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APS- DIREITO ADMINISTRATIVO

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APS DIREITO ADMINISTRATIVO- FACULDADE FMU 
Princípios que norteiam a Administração Pública e ato Administrativo:
O Direito Administrativo possui como fonte principal a legislação e a constituição federal. No entanto, muito do que é estudado nessa área do Direito advém da doutrina, sobretudo diante da importância da discussão sobre os impactos dos princípios e dos poderes administrativos. Isto porque são muitas vezes abordados de maneira abrangente nas normas vigentes no ordenamento jurídico, o que, de um lado, permite maior amplitude interpretativas, mas, de outro, diminui o aspecto formal/concreto das proposições.
Os princípios são anteriores e superiores às normas, são o inicio de tudo, eles conduzem os atos do legislador, do administrador e do aplicador da lei ao caso concreto. Eles não precisam estar presentes na legislação, sendo validos e eficazes independente do Direito positivo, ou seja, independente do conjunto de normas jurídicas, escritas ou não, vigentes num certo território, a um certo tempo. Se fossem presentes nas leis, seriam ditas como normas pragmáticas, que são as que enunciam princípios, se diferenciando das demais, justamente, por terem uma interpretação aberta, imprecisa e ambígua.
Perceba que são de cumprimento obrigatório, sendo de gravidade maior descumpri-los do que a uma norma, pois implica ofensa a todo sistema de comandos. Nos mesmos não existe hierarquia, havendo importância individual de cada um, o que é diferido em suas aplicações a cada caso, dando mais valores a alguns, mas isso não se diz que possa haver uma hierarquia entre eles. 
No ordenamento jurídico brasileiro há várias leis que contém princípios dirigidos à Administração Pública. Nelas tem, de forma expressa ou tácita, conjuntos de princípios normativos diretores da atividade administrativa. Dentro da Administração Pública, há o Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público no qual surge o dever de licitar que tem como desdobramento os demais princípios desse meio (Princípio da Legalidade, Moralidade, Impessoalidade, Igualdade/Isonomia, Publicidade).
O caput do art. 37, CF/88 fala:
“A administração publica direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e também, ao seguinte:”
Dispõe sobre os princípios do Direito Administrativo. E da sua redação, extraem-se, dessa maneira:
1- princípio da legalidade;
2- princípio da impessoalidade;
3- princípio da moralidade;
4- princípio da publicidade;
5- princípio da eficiência (inserido com a Emenda Constitucional nº 19).
Esses princípios são reforçados. 
Além destes, tem também os princípios considerados inexplícitos. Isto é, são próprios do Direito Administrativo e dos atos administrativos, como, por exemplo, o princípio da proporcionalidade e da subsidiariedade. E, por fim, a interpretação mais aceita da aplicação dos princípios é da ponderação. 
1- PRINCIPIO DA LEGALIDADE:
Os agentes da Administração Pública devem atuar sempre conforme a lei, sendo assim, este princípio representa total subordinação do Poder público às previsões legais. Tornando- se então uma das maiores garantias para os gestores dos setores públicos. 
Este principio é expressamente citado no art. 37, caput. da Constituição federal, como redigido acima e também é fundamentado no art. 5º, II, da mesma carta, prescrevendo que: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei”.
Legalidade é pertencente a ideia de Estado de Direito, fazendo assim com que ele mesmo se submeta ao direito, criação própria, consequentemente este é o motivo pelo qual esse principio é tão importante e é um dos pelares do ordenamento. 
É na legalidade que cada indivíduo encontra o fundamento das suas prerrogativas, assim como a fonte de seus deveres. A administração não tem fins próprios, mas busca na lei, assim como, em regra não tem liberdade, escrava que é do ordenamento. 
Por fim, esse princípio é vital para o bom andamento da administração pública, sendo que ele coíbe a possibilidade do gestor público agir por conta própria, tendo sua eficácia através da execução jurídica dos atos de improbidade, evitando a falta de vinculação à norma e, principalmente, a corrupção no sistema.
2- PRINCIPIO DA IMPESSOALIDADE:
Este princípio estabelece que a atuação dos agentes públicos seja imputada ao Estado, portanto, suas realizações devem ser atribuídas a pessoa jurídica e nunca a pessoa física do agente público, tendo como dever, também, a imparcialidade na defesa do interesse público, impedindo que haja algum tipo de discriminação ou privilégios desnecessários a particulares no exercício da função administrativa. 
Tal fundamentação se encontra prevista no art. 2º, parágrafo único, III, da Lei nº 9.784/99, como também outras explicações a respeito do princípio.
 4- PRINCIPIO DA PUBLICIDADE:
Este principio permite o livre acesso as informações de interesse dos indivíduos e transparência na atuação administrativa, tendo o dever de divulgação oficial dos atos administrativos. É proibida condutas sigilosas e atos secretos em suas atividades, sendo uma indução aos agentes públicos que atuam na defesa dos interesses da coletividade.
Portanto, este princípio constitui em uma medida voltada a exteriorizar a vontade da Administração Pública, divulgando seu conteúdo para conhecimento público, fazendo com que seja exigível o ato, eficaz e controlável em questão de comportamento legal. 
Tal fundamentação está prevista no art. 5º, XXXIII, XXXIV, LXXII, da Constituição Federal e no art. 2º, parágrafo único, V, e 3º, II, da Lei nº 9.784/99.
 5- PRINCIPIO DA EFICIENCIA:
Este principio é importante instrumento para que possamos exigir a qualidade dos produtos e serviços oriundos do Estado. Em parte, podemos dizer que este principio é instrumental, pois apesar de ser um importante instrumento constitucional, nenhum destes princípios tem valor de auto- suficiência, sendo necessário a integração deles aos demais princípios, não se sobrepondo ou tendo relevância maior para que infirmem validade, não tendo caráter absoluto. 
Vale ressaltar que o princípio da eficiência deve estar submetido ao princípio da legalidade, pois nunca se poderá justificar a atuação administrativa contrária ao ordenamento jurídico, por mais eficiente que seja, na medida em que ambos os princípios devem atuar de maneira conjunta e não sobrepostas.
Este princípio não abrange apenas o servidor público, mas também a administração pública, que deve atentar para uma boa administração, tornando o aparelho estatal menos burocrático e mais atualizado aos padrões modernos, porém sem prejuízo da sociedade.
3- PRINCIPIO DA MORALIDADE:
A doutrina brasileira se dividiu na formulação do que seria a moralidade administrativa. É identificado, por alguns autores, com a razoabilidade e o interesse público, outros com a legalidade substancial, e alguns outros a identificam com a boa-fé. Pode ser utilizada também como alerta para o perigo de sua aplicação indiscriminada e também é utilizada para clamar por justiça. 
Muitos dos precedentes que tratam do assunto utilizam o princípio da moralidade administrativa como elogio da Constituição ou da lei, ou o aplicam de maneira secundária para resolver a questão controvertida, uma vez que há regra legal explícita; é o que ocorre, por exemplo, quando se fala em "princípio moralizador do concurso público"(4) ou quando se afirma que a proibição de acumular empregos (art. 99 da Carta de 1.969) é derivada da moralidade administrativa(5) ou que se deve a questões de moralidade administrativa a fixação da remuneração dos vereadores em cada legislatura para vigorar na subsequente (art. 29, V, da Constituição, em sua redação original), evitando a legislação em causa própria
Alguns posicionamentos levam a moralidade administrativa a ser um princípio totalmente supérfluo, e até podemos dizer que ele é inaplicável. Quando aplicado esse princípiode forma secundária, serve apenas para ocultar que ele não é aplicado, pois se há outra norma que leva explicitamente ao mesmo resultado está é que está sendo aplicada.
O sistema do Direito, ao observar seu ambiente, no qual se incluem os demais sistemas, e, entre eles, a Moral, reflete sobre si mesmo e tal reflexão pode ter repercussão nas próprias operações jurídicas. Em outras palavras, o Direito pode observar – e frequentemente o faz – a Moral e, de acordo com os seus próprios critérios – que são jurídicos –, decidir por se adaptar ou não àquilo que foi observado.
A Constituição não tem poder para ditar normas morais, apenas normas jurídicas, e também o princípio da moralidade serve como referência para comunicar o que é lícito e o que é ilícito, e não o que é bom e o que é mau. Sendo assim, com base nestas premissas é possível afirmar que o princípio da moralidade administrativa, apesar do nome, é um princípio jurídico. 
- A natureza jurídica da moralidade administrativa do art. 37 
O fato de a própria Constituição classificar a moralidade administrativa como princípio não esclarece, por si só, sua natureza jurídica, uma vez que o termo "princípio" é utilizado de maneira imprecisa pela legislação, pela doutrina e pela jurisprudência.
A natureza jurídica de princípio da moralidade administrativa é demonstrada pelo fato de que há outras normas constitucionais que afastam a consideração sobre a moralidade, ou seja, que fixam condutas e estruturas sem que as mesmas possam ser consideradas inválidas por ofensa à moralidade administrativa uma vez que a incidência do princípio foi afastada pelo próprio constituinte. 
Por outro lado, a jurisprudência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais oferece precioso exemplo de caso em que o princípio da moralidade administrativa prevaleceu sobre o princípio da legalidade. Servidores de uma autarquia estadual pleitearam a aplicação aos seus símbolos de vencimento de reajuste previsto por decreto estadual. A autarquia alegou que o decreto teria violado o art. 37, X, da Constituição. O Tribunal reconheceu a violação, no entanto, deu razão aos servidores, sob o fundamento de que o entendimento contrário permitiria à Administração aproveitar-se de sua própria torpeza, o que seria contrário à moralidade administrativa. Reconhecendo a colisão de princípios, o Tribunal utilizou como critério para a prevalência da moralidade administrativa o fato de que o entendimento contrário também violaria o princípio da isonomia, pois permitiria à Administração aplicar o reajuste apenas àqu servidores que bem entendesse, como já havia feito com muitos.
– A doutrina e a jurisprudência brasileiras:
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre o assunto ainda é tímida. Um dos poucos precedentes é a Medida Cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade 2.661/MA, relator o Ministro Celso de Mello, em que se considerou que as exceções à regra do art. 164, § 3 , da Constituição, que determina que as disponibilidades de caixa dos entes públicos devem ser depositadas em instituição financeiras oficiais, além de previstas em lei federal, devem respeitar a moralidade administrativa, "em ordem a impedir que eventuais desvios ético-jurídicos do improbus administrator possam instituir situações de inaceitável privilégio, das quais resulte indevido favorecimento, destituído de causa legítima, outorgado a determinadas instituição financeiras de caráter privado." A meu ver, o precedente diz pouco sobre a moralidade administrativa, pois, além de não se referir à boa-fé, adotou compreensões relacionam mais diretamente a outros princípios, como igualdade ("impedir situações de inaceitável privilégio"), impessoalidade ("indevido favorecimento"), razoabilidade ("destituído de causa legítima") e prioridade do interesse público ("caráter privado" das instituições financeiras). No entanto, há pelo menos um precedente em que o Supremo Tribunal Federal aplicou o princípio d boa-fé ao Direito Público, embora sem vinculá-lo à moralidade administrativa. É o Recurso Extraordinário 158.448/MG (DJU 25-09-1998, p. 20), decidido pela Segunda Turma, relator o Ministro Marco Aurélio, em que se considerou contrária à boa-fé a interpretação do Estado de Minas Gerais, que considera que o requisito de cinco anos continuados exigidos pelo art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias para aquisição de estabilidade não é preenchido por professor contratado e demitido ao fina do ano letivo, e recontratado no início do ano letivo seguinte, sucessivamente. "ESTABILIDADE - SERVIDORES NÃO CONCURSADOS - TEMPO DE SERVIÇO - CARÁTER CONTINUADO - ALCANCE DO ARTIGO 19 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS. Descabe ter como conflitante com o artigo 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Carta de 1988 provimento judicial em que se reconhece a estabilidade em hipótese na qual professor, ao término do ano letivo, era ‘dispensado’ e recontratado tão logo iniciadas as aulas. Os princípios da continuidade, da realidade, da razoabilidade e da boa-fé obstaculizam defesa do Estado em torno das interrupções e, portanto, da ausência, de prestação de serviços por cinco anos continuados de modo a impedir a aquisição de estabilidade.”
ACORDÃOS:
“EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. § 1º DO ART. 79 DA LEI N. 8.906, 2ª PARTE. “SERVIDORES” DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. PRECEITO QUE POSSIBILITA A OPÇÃO PELO REGIME CELETISTA. COMPENSAÇÃO PELA ESCOLHA DO REGIMEJURÍDICO NO MOMENTO DA APOSENTADORIA. INDENIZAÇÃO. IMPOSIÇÃO DOS DITAMES INERENTES À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA. CONCURSO PÚBLICO (ART. 37, II, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL). INEXIGÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO PARA A ADMISSÃO DOS CONTRATADOS PELA OAB. AUTARQUIAS ESPECIAIS E AGÊNCIAS. CARÁTER JURÍDICO DA OAB. ENTIDADE PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO INDEPENDENTE. CATEGORIA ÍMPAR NO ELENCO DAS PERSONALIDADES JURÍDICAS EXISTENTES NO DIREITO BRASILEIRO. AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA DA ENTIDADE. PRINCÍPIO DA MORALIDADE. VIOLAÇÃO DO ART 37, CAPUT, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. NÃO OCORRÊNCIA. 1. A Lei n. 8.906, art. 79, § 1º, possibilitou aos “servidores” da OAB, cujo regime outrora era estatutário, a opção pelo regime celetista. Compensação pela escolha: indenização a ser paga à época da aposentadoria. 2. Não procede a alegação de que a OAB sujeita-se aos ditames impostos à Administração Pública Direta e Indireta. 3. A OAB não é uma entidade da Administração Indireta da União. A Ordem é um serviço público independente, categoria ímpar no elenco das personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro. 4. A OAB não está incluída na categoria na qual se inserem essas a que se tem referido como “autarquias especiais” para pretender-se afirmar equivocada independência das hoje chamadas “agências”. 5. Por não consubstanciar uma entidade da Administração Indireta, a OAB não está sujeita a controle da Administração, nem a qualquer das suas partes está vinculada. Essa não vinculação é formal e materialmente necessária. 6. A OAB ocupa-se de atividades atinentes aos advogados, que exercem função constitucionalmente privilegiada, na medida em que são indispensáveis à administração da Justiça (art. 133 da CB/88). É entidade cuja finalidade é afeita a atribuições, interesses e seleção de advogados. Não há ordem de relação ou dependência entre a OAB e qualquer órgão público. 7. A Ordem dos Advogados do Brasil, cujas características são autonomia e independência, não pode ser tida como congênere dos demais órgãos de fiscalização profissional. A OAB não está voltada exclusivamente a finalidades corporativas. Possui finalidade institucional. 8. Embora decorra de determinação legal, o regime estatutário imposto aos empregados da OAB não é compatível com a entidade, que é autônoma e independente. 9. Improcede o pedido do requerente no sentido de que se dê interpretação conforme o art. 37, inciso II, da Constituição do Brasil ao caput do art. 79 da Lei n. 8.906, que determina a aplicação do regime trabalhista aos servidores da OAB. 10. Incabível aexigência de concurso público para admissão dos contratados sob o regime trabalhista pela OAB. 11. Princípio da moralidade. Ética da legalidade e moralidade. Confinamento do princípio da moralidade ao âmbito da ética da legalidade, que não pode ser ultrapassada, sob pena de dissolução do próprio sistema. Desvio de poder ou de finalidade. 12. Julgo improcedente o pedido (ADI 3.026/DF, STF – Tribunal Pleno, Rel. Min. Eros Grau, julgamento 08.06.2006, DJ 29.09.2006, p. 31).”
“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROPIDADE ADMINISTRATIVA. ARTIGO 12, INCISOS II E III DA LEI DE Nº 8.429/92. PREFEITO MUNICIPAL. EMISSÃO DE 'NOTAS DE PAGAMENTO DE EMPENHO E EFETIVO PAGAMENTO COM DINHEIRO PÚBLICO DE DESPESAS ESTRANHAS AO INTERESSE PÚBLICO. ALEGAÇÃO PELO RÉU DE QUE OS RECURSOS FORAM DIRECIONADOS PARA TRATAMENTO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO LOCAL. AUSENCIA DE COMPROVAÇÃO E DE ENCAMINHAMENTO PARA ATENDIMENTO ATRAVÉS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS. IRREGULARIDADE NO PAGAMENTO DE 'AJUDA DE CUSTO PARA TRATAMENTO DE SAÚDE DE TERCEIROS'. OFENSA AOS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. LEGALIDADE. MORALIDADE. IMPESSOALIDADE. APLICAÇÃO DA PENA. OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. 1. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, doloso ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referida no art. 1º desta Lei, e notadamente: VI- realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea; IX- ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento; XI- liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular. Inteligência do artigo 10 e incisos da Lei de nº 8.429/1992. 2. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade das instituições, e notadamente: I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto na regra de competência. Inteligência do artigo 11, inciso I, da Lei de nº 8.429/1992. 3. Na aplicação das penas por ato de improbidade administrativa, há que se levar em consideração a gravidade e lesão causadas ao erário público, pautando-se nos princípios da proporcionalidade e razoabilidade. 4. Apelação Cível conhecida e parcialmente provida. (TJ-PR - AC: 4075816 PR 0407581-6, Relator: José Carlos Dalacqua, Data de Julgamento: 22/09/2008, 5ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ: 7733).”
“AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DIREITO ADMINISTRATIVO. ATO DE IMPROBIDADE. NÃO CONFIGURAÇÃO. CONTRATAÇÃO DE FILHA DE VEREADOR. CARGO EM COMISSÃO. NEPOTISMO CRUZADO NÃO DEMONSTRADO. ARTIGO 11 DA LEI 8.429/92 (LIA). ELEMENTO SUBJETIVO (DOLO). NÃO CONFIGURADO. APELO DE GELSON GUIMARÃES PROVIDO. RECURSO DE APELAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, QUE PROPUGNAVA A MAJORAÇÃO DA PENA, EM RELAÇÃO A UM APELADO, E CONDENAÇÃO, EM RELAÇÃO A OUTRO, PREJUDICADO. SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. Ausente prova de ajuste mediante designação recíproca na nomeação para cargo em comissão da filha de vereador no Município de Bandeirantes/MS, não demonstrado nepotismo cruzado, pela ausência de relação de parentesco entre a apelada e a autoridade que a nomeou, impassível de configuração de nepotismo, segundo a jurisprudência do STF, não há como falar em ato de improbidade. Inteligência da Súmula Vinculante nº 13 do STF. A Lei da Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92) objetiva punir os praticantes de atos dolosos ou de má-fé no trato da coisa pública, assim tipificando o enriquecimento ilícito (art. 9º), o prejuízo ao erário (art. 10) e a violação a princípios da Administração Pública (art. 11); a modalidade culposa é prevista apenas para a hipótese de prejuízo ao erário (art. 10). No presente caso, a conduta imputada ao agente político consiste na suposta contratação irregular de assessora técnica, por não deter conhecimentos específicos e ser filha de outro vereador, evidenciando, em princípio, a prática de ilegalidade, contudo, neste caso, a contratação foi precedida de parecer favorável da assessoria jurídica, reconhecida, também, a inaplicabilidade da súmula vinculante n. 13, do STF, não havendo qualquer demonstração de má-fé do contratante, ou propósito desonesto, não havendo como falar em cometimento de ato de improbidade administrativa. Reiteradas decisões do c. STJ, no sentido de que"[...] o ato ilegal só adquire os contornos de improbidade quando a conduta antijurídica fere os princípios constitucionais da Administração Pública coadjuvada pela má-intenção do administrador, caracterizando a conduta dolosa; a aplicação das severas sanções previstas na Lei 8.429/92 é aceitável, e mesmo recomendável, para a punição do administrador desonesto (conduta dolosa) e não daquele que apenas foi inábil (conduta culposa)". Precedentes: REsp. 1.248.529/MG, AIA 030/AM e REsp. 1.103.633/MG. (TJ-MS - APL: 00016972520108120025 MS 0001697-25.2010.8.12.0025, Relator: Des. Claudionor Miguel Abss Duarte, Data de Julgamento: 28/10/2015, 4ª Câmara Cível, Data de Publicação: 06/11/2015).”
“EMBARGOS DECLARATÓRIOS. OMISSÃO EXISTENTE. ACOLHIMENTO - OBRIGAÇÃO DE FAZER - IRREGULARIDADE DA CITAÇÃO - NULIDADE - ART. 225, VI, DO CPC - NEPOTISMO - CARGO POLÍTICO - SÚMULA VINCULANTE Nº 13 - INAPLICABILIDADE. - A inobservância da formalidade prevista no art. 225, VI, do CPC, acarreta a nulidade da citação. - Inteligência do artigo 247 do Código Processual Civil, as citações e as intimações serão nulas, quando feitas sem observância das prescrições legais- As nomeações para cargos políticos não se subsumem às hipóteses elencadas na Súmula n.13, e, portanto, não há que se falar em descumprimento da obrigação de fazer estipulada na Cláusula Quinta do TAC, já que as nomeações do cunhado e do irmão do atual Prefeito para os cargos políticos nos quais foram empossados não violam a Constituição Federal. (TJ-MG 103470901135020021 MG 1.0347.09.011350-2/002 (1), Relator: WANDER MAROTTA, Data de Julgamento: 26/01/2010, Data de Publicação: 12/02/2010).”
Referência bibliográfica:
http://www.dnit.gov.br/download/institucional/comissao-de-etica/artigos-e-publicacoes/artigos-sobre-etica/O%20Principio%20Juridico%20da%20Moralidade%20Administrativa.pdf
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1099/A-atuacao-do-Principio-da-Eficiencia
https://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/1720/Principio-da-publicidade-Direito-Administrativo
https://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/1718/Principio-da-impessoalidade-Direito-Administrativo
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/7643/Administracao-Publica-principio-da-legalidade
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-administrativo/principios-norteadores-da-administracao-publica/
https://blog.sajadv.com.br/principios-do-direito-administrativo/
https://douglascr.jusbrasil.com.br/artigos/134963299/principios-do-direito-administrativo#comments

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