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CIVIL 9º SEM - 27 03 2021

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DIREITO CÍVEL – 9º. SEMESTRE 27.03.2021
• É obrigatória a entrega desta folha junto com a peça manuscrita e digitada. 
• Conforme edital, só será validada uma peça por sábado. 
(XXVIII Exame OAB – maio/2019) Julia dirigia seu veículo na Rua 001, na cidade do Rio de Janeiro, quando sofreu uma batida, na qual também se envolveu o veículo de Marcos. O acidente lhe gerou danos materiais estimados em R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), equivalentes ao conserto de seu automóvel. Marcos, por sua vez, também teve parte de seu carro destruído, gastando R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para o conserto. Diante do ocorrido, Julia pagou as custas pertinentes e ajuizou ação condenatória em face de Marcos, autuada sob o nº 11111111111 e distribuída para a 8ª Vara Cível da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de obter indenização pelo valor equivalente ao conserto de seu automóvel, alegando que Marcos teria sido responsável pelo acidente, por dirigir acima da velocidade permitida. Julia informou, em sua petição inicial, que não tinha interesse na designação de audiência de conciliação, inclusive porque já havia feito contato extrajudicial com Marcos, sem obter êxito nas negociações. Julia deu à causa o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais). Marcos recebeu a carta de citação do processo pelo correio, no qual fora dispensada a audiência inicial de conciliação, e procurou um advogado para representar seus interesses, dado que entende que a responsabilidade pelo acidente foi de Julia, que estava dirigindo embriagada, como atestou o boletim de ocorrência, e que ultrapassou o sinal vermelho. Entende que, no pior cenário, ambos concorreram para o acidente, porque, apesar de estar 5% acima do limite de velocidade, Julia teve maior responsabilidade, pelos motivos expostos. Aproveitando a oportunidade, Marcos pretende obter de Julia indenização em valor equivalente ao que dispendeu pelo conserto do veículo. Marcos não tem interesse na realização de conciliação. Na qualidade de advogado(a) de Marcos, elabore a peça processual cabível para defender seus interesses, indicando seus requisitos e fundamentos, nos termos da legislação vigente. Considere que o aviso de recebimento da carta de citação de Marcos foi juntado aos autos no dia 04/02/2019 (segunda-feira), e que não há feriados no mês de fevereiro.
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 8º VARA CÍVIL DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Nº do processo: 11111111111
Marcos, devidamente qualificado nos autos, por meio do seu advogado constituído (procuração anexa), com endereço profissional em ... e endereço eletrônico ..., vem a presença de vossa excelência, com fulcro nos artigos 335 e 336 e seguintes do Código de Processo Civil, apresentar:
CONTESTAÇÃO COM RECONVENÇÃO
aos fatos e direitos opostos por Júlia, também qualificada nos autos do presente processo.
I. DA TEMPESTIVIDADE
 A presente peça processual é tempestiva. O prazo para apresentação da contestação é o de 15 (quinze) dias a partir da juntada do AR relativo à carta de citação, ou seja, o prazo final para a prática do ato seria o dia 25/02/2019, restando a peça tempestiva.
II. - PRELIMINARMENTE
2.1. DA INCORREÇÃO DO VALOR DA CAUSA
 Aponta a parte autora o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) como valor da causa. Acontece que esse valor não respeita os ditames legais. Conforme o art. 292, CPC, as ações indenizatórias devem ter por valor da causa o importe que se pretende.
Ora, o montante pleiteado pela parte autora é o de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), valor este que, segundo aduz, foi utilizado no conserto do veículo. Assim, o valor da causa indicado pela parte autora deveria ser o de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), devendo o juiz decidir a respeito, impondo a complementação das custas, nos termos do art. 337, III, CPC.
III. - DOS FATOS
 Alega a parte autora que dirigia seu veículo na Rua 001, na cidade do Rio de Janeiro, quando se envolveu em acidente de trânsito com o veículo do réu. Em decorrência do acidente, sofreu danos materiais no valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), valor que foi utilizado para consertar o automóvel.
 Segue aduzindo que o acidente foi provocado por culpa do réu, pois estaria dirigindo acima da velocidade permitida. Pleiteando, no mérito, a indenização pelos danos materiais sofridos.
 Deu a causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) e informou não desejar audiência de conciliação, por ter tentado acordo extrajudicial, sendo infrutífero.
 Conforme se verá, inexiste qualquer direito a ser reparado à autora. Ela se encontrava embriagada no momento do acidente, tendo, inclusive, avançado o sinal vermelho.
IV. DO DIREITO
 Sem ato ilícito não há responsabilidade civil. O réu em nenhum momento praticou ação voluntária com negligência ou imprudência que causasse danos a parte autora e, consequentemente, gerasse o dever indenizatório. Não houve afronta, portanto, aos artigos. 186 c/c 925 do Código Civil.
 Ao contrário, toda responsabilidade cabe a parte autora que, conforme documentos apresentados, estava completamente embriagada no momento do acidente, pondo pedestres e outros motoristas em risco, avançando sinais vermelhos.
 Caso assim não se entenda, é necessário levantar a responsabilidade concorrente entre as partes. A culpa é fator determinante no momento de se determinar o valor indenizatório.
 O Código Civil permite ''reduzir, equitativamente, a indenização'' quando houver excessiva desproporção entre a culpa e o dano (artigo. 944, parágrafo único, CC). Sendo estabelecido ainda que: ''se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com o do autor do dano'' (artigo. 945, CC).
 Ora, apesar do réu exceder o limite de velocidade em 5%, esse valor é ínfimo, não sendo o motivo preponderante para o acontecimento do acidente. Pelos motivos aduzidos, improcedentes os pleitos autorais. Caso reste configurado a responsabilidade civil, imperioso implicar que ela seja concorrente.
V. DA RECONVENÇÃO
 Ao réu é lícito propor reconvenção, manifestando pretensão própria, se conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa, nos termos do artigo 343, Código de Processo Civil.
 Decorrente do mesmo fato, pleiteia o réu, ora reconvinte, indenização pelos danos materiais sofridos no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), importe utilizado para o conserto do veículo ocasionado pelo acidente (doc. anexo).
 Restando claro o dever indenizatório do reconvindo, ante a prática de ato ilícito pela sua negligência ao dirigir embriagada, atravessando sinais vermelhos, tudo nos termos do artigo 944 do Código Civil.
Atribui-se ao valor da causa o importe de R$ 30.000,00 (trinta mil reais).
VI. DOS PEDIDOS
a.) Requer o acolhimento da preliminar arguida, intimando a parte autora à complementar as custas.
b.) No mérito, requer a total improcedência dos pleitos autorais.
c.) Subsidiariamente, requer a procedência parcial em razão da responsabilidade concorrente.
d.) Quanto a reconvenção, requer a procedência do pedido reconvencional, para condenação da autora-reconvinda ao pagamento da indenização no valor de R$30.000,00.
e.) No final, requer a condenação da parte autora em custas e honorários advocatícios.
f.) Pleiteia provar o alegado por todos os meios em direito admitido, em especial com a juntada das notas fiscais e comprovantes de pagamento dos R$30.000,00 e juntada do boletim de ocorrência.
Nestes termos,
Pede deferimento
Local, data
Advogado
 OAB

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