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CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA FUNDAMENTO DE GEOLOGIA FICHAMENTO: Capítulo 2 – Fundamentos de Geologia TECTÔNICA DE PLACAS: Uma Teoria Unificada • A teoria da tectônica de placas foi proposta na década de 1960, mudando radicalmente a visão que os geólogos viam nosso planeta. Tratando agora como um sistema no qual os fenômenos geológicos tem conexão e mostrando que a Terra não era um planeta imutável, reconhecendo como um planeta integrado e dinâmica mutável. • As interações entre placas móveis determinam a localização dos continentes que, por sua vez, afetam os padrões de circulação atmosférica e oceânica que determinam o clima global. Em decorrência disso, influenciando na distribuição geográfica, evolução e extinção dos organismos vivos. IDÉIAS INICIAIS SOBRE A DERIVA CONTINENTAL • O geólogo Edward Suess percebeu, no final do século XIX semelhanças, entre fósseis de plantas do Paleozóico Superior da Índia, Austrália, África do Sul e América do Sul, assim como a evidência de glaciação nas sequencias rochas desses continentes. Esses fósseis formam uma flora úbica que ocorre em camadas de carvão logo acima dos depósutis glacaus desses continentes do sul. Esse registro fóssil é coletivamente conhecido como flora Glossopteris • Suess propôs o nome Gondwanaland para um supercontinente composto de grande área de terra no sul do planeta. Ele acreditava que esses continentes estavam ligados por pontes de terra sobre as quais as plantas e animais migravam. • Alfred Wegener desenvolveu a hipótese da devira continental. Propondo que todas as massas de terra estavam unidas em um único supercontinente denominado Pangeia. Ele coletou evidencias geológicas, paleontológicas e climatológicas para sustentar sua hipótese. A qual foi corroborada pelo geólogo sul-africano Alexander du Toit, que desenvolveu argumentos adicionais a hipodese de Wegenere introduziu outras evidências geológicas. EVIDÊNCIAS SOBRE A DERIVA CONTINENTAL • Wegener e du Toit e outros usaram um conjunto de evidencias para apoiar a deriva continental, como: a combinação das áreas litorânea, a aparência das sequencias das mesma rocha e cadeia de montanha da mesma idade em continentes separados, a combinação dos depósitos glaciais e zonas paleoclimáticas e semelhança de muitas plantas e grupos de animais, cujos fósseis são encontrados em continentes separados. Ajuste Continental • Edwarda Bullard, um geografo físico, e dois associados mostraram 1965 que a melhor combinação entre os continentes ocorre em profundidade de cerca de 3 mil metros. • A figura 2.2 mostra como seria a conexão dos continentes na Pangeia pelas profundidades, corroborando também com a hipotese de Wegener sobre a deriva continental. Mas o formato que Wegener propôs não era provável que os contornos costeiros se ajustassem perfeitamente. Semelhanças das sequencias das rochas e cadeia de montanhas • As sequencias das rochas marinhas e não-marinhas e glaciais da Pensivância até a idade Jurássica são quase idênticas para todos os cinco continentes da Gondwanna, indicando que ja foram unidos. • As direções de várias cadeias de montanha também sustentam a hipótese da deriva continental. Evidência Glacial • A evidência para a glaciação inclui camadas de tilito e estrias no leito das rochas abaixo do tilito. As plantas fósseis encontradas nos carvões do hemisfério norte indicam um clima trópical para seus continentes, enquanto aqueles do hemisfério sul estavam cobertos de gelo. • Todos os continentes do Gondwana, exceto a Antártica, estãoa tualmente localizados próximos do equador sob climas tropicais e subtropicais. Evidência dos fósseis • Os fósseis da flora Glosspteris são encontrados nos depósitos de carvão de idades equivalente ao do Pensilvaniano e do Permiano em todos os cinco continentes da Gondwana. Se os continentes não tivessem separado seria impossível encontrar fósseis da mesma flora em continentes diferentes, pois suas sementes eram grandes o que impediam de se dispersas pelo o vento e o mar serviria como uma barreira geográfica para essas plantas. • Os atuais climas da América do Sul, África, Índia, Austrália e da Antártica, que vão desde clima tropical ao polar, são diversos demais apra suportar o tipo de plantas da flora Glosspteris. • Os fósseis animais também fornecem fortes evidências para a deriva continental. Como o Mesossaurus, um réptil de água doce, os fósseis foram encontrados apenas em rochas do período Permiano, em certas regiões do Brasil e África do sul. Como a fisiologia de animais de água doce e marinha são diferentes, é difícil imaginar que um réptil de água doce poderia ter nadado através do Oceano Atlântico e encontrado um ambiente de água doce quase idêntico ao que habitava. Paleomagnetismo e deslocamento polar • Considera-se que o campo magnético da Terra resulte dos processos físicos e elétricos que têm lugar no núcleo da Terra. • Paleomagnetismo é o magnetismo rochoso remanescente, que registra a direção dos polos magnéticos da Terra, no momento da formação da rocha. Um fluxo de lava antigo fornece um registro de orientação e força do campo magnético da Terra relativo ao tempo em que o fluxo de lava se resfriou. REVERSÃO MAGNÉTICA RELACIONADAS À EXPANSÃO DO ASSOALHO OCEÂNICO • Em 1906 cientistas descobriram que as rochas mostravam magnetismo reverso. Os estudos paleomagnéticos mostraram que o campo magnético havia se revertido completamente numerosas vezes durante o passado geológico. Quando essas reversões magnéticas ocorrem a polaridade magnética é revertida. As causas da reversão magnetica ainda não é bem conhecida, porém parecem estar relacionadas as mudanças na intensidade do campo magnético da Terra. • Em 1962 Harry Hess propôs a teoria da explansão do assoalho oceânico para explicar o movimento continental. Essa teoria fala que os continentes não se moveram através da crosta oceânica, mas que os continentes e a crosta oceânica se movem em conjunto. TEORIA DA TECTÔNICA DE PLACAS • A litosfera se sobrepõe à astenosfera, que é mais quente e frágil, é semiplastica. Considera-se que o movimento resultante de algum tipo de sistema de transferência de calor dentro da astenosfera causa o movimento das placas sobrepostas. • Essa teoria ajuda aos geólogos a entenderem a formação das montanhas, terremotos e vulcanismos. O ciclo do supercontinente • De acordo com a hipótese do ciclo do supercontinente, o calor se acumula sob um supercontinente porque as rochas da crosta continental são más condutoras de calor. Quando o calor se acumula, uma abóbada se eleva no supercontinente e ele se fratura. O magma basáltico elevando-se da parte inferior preenche as fraturas. Como a fratura cheia de basalto se alarga e começa a afundar, forma-se um oceano longo e estreito. TRÊS TIPOS DE LIMITES DE PLACAS • Os geólogos reconhecem três importantes tipos de limites de placa: divergente, convergente e transformante. Limites divergentes • Ocorrem onde as placas estão se separando e uma nova litosfera oceânica está se formando. São lugares onde a crosta estendida, afinada e fraturada eleva-se para a superfície, assim como o magma derivado da fusão parcial do manto. O magma é quase inteiramente basáltico e irrompe nas fraturas verticais para formar diques. Uma parte dele é expelida como fluxos de lava. Quando as sucessivas injeções de magma resfriam e solidificam, eles formam uma nova crosta oceânica e registram a intensidade e orientação do campo magnético da Terra. Limites convergentes • Enquanto a nova crosta se forma, em limites divergentes de placa, as crostas mais velhas devem ser destruídas e recicladas para que toda a área da superfície da Terra permaneça constante. Tal destruição de placa ocorre em limites convergentes de placa, onde duas placas colidem e aaresta principal de uma placa é subductada sob a margem da outra placa e, finalmente, incorporada na atmosfera. • Limites convergentes são caracterizados pela deformação, vulcanismo, formação de montanha, metamorfismo, terremoto e importantes depósitos minerais. Limites transformantes • Ocorre ao longo da fratura no assoalho oceânico, conhecidas como folhas transformantes. Nesse local, as placas deslizam lateralmente, passando uma ao lado da outra, quase em paralelo à direção do movimento da placa. O MOVIMENTO DAS PLACAS E O MODO DE DESLOCAÇÃO Deslocamento relativo e velocidade média • Um método mais acurado para determinar tanto a velocidade média do movimento quanto o deslocamento relativo é datar as anomalias magnéticas na crosta do assoalho oceânico. Deslocamento absoluto • Para determinar o deslocamento absoluto, devemos ter uma referência fixa por meio da qual a velocidade e a direção do movimento da placa podem ser determinadas. Os hot spots, que podem fornecer tais pontos de referência, são locais onde as colunas estacionárias de magma, que se originam do interior do manto lentamente se elevam para a superfície, formando os vulcões. O MECANISMO QUE DIRECIONA A PLACA TECTÔNICA • Modelos que envolvem as correntes de convecção termal têm sido propostos para explicar o movimento da placa. Em um modelo as correntes de convecção termal são restritas à astenosfera, no outro o manto inteiro é envolvido. TECTONICAS E RECURSOS NATURAIS • Além de ser responsável pelas mais importantes características da crosta da Terra e influenciar a distribuição e a evolução da biota do mundo, o movimento das placas também afeta a formação e distribuição de alguns recursos naturais.
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