Buscar

Anatomia do coração - ANATOMIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Leonan José – T5 
 ANATOMIA – BBPM III 
Anatomia do Coração – André 
INTRODUÇÃO 
 Numa vista anterior, vemos o mediastino após a 
retirada das costelas e músculos. O mediastino médio 
inclui: o pericárdio (saco fibroseroso que envolve o 
coração), o coração e as raízes de seus grandes vasos – 
parte ascendente da aorta, tronco pulmonar e veia cava 
superior – que entram e saem do coração. Não e possível 
vermos esses vasos na ilustração porque o pericárdio se 
alonga e acaba por cobrir os vasos da base. 
 
 Agora, foi retirado grande parte do tecido 
adiposo, foi afastada as faces mediais do pulmão direito 
e esquerdo e observamos bem o mediastino médio, 
ocupado pelo coração e seu vasos da base. À esquerda, 
vemos o pericárdio com seus vasos e nervos e à direita 
ele foi retirado, permitindo que visualizemos que ele 
começa desde os vasos da base, recobre todo o coração 
e se fixa na aponeurose do m. diafragma. 
 
 
PERICÁRDIO 
 É o tecido de revestimento do coração. O 
pericárdio é uma das 3 membranas fibroserosas que 
existem no corpo humano (as outras são a pleura e o 
peritônio). Ele cobre o coração e o inicio de seus grandes 
vasos. É um saco fechado formado por 2 camadas: 
→ Uma camada externa resistente, o pericárdio 
fibroso, que é contínua com o centro tendíneo do 
diafragma (o mais externo); 
→ A face interna do pericárdio fibroso é revestida por 
uma membrana serosa brilhante, a lâmina parietal 
do pericárdio seroso; 
→ Essa lâmina é refletida sobre o coração nos grandes 
vasos (aorta, tronco e veias pulmonares e veias cavas 
superior e inferior) como a lâmina visceral do 
pericárdio seroso. 
 
Ou seja, temos um pericárdio fibroso e duas 
lâminas do pericárdio seroso (lâmina parietal e lâmina 
visceral). As túnicas de revestimento costumam ter essa 
denominação de “parietal” e “visceral” porque uma 
delas está voltada para a parede e, quando chega em um 
determinado ponto, 
ela se reflete para 
cobrir a víscera. 
Quando ela faz isso, 
ela se transforma 
numa lâmina 
visceral. Por isso, o 
pericárdio possui 
duas lâminas: uma 
voltada para a 
parede e outra para 
a víscera. 
A cavidade do pericárdio é o espaço virtual 
entre as lâminas parietal e visceral do pericárdio seroso. 
Ali circula um líquido chamado de líquido pericárdico 
que apenas permite que o coração se movimente sem 
gerar atrito entre as lâminas. 
 
→ Pericárdio fibroso 
O pericárdio fibroso é continuo superiormente 
com a túnica adventícia dos grandes vasos que entram 
e saem do coração e com a lâmina pré-traqueal da fáscia 
cervical (não estudada por enquanto). 
Além disso, ele é fixado anteriormente à face 
posterior do esterno pelos ligamentos 
esternopericárdicos (não é possível ver nessa figura). 
É unido posteriormente por tecido conectivo 
frouxo às estruturas do mediastino posterior. 
Por fim, é contínuo inferiormente com o centro 
tendíneo do diafragma. É tão fortemente aderido que 
forma um ligamento chamado de ligamento 
pericardicofrênico. 
 O coração e as raízes dos grandes vasos no 
interior do saco pericárdico apresentam relação anterior 
com o osso esterno, com as cartilagens costais e as 
extremidades anteriores das costelas de 3 a 5 no lado 
esquerdo. Ele fica posicionado de forma oblíqua: cerca 
de 2/3 à esquerda e 1/3 à direita do plano mediano. 
 A lamina visceral do pericárdio seroso forma o 
epicárdio, que é um tecido mais gorduroso que estende-
se sobre o início dos grandes vãos e torna-se contínuo 
com a lâmina parietal do pericárdio soroso 1) no local 
onde a aorta e o tronco pulmonar deixam o coração e 2) 
no local onde a veia cava superior e as veias pulmonares 
entram no coração. 
 
Leonan José – T5 
 ANATOMIA – BBPM III 
 O seio transverso 
do pericárdio é uma 
passagem transversal 
dentro da cavidade 
pericárdica entre esses dois 
grupos de vasos. 
 
 
→ Irrigação e inervação 
 A irrigação arterial do pericárdio provém 
principalmente da artéria pericardiofrênica, que não 
raro acompanha o nervo frênico até o diafragma. Essa é 
a mais importante e que devemos sabem. 
 Além disso, existem contribuições menores, 
como a da a. musculofrênica, a. bronquial, a. esofágica, 
a. frênica superior e aa. coronárias, contudo, é 
importante ressalvarmos que as coronárias irrigam 
apenas a lâmina visceral do pericárdio seroso, não o 
pericárdio fibroso e nem sua lâmina parietal. 
 A drenagem venosa do pericárdio é feita pela v. 
pericardiofrênica e por tributárias variáveis do sistema 
venoso ázigo. 
 A inervação do pericárdio provêm dos nervos 
frênicos (C3-C5), sendo que as sensações álgicas são 
comumente referidas na região supraclavicular 
ipsilateral (parte superior do ombro do mesmo lado). 
 
 
O CORAÇÃO 
O coração, que é um pouco maior do que uma 
mão fechada, é uma bomba dupla, autoajustável, de 
sucção e pressão, cujas partes trabalham em conjunto 
para impulsionar o sangue para todos os locais do corpo. 
O lado direito do coração (coração direito) recebe 
sangue pouco oxigenado (venoso) do corpo pela veia 
cava superior (VCS) e veia cava inferior (VCI) e o bombeia 
através do tronco e das artérias pulmonares para ser 
oxigenado nos pulmões. 
O lado esquerdo do coração (coração esquerdo) 
recebe sangue bem oxigenado (arterial) dos pulmões 
através das veias pulmonares e o bombeia para a aorta, 
de onde é distribuído para o corpo. 
O coração possui quatro câmaras: átrios direito 
(AD) e esquerdo (AE) e ventrículos direito (VD) e 
esquerdo (VE). Os átrios são câmaras de recepção que 
bombeiam sangue para os ventrículos (as câmaras de 
ejeção). 
As ações sincrônicas das duas bombas 
atrioventriculares (AV) cardíacas (câmaras direita e 
esquerda) constituem o ciclo cardíaco. 
O coração possui três camadas, sendo elas, da 
superficial para a profunda: 
1. Endocárdio: uma fina camada interna (endotélio e 
tecido conectivo subendotelial). Também pode ser 
chamado de membrana de revestimento do coração 
e também cobre suas valvas. É o mesmo 
revestimento de endotélio que existe nos vasos 
sanguíneos). 
2. Miocárdio: uma camada intermediária helicoidal e 
espessa, formada por músculo cardíaco. É mais 
abrangente no VE e no septo interventricular. 
3. Epicárdio: uma camada externa fina (mesotélio) 
formada pela lâmina visceral do pericárdio seroso. 
 
 
As fibras do miocárdio são em forma de hélice 
(helicoidal). Quando ele se contrai, produz um 
movimento análogo a um pano de chão sendo 
torcido/girado. Para que seja possível girar, é preciso 
que essas fibras tenham pontos fixos, assim como são as 
nossas mãos torcendo o pano. Os pontos fixos das fibras 
cardíacas são o esqueleto fibroso do coração, que é 
constituído por anéis fibrosos que circundam os anéis 
das valvas, além de um trígono fibroso direito e 
esquerdo. 
Além de servir como uma âncora para as fibras 
(sua principal função), o esqueleto fibroso mantém os 
óstios das valvas atrioventriculares (AV) e arteriais 
permeáveis, ou seja, mantém-nas abertas. Ademais, 
oferece fixação para as válvulas das valvas e forma um 
“isolante” elétrico, separando os impulsos conduzidos 
mioentericamente dos átrios e ventrículos – é como se a 
 
Leonan José – T5 
 ANATOMIA – BBPM III 
atividade elétrica para contração dos átrios fosse inibida 
por esse esqueleto fibroso, ocorrendo essa passagem 
elétrica para os ventrículos apenas no momento e pelo 
local correto. 
 
 
Na parte externa dos átrios será encontrado o 
sulco coronário, por onde trafegam as aa. coronárias. 
Entre os VD e VE será encontrado o sulcos 
interventriculares (IV) anterior e posterior. Onde for 
observado o ramo interventricular da a. coronária 
esquerda corresponderá ao sulco IV anterior, ao passo 
que, onde for observado o ramo interventricular 
posterior da a. coronária direita corresponderá ao sulco 
IV posterior. 
 
 
O ápice do coração é formado pela parte 
inferolateral do VE (é a parte menos móvel do coração). 
Ele situa-se posteriormente ao 5º espaço intercostal 
esquerdo em adultos (essencial saber disso na 
anamnese). Éo local de intensidade máxima dos sons de 
fechamento da valva AV esquerda (mitral), chamada de 
batimento apical. 
A base é a face posterior do coração, formada 
principalmente pelo AE. É onde encontra-se as 4 veias 
pulmonares (imagem abaixo) e está voltada 
posteriormente em direção aos corpos das vértebras de 
T6 a T9. Basicamente, a base é formada pelos 2 átrios. 
 
 O coração possui quatro faces: 
1. Face esternocostal (anterior): formada pelo VD 
2. Face diafragmática (inferior): repousa acima do m. 
diafragma, formada pelo VE e em parte pelo VD 
3. Fase pulmonar direita: formada pelo AD 
4. Face pulmonar esquerda: formada pelo VE 
 
Além disso, o coração possui margens, que lhe 
dão uma forma de trapezoide. 
a) Margem superior: onde se encontra os átrios e 
aurículas direita e esquerda, formando também o 
limite inferior do seio transverso 
b) Margem esquerda: é obliqua, quase vertical, 
formado principalmente pelo VE e por uma parte da 
aurícula esquerda 
c) Margem direita: ligeiramente convexa, formada 
pelo AD e se estende pela VCI e VCS 
d) Margem inferior: praticamente horizontal, onde 
está a face diafragmática, formada pelo VD e uma 
pequena parte pelo VE 
 
 
Leonan José – T5 
 ANATOMIA – BBPM III 
 
 
ÁTRIO DIREITO 
→ Recebe sangue venoso da veia cava superior (VCS), 
da veia cava inferior (VCI) e do seio coronário 
→ Externamente, possui a aurícula direita: é uma bolsa 
muscular cônica que se projeta do átrio direito como 
uma câmara adicional 
→ Possui muitos músculos pectíneos. Essa é uma 
característica exclusiva de átrios. O AE possui menos 
músculos pectíneos do que o AD devido à grande 
quantidade de sangue recebida pelo AD 
 
→ Existe uma crista terminal (onde se prendem os 
músculos pectíneos). É como se fosse um 
espessamento músculos pectíneos unindo os óstios 
da VCS com o óstio da VCI 
→ A VCS se abre na parte superior do AD no nível da 3ª 
cartilagem costal direita, enquanto a VCI se abre na 
parte inferior do AD, quase alinhada com a VCS, no 
nível da 5ª cartilagem costal 
→ Todas as estruturas venosas que entram no átrio 
direito se abrem no seio das veias cavas; 
→ A fossa oval superficial é o local de fusão da valva 
embrionária do forame oval com o septo interatrial 
(que conectava os dois átrios embriologicamente) 
→ O sangue da veia cava superior (VCS) é direcionado 
para o óstio atrioventricular direito, enquanto o 
sangue da veia cava inferior (VCI) é direcionado para 
a fossa oval, 
como era antes 
do nascimento. 
 
 
 
 
VENTRÍCULO DIREITO 
→ Forma a maior parte da face esternocostal, pequena 
parte da face diafragmática e a margem inferior do 
coração 
→ Superiormente, afila-se e forma um cone arterial, 
que conduz ao tronco pulmonar 
→ Interiormente, apresenta as trabéculas cárneas, 
tecido muscular exclusivo de ventrículos 
→ Uma estrutura que se destaca é a crista 
supraventricular, separa a parede muscular rugosa 
da parede lisa do cone arterial 
→ Óstio AV direito (valva tricúspide): localizado 
posteriormente ao corpo do esterno no nível do 4º e 
5º espaços intercostais (ponto de ausculta) 
→ Óstio AV direito é circundado por um dos anéis 
fibrosos: mantém o calibre do óstio constante, 
resistindo à dilatação que poderia resultar da 
passagem de sangue através dele com pressões 
variadas. 
→ Cordas tendíneas fixam-se às margens livres e às 
superfícies ventriculares das válvulas anterior, 
posterior e septal. 
 
→ As cordas tendíneas originam-se dos ápices dos 
músculos papilares. Existem os músculos papilares: 
o Anterior: o maior deles, se origina na parede 
anterior do VD e nele se fixam 2 válvulas, a 
anterior e a posterior 
o Posterior: se origina na parede inferior do 
VD e suas cordas tendíneas nas válvulas 
posterior e septal 
o Septal: origina-se do septo IV e suas cordas 
tendíneas se fixam às válvulas anterior e 
septal da valva AV direita 
 
→ Os músculos papilares começam a se contrair antes 
da contração do VD, tensionando as cordas 
tendíneas e aproximando as válvulas. 
 
Leonan José – T5 
 ANATOMIA – BBPM III 
→ Como as cordas estão fixadas às faces adjacentes de 
duas válvulas, elas evitam a separação das válvulas e 
sua inversão quando é aplicada tensão às cordas 
tendíneas e mantida durante toda a sístole, isto é, 
impede o prolapso das válvulas da valva AV direita 
quando a pressão ventricular aumenta. 
→ Assim, a regurgitação (fluxo retrógrado) de sangue 
do VD para o AD durante a sístole ventricular é 
impedida pelas válvulas. 
→ Entre os ventrículos existe um septo interventricular 
(SIV) que possui duas partes: 
o Parte muscular: a maior parte do septo 
o Parte membranácea: a válvula septal da 
valva AV direita está fixada ao meio dessa 
parte membranácea 
→ Existe uma trabécula cárnea que se destaca e é 
chamada de trabécula septomarginal e ela vai 
originar o ramo direito do fascículo AV, que possui 
uma relação com a condução elétrica 
→ Crista supraventricular: direciona o fluxo de entrada 
para a cavidade principal do ventrículo e o fluxo de 
saída para o cone arterial em direção ao óstio do 
tronco pulmonar. 
→ A valva do tronco pulmonar no ápice do cone 
arterial situa-se no nível da 3ª cartilagem costal 
esquerda. Também é possível ouvir a ausculta do 
fechamento dessa valva. 
A imagem abaixo destaca as valvas com suas 
válvulas, hora abertas e hora fechadas. É possível notar 
que a valva AV direita é tricúspide, possuindo as válvulas: 
septal, anterior e posterior. Enquanto isso, a valva AV 
esquerda é bicúspide, possuindo uma válvula anterior e 
outra posterior. 
ÁTRIO ESQUERDO 
 
→ O AE forma a maior parte da base do coração. Os 
pares de veias pulmonares direita e esquerda (que 
são avalvulares) entram nesse átrio, diferente da 
VCS e VCI, que possuem válvulas 
→ A aurícula esquerda é tubular, com músculos 
pectíneos, forma a parte superior da margem 
esquerda do coração e cavalga a raiz do tronco 
pulmonar; 
→ Uma depressão semilunar no septo interatrial indica 
o assoalho da fossa oval, a crista adjacente é a valva 
do forame oval; 
→ O interior do átrio esquerdo apresenta: 
o Uma parte maior com paredes lisas 
o Abertura das quatro veias pulmonares (duas 
superiores e duas inferiores) que entram em 
sua parede posterior lisa 
o Uma parede ligeiramente mais espessa do 
que a do AD 
→ Existe um septo interatrial que se incline 
posteriormente e para a direita 
→ E também um óstio AV esquerdo através do qual o 
átrio esquerdo transfere o sangue oxigenado que 
recebe das veias pulmonares para o VE 
 
VENTRÍCULO ESQUERDO 
 
→ O VE forma o ápice do coração e quase toda sua face 
esquerda (face pulmonar) 
 
Leonan José – T5 
 ANATOMIA – BBPM III 
→ O interior do ventrículo esquerdo apresenta: 
o Paredes cobertas principalmente por uma 
tela de trabéculas cárneas que são mais 
finas e mais numerosas do que no VD; 
o Uma cavidade cônica mais longa do que no 
VD; 
o Músculos papilares anteriores e posteriores 
maiores; 
o Uma parte de saída não muscular, de parede 
lisa, o vestíbulo da aorta, levando ao óstio da 
aorta e à valva da aorta; 
o Uma valva atrioventricular esquerda com 
duas válvulas que guarda o óstio AV 
esquerdo; 
o Um óstio da aorta situado em sua parte 
póstero superior direita e circundado por 
um anel fibroso ao qual estão fixadas as 
válvulas direita, posterior e esquerda da 
valva da aorta; 
o valva da aorta: localizada no nível do 3o 
espaço intercostal. 
 
Na diástole ventricular, a retração elástica da 
parede do tronco pulmonar ou da aorta força o sangue 
de volta para o coração. No entanto, as válvulas fecham-
se com um estalido, como um guarda-chuva apanhado 
pelo vento, quando há inversão do fluxo sanguíneo. 
 
Elas se aproximam para fechar por completo o 
óstio, sustentando umas às outras quando suas bases se 
tocam (encontram) e evitando o retorno de qualquer 
quantidade significativa de sangue para o ventrículo. 
Todas as válvulas são côncavas quando vistas de 
cima. Além disso, elas não possuem cordastendíneas 
para sustentá-las. Têm área menor do que as válvulas 
das valvas AV e a força exercida sobre elas é menor. 
As válvulas projetam-se para a artéria, mas são 
pressionadas em direção (e não contra) às suas paredes, 
formando a lúnula. O ápice da margem livre angulada é 
ainda mais espesso, formando o nódulo. 
A abertura da artéria coronária direita é no seio 
da aorta direito. Enquanto isso, a abertura da artéria 
coronária esquerda é no seio da aorta esquerdo, e 
nenhuma artéria origina-se do seio da aorta posterior 
(não coronário). 
 
 
VASCULARIZAÇÃO DO CORAÇÃO 
É realizada pelas artérias coronárias e veias 
cardíacas. Entretanto, o endocárdio e parte do tecido 
subendocárdico imediatamente externo ao endocárdio 
recebem oxigênio e nutrientes por difusão ou por 
microvascularização diretamente das câmaras do 
coração. 
Externamente e até o miocárdio, quem 
vasculariza o coração são as artérias coronárias. Elas são 
os primeiros ramos da aorta, irrigam o miocárdio e o 
epicárdio. Ademais, elas originam-se dos seios da aorta 
na região proximal da parte ascendente da aorta, 
imediatamente superior à valva da aorta, e seguem por 
lados opostos do tronco pulmonar. 
Artéria coronária direita (ACD) passa para o lado 
direito do tronco pulmonar, seguindo no sulco 
coronário. Ele dará ramos, como o ramo do nó sinoatrial 
ascendente, que irriga o nó SA. 
 
A ACD desce no sulco coronário e emite o ramo 
marginal direito, que irriga a margem direita do coração 
enquanto segue em direção ao ápice do coração, porém 
sem alcançá-lo. 
Após emitir esse ramo, vira para a esquerda e 
continua no sulco coronário até a face posterior do 
coração. Na face anterior da cruz do coração (a junção 
dos septos interatrial e interventricular entre as quatro 
câmaras cardíacas) a ACD dá origem ao ramo do nó 
atrioventricular, que irriga o nó AV. 
Ademais, ela dará origem ao ramo 
interventricular (IV) posterior, que desce no sulco IV 
posterior em direção ao ápice do coração. Esse ramo 
irriga áreas adjacentes de ambos os ventrículos e envia 
ramos interventriculares septais perfurantes para o 
septo. 
Um aspecto interessante é que o domínio do 
sistema arterial coronário é definido pela artéria que dá 
origem ao ramo interventricular (IV) posterior. Isso é 
 
Leonan José – T5 
 ANATOMIA – BBPM III 
interessante já que o domínio da artéria coronária 
direita é mais comum (aproximadamente 67%), porque 
geralmente é dela que vem o ramo IV posterior. Em 
outras palavras, a artéria coronária direita vasculariza 
bem mais do que a esquerda. Desse modo, o ramo 
terminal (ventricular esquerdo) da ACD continua por 
uma curta distância no sulco coronário 
 
Em resumo, a ACD supre: 
o O átrio direito; 
o A maior parte do ventrículo direito; 
o Parte do ventrículo esquerdo (principalmente a 
face diafragmática); 
o Parte do septo IV; 
o O nó SA (em cerca de 60% das pessoas) 
o O nó AV (em cerca de 80% das pessoas). 
 
A artéria coronária esquerda (ACE) passa entre 
a aurícula esquerda e o lado esquerdo do tronco 
pulmonar e segue no sulco coronário. Em 40% das 
pessoas, o ramo do nó SA origina-se do ramo circunflexo 
da ACE. Quando entra no sulco coronário, na 
extremidade superior do sulco IV anterior, a ACE divide-
se em dois ramos, o ramo IV e o ramo circunflexo. 
O ramo IV anterior segue ao longo do sulco IV 
até o ápice do coração. A seguir, faz a volta ao redor da 
margem inferior do coração e costuma fazer anastomose 
com o ramo IV posterior. Ele supre partes adjacentes de 
ambos os ventrículos e, através de ramos IV septais, os 
dois terços anteriores do SIV. A partir dele surge um 
ramo lateral (ou artéria diagonal), que desce sobre a 
face anterior do coração. 
O ramo circunflexo da ACE, é menor e 
acompanha o sulco coronário ao redor da margem 
esquerda do coração até a face posterior do coração. A 
partir dele surge o ramo marginal esquerdo, que 
acompanha a margem esquerda do coração e supre o 
VE. Na maioria das vezes, o ramo circunflexo da ACE 
termina no sulco coronário na face posterior do coração 
antes de chegar à linha média, mas em 
aproximadamente um terço das pessoas, ele continua 
como um ramo que segue dentro do sulco IV posterior 
ou adjacente a ele. 
 
Em resumo, a ACE supre: 
o O átrio esquerdo 
o A maior parte do ventrículo esquerdo 
o Parte do ventrículo direito 
o A maior parte do SIV (geralmente seus dois 
terços anteriores), inclusive o feixe AV do 
complexo estimulante do coração, através de 
seus ramos IV septais perfurantes 
o O nó SA (em cerca de 40% das pessoas). 
 
 
Veias cardíacas 
As veias cardíacas se abrem no seio coronário e 
em pequenas veias que drenam para o átrio direito. O 
seio coronário é um canal venoso largo que segue da 
esquerda para a direita na parte posterior do sulco 
coronário. 
Recebe a veia cardíaca magna em sua 
extremidade esquerda e a veia interventricular posterior 
e veia cardíaca parva em sua extremidade direita. 
 
A veia cardíaca magna dá origem à veia 
interventricular anterior, que se inicia no ápice do 
coração e ascende com o ramo IV anterior da ACE. 
No sulco coronário, ela vira-se para a esquerda, 
e sua segunda parte segue ao redor do lado esquerdo do 
coração como ramo circunflexo da ACE para chegar ao 
seio coronário. 
Desse modo, se a drenagem do lado esquerdo é 
realizada pela veia cardíaca magna, a drenagem do lado 
direito é realizada pela veia cardíaca parva que 
acompanha o ramo marginal direito da ACD. Assim, 
essas duas veias drenam a maioria das áreas comumente 
supridas pela ACD. 
 
INERVAÇÃO CARDÍACA 
O estímulo cardíaco se inicia no nó sinusal (AS) e 
a propagação do impulso começa pelos átrios até chegar 
no septo interventricular. Surge então um estímulo do 
nó atrioventricular (AV), que passa pelos ramos 
subendocárdicos para a inervação do coração. 
 
 O coração é inervado pelo plexo cardíaco. Esse 
plexo é formado pelo nervo cardíaco (que conduz fibras 
simpáticas). Esse nervo é formado por fibras pós-
ganglionares dos gânglios T1, T2 e T3. Elas não seguem 
nenhum vaso, apenas seguem até chegarem no coração. 
O nervo vago também participa do plexo cardíaco, 
fornecendo fibras parassimpáticas e possui ação de 
diminuição dos batimentos cardíacos.

Outros materiais