Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANATOMIA DO SISTEMA GENITAL FEMININO Na mulher, o processo de produção de gametas é diferenciado: o número de gametas já é pré- estabelecido ao nascer, e na puberdade, pela dinâmica hormonal, ocorre essa maturação e liberação em ciclos. O sistema genital é responsável por: 1. Produzir gametas funcionais 2. Proteger e sustentar o embrião 3. Proporcionar nutrição ao recém-nascido PUBERDADE: período de transição • Caracteres sexuais secundários – ação hormonal • Crescimento somático – distribuição de pelos e gorduras corporais que favoreçam o processo de reprodução • Preparação para a fertilidade • Modificações psicológicas e comportamentais – amadurecimento mais precoce em comparação ao masculino Alterações físicas: • Marco clínico – menarca e o surgimento do broto mamário no estágio M2 • Estrógenos – desenvolvimento mamário e uterino • Menarca, pubarca e telarca As interações entre os ovários, o hipotálamo e a adeno-hipófise produzem as alterações cíclicas dos ovários, que resultam em maturação de um gameta a cada ciclo e secreções hormonais, que causam alterações cíclicas em todos os órgãos reprodutores femininos. Ação dos estrogênios: Esqueleto: • Osteoprotegina → inibição nos osteoclastos para evitar maior reabsorção óssea • União das epífises ósseas na cartilagem epifisial → processo de parada do crescimento e maturação esquelética. o Lembrando que na menopausa, essa inibição dos osteoclastos cessa, contribuindo para a osteoporose em mulheres. Funções: • Crescimento de músculos • Aumente do metabolismo • Deposito de gordura • Influencoa na atividade do SNC – principalmente no sistema límbico ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA GENITAL FEMININO: Órgãos sexuais primários: • Gônadas – ovários Órgãos sexuais secundários: • Trato genital • Órgãos externos • Glândulas acessórias ou Órgãos genitais internos: • Ovários • Tubas uterinas • Útero • Vagina Órgãos genitais externos: Vulva – pudendo feminino: • Monte púbis • Lábios maiores • Lábios menores • Clitóris • Bulbo do vestíbulo • Glândulas vestibulares 1. OVÁRIOS Órgãos genitais primários Estruturas de formato ovoide Aumentam de tamanho na idade fértil para liberação dos ovócitos. Liso a princípio, mas a cada ciclo forma-se uma cicatriz, ficando enrugado a medida que a mulher envelhece. Ao pausar o ciclo na menopausa, ocorre a redução do tamanho novamente. Possui um polo superior – extremidade tubária – e um polo inferior – extremidade uterina. É sustentado por uma prega peritoneal, o mesovário, o ligamento suspensor do ovário, mais o ligamento redondo, o ligamento útero-ovárico. Costumam ser encontrados lateralmente a cavidade pélvica, entre o útero e a parede lateral da pelve durante um exame manual ou de imagem da pelve. Pode coincidir de ambos os ovários estarem ativos no ciclo da vez, mas em geral ocorre alternância. O tamanho é de mais ou menos 5 cm e o peso varia entre 6 e 8 gramas. O ligamento útero-ovarico e o ligamento suspensor do ovário – conectam o ovário da extremidade tubaria até a parede lateral da pelve. Conduz a artéria e vasos dessa região. Posteriormente, o ovário estabelece contato com o ureter e com o nervo obturatório e, do lado direito com o apêndice vermiforme, e à esquerda com o colo sigmoide passando por cima do polo superior do ovário. VASCULARIZAÇÃO: Artéria ovárica → percorre o ligamento suspensor do ovário, se origina na parte abdominal da aorta, passa por cima do ureter, da artéria ilíaca externa, do nervo genitofemoral, chegando até o ovário. Terminam se bifurcando com ramos tanto para o ovário tanto para as tubas uterinas. • Observando o ligamento suspensor do ovário, pegando um segmento, e olhando a rede vascular pela microscopia eletrônica de varredura, observa-se a rede vascular com um formato de ninho, extremamente importante para fornecer as condições necessárias a cada folículo em desenvolvimento. Drenagem venosa dos ovários: formação de um plexo venoso, com várias anastomoses, em seguida, esse plexo forma a veia ovárica. A veia ovárica esquerda termina na veia renal e a veia ovárica direita na veia cana inferior. Elas também drenam para as veias ováricas e para a parte uterina. Drenagem linfática: linfonodos regionais dream aos linfonodos lombares, e despois ascendem para o ligamento suspensor do ovário, acompanhando-o assim como as artérias. 2. TUBA UTERINA Tubo muscular oco medindo cerca de 13 cm de extensão. São ductos transportadores de oóctios. Existe uma abertura na tuba uterina – óstio tubário – que se abre na cavidade peritoneal. São próximas, mas ainda existem uma abertura. Como são próximas ao ovário, é possível ser um lugar de gravidez ectópica. É uma porta de infecções por estar perto da cavidade peritoneal. Estão sustentadas pela borda livre do ligamento largo – mesossalpinge. Na margem superior do ligamento largo do útero, encontra-se a tuba uterina e em sua face posterior, o ovário. Dividida em 4 regiões: 1. Infundíbulo – tem-se as fimbrias – fimbria ovárica – projeções digitiformes. São importantes no processo de captação dos oócitos. 2. Ampola – a parte mais larga e mais longa da tuba. Local habitual onde deve ocorrer a fecundação. 3. Istmo – angulação da tuba 4. Parte uterina – segmento intramural No interior temos células musculares relacionados com contrações e transporte. Os movimentos dos cílios durante o período fértil ocorrem no sentido do útero para a ampola, e no período não fértil, são movimentos contrários, da ampola ao útero, dificultando a movimentação livre dos espermatozoides. Meio nutritivo: lipídios, glicogênio, oócitos não fertilizados degenera. Carcinoma ovariano: grande parte dos tumores malignos do ovário se origina não propriamente do órgão, mas sim de células epiteliais do peritônio na superfície. 3. ÚTERO O útero é um órgão muscular oco, piriforme, situado medialmente. As paredes musculares são muito espessas e se adaptam crescimento fetal, tornando-se delgada. Garante forca para a expulsão durante o parto com as contrações. O útero não gravídico geralmente está localizado na pelve menor, com o corpo sobre a bexiga e o colo entre a bexiga o reto. Entre as funções, oferece proteção mecânica, sustentação nutricional e remoção de resíduos para o embrião no período gestacional. Mede aproximadamente 8 cm de comprimento, 5 cm de largura e entre 2 e 3 cm de espessura. O peso varia de 30 a 120 g, podendo chegar até 1 kg durante a gestação. Com o passar dos anos, também passa pelo processo de atrofia durante a menopausa. Na mulher adulta, o útero se encontra antevertido – inclinado anteriormente ao eixo da vagina e antefletido – flexão ou curvatura anterior em relação ao colo do útero, de modo que a maior parte da massa fica sobre a bexiga urinaria. Esse posicionamento funciona como uma proteção, contra exteriorização e prolapsos. A posição do útero muda conforme o grau de enchimento da bexiga. Possui uma face anterior – vesical – direcionada para a bexiga urinaria e uma face posterior – intestinal – voltada para as alças do intestino. Entre esses órgãos há uma deflexão da cavidade peritoneal, em posição anterior, formando a escavação vesicouterina e em posição posterior formando a escavação retouterina. O corpo do útero forma 2/3 superiores do órgão incluindo o fundo do útero. O corpo está situado entre as lâminas. O corpo é separado do colo pelo istmo do útero. O colo do útero tem duas partes: uma está acima da implantação da vagina – supra vaginal – e a outra porção – vaginal – é circundada pelo fórnice da vagina. Em volta do colo do útero existe esse “espaço”. O espaço interno do útero é formado pela cavidade uterina, no corpo do útero, e em canal do colo do útero. A cavidade uterina é pequena no corpo não gravídico.O canal é essa abertura e o colo possui a abertura, que é o óstio uterino. O fundo do útero pode ser palpado em diferentes alturas nos vários meses lunares – 28 dias – da gravidez. Com o 10º mês lunar, o fundo do útero vira-se em direção anterior, e em seguida, ele se abaixa. Quando a gestação se encerra, ele volta próximo ao que era antes – sempre um pouquinho maior. Camadas do útero: Miométrio: • Possui 3 estratos – ou túnicas. • Estrato supravascular – mais externa, muscular, recoberta pela serosa – perimétrio, • Estrato vascular – maior parte da vascularização, espessa e com fibras reticulares, responsável pelas contrações uterinas que expulsam o feto. • Estrato subvascular – mais delgada, funciona como um mecanismo de oclusão das tubas uterinas. Promove a descamação do endométrio e o descolamento da placenta. Endométrio: • Basal • Funcional Perimétrio. Sustentação: Ligamentos suspensores do corpo do útero: Ligamento largo do útero: pregas que se estendem da lateral do útero, e se dirigem para o assoalho da da pelve. Ajuda a manter o posicionamento do útero. Ligamento redondo do útero: parte do ângulo tubário e percorre a lateralmente parede da pelve, penetra no canal inguinal, sai da pelve e se direciona para os lábios maiores. Ligamento cardinal – ligamento transverso do colo: parte do colo do útero e parte para a região lateral da pelve. Poderia ser uma continuação do ligamento largo. Ligamento retrouterino: segue posteroinferiormente das laterais do colo do útero até o meio do sacro. São palapaveis ao toque retal. Ligamento pubocervical – fáscia: fixa o colo do útero, anterior ao púbis. Vascularização do útero: Artérias uterinais emite alguns ramos: • Ramos helicinos – se entrelaçam formando uma rede ampla no interior do útero, todos pregueados e cheios de dobras, para acompanhar o crescimento do útero na gestação • Ramos tubáricos • Ramos ováricos • Ramos vaginais Veias: penetram no ligamento largo junto com as artérias, e formam um plexo venoso uterino de cada lado do colo. As veias do plexo uterino drenam para as veias ilíacas internas. Inervação: • Fibras autônomas do plexo hipogástrico • Segmentos sacrais S3 e S4 • Sensibilidade T11 e T12 Muco do colo: o óstio uterino possui um muco do colo, que promove a oclusão para evitar infecções, espermatozoides, e se modifica de acordo com o estado do ciclo. No período fértil não tem essa proteção do colo – fornece proteção e capacitação para os espermatozoides. A consistência em clara de ovo caracteriza o período fértil. • Exame do colo do útero: exame preventivo para detecção de câncer de colo do útero. 4. VAGINA: Tubo muscular e elástico: • Tubo musculomembranáceo distensível • Tamanho de mais ou menos 9 cm • Estende-se do colo do útero ao óstio da vagina Funções: • Passagem para eliminação do conteúdo menstrual • Canal de parto • Provem condições para os espermatozoides sobreviverem • Órgão de cópula Em condições normais, a vagina se encontra colapsada. Na parede anterior à vagina encontra- se a uretra. Situa-se anteriormente ao reto, passando entre as margens mediais do músculo levantador do ânus – puborretal. A parte do fórnice é mais profunda e tem relação intima com a escavação retrouterina. Os músculos que atuam como esfíncteres: efeitos de compressão muscular. Á medida que envelhecem, vão perdendo força muscular, e em mulheres multíparas esse processo de estiramento promove processo de incontinência urinária. A força na cavidade abdominal fica maior devido a essa distensão, podendo ocorrer essa perda por espirro. Existem exercícios físicos e tratamentos que ajudam nesse fortalecimento muscular. • Pubovaginal • Esfíncter externa da uretra • Sfíncter uretrovaginal • Bulboesponjoso Suprimento sanguíneo: artéria uterina e artéria pudenda interno. Veias: plexos venosos vaginais, e contínuas com o plexo venoso uterino, formando o plexo útero-vaginal e drena para as veias ilíacas internas. Inervação: • Plexo hipogástrico • Nervos sacrais • Ramos do nervo pudendo 5. VESTÍBULO DA VAGINA Espaço entre os lábios menores do pudendo: • Óstio da vagina • Óstio externo da uretra • Ductos da glândula vestibular maior e as glândulas vestibulares menores Hímen: separa a vagina do vestíbulo – abertura externa. Monte púbis: área anterior a região do vestíbulo, proteção mecânica no ato sexual, possui gordura e pelos no monte pubiano. Lábios maiores: homólogos ao escroto, tem gordura e pelos. Profundamente se encontra o bulbo do vestíbulo. Lábios menores: vestíbulos da vagina. Óstio: externo da uretra da vagina. Homólogo a parte esponjosa da uretra. Bulbo do vestíbulo: estruturas eréteis que se enchem de sangue no processo de excitação, aumentando a área de contato e de prazer durante a relação sexual. Quando se observa a base do bulbo, tem-se as glândulas vestibulares maiores, tem-se as glândulas maiores – Bartoli, que podem se inflamar e formar bartolinite – abcessos. Clitóris: cerca de 3 a 4 cm, é o órgão sensorial do estímulo sexual. Formado a dois corpos cavernosos que se juntam em posição ventral, a um pequeno corpo – corpo do clitóris.
Compartilhar