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Exercícios Resolvidos GRAVITAÇÃO 1. Uma massa M é dividida em duas partes, m e M – m, que são em seguida separadas por certa distância. Qual é a razão m/M que maximiza o módulo da força gravitacional entre as partes? Solução: A força gravitacional entre as partes é 𝐹 = 𝐺𝑚(𝑀−𝑚) 𝑟2 = 𝐺 𝑟2 (𝑚𝑀 − 𝑚2) que derivamos em relação a m e igualamos a zero: 𝑑𝐹 𝑑𝑚 = 0 = 𝐺 𝑟2 (𝑀 − 2𝑚) → 𝑀 = 2𝑚 . O resultado é m = M/2 6 Na Fig. Ao lado, um quadrado com aresta a = 20,0 cm de lado é formado por quatro esferas de massas m1 = 5,00 g, m2 = 3,00 g, m3 = 1,00 g e m4 = 5,00 g. Na notação dos vetores unitários, qual é a força gravitacional exercida pelas esferas sobre uma esfera central de massa m5 = 2,50 g? Solução: A distância das massas m1, m2 ,m3, e m4 a massa m5 é 𝑑 = √( 𝑎 2 )2 + ( 𝑎 2 )2 = 𝑎 2 √2 = √2 𝑥10−1𝑚 As forças gravitacionais que as massas m1 e m4 exercem sobre a massa m5 se cancelam mutuamente pelo fato das massas serem iguais. Somando algebricamente as outras duas forças, obtemos a força resultante que aponta no sentido da massa m2 (m2 > m3): 𝐹 = 𝐺𝑚5(𝑚2−𝑚3) 𝑑2 = 1,67 𝑥 10−14 𝑁 A força está orientada na direção da reta que liga m2 a m3 e aponta na direção de m2. Na notação dos vetores unitários, temos: Fres = Fres (cos 45 ˆ i + sen 45 ˆ j) = (1,18 x 10 -14 N) ˆ i + (1,18 x 10 -14 N) ˆ j. 13 A Fig. 13-38 mostra uma cavidade esférica no interior de uma esfera de chumbo de raio R = 4,00 cm; a superfície da cavidade passa pelo centro da esfera e “toca” o lado direito da esfera. A massa da esfera antes de ser criada a cavidade era M = 2,95 kg. Com que força gravitacional a esfera de chumbo com a cavidade atrai uma pequena esfera de massa m = 0,431 kg que está a uma distância d = 9,00 cm do centro da esfera de chumbo, na reta que passa pelo centro das duas esferas e pelo centro da cavidade? Solução: Se a esfera de chumbo não fosse oca, o módulo da força exercida sobre a massa m seria F1 = GMm/d 2 . Para determinar a parte dessa força que se deve ao material removido, calculamos a força exercida sobre a massa m por uma esfera de mesmas dimensões e situada na mesma posição que a cavidade e subtraímos essa força da força exercida pela esfera inteira. O raio da cavidade é r = R/2. O material usado para substituir a cavidade tem a mesma massa específica (razão entre massa e volume) que o material da esfera, ou seja, Mc/r 3 = M/R 3 , em que Mc é a massa do material usado para substituir a cavidade. Assim, a 𝑀𝐶 = 𝑟3 𝑅3 𝑀 = (𝑅/2)3 𝑅3 𝑀 = 𝑀/8 Como o centro da cavidade está em um ponto situado a uma distância é d - r = d - R/2 da massa m, a força que a esfera fictícia exerce sobre a massa m é 𝐹𝐶 = 𝐺𝑚𝑀/8 (𝑑 − 𝑅 2 )2 = 1,67 𝑥 10−14 𝑁 Assim, a força que a esfera com a cavidade exerce sobre a massa m é 𝐹𝑟𝑒𝑠 = 𝐹 − 𝐹𝑐 = 𝐺𝑀𝑚 ( 1 𝑑2 − 1 8 (𝑑 − 𝑅 2) 2) = 𝐺𝑀𝑚 𝑑2 (1 − 1 8 (1 − 𝑅 2𝑑) 2) = 8,31 𝑥 10 −9 𝑁 24 A Fig. Ao lado mostra duas cascas esféricas concêntricas homogêneas de massas M1 e M2. Determine o módulo da força gravitacional a que está sujeita uma partícula de massa m situada a uma distância (a) a, (b) b e (c) c do centro comum das cascas. Solução: (a) A fração da massa das cascas que contribui para a força exercida sobre a massa m é a massa M contida em uma esfera de raio r. Para r = a, essa massa é M1 + M2 e, portanto, a força é 𝐹 = 𝐺𝑚(𝑀1 + 𝑀2) 𝑎2 35 A Fig. 13-44 mostra quatro partículas, todas de massa 20,0 g, que formam um quadrado de lado d = 0,600 m. Se d for reduzido para 0,200 m, qual será a variação da energia potencial gravitacional do sistema? Solução: Sejam m = 0,020 kg e d = 0,600 m (o lado inicial do quadrado). Da equação da equação da Energia Potencial e usando Pitágoras, é fácil mostrar que a diagonais do quadrado é (𝑙 = 𝑑√2) . Assim Temos que a energia potencial gravitacional inicial é 𝑈𝑖 = − 4𝐺𝑚2 𝑑 − 2𝐺𝑚2 √2𝑑 . Como U é inversamente proporcional a r, dividir por 3 o lado do quadrado significa multiplicar por 3 a energia potencial gravitacional. Assim, 𝑈𝑓 = 3𝑈𝑖 → 𝛥𝑈 = 2𝑈𝑖 = 2(4 + √2) ( 𝐺𝑚2 𝑑 ) = −4,82𝑥10−13𝐽. 39 (a) Qual é a velocidade de escape de um asteroide esférico com 500 km de raio se a aceleração gravitacional na superfície é 3,0 m/s2? (b) A que distância da superfície chegará uma partícula se for lançada (b) Para r = b, essa massa é M1 e, portanto, a força é GM1m/b 2 . (c) Para r = c, essa massa é zero e, portanto, a força também é zero. l da superfície do asteroide com uma velocidade vertical de 1000 m/s? (c) Com que velocidade um objeto se chocará com o asteroide se for liberado sem velocidade inicial 1000 km acima da superfície? Solução: (a) Usamos a lei de conservação da energia. Inicialmente, a partícula está na superfície do asteroide e tem uma energia potencial Ui = - GMm/R, em que M é a massa do asteroide, R é o raio do asteroide e m é a massa da partícula. A energia cinética inicial é 1/2mv2. Se a partícula tiver a energia cinética estritamente necessária para escapar, sua energia será zero quando estiver a uma distância infinita do asteroide. Nesse caso, tanto a energia cinética como a energia potencial serão iguais a zero. De acordo com a lei de conservação da energia, temos: -GMm/R + ½mv 2 = 0. Podemos substituir GM/R por agR, em que ag é a aceleração da gravidade na superfície do asteroide. Nesse caso, a equação acima se torna -agR + ½v 2 = 0. Explicitando v, temos: 𝑣 = √2𝑅𝑎𝑔 = √2( 3𝑚 𝑠2 )(500𝑥103𝑚) = 1,7𝑥103 𝑚/𝑠 (b) Inicialmente, a partícula está na superfície, a energia potencial é Ui = GMm/R e a energia cinética é Ki = ½mv2. Suponha que a partícula esteja a uma distância h da superfície quando a velocidade se anula. Nesse caso, a energia potencial final é Uf = - GMm/(R + h) e a energia cinética final é Kf = 0. De acordo com a lei de conservação da energia, temos: 𝑮𝑴𝒎 𝑹 + 𝟏 𝟐 𝒎𝒗𝟐 = − 𝑮𝑴𝒎 (𝑹+𝒉) . Substituindo GM por agR 2 e dividindo ambos os membros por m, obtemos −𝒂𝒈𝑹 + 𝟏 𝟐 𝒗𝟐 = − 𝒂𝒈𝑹 𝟐 (𝑹 + 𝒉) Explicitando h, temos: 𝒉 = − 𝟐𝒂𝒈𝑹 𝟐 𝟐𝒂𝒈𝑹 − 𝒗 𝟐 − 𝑹 = 𝟐, 𝟓𝒙𝟏𝟎 𝟓𝒎. (c) Inicialmente, como o objeto está a uma distância h da superfície e em repouso, sua energia potencial é Ui = - GMm/(R + h) e sua energia cinética é Ki = 0. No momento em que se choca com o asteroide, sua energia potencial é U = - GMm/R e sua energia cinética é K = mv . De acordo com a lei de conservação da energia, temos: − 𝑮𝑴𝒎 𝑹 + 𝒉 + 𝟏 𝟐 𝒎𝒗𝟐 = − 𝑮𝑴𝒎 𝑹 + 𝟏 𝟐 𝒎𝒗𝟐 Substituindo GM por agR 2 e dividindo ambos os membros por m, obtemos − 𝒂𝒈𝑹 𝟐 (𝑹 + 𝒉) = −𝒂𝒈𝑹 + 𝟏 𝟐 𝒗𝟐 Explicitando v, temos: 𝒗 = √𝟐𝒂𝒈𝑹 − 𝟐𝒂𝒈𝑹 𝟐 𝑹 + 𝒉 = 𝟏, 𝟒𝒙𝟏𝟎𝟑𝒎/𝒔. _______________________________________________________________________________________ 43 (a) Que velocidade tangencial um satélite da Terra deve ter para estar em órbita circular 160 km acima da superfície da Terra? (b) Qual é o período de revolução? (a) Chamando de r o raio da órbita, o módulo da força gravitacional que age sobre o satélite é GMm/r2, em que M é a massa da Terra e m é a massa do satélite. O módulo da aceleração do satélite é v2/r, em que v é a velocidade do satélite. De acordo com a segunda lei de Newton, GMm/r2 = mv2/r. Como o raio da Terra é 6,37 x 106 m, o raio da órbita é r = (6,37 x 106 m + 160 x 103 m) = 6,53 x 106 m. Explicitando v, temos: 𝒗 = √ 𝑮𝑴 𝒓 = 𝟕, 𝟖𝟐𝒙𝟏𝟎𝟑𝒎/𝒔 (b) Como o comprimento da circunferência da órbita circular é 2r, o período é 𝑇 = 2𝜋𝑅 𝑣 = 5,25𝑥103𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒 𝑎 87,5 𝑚𝑖𝑛. 49 Um cometa que foi visto em abril de 574 por astrônomos chineses, em um dia conhecido como Woo Woo, foi avistado novamente em maio de 1994. Suponha que o intervalo de tempo entre as observaçõesseja o período do cometa e tome a excentricidade da órbita do cometa como de 0,9932. (a) Qual é o semieixo maior da órbita do cometa e (b) qual a maior distância entre o cometa e o Sol em termos do raio médio da órbita de Plutão, RP? Solução: (a) O período do cometa é 1420 anos e um mês, o que corresponde a T = 4,48 x 1010 s. Como a massa do Sol é 1,99 x 1030 kg, a lei dos períodos de Kepler nos dá 𝑻𝟐 = 𝟒𝝅𝟐 𝑮𝑴𝑺 𝒂𝟑 → 𝒂 = 𝟏, 𝟖𝟗𝒙𝟏𝟎𝟏𝟑m (b) Como a distância do foco ao centro de uma elipse é ea e a distância do centro ao afélio é a, a maior distância entre o cometa e o Sol é ea + a = (0,9932 + 1) (1,89 x 1013 m) = 3,76 x 1013 m. Dividindo pelo raio médio da órbita de Plutão (cujo valor é dado no Apêndice C), temos: 𝟑, 𝟕𝟔𝒙𝟏𝟎𝟏𝟑 𝟓, 𝟗𝒙𝟏𝟎𝟏𝟐 𝑹𝑷 = 𝟔, 𝟒𝑹𝑷 53 Um satélite de 20 kg está em uma órbita circular com um período de 2,4 h e um raio de 8,0 × 106 m em torno de um planeta de massa desconhecida. Se o módulo da aceleração gravitacional na superfície do planeta é 8,0 m/s2, qual é o raio do planeta? Solução: Podemos usar a lei dos períodos de Kepler (com T = 2,4 h = 8640 s) para calcular a massa M do planeta: 𝑻𝟐 = 𝟒𝝅𝟐 𝑮𝑴𝒑 𝒓𝟑 → 𝑴𝒑 = 𝟒, 𝟎𝟔𝒙𝟏𝟎 𝟐𝟒𝒌𝒈 Como também sabemos que ag = GM/R2 = 8,0 m/s2, podemos calcular o raio do planeta 𝑹 = √ 𝑮𝑴 𝒂𝒈 = 𝟓, 𝟖𝒙𝟏𝟎𝟔𝒎 60 Na Fig. 13-50, dois satélites, A e B, ambos de massa m = 125 kg, ocupam a mesma órbita circular de raio r = 7,87 × 106 m em torno da Terra e se movem em sentidos opostos, estando, portanto, em rota de colisão. (a) Determine a energia mecânica total EA + EB do sistema dos dois satélites e a Terra antes da colisão. (b) Se a colisão é perfeitamente inelástica, de modo que os destroços aglomeram em um só bloco (de massa = 2m), determine a energia mecânica total imediatamente após a colisão. (c) Logo depois da colisão, os destroços caem em direção ao centro da Terra ou continuam em órbita? Solução: (a) De acordo com a Eq. 13-40, a energia de cada satélite é - GMTm/2r. A energia total dos dois satélites é o dobro desse valor 𝐸 = 𝐸𝐴 + 𝐸𝐵 = − 𝐺𝑀𝑇𝑚 𝑟 = −6,33𝑥109𝐽. (b) Como a velocidade dos destroços é zero imediatamente após a colisão, a energia cinética nesse instante também é zero. Substituindo m por 2m na expressão da energia potencial, obtemos o valor da energia total dos destroços nesse instante: 𝐸 = − 𝐺𝑀𝑇(2𝑚) 2𝑟 = −6,33𝑥109𝐽. (c) Um objeto com velocidade zero cai em direção ao centro do planeta. 67 Qual é (a) a velocidade e (b) qual é o período de um satélite de 220 kg em uma órbita aproximadamente circular 640 km acima da superfície da Terra? Suponha que o satélite perde energia mecânica a uma taxa média de 1,4 × 105 J por revolução orbital. Usando a aproximação razoável de que a órbita do satélite se torna uma “circunferência cujo raio diminui lentamente”, determine (c) a altitude, (d) a velocidade e (e) o período do satélite ao final da revolução número 1500. (f) Qual é o módulo da força retardadora média que atua sobre o satélite? O momento angular em relação à Terra é conservado (g) para o satélite e (h) para o sistema satélite-Terra (supondo que o sistema é isolado)? Solução: (a) O módulo da força que age sobre o satélite é GMm/r2, em que M é a massa da Terra, m é a massa do satélite e r é o raio da órbita. A força aponta na direção do centro da órbita. Como a aceleração do satélite é v2/r, sendo que v é a velocidade, a segunda lei de Newton nos dá GMm/r2 = mv2/r e a velocidade é dada por v = GM /r . O raio da órbita é a soma do raio da Terra com a altitude do satélite: r = (6,37 x 106 + 640 x 103) m = 7,01 x 106 m. Assim, 𝒗 = √ 𝑮𝑴 𝒓 = 𝟕, 𝟓𝟒𝒙𝟏𝟎𝟑𝒎/𝒔 (b) O período é T = 2r/v = 2(7,01 x 106 m)/(7,54 x 103 m/s) = 5,84 x 103 s = 97 min (c) Se E0 é a energia inicial, a energia após n órbitas é E = E0 - nC, em que C = 1,4 x 105 J/órbita. Como, no caso de uma órbita circular, a energia e o raio da órbita estão relacionados através da equação E = - GMm/2r, o raio após n órbitas é dado por r = - GMm/2E. A energia inicial é 𝐸0 = − 𝐺𝑀𝑇𝑚 2𝑟 = − 6,26𝑥109𝐽. A energia após 1500 órbitas é 𝐸 = 𝐸0 − 𝑛𝐶 = − 6,26𝑥10 9𝐽 − 1500 𝑥 (1,4 𝑥 105 𝐽 𝑜𝑟𝑏 . ) = − 6,47 𝑥 109 𝐽, e o raio da órbita após 1500 órbitas é 𝑟 = − 𝐺𝑀𝑇𝑚 2𝐸 = − 6,78𝑥106𝑚. A altitude em relação a superfície da Terra após 1500 órbitas é h = r - RT = (6,78 x 106 - 6,37 x 106 m) = 4,1 x 105 m = 410 km (d) A velocidade é 𝒗 = √ 𝑮𝑴 𝒓 = √ (𝟔, 𝟔𝟕𝒙𝟏𝟎−𝟏𝟏)(𝟓, 𝟗𝟖𝒙𝟏𝟎𝟐𝟒) 𝟔, 𝟕𝟖𝒙𝟏𝟎𝟔 = 𝟕, 𝟔𝟕𝒙𝟏𝟎𝟑𝒎 𝒔 = 𝟕, 𝟕 𝒌𝒎 𝒔 . (e) O período é T = 2r/v = 2(6,78 x 106 m)/(7,67 x 103 m/s) = 5,6 x 103 s = 93 min (f) Seja F o módulo da força média e s a distância coberta pelo satélite. Nesse caso, o trabalho realizado pela força é W = -Fs. Esse trabalho é igual à variação da energia: -Fs = ΔE. Assim, F = - ΔE/s. Vamos calcular essa expressão para a primeira órbita. No caso de uma órbita completa, s = 2r = 2(7,01 x 106 m) = 4,40 x 107 m e ΔE = -1,4 ´ 105 J. Assim, 𝐹 = − 𝛥𝐸 𝑠 = 1,4𝑥105 4,40𝑥107 = 3,2𝑥3𝑁. (g) Como a força retardadora exerce um torque sobre o satélite, o momento angular do satélite não é conservado. (h) Supondo que o sistema satélite-Terra é isolado (o que constitui uma aproximação razoável), o momento do sistema é conservado
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