuação profissional, passando a atuar também no campo da gestão e formulação de planos, programas e projetos dentro das instituições. 
 Inicialmente, essa era função dos administradores de empresas, atendendo as empresas que se estruturavam na perspectiva capitalistaÈ um instrumento forte e contundente na operacionalização das políticas sociais, no enfrentamento das expressões da questão social. 
 Segundo (FERREIRA apoud BAPTISTA, 2013, P.15) as etapas do planejamento são definidas:  Operação de reflexão, que “diz respeito ao conhecimento de dados, à análise e ao estudo de alternativas, à superação e reconstrução de conceitos e técnicas de diversas disciplinas relacionadas com a explicação e quantificação dos fatos sociais, e outros”. Operação de decisão, “que se refere à escolha de alternativas, à determinação de meios, à definição de prazos, etc”.  Operação de ação: "à execução das decisões. É o foco central do planejamento. Orienta-se por momentos que a antecedem e é subsidiada pelas escolhas de efetivadas na operação anterior, quanto aos necessários processos de organização”. Operação de retomada da reflexão, que é a “operação de crítica dos processos e dos efeitos da ação planejada, com vistas ao embasamento do planejamento de ações posteriores”.  
 Essas ações estão relacionadas em um processo contínuo e dinâmico de aproximações, isso quer dizer que a ação de planejar não está concluída pelo simples fato de iniciarmos o planejamento, pois no decorrer da implantação podem ocorrer imprevistos que devem ser solucionados durante o processo. O planejamento é uma ação que ocorre em diversos aspectos, a curto, médio e longo prazo. Isso vai depender da escolha metodológica do profissional e da proposta institucional para a construção do mesmo. 
 Deve ser realizado de forma racional, não tem nenhuma relação com a improvisação, muito pelo contrário, o planejamento pressupõe uma escolha metodológica para pensar em soluções, alternativas e pode reduzir possíveis riscos e incertezas.
 Durante o processo de planejamento de um programa ou projeto social, por exemplo, temos pelo menos cinco tipos de variáveis de contexto que podem afetá-lo: fatores econômicos; fatores políticos; fatores organizacionais e institucionais; fatores ambientais e características socioeconômicas e culturais da população-alvo. As informações geradas nesse processo também precisam ser analisadas e encaminhadas a outros agentes que podem, de alguma forma, influenciá-las ou colaborar na tomada de decisão.   
 Os Assistentes Sociais em tempos de pandemia, estão propondo ações de intervenções promovendo a proteção, preservação da vida, a segurança e respostas imediatas para o enfrentamento do vírus, que se alastrou em todo território nacional. 
 O governo federal , estados e municípios estão articulados , sendo os responsáveis pela elaboração de planos de contingência, prevendo os serviços essenciais a serem mobilizados, e os que deverão continuar em atividade, o seja, definem serviços essenciais para a preservação da vida, redução de danos coletivos à vida social, econômica, ao meio ambiente e aos patrimônios, sejam públicos ou privados. 
 Os planos de contingência em sua normalidade, devem ser atualizados anualmente , ser aprovados pelos respectivos Conselhos de Direitos e Políticas Públicas, ser temas de discussão em audiências públicas e estarem sempre disponíveis à população nos sites dos órgãos governamentais e entidades da sociedade civil. 
 Os Planos de Contingência se caracteriza por um documento da proteção social e defesa civil, nele definem –se as responsabilidades, ações setoriais e intersetoriais de um governo, ele envolve também a sociedade civil e a iniciativa privada com o intuito de atender uma emergência.Esse documento descreve as ações com vistas a preparação, prevenção, mitigação, respostas e recuperação dos danos como medidas fundamentais para proteger a população
 É uma atribuição do profissional assistente social, a elaboração de tais planos, dentro das organizações públicas ou privadas, visando proteger e atender a coletividade, é um instrumento que facilita as ações de gerenciamento das emergências. 
        Segundo( BAPTISTA, 2013), Ao tratarmos de um processo permanente, entendemos que o ato de planejar necessita de uma sequência de ações que ocorrem de forma ordenada, com base em diversos conhecimentos teóricos, científicos e técnicos que irão nortear todo esse processo de atividades considerando o atendimento da questão demandada de planejamento e os demais condicionantes da ação, como prazos, custos, providências acompanhamento, controle, avaliação e tantas outras ações que se façam necessárias no processo de planejamento.  
      Bonin e Krüger (2015, p. 64) enfatizam a importância da competência e dimensão política para o planejamento no Serviço Social: 
Para o Serviço Social o planejamento é um caminho que se
               articulado com os outros instrumentais contribui para
 avançar no domínio de intervenções com competência
 técnica, contudo, munidos, também, de competência política.  
 
 Os Planos de Contingência ou planejamento de risco, visam a organização das ações públicas e privadas de proteção e de atenção à coletividade, em situações de emergências, desastres e calamidades públicas causadas por: enchentes, incêndios, epidemias, pandemias, terremotos, tsunamis, furacões, falta de energia, secas, ataques de hackers e vírus de computador, vazamento químico, vazamento de barragem, sabotagem, atentados terroristas, rebeliões, acidentes e erros humanos. Podem ser definidos como uma estratégia de continuidade do serviço público, tem como objetivo principal, evitar uma paralisação prolongada que possa gerar maiores prejuízos à vida social, as comunidades, ao bairro, a prestação de serviço público, aos equipamentos sociais e às empresas. 
 
     Plano de Contingência - PLANCON funciona como um  planejamento  da resposta e por isso, deve ser elaborado na normalidade, quando são definidos os procedimentos, ações e decisões que devem ser tomadas na ocorrência do desastre. Por    sua vez, na etapa de resposta, tem-se a operacionalização do plano    de contingência, quando todo o planejamento feito anteriormente é adaptado a situação real do desastre. (BRASIL, 2017, p. 21) 
 
 
 
       Na assistência social os planos de contingência direcionam-se na oferta regular dos programas, projetos, serviços e benefícios socioassistenciais organizados da seguinte forma: prestação de atendimentos nos CRAS, CREAS e Centros POP com estratégias que garantam a segurança aos envolvidos (usuários e profissionais). Esta ação requer um planejamento das ações e metas para construir respostas que propiciem: acolhida, segurança alimentar e de renda, acesso a benefícios eventuais (nascimento, morte, vulnerabilidade temporária), transferência de renda (Bolsa família, Renda básica) e Benefício de Prestação Continuada - BPC; acesso à moradia e condições de isolamento (aluguel social, hospedagem social); ações de solidariedade. Assim sendo o papel da política de assistência social é garantir a vida e acesso aos direitos enfrentando as desigualdades, pois foca sua atuação na população mais vulnerabilizada e para isso seus planos de contingência devem ter prever ações de apoio a saúde, indicação de grupos e indivíduos – usuários dos serviços – mais vulneráveis a contaminação, seja pela condição de moradia, atividade econômica e/ou faixa etária e pelas condições territoriais adversas (GOMES; TORRES, 2020).   
Organizar um plano de contingência no âmbito da assistência social requer de imediato reconhecer que a pandemia desvela a desigualdade que assola o país e neste contexto o plano de contingência deve ter a capacidade de instituir ações e estratégias fundamentadas no princípio da equidade, reafirmando o artigo 4º da Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS, onde se define a primazia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica (GOMES; TORRES, 2020)    
  Diante do cenário de pandemia do novo corona vírus, a assistência social e o atendimento a população em situação de vulnerabilidade social foram considerados serviços essenciais incluídos no Decreto presidencial nº 10.282/2020 .Durante a pandemia a assistência social foi decretada em âmbito federal 
como serviço público essencial, semelhante à política de saúde - DECRETO Nº 10.282, de 20 de março de 2020 . Art. 3º As medidas previstas na Lei nº 13.979, de 2020, deverão resguardar o exercício e o funcionamento dos serviços públicos e atividades essenciais a que se refere o § 1º. 
§ 1º São serviços públicos e atividades essenciais aqueles indispensáveis 
 ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, assim considerados
 aqueles que, se não atendidos, colocam em perigo a 
 sobrevivência, a saúde ou a segurança d a população, tais com o: I -assistência à saúde, incluídos os serviços médicos e hospitalares; II - assistência social 
e atendimento à população em estado de vulnerabilidade; [.. .].
 
 O SUAS está organizado em níveis de complexidade, Proteção Social Básica e Proteção Social Especial dividida em Média e Alta Complexidade (Resolução n. 130, de 15/07/2005). Em particular, a última, Proteção Social Especial de Alta Complexidade, situa o Serviço de Proteção em Situação de Calamidades Públicas e Emergências, o qual prevê a atuação dos trabalhadores da Política de Assistência Social, e aqui destacamos a/o assistente social, no qual é um/a profissional competente para atuar no planejamento, formulação, execução, avaliação e gestão de políticas sociais, bem como, das políticas de desastres. 
 Nas diferentes áreas de atuação do Serviço Social, como na assistência social, na previdência e no sócio jurídico, o trabalho remoto foi instituído como receituário para evitar a descontinuidade dos serviços Os dados mostram que o contágio inicial da Covid-19 ocorreu nas classes sociais mais privilegiadas. Agora, contudo, os territórios mais vulneráveis socioeconomicamente são aqueles em que os efeitos da pandemia tem feito se sentir mais intensamente. Ou seja, a Covid -19 tem deixado a desigualdade social ainda mais evidente.
 A comunicação está presente em todos os momentos da nossa vida, se tratando da prática cotidiana do Assistente Social, não é diferente! Ela se faz presente em todas as ações, nesse sentido, enquanto direito, é um espaço estratégico de ação e luta política. 
 Segundo Lima (2004 apud CARVALHO,2013, P.20), a palavra comunicação tem origem etimológica no substantivo latino communicattionem, que significa “a ação de tornar comum”. Sua raiz é o adjetivo communis, traduzido por “comum”, que significa “pertencente a todos ou a muitos”. E o verbo é comunicare, traduzido por “comunicar”, que significa “tornar comum, fazer saber”. 
 È um modo puro e sensível, transforma as relações sociais e através dela, os indivíduos se inter-relacionam e interagem por meio da linguagem que pode ser verbal ou não verbal. De acordo com CEREJA E MAGALHÃES, qualquer ato de comunicação precisa ter seis elementos fundamentais:
“ I) o locutor (emissor), aquele que diz algo a alguém; II) o locutário 
 (receptor),aquele com quem o locutor se comunica; III) a mensagem,
 o que foi transmitido entre os interlocutores; IV) o código, a convenção que
 permite ao interlocutor compreender a mensagem; V) o canal, que é o meio físico que conduz a mensagem ao interlocutor; e,VI) o referente, que
 é o assunto da mensagem. (CEREJA E MAGALHÃES, 2005 apud
 CARVALHO, 2013 p. 30).
 Quando tratamos de comunicação no trabalho do assistente social, podemos observar o quanto essa prática está presente e de que modo torna-se uma ferramenta essencial para o trabalho, já que são por meio de relatórios, laudos, entrevistas, visitas domiciliares, estudos sociais, pesquisas, reuniões de grupos e na própria interlocução com os usuários, que transmitimos as informações e orientações, enfim, esclarecemos e comunicamos os direitos aos usuários, sendo esse um espaço estratégico de ação, luta política e emancipação. Formando o seres sociais.
 È importante fazer os receptores das mensagens, entender de forma eficaz, precisamos atingir de fato o nosso objetivo ao passar as mensagens. A comunicação deve ser sem ruídos. Em especial essa ferramenta na práxis do assistente social, devendo mediar, dando aos stakeholders a noção de conhecimento, para que possam acessar seus direitos sociais. 
 Com a pandemia do COVID -19 a assistência prestada pelo governo federal a esse público, se dá por meio da transferência da Renda Básica Emergencial.Um dos auxílios disponibilizados pelo governo federal brasileiro num formato de renda mínima, chamado de auxílio emergencial no valor de R$600, 00 reais equivalente a pouco mais de ½ salário mínimo, não atingiu de imediato toda a população necessitada. Segundo dados do Senado Federal em maio de 2020, das 96 milhões de solicitações logo no início do lançamento do programa em março, cerca de 50,5 milhões de pessoas foram aprovadas para recebimento do auxílio (SENADO FEDERAL, 2020).
 O benefício é acessado através de inscrição em aplicativo da Caixa Econômica Federal - CEF instalado no aplicativo de celular e não pela articulação do sistema bancário com o Suas. Nesse contexto, alguns grupos sociais como os trabalhadores informais, catadores de recicláveis , pessoas em situação de rua, dentre outros, não tem conseguido efetivar o recebimento do benefício. Isso ocorre devido a falta de entendimento de alguns para sua operacionalização 
 Segundo matéria da Folha de São Paulo (2020), 70 milhões de brasileiros tem acesso precário á internet na pandemia do Corona Vírus. Desse modo, uma grande parcela da população teve maior dificuldade para recorrer ao benefício, alguns buscado ir aos bancos ou Centros de Referência da Assistência Social-CRAS, para tentar acessar seus direitos, outros nem mesmo tinham acesso, como algumas populações afastadas, ribeirinhas, indígenas, entre outros. 
 Podemos perceber que na realidade desses grupos, ocorre a exclusão digital , reforçando e a reafirmando a exclusão social. 
 A falta de acesso se deu principalmente devido a dificuldade dos meios disponibilizados para tal, em que a solicitação deveria ser realizada em aplicativo incluindo os dados familiares. O recurso foi operacionalizado pela
Caixa Econômica Federal, instituição financeira que geralmente operacionaliza os programas sociais do governo federal brasileiro. O grande volume de solicitações imediatamente após o lançamento do benefício fez com que os sistemas já ficassem indisponíveis e muitas pessoas sequer conseguiram solicitar o auxílio em um primeiro momento. O tempo de análise também se estendeu por até meses após a solicitação não dando uma resposta a quem necessitava. Além disso, um grande volume de pessoas sem direito ao benefício também realizou a solicitação , fazendo com que a análise dos bancos de dados demorasse ainda mais para ser respondida, estendendo a espera para recebimento por meses. (SENADO FEDERAL, 2020). 
 Segundo pesquisadores que investigou a comunicação pública junto aos/as usuários da Assistência Social, houve desrespeito a comunicação pública, sendo a mesma era de suma importância de que o Renda Emergencial Básica tivesse se dado pela articulação entre o sistema bancário e a política de Assistência Social. Esse estudo que é de cunho interdisciplinar fundamentou-se na compreensão de que a comunicaçãopública é um direito humano e um direito transversal às políticas sociais. 
 Sem acesso ao auxílio emergencial as famílias buscaram massivamente os equipamentos da assistência social para receber qualquer auxílio ou benefício, ou para tentar sanar seu problema em acessar o auxílio emergencial. Além do mais, muitas pessoas sem o Cadastro Único para Programas Sociais -CADÚNICO foram em busca do mesmo, pois estar no CADÚNICO foi uma forma mais simples de acessar o auxílio ou mesmo o programa bolsa família. Isso gerou uma expansão nos atendimentos e um risco de contágio elevadíssimo para os trabalhadores da política de assistência social e descaracterizou todo um trabalho na superação do caráter paliativo e burocratizado do exercício profissional. 
 Segundo IAMAMOTO (2001, P.18) a profissão do assistente social “se configura e se recria no âmbito da s relações que estabelecem limites e possibilidades ao exercício profissional. Inscrito na divisão social e técnica do 
trabalho e nas relações de propriedades que a sustenta ”. Estes limites ficaram muito claros no período de pandemia. 
 Sendo assim, a ação profissional do Assistente Social em tempos de pandemia se mostrou de suma importância, seu caráter mediatório está apropriando os sujeitos sociais de seus direitos e de colaborando na problematização do recebimento dos benefícios sociais, analisando quanto às expressões sociais de desigualdade e exclusão que se apresentam em tempos de pandemia no cotidiano. A mediação é constante na práxis do assistente social.
 O objetivo do trabalho profissional ocorre para além da prática de se chegar a um “acordo” ou mesmo de “resolver a questão de conflito”; nosso ato está em compreender o que está por traz de toda a questão apresentada, quais são as questões objetivas e subjetivas da demanda apresentada.
 Neste sentido a comunicação existe para o Serviço Social como uma ferramenta fundamental nas mediações que integram a atuação profissional do assistente social, e essas ações devem estar relacionadas sempre com as dimensões ético-político, teórico-metodológico e técnico-operativo.
 A disciplina de FHTM 3 nos dá o parâmetro da evolução histórica da profissão. Dentro desse contexto, a categoria profissional em tempos de pandemia, volta suas ações para as expressões latentes das expressões da questão social, em relação a área da saúde.
 Nesse sentido, com base em Costa (2009) o/a assistente social atua na perspectiva da garantia dos direitos, na viabilização as condições que fomentem o acesso a promoção de saúde e o acesso aos serviços de saúde, o que se torna matéria prima do exercício profissional na saúde e implica no fortalecimento da saúde pública universal. O/a profissional se insere, objetivando sua atuação na mediação no que diz respeito ao processo de desvelamento das questões que permeiam as relações saúde/doença. È importante salientar que a prática do/ a assistente social , com base no Código de Ètica profissional, tem como objetivo fundamental, o enfrentamento das expressões da questão social, no sentido de promover a emancipação dos sujeitos e a viabilização dos direitos da população de modo que esse se reconheça sujeito da sua própria história. Analisamos, então, os limites e as possibilidades colocados na prática do/a assistente social inserido nesse contexto, observando sua prática na operacionalização da política de saúde. 
 Segundo (NETTO,1999, P.95) Os projetos profissionais apresentam a auto imagem de uma profissão, elegem os valores que a legitimam socialmente, delimitam e priorizam os seus objetivos e funções, formulam os requisitos (teóricos, institucionais e práticos) para o seu exercício, prescrevem normas para o comportamento dos profissionais e estabelecem as balizas da sua relação com os usuários e seus serviços, com as outras profissões e com as organizações e instituições sociais, privadas e públicas.
 O serviço social teve sua inserção na saúde como profissão institucionalizada a partir da década de 1940, sendo a área que mais absorvia os assistentes sociais. Isso passou a ocorrer, devido as configurações societárias e naquela conjuntura, atuava mais na adequação da ordem vigente. As ações se pautavam no controle e combate as reivindicações da classe trabalhadora nas estatais. O profissional assistente social era responsável pela vigilância da saúde dos trabalhadores e seus familiares, ficando evidente o cunho caricativo, advindo das práticas da da Igreja Católica. Esse tipo de configuração na prática profissional, perdurou por de duas décadas.
 Em 1980, com a Reforma Sanitária, no âmbito político o Brasil caminhava na perspectiva da universalização do acesso, na concepção de saúde como direito social e dever do Estado, na modificação do modelo médico vigente até então. Podemos afirmar que as propostas da Reforma Sanitária resultaram na universalidade do direito à saúde, e ainda que a Reforma Sanitária foi um instrumento ideológico que contribuiu significativamente para elaboração da Constituição Federal de 1988, para implantação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde - SUDS, e posteriormente para criação do Sistema Único de Saúde - SUS, prevendo assim a participação e o controle social. Com a reforma sanitária e criação do SUS, em 1990 houve o regulamento da lei orgânica de saúde através da lei n. 8.080/90, que dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e funcionamento dos serviços correspondentes, e a lei n. 8142/90, que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do sistema único de saúde e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde. A saúde é parte integrante da seguridade social, e com a Constituição Federal de 1988 ela passa a ser direito de todos e dever do Estado, conforme afirma o artigo 196: 
 
 A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido
 mediante políticas sociais e econômicas que visem à
 redução do risco de doença e de outros agravos e ao
 acesso universal e igualitário às ações e serviços para
 sua promoção, proteção e recuperação (BRASIL, 1988).
 O documento Parâmetros para a Atuação de Assistentes Sociais na Saúde, publicado em 2010, é apresentado pelo CFESS com a finalidade referenciar a intervenção dos/as profissionais de Serviço Social na área da saúde, buscando responder a um pleito da categoria como orientações gerais sobre as respostas profissionais a serem dadas pelos assistentes sociais às demandas identificadas no cotidiano do trabalho no setor saúde e àquelas que ora são requisitadas pelos usuários dos serviços, ora pelos empregadores desses profissionais no setor saúde. Procura, nesse sentido, expressar a totalidade das ações que são desenvolvidas pelos assistentes sociais na saúde, considerando a particularidade das ações desenvolvidas nos programas de saúde, bem como na atenção básica, média e alta complexidade em saúde. (CFESS, 2010, p.11-12). 
 O documento considera que “os assistentes sociais na saúde atuam em quatro grandes eixos: atendimento direto aos usuários; mobilização, participação e controle social; investigação, planejamento e gestão; assessoria, qualificação e formação profissional” (CFESS, 2010, P.39) e para cada um desses eixos o documento apresenta as principais ações desenvolvidas pelo assistente social, numa concepção de totalidade. (idem). Destaque-se que para o eixo atendimento direto aos usuários, definem as seguintes ações: ações socioassistenciais; ações de articulação com a equipe de saúde; ações socioeducativas.
 Segundo (SADER; GENTILI,1995)O neoliberalismo consiste num conjunto de idéias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do Estado na economia. Condena toda ação do Estado que limite os mecanismos de mercado, acredita que este princípio garante o crescimento econômico e o desenvolvimento social do país. 
 No pensamento neoliberal, as políticas sociais não são compreendidas como direitos, mas como forma de assistir aos mais necessitados ou como ato de filantropia. Sob essa orientação, a ação do Estado deve ser focalizada nos pobres, e a sociedade, (na figura das organizações não-governamentais e no voluntariado) deve ser estimulada a assumir responsabilidades pela resolução dos seus problemas, reduzindo a carga imposta ao Estado ao longo do tempo. O conceito neoliberal de políticas sociais favorece e fortalece o capitalismo, pois como afirma Sader e Gentili "o neoliberalismo é uma estrutura ideológica e política que acompanha uma transformação histórica do capitalismo moderno".(SADER; GENTILI,1995).
 O Serviço Social se depara em seu cotidiano, dificuldades no exercício profissional, isso se deve ao fato de a ideologia neoliberal ir de encontro ao projeto ético – político do serviço social. O projeto se materializou no código de ética profissional, de aproximar-se a classe trabalhadora, na defesa intransigente dos direitos humanos e postura a favor da equidade e justiça social, isso reflete diretamente ao movimento de reforma sanitária, o profissional deve efetivar a universalidade do acesso aos direitos fundamentais e no âmbito da saúde, não poderia ser diferente. 
 O profissional contribui para o fortalecimento do sistema único de saúde na perspectiva do direito social.
 Reforçando, Vasconcellos (2009) destaca que, diante do projeto ético- político profissional, bem como suas dimensões de intervenção, o Serviço Social deve promover a reflexão crítica dos usuários nos processos de saúde no sentido de politizar as ações, isso contribuiu para o fortalecimento do sistema público na perspectiva do direito social. 
 Diante do cenário caótico em relação as políticas neoliberais em tempo de pandemia, o Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e diversos Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS) estão se posicionando e defendendo o direito à saúde pública gratuita e de qualidade e entendem que essa política pública e o SUS estão constantemente sofrendo ataque, com o avanço das políticas neoliberais, como a entrega da gestão dos hospitais e postos de saúde às Organizações Sociais (OS), Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), Fundações Estatais de Direito Privado, Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), medidas que resultam em perda de direitos da classe trabalhadora e precarização do atendimento à população.
  Recentes propostas do governo, para intensificação da participação do setor privado na saúde, têm sido observadas também nas políticas de saúde mental, com a tentativa de revisão da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) e fortalecimento de Comunidades Terapêuticas. Também na Atenção Básica, com o Decreto 10.530/2020, revogado após forte pressão popular e posicionamentos do Conselho Nacional de Saúde.
 A Frente Nacional contra a Privatização da Saúde e o CFESS se posicionaram contra tais medidas e reafirmam a defesa de suas Bandeiras de Luta nesta conjuntura.
  O CFESS enfatiza ainda, a importância da saúde pública 100% estatal para todas as pessoas. Entendem que defender o SUS significa defender a democracia, além de ações e serviços de saúde e um conjunto amplo de direitos sociais para toda a população. Mais de 75% das pessoas que vivem no Brasil vivenciam o direito à saúde, utilizando o SUS como a única opção de assistência à saúde.
 Houve também durante a pandemia, uma live cultural, CFESS e Assistentes Sociais com artistas de diversas regiões do Brasil, se somando à luta da Frente Nacional pela saúde pública, 100% estatal e universal.
 Alem das bandeiras de luta,o Conjunto CFESS-CRESS tem outras proposições nessa direção, a exemplo de: 
• Fortalecimento dos princípios do SUS, como universalidade, integralidade e participação social, tendo como referência o projeto de Reforma Sanitária;
 • Defesa do SUS com gestão 100% estatal e efetivo financiamento público para o setor público-estatal, com aplicação imediata de recursos adicionais no SUS;
 • Que a utilização emergencial de leitos e estrutura do setor privado, caso necessária durante a pandemia, ocorra sob coordenação e regulação nacional estatal; 
• Investimentos públicos nas universidades e instituições públicas que produzem conhecimento, ciência e tecnologia; 
• Manutenção do isolamento social para assegurar a vida da população e a redução da transmissão da Covid-19;
 • Proteção dos/as trabalhadores/as que atuam no atendimento aos/às usuários/as das políticas públicas e todos/as aqueles que necessitam estar nas vias públicas para os serviços essenciais, com a disponibilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC); 
• Ampliação da testagem de usuários/as e trabalhadores/as com suspeita da Covid-19, por meio do SUS; 
• Promoção de acesso gratuito a materiais necessários à prevenção da transmissão da Covid-19, com a distribuição gratuita de produtos de higiene; 
• Preservação do isolamento dos povos originários/indígenas e comunidades tradicionais, de modo a evitar a propagação da Covid-19;
 • Fortalecimento de políticas de combate à violência contra a mulher, em face do aumento de situações de violência durante o isolamento; 
• Revogação da Emenda Constitucional 95 e da Desvinculação de Receitas da União e dos estados, que limitam a alocação de recursos nas políticas sociais; • Suspensão do pagamento dos juros e amortizações das dívidas públicas; • Política tributária progressiva que abranja a taxação de fortunas; 
• Fortalecimento da atenção básica, com coordenação do cuidado e integração com outros serviços e níveis de atenção;
 • Revogação da Portaria 2979/2019, que institui o novo financiamento da atenção primaria, com a recomposição do Piso de Atenção Básica, modo de cadastramento e fortalecimento dos NASF;
 • Controle popular e democrático sobre as políticas públicas; 
• Realização de concurso público para a contratação de trabalhadores/as de saúde por meio de concurso público, admitindo- -se a contratação emergencial de trabalhadores celetistas, com garantia de condições de trabalho;
 • Ampliação e desburocratização do acesso a benefícios e programas sociais no âmbito da política de assistência social e do Sistema Único de Assistência Social (Suas), com a reativação dos benefícios Bolsa Família cortados e a implementação de programa de renda básica mensal, recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU), com vistas à proteção social de trabalhadores/ as informais, desempregados/as e pessoas cujas condições de vida e trabalho são fortemente impactadas pela pandemia;
 • Ampliação do tempo de seguro-desemprego e renovação automática dos benefícios previdenciários, como auxílio-doença, enquanto durar os efeitos da pandemia;
 • Interrupção dos cortes em benefícios previdenciários, aposentadorias e pensões;
 • Posicionamento contra o ensino à distância na graduação, mantendo tal posição diante da proposta de substituição de aulas suspensas;
 • Articulação entre conselhos profissionais, federações, sindicatos, fóruns e frentes em defesa de políticas, conselhos de direitos e políticas para incidência e implementação das proposições.
O conjunto CFFESS e CRESS destaca também para o eixo atendimento direto aos usuários, definem as seguintes ações: ações socioassistenciais; ações de articulação com a equipe de saúde; ações socioeducativas.
 O texto também registra que na área da saúde há requisições históricas colocadas aos assistentes sociais que não são consideradas atribuições profissionais: 
• marcação de consultas e exames, bem como solicitação de autorização para tais procedimentos aos setores competentes; solicitaçãoe regulação de ambulância para remoção e alta;
 • identificação de vagas em outras unidades nas situações de necessidade de transferência hospitalar; 
• pesagem e medição de crianças e gestantes;
 • convocação do responsável para informar sobre alta e óbito; 
• comunicação de óbitos; • emissão de declaração de comparecimento na unidade quando o atendimento for realizado por quaisquer outros profissionais que não o Assistente Social; 
• montagem de processo e preenchimento de formulários para viabilização de Tratamento Fora de Domicílio (TFD), medicação de alto custo e fornecimento de equipamentos (órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção), bem como a dispensação destes. (CFESS, 2010, p.44-45) 
 Nesta abordagem o documento esclarece que estão sendo aqui consideradas como não atribuições dos assistentes sociais aquelas ações que possuem um caráter eminentemente técnico administrativo, como também aquelas que demandam uma formação técnica específica (de outras profissões da saúde) não contemplada na formação profissional dos assistentes sociais. (idem, p.45)
 Estas formulações se derivaram de um amplo processo de debates, em nível nacional, sintonizadas com deliberações dos encontros nacionais CFESS-CRESS. 
 . 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Diante do contexto da pandemia de Covid-19, as condições concretas para o trabalho profissional estão cada vez mais tensionadas pela ampliação de serviços e de demandas. O trabalho remoto em alguns casos não se mostra tão eficaz, tendo em vista a necessidade do serviço essencial do profissional Assistente Social 
Em alguns casos, sem a correspondente designação de recursos materiais, financeiros e humanos necessários à manutenção da qualidade do que é prestado à população usuária. Isso acaba impactando nas condições para o exercício profissional durante a pandemia , pois as instituições sociais são mediações fundamentais para a participação do Serviço Social no atendimento das demandas incorporadas pelas políticas sociais.
 Tem-se, portanto, a importância e a necessidade de articulação que perpasse as três dimensões indissociáveis, fundamentais para a ação profissional do assistente social: ético-político, teórico metodológico e técnico-operativo. Essas habilidades, influenciam diretamente na atuação do assistente social em relação aos (as) usuários (as) e serviços. As dimensões quando não indissociáveis acabam por remeter a um trabalho ou tecnicista ou então teoricista, sem levar em consideração a realidade e as necessidades postas no campo sócio-institucional, mesmo durante a pandemia. 
 È Importante ressaltar que, se a profissão se insere num contexto econômico, político e social, que coloca demandas para os/as assistentes sociais em vários espaços sócio-ocupacionais, também as respostas produzidas pela categoria durante a pandemia, tem impactado na vida de sujeitos individuais e coletivos e, portanto, repercutem na dinâmica social.
 Torna-se necessário situar as atuais condições para o exercício profissional nas relações sociais do tempo presente, numa perspectiva de análise que fundamente a construção de estratégias técnico-político-profissionais para o enfrentamento dos desafios contemporâneos. 
REFERÊNCIAS
www.cfess.org.br/visualizar/noticia/cod/1773 
www.cfess.org.br/arquivos/2020CfessManifestaDiaMundialSaudeCoronavirus.pdf 
Atribuições Privativas do/a Assistente Social Em Questão. Edição 1 ampliada. Disponível em : http://www.cfess.org.br/arquivos/atribuicoes2012-completo.pdf 
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-90742010000200015. 
A atuação da/o assistente social em face da pandemia da covid19: orientações técnicas elaboradas pelo conjunto CFESS/CRESS – comitê SUAS/SC – covid19: em defesa da vida. Disponível em: http://comitesuassccovid19.org/2020/08/15/artigos-a-atuacao-a-o-assistente-social-em-face-dapandemia-da-covid19-orietacoes-tecnicas-elaboradas-pelo-conjunto-cfess-cress/. Consulta em 18 de Janeiro de 2021. 
Planos de Contingência em razão da pandemia de Covid-19: Subsídios para elaboração. Disponível em: https://suassccovid19.files.wordpress.com/2020/07/textoplanosdecontingecc82nc ia_dssufsc1.pdf Consulta em 22 de Janeiro de 2021. 
O direito à comunicação pública das/os usuárias/os da Política de Assistência Social: uma urgência acirrada pelo Covid-19. Disponível em: http://www.intercom.org.br/sis/eventos/2020/resumos/R15-2261-1.pdf. Consulta em 18 de Janeiro de 2021.
 Serviço Social e o SUS: Desafios na prática do Assistente Social. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/sss/article/view/8634923. Consulta em 22 de Janeiro de 2021.
 ABRAMIDES, Maria Beatriz Costa. Lutas sociais e desafios da classe trabalhadora: reafirmar o projeto profissional do serviço social brasileiro. Serviço Social & Sociedade, n. 129, p. 366-386, 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101- 66282017000200366&lng=pt&nrm=iso. Consulta em 18 de Janeiro de 2021. 
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