Buscar

TEORIA-E-PRÁTICA-DA-ADMINISTRAÇÃO-FINANCEIRA-1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TEORIA E PRÁTICA DA ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA 
 
1 
 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 3 
ALGUMAS DEFINIÇÕES: O QUE É ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA? ........................ 3 
PLANEJAMENTO FINANCEIRO ..................................................................................... 6 
DEPRECIAÇÃO E IMPOSTO DE RENDA ..................................................................... 12 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ..................................................... 27 
TIPOS DE COMPARAÇÕES DE ÍNDICES .................................................................... 28 
CATEGORIAS DE ÍNDICES FINANCEIROS ................................................................. 31 
REFERÊNCIAS ...................................................................................... 39 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
FACUMINAS 
 
A história do Instituto Facuminas, inicia com a realização do sonho de um 
grupo de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos 
de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a Facuminas, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A Facuminas tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
INTRODUÇÃO 
A principal pergunta que se pode fazer neste momento: por que estudar 
finanças? Existem muitas razões pelas quais você precisa ter conhecimento de 
finanças. A escolha da carreira de administrador deve ser a principal resposta. 
Mas, também, para organizar sua vida pessoal. O conhecimento das principais 
técnicas e procedimentos de finanças, que serão estudados neste livro, 
certamente permitirá que você tome as decisões acertadas em sua vida 
profissional e na gestão do patrimônio pessoal. 
ALGUMAS DEFINIÇÕES: O QUE É ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA? 
Finanças é a aplicação de uma série de princípios econômicos para 
maximizar a riqueza ou valor total de um negócio. Mais especificamente, 
maximizar a riqueza significa obter o lucro mais elevado possível ao menor risco 
(GROPPELLI e NIKBAKT, 2006). 
Para Gitman finanças são a arte e a ciência para administrar fundos. 
Se observarmos os dois conceitos, verificamos que dizem a mesma coisa 
com palavras diferentes. Groppelli diz ter o maior lucro com o menor risco, 
enquanto Gitman diz que finanças administram fundos. 
Esta administração de fundos tem, naturalmente, o objetivo de obter o 
melhor resultado possível e para as empresas esse resultado só pode ser o maior 
lucro. 
RESPONSABILIDADES CONTEMPORÂNEAS DA 
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 
A administração financeira é um campo de estudo teórico e prático que 
objetiva, essencialmente, assegurar um melhor e mais eficiente processo 
empresarial de captação e alocação de recursos de capital. Nesse contexto, a 
administração financeira envolve-se tanto com a problemática da escassez de 
 
 
 
4 
recursos, quanto com a realidade operacional e prática da gestão financeira das 
empresas, assumindo uma definição de maior amplitude. 
A administração financeira insere-se em um campo de atuação bastante 
abrangente e crescentemente complexo, exigindo maior conhecimento técnico e 
sensibilidade no trato de seus diversos instrumentos (NETO, 2003). 
Verificam-se, claramente, as necessidades de grande conhecimento 
técnico-científico, além da sensibilidade, que nada mais é do que bom-senso na 
análise e decisão. 
A escassez referida pelo autor é a chave dessa equação de difícil solução, 
já que, em geral, os recursos são escassos e as necessidades ilimitadas. 
Todo momento encontramos empresas que necessitam de recursos para 
despesas operacionais, para investimentos, para expansão, para pesquisa entre 
outros. Captar e aplicar adequadamente esses recursos é, em última análise, o 
grande desafio do administrador de finanças. 
Metas do gerente financeiro 
Segundo Gitman algumas pessoas acreditam que o objetivo da empresa é 
sempre maximizar o lucro. Para alcançar essa meta, o gerente financeiro tomaria 
apenas as ações que gerassem uma grande contribuição esperada para o total 
dos lucros da empresa. 
A maximização do lucro fracassa por várias razões: o tempo de retorno ignorado, 
os fluxos de caixa disponíveis para acionistas e o risco. 
Ainda no raciocínio de Gitman, a maximização da riqueza deve ser a meta 
de todos os gerentes financeiros, pois é ela que maximiza a riqueza dos 
proprietários da empresa. 
Como maximização da riqueza ele cita o preço das ações, ou seja, quanto 
mais valorizadas forem as ações (ações são partes do capital da empresa), maior 
será a riqueza dos proprietários. 
 
5 
O lucro certamente contribui para a valorização e aceitação das ações das 
empresas, por esta razão deve ser considerado como fator que conduz à 
maximização da riqueza. 
Toda essa questão citada por Gitman, de que o lucro fracassa em muitos casos 
e entre as causas cita o risco, que estudaremos em tópicos adiante. 
RISCO E RETORNO 
Definição de risco: 
Para Groppelli o risco é uma medida de volatilidade ou incerteza dos retornos. 
Já para Lawerence J. Gitman, o risco é a chance de perda financeira. 
Qual o risco associado a uma decisão? Certamente a resposta seria o 
quanto se pode perder caso o negócio não dê certo. Então, se tem como clara a 
compreensão de risco. 
Definição de Retorno 
O total de ganho ou perda ocorrido por meio de um dado período de tempo 
(Gitman, 2006). Para Groppelli retorno são receitas esperadas ou fluxos de caixa 
antecipados de qualquer investimento. 
Note-se que agora podemos fazer uma melhor interpretação das metas do 
administrador financeiro. 
Se ele considerar apenas a maximização do lucro, despreza o risco e este risco 
pode representar a grande ameaça ao lucro. 
Muitas vezes é melhor ganhar menos, com tempo mais prolongado e com pouco 
risco do que querer muito, mesmo que o risco de perder tudo seja grande. 
Podemos resumir a maximização do lucro como a combinação entre risco 
elevado, retorno elevado e curto espaço de tempo. Já a maximização da riqueza 
como a relação de risco menor, retorno menor e tempo maior. 
 
 
 
6 
PLANEJAMENTO FINANCEIRO 
O planejamento financeiro começa com planos financeiros em longo prazo, 
ou estratégicos que, por sua vez, guiam a formulação de planos e orçamentos 
em curto prazo ou operacionais. Geralmente, os planos e orçamentos em curto 
prazo implementam os objetivos estratégicos da empresa em longo prazo. 
Neste aspecto deve-se compreender bem que os planos de longo prazo 
formulam a estratégia da empresa, ou seja, o que ela pretende, onde pretende 
chegar. Com base nestas estratégias se formulam as ações de curto prazo e 
estas ações, por sua vez, encaminham a empresa para atingir os objetivos 
maiores, as estratégias estabelecidas. 
Pode-se dizer que as empresas, em geral, tomam decisões em três níveis: 
Nível estratégico: são decisões que modificam a estrutura da empresa, que 
mudam sua relação com omeio ambiente. 
Nível administrativo: são aquelas que se relacionam com a forma da 
empresa. Nível operacional: são as decisões associadas ao processo de 
transformação. 
Pode-se destacar como plano financeiro de curto prazo o planejamento de 
caixa, ou orçamentos de caixa. Nota-se, no esquema acima, que ele aparece no 
centro, interligado com os demais planos. 
Para Gitman (2006) o orçamento de caixa, ou previsão de caixa, é uma 
demonstração das entradas e saídas planejadas no caixa da empresa. É usado 
pela empresa para estimar o caixa exigido a curto prazo, com atenção especial 
ao planejamento para excedentes de caixa e para escassez de caixa. 
O orçamento de caixa pode ser apresentado semanalmente, 
quinzenalmente, mensalmente ou qualquer outro período que a empresa desejar. 
Prazos menores são mais confiáveis e mais fáceis de serem previstos, mas o 
prazo de até um ano pode ser recomendável. 
 
7 
O principal insumo do planejamento de caixa é a previsão de vendas. 
A previsão das vendas de uma empresa em um dado período é preparado 
pelo departamento de marketing. Com base na previsão de vendas, o gerente 
financeiro estima o fluxo de caixa mensal que resultará das receitas de vendas 
projetadas e das despesas relacionadas à produção, estoque e vendas. 
Determina também o nível de ativos fixos exigidos e o montante de 
financiamentos, se houver, necessário para apoiar o nível de previsão de vendas 
e de produção. 
A previsão de vendas pode se basear em uma análise de dados externos, 
usando-se as relações observadas entre as vendas da empresa e certos 
indicadores econômicos externos significativos, como o produto nacional bruto 
(PNB), renda pessoal disponível, taxa de inflação e desemprego entre outros. Por 
outro lado, os dados internos obtidos por meio dos próprios canais de vendas da 
empresa. As empresas, em geral, usam uma combinação de dados externos e 
internos de previsão para fazerem a previsão final de vendas. 
Nota-se que estamos falando de previsões, que são dados prováveis. Todo 
planejamento de caixa depende da confiabilidade da previsão das vendas, já que 
a maior parte dos outros insumos é decorrente desta. 
Vejamos: a quantidade de matéria-prima que deve ser comprada depende 
da quantidade de vendas estimadas; o valor dos impostos a ser pago depende 
da quantidade vendida; o gasto com salários e encargos está diretamente ligado 
ao volume das vendas; o desembolso com investimentos fixos depende da 
quantidade que precisa ser produzida (vendida) e assim, mais insumos 
dependem do volume das vendas. 
Gitman (2006) apresenta um exemplo detalhado de um orçamento de 
caixa. Considere que as vendas previstas na tabela a seguir abaixo sejam com 
os seguintes prazos: 
 
 
 
8 
20% à vista, 50% em 30 dias, ou seja, recebidos no mês seguinte e 30% 
recebidos em 60 dias, equivalente a dois meses após a venda ser efetivada. Além 
da venda prevê-se outros recebimentos no valor de 30 (em $ 1000). 
A Intercon Company reuniu os dados a seguir, necessários para a 
preparação de um programa de desembolsos de caixa para outubro, novembro e 
dezembro. 
Compras. As compras da empresa representam 70% das vendas. Desse montante, 
10% são pagos em dinheiro, 70% são pagos no mês imediatamente seguinte ao mês de 
compra e os 20% restantes são pagos dois meses após o mês da compra. 
Pagamentos de aluguel. Um aluguel de $ 5.000 será pago a cada mês. 
Ordenados e salários O custo fixo de salários para o ano é de $ 96.000 ou é de 
$ 8.000 por mês. Além disso, estima-se que os ordenados correspondam a 10% 
das vendas mensais. 
Pagamento de impostos. Os impostos de $ 25.000 devem ser pagos em dezembro. 
Despesas com ativos fixos. Nova maquinaria custando $ 130.000 será comprada 
e paga em novembro. 
Pagamentos de juros O pagamento de juros de $ 10.000 vence em dezembro. 
Pagamentos de dividendos em dinheiro. Os dividendos em dinheiro de $ 20.000 
serão pagos em outubro. 
Pagamentos do principal (empréstimos). O pagamento do principal de m 
empréstimo no valor de $ 20.000 vence em dezembro. 
Recompras ou resgates de ações. Nenhuma recompra ou resgate de ações é 
esperado entre outubro e dezembro. 
A programação de desembolsos de caixa a empresa, usando os dados 
precedentes, é mostrado na Tabela 14.3. Alguns itens na tabela são explicados 
mais detalhadamente a seguir. 
 
9 
 
Compras. Esse lançamento serve apenas para informação. Os dados 
representam 70% das vendas previstas para cada mês. Foram incluídos para 
facilitar o cálculo das compras à vista e os pagamentos relacionados. 
Compras à vista. As compras à vista representam 10% das compras do mês. 
Pagamentos de C/P Esses lançamentos representam o pagamento de contas a 
pagar (C/P) resultantes das compras nos meses anteriores. 
Prazo de um mês. Esses dados representam compras feiras no mês 
anterior que são pagas no mês corrente. Como 70% das compras da empresa 
são pagas no mês seguinte, as compras com prazo de mês para pagamento 
mostrados em setembro representam 70% das compras de agosto, os 
pagamentos de outubro representam 70% das compras de setembro e assim por 
diante. 
Prazo de dois meses. Esses dados representam as compras feitas nos 
dois meses anteriores, que serão pagas no mês corrente. Visto que 20% das 
compras da empresa são pagas dois meses depois, as compras com dois meses 
de prazo para pagamento mostradas em outubro representam 20% das compras 
de agosto e assim por diante. 
0 
 
 
 
10 
Ordenados e salários. Essas quantias foram obtidas adicionando-se $ 
8.000 aos 10% vendas a cada mês. Os $ 8.000 representam o componente de 
salário fixo; o restante representa os ordenados. Os itens restantes em cada 
programa de desembolsos de caixa são autoexplicativos 
Fluxo de caixa líquido, caixa final, financiamento e excedente de caixa 
Examine novamente o orçamento de caixa de formato geral na Tabela 
14.1. Temos dados de entrada para os dois primeiros lançamentos e depois 
calculamos as necessidades e caixa da empresa. O fluxo de caixa líquido da 
empresa é encontrado subtraindo-se os desembolsos de caixa dos recebimentos 
de caixa em cada período. Então adicionamos o caixa inicial ao fluxo de caixa 
líquido para determinar o caixa final para cada período. Finalmente, subtraímos 
o saldo de caixa mínimo do caixa final para encontrar o financiamento total 
necessário ou o excedente de caixa. Se o caixa final for menor que o saldo 
mínimo de caixa, o financiamento será necessário. Este financiamento costuma 
ser visto como de curto prazo e, portanto, é representado por títulos a pagar. Se 
o caixa final for maior que o saldo de caixa mínimo, há excedente de caixa. 
Considera-se que qualquer excedente seja investido em uma aplicação líquida, 
de curto prazo, que renda juros, ou seja, em títulos negociáveis de curto prazo. 
A Tabela 14.4 apresenta o orçamento de caixa da Intercon Company, com 
base dados já desenvolvidos. No final de setembro, o saldo de caixa da Intercon 
foi de $ 50.000 e suas duplicatas a pagar e títulos negociáveis foram iguais a $ 0. 
A empresa deseja manter como reserva para necessidades inesperadas, um 
saldo de caixa mínimo de $ 25.000. 
Para a Intercon Company manter seu caixa final exigido de $ 25.000, ela 
precisará tomar emprestado um total de $76.000 em novembro e $ 41.000 em 
dezembro. Em outubro, a empresa terá um saldo de caixa excedente de $ 22.000, 
que pode ser mantido em títulos negociáveis que rendam juros. O total de 
financiamento necessário no orçamento de caixa refere-se a quanto será devido 
no final do mês; eles não representam as mudanças mensais nos empréstimos. 
 
11 
 
1 
As mudanças mensais nos empréstimos tomados e no excedente de caixa 
podem ser encontradas em uma análise posterior do orçamento decaixa. Em 
outubro, os $ 50.000 de caixa inicial, que se tornam $ 47.000 após a saída líquida 
de caixa de $ 3.000, resultam em um saldo de caixa excedente de $ 22.000, uma 
vez que o caixa mínimo de $ 25.000 foi deduzido. Em novembro, os $ 76.000 do 
financiamento total exigido resultaram da saída líquida de caixa de $ 98.000 
menos os $ 22.000 de caixa excedente de outubro. Os $ 41.000 do financiamento 
total exigido em dezembro resultaram da dedução de $ 35.000 da entrada líquida 
de caixa em dezembro o financiamento total exigido em novembro, de $ 76.000 
em novembro menos $ 35.000. Resumindo, as atividades financeiras de cada 
mês foram as seguintes: 
Outubro: Investir os $ 22.000 de saldo de caixa excedente em títulos negociáveis. 
Novembro: Liquidar os $ 22.000 de títulos negociáveis e tomar emprestados $ 
76.000 (títulos a pagar). 
Dezembro: Saldar $ 35.000 de títulos a pagar para manter $ 41.000 do 
financiamento total necessário. 
 
 
 
12 
 
2 
DEPRECIAÇÃO E IMPOSTO DE RENDA 
Depreciação pode ser definida como uma despesa pelo desgaste dos bens ou 
simplesmente pela perda de valor pelo passar do tempo. 
Nas finanças as depreciações são classificadas como item não monetário, 
já que seu valor não representa efetiva saída de caixa, mas sim um lançamento 
contábil para ajustar o valor dos bens à realidade e reduzir a base de cálculo para 
o imposto de renda, já que ela é tratada como uma despesa comum. 
O imposto de renda merece um tratamento mais detalhado, já que a 
matéria é um pouco mais abrangente. Podemos dividir o importo de renda pra 
pessoa jurídica em lucro real e lucro presumido. O Lucro Real 
De acordo com informações obtidas no site <www.receita. fazenda.gov.br> 
acessado em 14/10/2010, define-se lucro real como a base de cálculo do imposto 
sobre a renda apurada segundo registros contábeis e fiscais efetuados 
sistematicamente de acordo com as leis comerciais e fiscais. A apuração do lucro 
 
13 
real é feita na parte A do Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), mediante 
adições e exclusões ao lucro líquido do período de apuração (trimestral ou anual) 
do imposto e compensações de prejuízos fiscais autorizados pela legislação do 
imposto de renda, de acordo com as determinações contidas da Instrução 
Normativa SRF n. 28, de 1978, e demais atos legais e infralegais posteriores. 
Data da Apuração 
Para efeito de incidência do imposto sobre a renda, o lucro real das 
pessoas jurídicas deve ser apurado na data de encerramento do período de 
apuração. 
O período de apuração encerra-se: 
a) nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de 
dezembro, no caso de apuração trimestral do imposto de renda; 
3 
b) no dia 31 de dezembro de cada ano calendário, no caso de 
apuração anual do imposto de renda; 
c) na data da extinção da pessoa jurídica; 
d) na data do evento, nos casos de incorporação, fusão ou cisão da 
pessoa jurídica. 
Pessoas Jurídicas obrigadas ao Lucro Real 
Estão obrigadas ao regime de tributação com base no lucro real, em cada ano 
calendário, as pessoas jurídicas: 
a) cuja receita total, ou seja, o somatório da receita bruta mensal, das 
demais receitas e ganhos de capital, dos ganhos líquidos obtidos em operações 
realizadas nos mercados de renda variável e dos rendimentos nominais 
produzidos por aplicações financeiras de renda fixa, da parcela das receitas 
 
 
 
14 
auferidas nas exportações às pessoas vinculadas ou aos países com tributação 
favorecida que exceder o valor já apropriado na escrituração da empresa, no ano 
calendário anterior, seja superior ao limite de R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito 
milhões de reais), ou de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) multiplicado 
pelo número de meses do período, quando inferior a doze meses; 
b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de 
investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de 
crédito, financiamento e investimento, sociedade de crédito imobiliário, 
sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de 
títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas 
de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de 
previdência privada aberta; 
c) que tiveram lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do 
exterior; 
d) que, autorizada pela legislação tributária, usufruam de benefícios 
fiscais relativos à isenção ou redução de impostos; 
4 
e) que, no decorrer do ano calendário, tenham efetuado pagamento 
mensal do imposto de renda, determinado sobre a base de cálculo estimada, na 
forma do artigo 2º da Lei n. 9.430, de 1996; 
f) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de 
serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e 
riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos 
creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços 
(factoring). 
Alíquotas Aplicadas à base de Cálculos 
 
15 
Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) 15% e Contribuição Social sobre 
o Lucro Líquido é de 9%. 
Lucro Presumido 
É a forma de tributação onde se usa como base de cálculo do imposto, o 
valor apurado mediante a aplicação de um determinado percentual sobre a 
receita bruta. 
Empresas que podem optar pelo lucro presumido 
Podem optar pelo lucro presumido as pessoas jurídicas, não obrigadas à 
apuração do lucro real, cuja receita bruta total, no ano calendário imediatamente 
anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões 
de reais) ou ao limite proporcional de R$ 4.000.000,00 multiplicados pelo 
número de meses de atividade no ano, se inferior a 12 meses. 
Igualmente não podem todas aquelas obrigadas pelo lucro real, já definidas. 
Alíquotas para apuração do Imposto de Renda 
A alíquota do IRPJ sobre o lucro presumido é de 15% e a alíquota da contribuição 
social é de 9%, como regra geral. 
 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
5 
Estrutura do Balanço Patrimonial LEI nº 6.404/1976 
Como os limites e critérios fiscais, limitavam a evolução dos Princípios 
Fundamentais da Contabilidade, foi instituída a Lei 6.404/1976 (Lei das 
Sociedades por Ações), que veio para solucionar o problema e determinar que a 
escrituração contábil deve seguir seus preceitos. 
 
 
 
16 
No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio 
que registrem. 
Ativo Circulante 
Composta pelas disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do 
exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do 
exercício seguinte. 
Ativo Realizável em Longo Prazo 
Composta pelos direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, 
assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a 
sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no 
lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do 
objeto da companhia: 
Ativo Permanente 
O Ativo Permanente será dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo 
diferido. 
* Investimentos: as participações permanentes em 
 outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no 
ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia 
ou da empresa; IV - no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens 
corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa 
ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que 
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. 
6 
* Imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou 
 
17 
exercidos com essafinalidade, inclusive os decorrentes de operações que 
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens. 
* Diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação 
que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um 
exercício social e que não configurem tão somente uma redução de custos ou 
acréscimo na eficiência operacional. 
Passivo Circulante 
Composta pelas contas que representam as obrigações da empresa vencíveis até 
o final do exercício seguinte. 
Passivo Exigível em Longo Prazo 
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de 
direitos do ativo permanente, serão classificadas no passivo circulante, quando 
se vencerem no exercício seguinte, e no passivo exigível em longo prazo, se 
tiverem vencimento em prazo maior. 
Resultados de Exercícios Futuros 
Serão classificadas como resultados de exercício futuro as receitas de exercícios 
futuros, diminuídas dos custos e despesas a elas correspondentes. 
Representam as receitas pertencentes a exercícios futuros. 
Patrimônio Líquido 
O Patrimônio Líquido será dividido em capital social, reservas de capital, reservas 
de reavaliação, reservas de lucros e lucros ou prejuízos acumulados. 
* Capital Social: discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela 
ainda não realizada. 
 
 
 
18 
* Reservas de Capital: será composta pela contribuição do subscritor de 
ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem 
valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do 7 
capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou 
partes beneficiárias; o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de 
subscrição; o prêmio recebido na emissão de debêntures; as doações e as 
subvenções para investimento. 
* Reservas de Reavaliação: será composta pelas contrapartidas de 
aumentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações 
com base em laudo nos termos do artigo 8º, aprovado pela assembleia geral. 
* Reservas de Lucros: serão compostas pelas contas constituídas pela 
apropriação de lucros da companhia. 
* Lucros ou Prejuízos Acumulados. 
Da Obrigatoriedade e Vigência 
A obrigatoriedade se destina às Cias. Abertas (S/A), às Cias. Fechadas 
(S/A) e também às Sociedades de Grande Porte, porém nada impede que as 
empresas comerciais utilizem a Lei das SA como padrão para estrutura de suas 
demonstrações contábeis. 
Publicada em 17/12/1976, entrou em vigor 60 (sessenta) dias após a sua 
publicação, aplicando-se, todavia, a partir da data da publicação, às companhias 
que se constituírem. 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
LEI Nº 11.638/2007 
As novas regras introduzidas pela Lei nº 11.638/2007 estão alinhadas ao 
mercado contábil internacional e possui como objetivo principal, possibilitar a 
 
19 
eliminação de barreiras regulatórias e impedem a inserção total das companhias 
abertas no processo de convergência contábil internacional. 
A partir de 2007, com a publicação da Lei nº 11.638/2007, a estrutura do 
Balanço Patrimonial, com as devidas alterações, passa a ser dividido da seguinte 
forma: 
8 
* Ativo Circulante. 
* Ativo Realizável em Longo Prazo. 
* Ativo Permanente: será dividido em investimentos, imobilizado, 
intangível e diferido. 
* Passivo Circulante. 
* Passivo Exigível em Longo Prazo. 
* Resultado de Exercícios Futuros. 
* Patrimônio Líquido: será divido em Capital Social, Reservas de Capital, 
Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e 
Prejuízos Acumulados. 
Diante desta nova estrutura de Balanço Patrimonial, podemos observar as 
seguintes alterações em algumas contas patrimoniais: 
Ativo Permanente 
O Ativo Permanente será dividido em investimentos, imobilizado, intangível e 
diferido. 
 
 
 
20 
* Intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados 
à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo 
de comércio adquirido. 
Patrimônio Líquido 
O Patrimônio Líquido será divido em Capital Social, Reservas de Capital, 
Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e 
Prejuízos Acumulados. 
* Ajustes de Avaliação Patrimonial: serão classificadas como ajustes de 
avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em 
obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou 
diminuições de valor atribuído a elementos do ativo. 
9 
* Reservas de Lucros: o saldo das reservas de lucros, exceto as para 
contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar 
o capital social. Atingindo esse limite, a assembleia deliberará sobre aplicação do 
excesso na integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição de 
dividendos. 
A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, 
destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente 
de doações ou subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser 
excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório. 
Quanto às Reserva de Lucros a Realizar, o lucro, rendimento ou ganho 
líquido em operações ou contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado, 
cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social 
seguinte. 
 
21 
* Ações em Tesouraria: deverão ser destacadas no balanço como 
dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos 
aplicados na sua aquisição. 
* Lucros Acumulados: no encerramento do exercício social, a conta de 
lucros e prejuízos acumulados não deverá apresentar saldo positivo. Eventual 
saldo positivo remanescente na conta de lucros e prejuízos acumulados deverá 
ser destinado para reserva de lucros ou distribuído como dividendo. Embora a 
redação original da Lei nº 6.404, de 1976, já tenha determinado a destinação de 
todo o resultado do exercício, a redação anterior, ao prever a existência de saldo 
final na conta de lucros acumulados, suscitou dúvidas e até a possibilidade de 
retenções indiscriminadas e não devidamente justificadas. Tendo em vista que 
todo o lucro líquido do exercício deve ser destinado, de acordo com os 
fundamentos contidos nos art. 194 a 197, a redação atual da Lei nº 6.404, de 
1976, eliminou a possibilidade de existência de saldo de lucros acumulados no 
encerramento do exercício social. Evidentemente, não foram eliminadas a conta 
de lucros acumulados e a demonstração da sua movimentação, que deverão ser 
apresentados de forma isolada ou, no caso das companhias abertas, como parte 
da demonstração das mutações de patrimônio líquido. Essa conta, entretanto, 0 
possui natureza absolutamente transitória, e será utilizada para servir de contrapartida às 
reversões das reservas de lucros e às destinações do lucro. 
Da Obrigatoriedade e Vigência 
A obrigatoriedade se destina às Cias. Abertas (S/A), às Cias. Fechadas 
(S/A) e também às Sociedades de Grande Porte, porém nada impede que as 
empresas comerciais utilizem a Lei das SA como padrão para estrutura de suas 
demonstrações contábeis. 
Publicada em 28/12/2007, entrou em vigor no primeiro dia do exercício seguinte à 
sua publicação. 
 
 
 
22 
Como o exercício social não precisa seguir o ano calendário, podendo, por 
exemplo, ter iniciado em 01/06/2007 e encerrado em 31/05/2008, as alterações 
da Lei nº 11.638/2007 somente serão aplicadas às demonstrações financeiras 
encerradas a partir de 2009, nos casos das companhias que iniciaram suas 
atividades anteriormente à 01/01/2008. 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
MP 449/2008 
A partir de 2009, com a publicação da MP 449/2008 a estrutura do Balanço 
Patrimonial, com as devidas alterações, passa a ser dividido da seguinte forma:* Ativo Circulante. 
* Ativo Não Circulante: será dividido em Ativo Realizável a Longo Prazo, 
Investimentos, Imobilizado e Intangível. 
* Passivo Circulante. 
* Passivo Não Circulante. 
* Patrimônio Líquido: será dividido em Capital Social, Reservas de 
Capital, Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em 
Tesouraria e Prejuízos Acumulados. 
1 
Diante desta nova estrutura de Balanço Patrimonial, podemos observar as 
seguintes alterações em algumas contas patrimoniais: 
Ativo Não Circulante 
O Ativo Não Circulante será dividido em Ativo Realizável em Longo Prazo, 
Investimentos, Imobilizado e Intangível. 
 
23 
Fica eliminado o grupo Ativo Diferido, e o saldo existente em 31/12/2008 
nesse grupo que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de 
contas, poderá permanecer no Ativo sob essa classificação até sua completa 
amortização, sujeito à análise sobre a recuperação dos valores registrados no 
Imobilizado e no Intangível. 
O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, pela 
sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer 
no ativo sob essa classificação até sua completa amortização, sujeito a análise 
sobre a recuperação. Caso esta amortização se finalize até o final do exercício 
seguinte, poderá ser classificado no Ativo Circulante. 
Passivo Circulante 
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de 
direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando 
se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem 
vencimento em prazo maior. 
Passivo não Circulante 
As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de 
direitos do Ativo Não circulante, serão classificadas no Passivo Circulante, 
quando se vencerem no exercício seguinte, e no Passivo Não circulante, se 
tiverem vencimento em prazo maior. 
As obrigações, encargos e riscos classificados no passivo não circulante 
serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando 
houver efeito relevante. 
2 
Fica eliminado o grupo Resultados de Exercícios Futuros (REF), e o saldo 
existente no REF em 31/12/2008 deverá ser reclassificado para o Passivo Não 
 
 
 
24 
circulante em conta representativa de receita diferida, e esse registro deverá 
evidenciar a receita diferida e o respectivo custo diferido. 
Patrimônio Líquido 
O Patrimônio Líquido será dividido em Capital Social, Reservas de Capital, 
Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e 
Prejuízos Acumulados. 
Os Ajustes de Avaliação Patrimonial serão classificados como ajustes de 
avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em 
obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou 
diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em 
decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em 
normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários. 
Registros Contábeis 
A companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, 
sem qualquer modificação da escrituração mercantil e das demonstrações, as 
disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que 
constitui seu objeto, que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de 
métodos ou critérios contábeis diferentes ou determinem registros, lançamentos 
ou ajustes ou a elaboração de outras demonstrações financeiras. 
As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, 
as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão 
obrigatoriamente submetidas à auditoria por auditores independentes nela 
registrados. 
Da obrigatoriedade e vigência 
A obrigatoriedade se destina às Cias. Abertas (S/A), às Cias. Fechadas 
(S/A) e também às Sociedades de Grande Porte, porém nada impede que as 
 
25 
empresas comerciais utilizem a Lei das S/A como padrão para estrutura de suas 
demonstrações contábeis. 
3 
Demonstrativo do resultado do exercício 
Destina-se a evidenciar a formação de resultado líquido do exercício, 
diante do confronto das receitas, custos e despesas apuradas segundo o regime 
de competência, a DRE oferece uma síntese econômica dos resultados 
operacionais de uma empresa em certo período. Embora sejam elaboradas 
anualmente para fins de divulgação, em geral são feitas mensalmente pela 
administração e trimestralmente para fins fiscais. 
A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal 
apresentar de forma vertical resumida o resultado apurado em relação ao 
conjunto de operações realizadas em um determinado período, normalmente, de 
doze meses. 
De acordo com a legislação, as empresas deverão na Demonstração do Resultado 
do Exercício discriminar: 
• a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os 
abatimentos e os impostos; 
• a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços 
vendidos e o lucro bruto; 
• as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, 
as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; 
• o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais; 
• o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o 
imposto; 
 
 
 
26 
• as participações de debêntures, empregados, administradores e partes 
beneficiárias, e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência 
de empregados; 
• o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital 
social. 
4 
Na determinação da apuração do resultado do exercício serão computados em 
obediência ao princípio da competência: 
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, 
independentemente de sua realização em moeda; e 
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, 
correspondentes a essas receitas e rendimentos. 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ÍNDICES 
INTRODUÇÃO 
Os administradores devem saber que as analises e índices financeiros não 
são suficientes para dizer se uma empresa está em níveis bons ou ruins, as 
analises são demonstrativos que relacionam caixa e os ativos da empresa. Desta 
forma nesta unidade através do estudo das demonstrações financeiras e capital 
de giro, os administradores poderão entender as necessidades da empresa, para 
que sua decisão seja de forma pontual. 
É através das analises e índices financeiros, que o administrador poderá 
avaliar o desempenho de uma empresa, possibilitando ao gestor ter uma noção 
geral de como está os ativos, produzindo resultados financeiros para que se 
possa tomar decisões e fazer o planejamento do exercício. Gropelli e Nikbakht 
(2006, p.348) cita que pelo estudo desses demonstrativos, os administradores 
 
27 
podem localizar pontos fracos nas operações financeiras e adotar medidas 
corretivas apropriadas. 
Os demonstrativos financeiros são uma importante ferramenta para que os 
gestores possam aperfeiçoar o processo, criando situações favoráveis e fazendo 
a realocação de recursos e investimentos, garantindo assim a continuidade e 
expansão de suas riquezas, agregando valor a suas marcas e produtos. 
O capital de giro exige que o administrador financeiro tenha direcionamento 
estratégico, pois desenvolve atividades em um cenário constante de risco e sempre 
precisa estar se adequando a mudanças, buscando 5 
o equilíbrio financeiro de acordo com as necessidades da empresa, ligando diretamente 
o capital de giro ao planejamento estratégico da empresa. 
Desta forma o capital de giro necessita muito mais que demonstrações 
financeiras, precisa de planejamento estratégico, para que a empresa atinja seus 
objetivos a curto e ao longo prazo,para estar dentro das necessidades da 
empresa, sustentando as operações do dia dia. 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
Existem vários meios para avaliar o desempenho de uma empresa. Um 
deles consiste na análise de seus demonstrativos financeiros. Pode-se fazer isso 
de três maneiras: 
1- Estudar o conteúdo da demonstração do resultado do exercício e do balanço 
patrimonial; 
2- Analisar os demonstrativos de fluxo de caixa; 
3- Examinar as relações entre os demonstrativos de resultado e o balanço 
patrimonial, realizando uma análise de índices financeiros. 
 
 
 
28 
O propósito final da análise financeira dos demonstrativos contábeis por 
meio desses três procedimentos é auxiliar os administradores a realizarem um 
planejamento consistente (GROPPELLI, 2006). 
Verifica-se, claramente, que o insumo mais importante para uma análise 
com uso de índices financeiros são os demonstrativos contábeis, em especial o 
demonstrativo do resultado do exercício e o balanço patrimonial. Logo, é 
necessária uma boa compreensão destes demonstrativos para elaborar 
relatórios, interpretar adequadamente a situação das entidades e elaborar um 
planejamento seguro. 
Groppelli prossegue na sua análise dizendo que a administração 
responsável de uma empresa exige o constante acompanhamento das 
operações. Por exemplo, os executivos financeiros precisam saber se suas 
empresas possuem ou não suficiente liquidez; isto é, eles devem assegurar-se 
de que fundos suficientes estão disponíveis para pagar as dívidas pontualmente. 
6 
As empresas também estabelecem diretrizes em relação aos montantes de empréstimos 
e de compromissos financeiros fixos aceitáveis. 
TIPOS DE COMPARAÇÕES DE ÍNDICES 
Gitman (2006, p. 191) estabelece os tipos de comparação de índices. 
A análise de índices não é apenas o cálculo de um índice. O mais 
importante é a interpretação do valor do índice. Uma base significativa para 
comparação é necessária para responder a perguntas como “é baixo ou alto 
demais”? e “é bom ou ruim?”. 
Cabe fazer um parêntese aqui e ressaltar a definição de finanças dada por 
Gitman, justamente quando ele afirma que administrar as finanças é a arte e a 
ciência. No momento em que se calcula o índice, aplica-se a ciência, ou seja, 
fórmulas especialmente desenvolvidas para esta finalidade. Mas a interpretação 
 
29 
precisa da arte, e esta arte consiste em interpretar e investigar adequadamente 
a composição desse índice que se obteve, sob pena de fazer uma leitura 
equivocada sobre o interpretação precisa da arte, e esta arte consiste em 
interpretar e investigar adequadamente a composição desse índice que se 
obteve, sob pena de fazer uma leitura equivocada sobre o real significado do 
resultado. 
Destacam-se dois tipos de comparação de índices: comparativa setorial e série-
temporal. 
Análise comparativa setorial 
A análise comparativa setorial envolve comparação de índices financeiros 
de diferentes empresas na mesma data. Os analistas frequentemente estão 
interessados em comparar o desempenho da empresa com o de outras em seu 
setor. Muitas vezes, uma empresa compara os valores de seus índices com os 
de uma concorrente ou grupo importante de concorrentes que deseja imitar. 
Em algumas situações pode-se utilizar a média dos índices da 
concorrência como parâmetro e em outras são preferidos os índices da empresa 
líder do setor. 
7 
Análise da série-temporal 
A análise da série-temporal avalia o desempenho com o tempo. A 
comparação do atual desempenho com o antigo, por meio de índices, permite 
que os analistas avaliem o progresso da empresa. Tendências em 
desenvolvimento podem ser notadas, usando-se comparações de vários anos. 
Como na análise comparativa setorial, quaisquer mudanças significativas de ano 
para ano podem ser sintomas de um problema importante. 
Este tipo de análise encontra restrições de uso em empresas novas, com 
apenas um período de informações, já que não é possível fazer uma evolução 
 
 
 
30 
histórica dos dados. Para estas empresas deve ser utilizada a comparação 
setorial. 
Análise combinada 
Esta talvez seja a melhor maneira de utilizar análise com índices 
financeiros, pois permite uma visão combinada possível de avaliar a tendência do 
comportamento do índice em relação à tendência para o setor. 
Conforme Gitman (2006, p 193), antes de abordar índices específicos, devemos 
tomar as seguintes precauções: 
1) Os índices com grandes desvios da norma só indicam sintomas de um 
problema. Uma análise complementar costuma ser necessária para isolar as 
causas do problema. 
2) Um índice único muitas vezes não fornece informações suficientes 
para julgar o desempenho geral da empresa. Somente quando um grupo de 
índices é utilizado podem ser feitos julgamentos razoáveis. 
3) Os índices que estão sendo comparados devem ser calculados 
usando-se as demonstrações efetuadas na mesma data durante o ano. Caso 
contrário, os efeitos da sazonalidade podem gerar conclusões e decisões 
errôneas. 
4) É preferível utilizar demonstrações financeiras auditadas para análise 
de índices. Pois os dados nelas contidos podem não ser verdadeiros. 
8 
5) Os dados financeiros que estão sendo comparados devem ter sido 
desenvolvidos da mesma maneira. 
 
31 
6) Os resultados correm risco de serem distorcidos pela inflação, que 
pode fazer os valores contábeis do estoque e dos ativos depreciáveis diferirem 
muito de seus verdadeiros valores. 
Estes são cuidados que se deve tomar para obter uma correta interpretação do 
resultado da análise de índices financeiros. 
CATEGORIAS DE ÍNDICES FINANCEIROS 
A seguir, apresentam-se alguns índices financeiros, não esgotando o 
assunto. Esses índices são os mais utilizados e permitem uma leitura confiável, 
se utilizadas as precauções anteriormente elencadas. 
Para Gitman (2006, p. 194) os índices financeiros podem ser divididos em 
cinco categorias básicas: liquidez, atividade, endividamento, lucratividade e 
índices de mercado. 
ÍNDICE DE LIQUIDEZ 
A liquidez de uma empresa é medida por sua capacidade de satisfazer 
suas obrigações no vencimento. A liquidez se refere à solvência da posição 
financeira geral da empresa – a facilidade com a qual ela pode pagar suas contas. 
Índice de liquidez de curto prazo 
Esse índice mede a capacidade que a empresa tem para pagar suas 
obrigações no curto prazo. Faz uma relação dos valores a receber com os valores 
a pagar, no curto prazo. Mostra quantos reais ela tem para cada real de dívidas. 
A fórmula utilizada é a seguinte: 
Índice de liquidez de curto prazo = ativo circulante/passivo circulante. 
Um índice de curto prazo aceitável comumente citado é 2,0. Mas deve-se 
atentar aos componentes patrimoniais que originam este índice. O analista 
financeiro não deve se ater simplesmente ao índice, mas deve investigar a 
qualidade dos componentes. 
9 
 
 
 
32 
Isto quer dizer que a empresa tem R$ 2,00 para receber para cada R$ 1,00 
de dívidas a pagar. Certamente apresenta uma situação de liquidez confortável. 
Ao analisar a qualidade dos componentes do ativo circulante esse índice 
pode não ser tão bom assim. Suponha que metade das duplicatas a receber 
sejam incobráveis e outra metade dos estoques seja de produtos não vendáveis, 
estoque obsoleto. Teríamos, então, um novo valor real para o ativo circulante: 
AC = 22.500,00/20.000,00 = 1,12, ou seja, situação muito diferente da anterior, cujo 
índice representa risco de inadimplência. 
Desta forma ,deve-se analisar, além do índice, a composição dos componentes 
patrimoniais. 
Índice de liquidez seca 
Também chamado de quociente ácido, porque se extrai os estoques do 
valor do ativo circulante. O estoque representa o componente de menor liquidez 
do ativo circulante e sem ele o índice de liquidez contém apenas componentesfacilmente convertidos em liquidez. 
Acima de 1,0 é recomendado, mas sempre levando em consideração a qualidade 
dos componentes. 
A fórmula utilizada é a seguinte: 
Índice seco = Ativo circulante – estoques/passivo circulante. 
Índice de liquidez geral 
Este índice retrata a saúde financeira, incluindo o longo prazo. Por isso chamada 
de liquidez geral. 
Este índice é determinado pela seguinte expressão: 
 
33 
Liquidez Geral = Ativo circulante + ativo realizável em longo prazo/passivo 
circulante + Passivo exigível em longo prazo. 
Índice desejado 2,0 ou acima, respeitada a qualidade dos componentes. 
0 
ÍNDICES DE ATIVIDADE 
Os indicadores de atividade visam à mensuração das diversas durações 
de um ciclo operacional, o qual envolve todas as fases operacionais típicas de 
uma empresa, que vão desde a aquisição de insumos básicos ou mercadorias 
até o recebimento das vendas realizadas (NETO, 2003). 
Giro de estoque 
O giro de estoque mede comumente a atividade do estoque de uma empresa. É 
calculado desta maneira: 
Giro de estoque = Custo de produtos vendidos/estoque. 
O giro de estoques só é significativo quando comparado ao de outra empresa no 
mesmo setor ou ao giro de estoque anterior da empresa. 
O giro de estoque pode ser convertido facilmente em uma idade média de estoque, 
dividindo--se por 360. 
Em outras palavras: o giro de estoque significa quantas vezes o estoque 
médio da empresa foi vendido em um ano. Ele mede a velocidade das vendas. A 
idade média de estoque indica tempo médio que os estoques ficam na empresa 
até serem vendidos. 
Prazo médio de recebimento 
Mede a idade média das contas a receber. É útil para comprar com a política de 
crédito praticada pela empresa. 
 
 
 
34 
Por exemplo: a empresa concede, em média, 45 dias para seus clientes. 
Se o prazo médio de recebimento apontar para 50 dias, significa que a empresa 
recebe, em média, suas contas com atraso de 5 dias. 
Pode ser calculado da seguinte forma: 
Prazo médio de recebimento = contas a receber/vendas médias diárias. 
Vendas médias diárias = Vendas anuais/360 
Prazo médio de pagamento 
1 
Calcula a idade média das contas a pagar e pode ser calculado da seguinte forma: 
Prazo médio de pagamento = contas a pagar/compras médias diárias. 
Compras médias diárias = Compras anuais/360. 
Giro do ativo total 
Esse índice indica a eficiência com que a empresa utiliza seus ativos para gerar 
vendas. Quanto maior o índice melhor a utilização dos ativos. 
Pode ser calculado utilizando a fórmula: 
Giro do ativo total = Vendas/ativos totais. 
ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO 
Groppelli diz que uma empresa pode tomar dinheiro emprestado em curto 
prazo, principalmente para financiar seu capital de giro, ou em longo prazo, 
sobretudo para comprar instalações ou equipamentos. Quando a empresa se 
endivida em longo prazo, compromete-se a efetuar pagamentos periódicos de 
juros – e liquidar o principal na data do vencimento. Para fazer isso, deve gerar 
 
35 
lucro suficiente para cobrir os pagamentos das dívidas. Uma forma para descobrir 
grau de endividamento de uma empresa é analisar vários índices de 
endividamento. 
Índice de endividamento geral 
Esse índice indica o percentual de ativos totais que é financiado por capital 
de terceiros. 
Pode ser calculado por meio da fórmula: 
Índice de endividamento geral = exigível total/ativos totais. 
Índice de capitais de terceiros/capital próprio (D/E) 
Um índice de endividamento mais comum envolve a relação entre o capital de 
terceiros e o capital próprio. 
Para calcular aplica-se a fórmula abaixo: 
2 
D/E = Passivo circulante + Passivo exigível a longo prazo/patrimônio líquido. 
Índice de cobertura de juros 
Mede a capacidade que a empresa tem de pagar juros. Este índice pode ser 
calculado aplicando a fórmula: 
Índice de cobertura de juros = Lucro antes de juros e imposto de 
renda/juros do período. Quanto maior for este índice, melhor será a capacidade 
de pagar juros da empresa. 
ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE 
São índices que avaliam os lucros da empresa com relação a um dado nível de 
vendas ou ao investimento dos proprietários. 
 
 
 
36 
A demonstração, em geral, é feita em termos percentuais, para facilitar a 
interpretação dos resultados. 
Margem bruta de lucro 
A margem bruta mede a porcentagem de ganho da empresa na pura compra e 
venda. Pode ser calculada utilizando-se da fórmula a seguir: 
Margem bruta de lucro – Lucros brutos/vendas x 100 
Margem de lucro operacional 
Mede a porcentagem de cada unidade monetária em vendas restantes depois 
que todos os custos e despesas são deduzidos. Calcula-se assim: 
Margem de lucro operacional = Lucro operacional/vendas x 100 
Margem líquida de lucro 
Mede a porcentagem restante depois de deduzidas todos os custos e 
despesas, inclusive juros e imposto de renda. A fórmula para o cálculo é a 
seguinte: 
Margem líquida de lucro = Lucro líquido/vendas x 100 
3 
Retorno sobre o ativo total (ROA) 
Mede a eficiência geral da administração a gerar lucros com seus ativos. 
Quanto mais alto o retorno sobre o ativo total da empresa, melhor. Pode ser 
calculado da seguinte maneira: 
Retorno sobre ativo total = Lucro líquido/ativo total x 100 
Retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) 
 
37 
Mede o ganho dos proprietários da empresa, já que o patrimônio líquido 
representa o montante dos sócios investido na empresa. Pode ser calculado pela 
seguinte fórmula: 
Retorno sobre o patrimônio líquido = Lucro líquido/patrimônio líquido x 100 
CAPITAL DE GIRO 
Neto (2003) diz que o conceito de capital de giro apresenta usualmente 
diferentes interpretações que são aplicadas segundo os critérios e a natureza do 
estudo desenvolvido. Em virtude de terem sido esboçadas, muitas vezes, 
metodologias alternativas de cálculo de acordo com as definições consideradas, 
é fundamental que se descrevam os principais conceitos e formas de 
remuneração do capital de giro. 
O capital de giro corresponde ao ativo circulante de uma empresa. Em 
sentido amplo, o capital de giro representa o valor dos recursos demandados pela 
empresa para financiar seu ciclo operacional, o qual engloba as necessidades 
circulantes identificadas desde a aquisição de matérias-primas até a venda e o 
recebimento dos produtos elaborados. 
A figura desenvolvida por Neto, apresentada abaixo, retrata o fluxo de 
capital de giro de acordo com o ciclo de produção e venda de uma empresa 
industrial. 
O CAPITAL DE GIRO LÍQUIDO 
É a interpretação mais usual. Representa, de maneira geral, o valor líquido 
das aplicações processadas no ativo circulante da empresa. 
4 
A forma mais direta de obter o capital de giro líquido, ou capital circulante 
líquido, como também é denominado, é mediante a simples diferença entre ativo 
circulante e passivo circulante, ou seja: 
 
 
 
38 
CGL (CCL) = Ativo circulante – passivo circulante. 
O capital de giro líquido pode também ser entendido como a parcela do ativo 
circulante financiada pelos recursos de longo prazo da empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
39 
REFERÊNCIAS 
CASAROTO, Nelson Junior. Análise de Investimentos. São Paulo, 2008. 
GITMAN, Lawrence Jeffrey. Administração financeira: Uma Abordagem Gerencial. 
São Paulo: Pearson, 2006. 
GROPPELLI, A.A. e NIKBAKHT, Ehsan. Administração financeira. São Paulo: 
Saraiva, 2006. 
NETO, Alexandre Assaf. Finanças corporativas e valor. São Paulo: Atlas, 2003. 
RAO, Dillep. Financiamento de Empresas: 25 princípios para captar dinheiro e 
crescer. São Paulo: Publifolha, 2003. 96p 
Sites: 
<www.bcb.gov.br>. 
<www.cvm.gov.br>. 
<www.susep.gov.br>. 
<www.inpecon.com.br>. 
<www.uniresia.com.br>. 
<www.pa.sebrae.com.br>.<www.conjural.com.br>. 
<http://contabilidade.wikidot.com>.

Continue navegando