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ANESTESIA INFANTIL: TÉCNICAS ANESTÉSICAS, SAIS ANESTÉSICOS, EFEITOS-COLATERAIS, CÁLCULO DA DOSE ANESTÉSICA

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ANESTESIA LOCAL EM ODONTOPEDIATRIA
DOR E CORRELAÇÕES
- O controle da dor está diretamente ligado ao comportamento infantil
- Dor: resposta complexa na criança, nem sempre são capazes de descreve-las
- Medo e ansiedade potencializam a dor
- Tipos de manifestações de dor:
Manifestações comportamentais: Choro, queixa, gritos, gemidos
Manifestações fisiológicas: Aumento da pressão arterial, frequência cardíaca elevada, sudorese, vasoconstricção periférica
Manifestações motoras: Agitação, imobilidade, proteção da área afetada
- Métodos eficazes no controle do medo e ansiedade em crianças: utilização de modelos positivos, utilização da 
comunicação com a criança, ambiente de confiança e controle farmacológico da dor e ansiedade
- Recursos disponíveis:
Não farmacológicos: manejo psicológico
Farmacologicos: anestesia local, sedação e anestesia geral
ANESTESIA LOCAL
- Indicação: todo e qualquer procedimento clinico que venha a provocar dor
- Vantagens: paciente consciente, baixa morbidade, facilidade, baixo índice de insucesso, boa técnica
- Funciona como um método auxiliar, gera rapidez no procedimento, cooperação e qualidade
Anestesia sem dor:
- Preparo psicológico da criança
- Conhecimentos de anatomia, fisiologia e farmacologia
- Escolha do material adequado
- Delicadeza do profissional (puntura e infiltração lenta)
- Boa técnica: tipo de tratamento + comportamento + profundidade
Preparo do paciente:
- Confiança dentista-criança
- Explicar o que vai acontecer e o que sera sentido durante e após a anestesia
- Formigamento, adormecimento: sensação transitória
- Distração:
Audiovisual
Falar durante o procedimento – o silencia pode atemorizar a criança
Reforçar o comportamento positivo
Seleção da agulha
- Segurança da técnica (fratura)
- Não penetrar por inteiro
- Comprimento: extra curta, curta de 20mm (mais usada) e longa (crianças maiores e em bloqueio)
- Calibre: 27 G (ideal)
Aplicador:
- Seringa carpule: visualmente já pode induzir ansiedade e potencializar dor
- Anestesia sem agulha: comfort-in (aplicação sob pressão)
- Anestesia computadorizada (infusão gradual e lenta)
ANESTESIA LOCAL EM ODONTOPEDIATRIA
ANESTESIA LOCAL
Temperatura:
- Temperatura ambiente: é o ideal
- Quente: degradação de substancias, aumenta acidez, reduz eficiência, potencializa dor
- Gelada: desconfortáveis
FARMACOLOGIA DOS ANESTESICOS LOCAIS
- O que são: Farmacos para bloquear temporariamente a condução dos impulsos nervoso, leva a perda ou diminuição da 
sensibilidade dolorosa, 
- Mecanismo de ação: através do bloqueio que impede as despolarizações nos canais de sódio-potássio
- Teoria: anestésicos se ligam a receptores específicos no canal de sódio (NA+), bloqueando a transferência de sódio necessária 
para a condução do impulso nervoso
- Sais mais utilizados em odontologia: lidocaína, mepivacaína, prilocaina, articaina e bupivacaina
- Propriedades desejáveis: especificidade de ação, reversibilidade, solubilidade em água e em lipídios, potencia, baixa 
toxicidade, inicio rápido de ação, duração de efeito adequada, estabilidade, esterilidade, baixo custo e não causar irritabilidade
- Quimicamente: São aminas terciarias, Bases orgânicas fracas, pobremente solúveis em agua
- Considerações sobre o pH:
O pH do tecido exerce influencia sobre sua atividade:
pH básico → absorção nos tecidos
pH ácido → absorção dificultada (abcesso, infecções, exigem realizar o bloqueio, indo a uma região mais distante)
- Relação estrutura e atividade:
Confere lipossolubilidade. Facilitando o transporte por barreiras celulares
Une as porções hidrofílica e lipofílica; Sua união com o grupo aromático se faz por meio de ligaões ester ou amida
Relação com a duração do efeito e risco de reações alérgicas
- Classificação:
Éster: formam soluções menos estáveis, são mais alergênicos, duração de efeito menor
Ex: Procaina, Clorprocaina, Tetracaina, Benzocaina
Amida: sofrem metabolismo hepático, maior duração de efeito, mais estáveis, com reações de hipersensibilidade menos 
frequentes
Ex: Lidocaina, Prolocaina, Mepivacaina, Bupivacaina
O amida é mais utilizado
Via de regra, a potencia de um anestésico local depende exclusivamente de sua estrutura química, enquanto a duração pode ser 
alterada pela adição de um vasoconstritor
LIDOCAÍNA:
- Primeira escolha
- Boa capacidade de penetração
- Inicio de ação por volta de 2 a 3 minutos
- Eficácia em concentração de 2%
- Comercializada com ou sem vasoconstrictor
- Comercial: Xilocaína, lidocaína 
- Muito satisfatório pois sua duração é adequada, também não se extende demais
ANESTESIA LOCAL EM ODONTOPEDIATRIA
FARMACOLOGIA DOS ANESTESICOS LOCAIS
PRILOCAINA:
- Reabsorvida mais lentamente que a lidocaína (menos dependente da adição de vasoconstrictores)
- Rapidamente degradada pelo fígado
- Potencia e toxicidade duas vezes maior que a lidocaína e um inicio de ação mais retardado, por volta de 2 a 4 min
- Indicação: asma dependente de corticoide (sulfito)
- Risco: metemoglobinemia e anemia
- Vaso constrictor: felipressina
- Comercial: Citanest, Citocaina, Biopressin, Prilonest
- Efeito adverso: metemoglobinemia
MEPIVACAINA
- Reabsorçao ainda mais lenta, mas não sofre metabolização tao rápida, então se aparecem reações toxicas serão de maior 
duração
- Tempo de ação mais prolongado (cirurgias)
- Menor capacidade de vasodilatação
- Apresenta potencia e toxicidade duas vezes maior que a lidocaína
- 2% com vasoconstrictor e 3% sem vasoconstrictor
- Risco de traumas
ARTICAÍNA:
- Concentração 4%
- Melhor difusão em tecidos osseos (mandíbula)
- Crianças acima de 4 anos
- Alto risco de parestesia como bloqueio (infiltrativa)
BUPIVACAINA
- Anestesia de longa duração
- Apresenta potencia quatro vezes maior que a lidocaína e uma toxicidade quatro vezes menor
- Tempo de duração 5 a 9 horas
- Contra-indicado para pacientes infantis
- Efeito adverso: carido-toxicidade
VASOCONSTRICTORES:
- Prolongam a ação dos anestésicos locais 
- Maior eficácia e segurança
- Evitam reabsorção imediata → prolongam a duração do efeito
- Reduzem toxicidade sistêmica
- Possibilitam diminuição de quantidade de anestésicos
- Diminui o sangramento
- Vasoconstrictor adrenergico é mais acido → mais dor
- Aumenta risco de dor durante a penetração
- Procedimentos simples e rápidos → sem vaso
Efeitos adversos: sistema nervoso, sistema respiratório ou no sistema cardiovascular
- Sistema nervoso central: tontura, ansiedade, confusão, diplopia, tinitus, sonolência, dormência, formigamento, contração 
muscular, tremores, tagarelice, fala lenta, calafrio, convulsão, insconsciencia, e parada respiratória
ANESTESIA LOCAL EM ODONTOPEDIATRIA
VASOCONSTRICTORES
Efeitos adversos: sistema nervoso, sistema respiratório ou no sistema cardiovascular
- Cardiovascular: aumento da PA e FC, vasodilatação, depressão do miocárdio, redução da PA, bradicardia e parada cardíaca
- Outros efeitos adversos: alergia (urticaria, dermatite, angioedema, febre, fotosensibilidade ou anafilaxia), parestesias 
(hemorragias, trauma) ou lesões de tecidos moles, Hipertemia maligna
CUIDADOS
CUIDADOS GERAIS:
- Doença cardio-vascular
- Hipertireoidismo
- Diabete
- Gravidez
- Insufiencia hepática
INTERAÇÕES:
- Barbituricos, opioides, anti-arrítmicos, cimetidina, beta-bloqueadores sulfonamidas, halonato, antidepressivos tricíclicos, 
cocaína, bloqueadores de neurônios adrenérgicos, bloqueadores alfa-adrenérgicos, inibidores da MAO
CALCULO DA DOSE ANESTESICA MAXIMA
Cuidados na criança:
- Menor volume, osso mais poroso e menos 
calcificado, nível e sensibilidade do paciente 
e presença ou não de inflamão
Informações que devo ter:
Informações necessárias:
- Anestesico
- Dose máxima recomendada (DMR – PADRAO)
- Concentraçao do anestésico / ml
- 1 tubete de anestésico = 1,8 ml
- Peso da criança (kg)
Exemplo:
Anestesico: lidocaína
DMR: 4,4 MG/KG
Concentraçao do anestésico / ML: 20 mg / ml
1 tubete anestésico: 1,8 ml
Peso da criança kg: 20 kg
CUIDADOS NACONDUTA:
- Avaliar o paciente
- Seleçao adequada – menor concentração e menos toxico
- Dose
- Vasoconsctrictor – eficácia, duração absorção, volume, toxicidade
- Evitar injeção intravascular – aspiração sempre pra ver
- Injetar lentamente
1. QUANTIDADE DE ANESTÉSICO EM MG RELATIVA AO PESO:
4,4 MG → 1 KG
X MG→ 20 KG
X = 88 MG
2. QUANTIDADE DE ANESTÉSICO MG RELATIVA AO VOLUME 
DO TUBETE:
20 MG→ 1 ML
Y MG → 1,8 ML
Y = 36 MG
3. NÚMERO MÁXIMO DE TUBETES
1 TB → 36 MG
Z→ 88 MG
Z = 2,4 TUBETES
ANESTESIA LOCAL EM ODONTOPEDIATRIA
TÉCNICAS
Posição:
- Posiçao correta do paciente e operador
- Mao do operador sempre apoiada
Anestésico tópico:
- Sempre usar a anestesia tópica
- Seca a mucosa antes da infiltração (evita diluição)
- Deixar por 3 min em contato com a mucosa
Anestesia infiltrativa:
- Deposito do anestésico ao redor das terminações nervosas 
- Puntura inicial: fundo de saco mais próximo ao ápice dental
- Labio bem estirado, agulha no vestíbulo o mais próximo da região apical do dente
- Inclinaçao da agulha
- Traciona-se o lábio contra o bisel da agulha
OLHAR AS TÉCNICAS DE ANESTESIA EM GERAL PRA CADA DENTE
Única diferença no bloqueio do nervo alveolar inferior:
- Forame mandibular em um posição mais inferior do que o plano oclusal dos decíduos
- Ponto de inserção mais para baixo e mais posterior que no adulto
TECNICAS COMPLEMENTARES:
- Anestesia intrapulpar
- Anestesia intraligamentar
ANESTESIA DO LIGAMENTO PERIODONTAL:
- Vantagens: confiável no controle a dor, requer pouco anestésico, não precisa aspirar, útil em risco a hemorragia, minimiza 
trauma pos operatorio
- Desvantagens: dolorosa, visualização da injeção, aumenta a ansiedade, não pode em infecções
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Bloqueio mandibular:
✓ É uma anestesia mais profunda
✓ Usada para nervo alveolar inferior, lingual e mentual
✓ Aumenta o risco de complicações
Infiltrativa:
✓ Maioria dos procedimentos restauradores
✓ Melhores resultados – antes da erupção do primeiro molar permamente
ACIDENTES E COMPLICAÇOES:
- Dor, fratura de agulha, infecção, injeção intravascular, isquemia, hematoma, reação alérgica, trismo e ulcera traumática
- Informar aos pais os efeitos do anestésico e do seu tempo de duração
- Não anestesiar rápido! Anestesia rápida gera expansão tecidual súbita e possibilidade de reação toxica (vaso sanguíneo)

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