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13 A POPULAÇÃO BRASILEIRA já

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139 
A POPULAÇÃO BRASILEIRA 
CONTEÚDOS 
• Migrações 
• Transição demográfica 
• Densidade demográfica 
• Pirâmides etárias 
• Crescimento vegetativo 
• Taxas de natalidade e mortalidade 
COMENTÁRIOS 
A população brasileira é uma das maiores do mundo, com cerca de 191 milhões de habitantes. 
Só para termos uma comparação, somando toda a população uruguaia, há cerca de 3 milhões 
de habitantes. 
Porém, este enorme número de pessoas não está distribuído de modo igualitário em todo o 
território nacional. Isso é fruto de nossa colonização, que privilegiou as áreas litorâneas nos 
primeiros séculos do Brasil, e da industrialização, que, como já vimos, ocorreu num primeiro 
momento no Sudeste. Assim, a população se concentra nas metrópoles na costa ou próximas a 
ela. Consequentemente, o interior do país ficou mais vazio. 
Mesmo no Sudeste e no Sul, há ocupações desiguais, ou seja, aparecem vazios importantes em 
estados densamente povoados, como Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Santa Catarina. 
147
 
 
 
 140 
 
 Disponível em http://www.igeo.ufrj.br/fronteiras/pesquisa/fronteira. Acessado em 23/07/2010. 
Os portugueses, ao pisarem no território que viria a ser o Brasil, chegaram ao litoral e fundaram 
algumas vilas para administrar os negócios de exportação. Estas vilas, mais tarde, foram atraindo 
pessoas e crescendo, até se tornarem cidades como Salvador, Rio de Janeiro, entre outras. 
A concentração da população se dá principalmente no Sudeste, que nos anos 1900 despontou 
como principal centro econômico do Brasil (e hoje, da América do Sul) atraindo fortes correntes de 
migração, em especial do Nordeste. Mesmo atualmente, ainda há um grande número de pessoas 
que migram para os estados dessa região em busca de emprego, agora, no setor de serviços. 
Hoje, o Brasil se mostra um país urbano, com mais de 80% da população vivendo em cidades. 
Isto se deve ao êxodo rural, ou seja, a saída do trabalhador do campo para buscar outras 
maneiras de vida. Mas nem sempre foi assim. Até a década de 1960, o país se caracterizava 
como um país agrário, porém, com o processo de industrialização (que é exclusivamente 
urbano) e a escassez de terras para produção agrícola, houve um processo migratório que levou 
os habitantes do campo para a cidade. Atualmente, contamos com aproximadamente 160 
milhões de pessoas vivendo em aglomerados urbanos. 
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Suponhamos que numa pequena cidade existam 10 mil pessoas e que, passado um ano, tenham 
nascido mais 1000 (taxa de natalidade) e morrido 400 (taxa de mortalidade). Qual foi o saldo final? A 
diferença entre nascimentos e óbitos é de 600 habitantes, logo, a população local terá 10.600 
moradores. A essa diferença se dá o nome de crescimento vegetativo ou crescimento natural, que é o 
principal fator do crescimento populacional brasileiro hoje. Porém, alguns países sofrem o processo 
contrário, como a França, que faz campanhas para que seus habitantes tenham filhos. 
Há outro grande fator para modificações na estrutura populacional de um país: as migrações. 
Basicamente, se considera migração quando um grupo de pessoas se desloca de sua região 
para outra. Mas o que leva a esse processo? Podemos citar três fatores: 
Guerras: há casos em que países envolvidos em guerras perdem grande parte da população, 
que foge para outras regiões. Por vezes, os migrantes constituem famílias e criam vínculos 
afetivos com seus novos locais de residência. 
Catástrofes naturais: um tsunami, por exemplo, que pode inundar uma área enorme por vários dias. 
Crise econômica: o modelo mais comum entre os fatores. Ocorre quando habitantes de 
regiões mais pobres migram para lugares mais desenvolvidos em busca de emprego e 
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 145 
A formação da população. 
A formação da população brasileira se deu com a miscigenação entre índios, brancos europeus 
e o negros que chegaram da África e foram incorporados ao regime de escravidão. 
Com essa mistura, se formou um povo que se reconhece, em sua totalidade, como brasileiro 
(diferentemente de alguns países que tem conflitos internos com suas etnias, como a Espanha). 
Precisamos entender que, mesmo hoje, num mundo onde a escravidão se tornou passado, a 
igualdade racial não se deu por completo no país. 
Durante 300 anos, os negros foram escravizados, e este processo deixou raízes, pois estudos 
demonstram que no acesso a empregos bem remunerados e universidades tem predomínio a 
cor branca. 
Já o indígena sofre com as perdas territoriais causadas por latifúndios que se expandem em 
direção às terras demarcadas pelas tribos, fazendo com que muito tenham que migrar para as 
cidades. 
Durante muito tempo (e até hoje se ouve muito), se divulgou a ideia de que as tribos indígenas 
são acomodadas e não produzem. Esta afirmação vai de encontro à ideia de igualdade étnica, já 
que é uma visão preconceituosa, divulgada por pessoas que desconhecem os processos de 
produção indígena, que são feitos manualmente, degradando muito menos o meio ambiente. 
Essa ideia se expandiu com a chegada da indústria ao Brasil, quando a ideologia de produção 
pelas máquinas representava o progresso, e o trabalho artesanal, o atraso. 
LEITURAS COMPLEMENTARES 
Texto 1: 
A desaceleração demográfica e a transição em curso: 1960 até os dias atuais 
A transição demográfica 
Vamos explicar o conceito de transição demográfica por etapas do comportamento 
demográfico. 
- Antes da revolução da tecnologia bioquímica e dos progressos da saúde pública, a população 
dos países atualmente chamados de desenvolvidos, ou seja, que possuem melhor qualidade de 
153
 
 
 
 146 
vida, apresentavam elevadas taxas de natalidade e mortalidade. Havia, portanto, um reduzido 
crescimento natural da população. 
- Havendo progresso ou modernização de uma sociedade ‒ neste caso, industrialização, 
elevação do nível educacional e uso de novas tecnologias, incluindo avanço da medicina ‒ 
ocorre um rompimento de equilíbrio entre as taxas de natalidade e mortalidade. A mortalidade 
começa a declinar e a natalidade mantém-se em taxas elevadas, provocando um acentuado 
crescimento vegetativo da população. Essa fase pode ser denominada transição demográfica 
inicial. 
- Posteriormente, a natalidade declina, estabelecendo-se, então, uma nova relação entre as taxas 
de natalidade e mortalidade. O crescimento natural da população é ainda elevado, sem, 
contudo, apresentar-se em níveis como a transição demográfica inicial. Fala-se, nesse caso, em 
transição demográfica em curso. É necessário lembrar que esse período corresponde ao 
surgimento dos métodos anticoncepcionais modernos, como a laqueadura, que teve um peso 
significativo na redução das taxas de natalidade e fecundidade. 
- Numa outra fase, mais adiantada, a taxa de natalidade declina ainda mais, ocorrendo um 
crescimento moderado da população. É a transição demográfica avançada, que se caracteriza 
pela diminuição da fecundidade. 
- Por último, as taxas de natalidade, de fecundidade e de mortalidade se tornam baixas, 
resultando num lento crescimento populacional. É a transição demográfica concluída ou em 
vias de conclusão. É esse o caso dos países europeus (alguns apresentam até crescimento 
negativo). Já o Brasil, nos próximos anos, segundo as projeções do IBGE, entrará no estágio de 
transição demográfica avançada. 
 Desta forma, podemos concluir que o processo de transição entre a grande taxa de 
mortalidade e natalidade até a fase em que a população se estabiliza não ocorre em poucos 
anos. É um fenômeno que pode demorar décadas e depende de vários fatores, como o avanço 
da medicina, a independência feminina etc. 
 
 
 
154
 
 
 
 147 
Texto 2: 
População jovem e população idosa 
Costuma-se dividir a população dos países em três faixas etárias, ou seja, por idade. As três 
principais faixas etárias são: 
- Jovem: formada por aqueles que têm até 19 anos. 
- Adulta: formada pelas pessoas que têm de 20 a 59 anos de idade. 
- Idosa: que abrange os que têm 60 anos ou mais. 
Nas populações que apresentam elevadas taxas de mortalidade e natalidade, predominam os 
jovens. É o caso da maioria dos países subdesenvolvidos, onde geralmente há mais de 50% de 
jovens. Nos países em que as taxas de natalidade e mortalidade são baixas, há um predomínio 
de adultos e um maior número de idosos. Portanto, quando as taxas de natalidade e 
mortalidade diminuem, progressivamente, a população envelhece. 
Em alguns países desenvolvidos, os idosos já constituem 25% da população total. Por outro 
lado, nos países subdesenvolvidos, os idosos dificilmente constituem 8% da população. O 
pequeno número de idosos na população total de um país revela um elevado índice de 
mortalidade, em geral, ligado às péssimas condições de vida. 
A partir da faixa etária de uma população, podemos determinar sua idade média ou a média de 
vida. A idade média é um indicadordas condições demográficas de um país: as nações 
desenvolvidas possuem média de vida alta (entre 30 e 55 anos); as subdesenvolvidas, em geral, 
possuem uma média baixa (menos de 27 anos). 
Outro indicador bastante utilizado nos estudos de população é a expectativa de vida, que não 
deve ser confundida com a média de vida. 
A média de vida refere-se à média das idades da população. É, portanto, um dado do presente, 
uma média aritmética das idades das pessoas que habitam um país. Já expectativa de vida é 
uma suposição, refere-se a uma possibilidade; procura determinar quantos anos uma criança 
recém-nascida poderá viver. Mas o que define quantos anos a criança viverá? A qualidade de 
vida do país. Obviamente, num país pacífico, com bons serviços médicos de fácil acesso, boa 
educação e alimentação, a tendência é uma vida mais longa. 
Para finalizar, podemos utilizar uma comparação entre Brasil e Suécia. Em nosso país, a média de 
vida é de 28 anos, e a expectativa de vida é de 73 anos. Já no país europeu, a média de vida é de 
155
 
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 149 
De acordo com a pirâmide, podemos afirmar que: 
a) Demonstra a situação populacional da África, onde grande parte das pessoas chega a 
viver 80 anos ou mais. 
b) A pirâmide retrata países desenvolvidos, como a Suécia, que alcançaram um nível de 
desenvolvimento alto. 
c) O Brasil é retratado, já que a base da pirâmide é pequena, assim como o topo. 
d) A pirâmide demonstra a China, que obtém poucos nascimentos anuais. 
e) Nenhuma das alternativas está correta. 
 
5. Segundo as mais recentes estatísticas, o Brasil tem, hoje, 192 milhões de habitantes. Coloque 
falso (F) ou verdadeiro (V) nas alternativas. 
( ) A população está distribuída de maneira irregular no território. 
( ) A população brasileira ainda é predominantemente jovem. 
( ) As migrações internas são as grandes responsáveis pelo povoamento do interior do país 
( ) A população brasileira não tem apresentado crescimento vegetativo nos últimos 50 anos. 
6. (Enem ‒ adaptada) O movimento migratório no Brasil é significativo, principalmente em 
função do volume de pessoas que saem de uma região com destino a outras regiões. Um 
desses movimentos ficou famoso nos anos 80, quando muitos nordestinos deixaram a 
região Nordeste em direção ao Sudeste do Brasil. Segundo os dados do IBGE de 2000, este 
processo continuou crescente no período seguinte, os anos 90, com um acréscimo de 7,6% 
nas migrações deste mesmo fluxo. A Pesquisa de Padrão de Vida, feita pelo IBGE, em 1996, 
aponta que, entre os nordestinos que chegam ao Sudeste, 48,6% exercem trabalhos 
manuais não qualificados, 18,5% são trabalhadores manuais qualificados, enquanto 13,5%, 
embora não sejam trabalhadores manuais, se encontram em áreas que não exigem 
formação profissional. O mesmo estudo indica também que esses migrantes possuem, em 
média, condição de vida e nível educacional acima dos de seus conterrâneos e abaixo dos 
de cidadãos estáveis do Sudeste. 
Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 30 jul. 2009 (adaptado). 
 
157
 
 
 
 150 
De acordo com o texto e seus conhecimentos, pode-se afirmar que: 
a) o processo migratório foi desencadeado por ações de governo para viabilizar a 
produção industrial no Sudeste. 
b) os governos estaduais do Sudeste priorizaram a qualificação da mão-de-obra migrante. 
c) o processo de migração para o Sudeste contribui para o fenômeno conhecido como 
inchaço urbano. 
d) as migrações para o sudeste desencadearam a valorização do trabalho manual, 
sobretudo na década de 80. 
e) a falta de especialização dos migrantes é positiva para os empregadores, pois significa 
maior versatilidade profissional. 
7. (ENEM). Ao longo do século XX, as características da população brasileira mudaram muito. 
Os gráficos mostram as alterações na distribuição da população da cidade e do campo e na 
taxa de fecundidade (número de filhos por mulher) no período entre 1940 e 2000. 
 
Comparando-se os dados dos gráficos, pode-se concluir que: 
a) o aumento relativo da população rural é acompanhado pela redução da taxa de fecundidade. 
b) quando predominava a população rural, as mulheres tinham em média três vezes 
menos filhos do que hoje. 
c) a diminuição relativa da população rural coincide com o aumento do número de filhos 
por mulher. 
d) quanto mais aumenta o número de pessoas morando em cidades, maior passa a ser a 
taxa de fecundidade. 
e) com a intensificação do processo de urbanização, o número de filhos por mulher tende 
a ser menor. 
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RESPOSTAS 
1 ‒ A saída do país de origem se denomina emigração; já o de chegada a um novo país e a 
convivência num novo lugar se chama imigração. Assim, podemos nomear um italiano como 
emigrante porque saiu de seu país, mas a partir do momento em que chega ao Brasil, se torna 
um imigrante, pois está chegando a um país em que não nasceu. 
2 ‒ Crescimento natural ou vegetativo é a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de 
mortalidade, demonstrando qual foi, de fato, o crescimento populacional de um país, estado, 
cidade etc. 
3 ‒ O crescimento da população urbana, a introdução da mulher ao mercado de trabalho e a 
melhor divulgação e eficácia dos métodos anticoncepcionais. 
4 ‒ B 
5 ‒ V, V, V, F 
6 ‒ C 
7 ‒ E 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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