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PRINCÍPIOS-E-MÉTODOS-DA-SUPERVISÃO-ORIENTACÃO-INSPECÃO-E-GESTÃO-ESCOLAR

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Prévia do material em texto

SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 
2 HISTÓRIA DA SUPERVISÃO ESCOLAR ................................................... 4 
3 A FIGURA DO SUPERVISOR ESCOLAR NO PLANEJAMENTO 
PARTICIPATIVO-ESCOLAR ...................................................................... 7 
3.1 O papel do supervisor ........................................................................ 10 
3.2 Supervisão escolar- Desafios ............................................................. 12 
3.3 Modelos de Supervisão Escolar ......................................................... 14 
4 HISTÓRIA DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL ........................................ 14 
4.1 Orientador educacional ...................................................................... 17 
4.2 O papel do orientador educacional ..................................................... 20 
5 HISTÓRIA DA INSPEÇÃO ESCOLAR...................................................... 22 
5.1 O papel do inspetor escolar ................................................................ 24 
5.2 Atribuições do cargo de inspetor escolar ............................................ 25 
6 INSPEÇÃO X SUPERVISÃO .................................................................... 26 
7 PLANEJAMENTO ESCOLAR ................................................................... 29 
8 APORTES LEGAIS E NORMATIVOS....................................................... 32 
8.1 Lei de diretrizes e bases da educação nacional: lei no 9.394/96 e suas 
alterações................. ............................................................................ 32 
9 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .............................................................. 78 
 
3 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora 
que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2 HISTÓRIA DA SUPERVISÃO ESCOLAR 
Fonte:pixabay.com 
Ainda no início deste século, a supervisão no Brasil limitava-se, na verdade, a 
fiscalizações, como matrícula e frequência de alunos, condições de construção e 
frequência de professores. Em alguns regulamentos, as responsabilidades das 
técnicas educacionais pedagógicas previstas: os supervisores deveriam dar aulas-
modelo e aconselhar os professores. No entanto, os supervisores geralmente não 
estavam dispostos a realizar essas tarefas. 
No contexto brasileiro a supervisão tem uma concepção e apresenta-se como 
uma prática relativamente recente. Remonta aos anos 70 e surgiu, "no 
cenário sociopolítico-econômico, historicamente, como função de 'controle'. 
(RANGEL, 2001 p.63). 
No estado de São Paulo. No entanto, onde as inspeções escolares começaram 
em meados do século XIX, as supervisões técnicas atribuídas aos supervisores pagos 
apareceram pela primeira vez em 1892. No estado de Minas Gerais, as reformas 
Francisco Campos de 1927 e as fiscalizações administrativas criaram a assistência 
técnica. Com a ajuda da reforma de Anísio Teixeira (1933), no Distrito federal, esta 
previa que os consultores de educação básica iam "orientar a partir de uma 
perspectiva pedagógica única" Sob a premissa de não prejudicar a autonomia 
docente. 
 O primeiro registro legal da atuação dos supervisores escolares brasileiros 
data de 1931. Durante este período, esses profissionais implementavam os padrões 
 
5 
 
"prescritos" pelas organizações superiores, sendo que estes eram definidos como 
“orientadores pedagógicos” ou "orientadores de escola", possuindo como função 
profissional com a função básica de fiscalizar/inspecionar o ambiente escolar. O 
Decreto-Lei nº 19.890, de 18 de abril de 1931, foi o primeiro documento onde citava 
os aspectos do trabalho de inspeção escolar. Sendo que no capitulo III desta mesma 
lei em seu artigo 58, citava que: 
Art. 58. - Os inspectores são nomeados por concursos e, dentre estes, por 
accesso, os inspectores geraes. (DECRETO..., 1931). 
Outra situação entorno da supervisão, é que esta, surgiu durante a revolução 
industrial, e seu propósito era aumentar a produção quantitativa e qualitativa para 
obter lucros dessa forma. Portanto, devido à necessidade de melhor tecnologia para 
orientar os profissionais no desempenho de suas funções nos negócios e no comércio, 
surgiu o papel de supervisor. O surgir deste profissional, trouxe consigo a função que 
o profissional deveria exercer. Historicamente, possuía o dever de inspecionar a 
execução dos trabalhos exercidos pelos professores/educadores. 
Ao longo do tempo, prevaleceu uma imagem da supervisão ligada à 
fiscalização e ao controle. Contudo, alguns estudos históricos revelam que se 
muitas vezes eles pareciam ligados aos políticos pela hierarquia 
administrativa e enfrentando os docentes, outras tantas se recortavam com 
independência dos mandatos governamentais e se uniam às lutas do 
magistério. Este leque de posições em torno do vínculo com as gestões 
políticas e com os mestres também está presente nos discursos e práticas 
que hoje os supervisores realizam. (FERREIRA, 2010, apud, PEREIRA, 
2014, p. 3). 
Segundo Saviani (2003, p. 26) a função de supervisionar surge: 
“(...) quando se quer emprestar à figura do inspetor um papel 
predominantemente de orientação pedagógica e de estímulo à competência 
técnica, em lugar da fiscalização para detectar falhas e aplicar punições (...). 
(SAVIANI, 2003 Apud ROLLA ,2006 p. 17). 
No entanto, devido ao acordo firmado entre o Brasil e os Estados Unidos da 
América para a implantação do Programa de Assistência Brasileiro Americana ao 
Ensino Elementar (PAABAE) no final da década de 1950 e início da década de 1960, 
os supervisores escolares tiveram rígidas funções de controle e fiscalização. Com 
isso, o conceito de supervisão educacional mudou ao longo do tempo, mudando seus 
objetivos de acordo com as diferentes etapas que marcaram o desenvolvimento da 
 
6 
 
profissão. Essas mudanças produziram mudanças profundas na forma de encarar as 
tarefas educativas e na compreensão da escola como local especializado para o 
processo educativo. (FERREIRA, 2010). 
A partir da década de 1980, devido às intensas discussões entre política e 
educação, surgiu um novo conceito de supervisão escolar por meio da gestão 
democrática, pois a figura do supervisor passou a ser um elemento intermediário 
relacionado ao conceito de mudança sugerido pelo novo currículo. 
Hoje, como um sinal de reconhecimento da necessidade e importância da 
supervisão, nossas principais leis preveem o treinamento de nível superior para 
supervisores, e as leis estaduais especificam suas responsabilidades. Como o 
Decreto nº 5.586/75, artigo 7º, do estado de São Paulo que segundo Silva Júnior 
definiu algumas atribuições: 
(...) II- Zelar pela integração do sistema, especialmente quanto à organização 
curricular; 
(...) IV- Elaborar os instrumentos adequados para a sistematização das 
informações; 
(...) X- Cumprir e fazer cumprir as disposições legais relativas à organizaçãodidática, administrativa e disciplinar emanadas das autoridades superiores; 
(...) XI- Apresentar relatório das atividades executadas, acompanhado de 
roteiro de inspeção. (SILVA JÚNIOR ,1984, p. 34-35 Apud ROLLA, 2006, p. 
20). 
A supervisão é uma atividade técnica de base filosófica e científica, que pode 
ser estruturada sob a forma de serviços ou não, que envolve todos os participantes 
do processo de formação por meio de ações democráticas, cooperação, 
relacionamento mútuo, liderança e trabalho em equipe, tendo como objetivo aprimorar 
toda a formação, principalmente o ensino, com ênfase na pesquisa. Encontra os 
fundamentos nas ciências da educação e ciências sociais, que explicam a criação e o 
desenvolvimento de organizações sociais para desempenhar funções ou atividades 
consideradas desejáveis. Contudo a carreira de um supervisor escolar ou supervisor 
educacional sempre possuiu diversas incertezas, portanto, apesar da contribuição do 
profissional que garantiu de forma decisiva o sucesso da prática educativa no 
ambiente escolar, a mesma enfrentou diversos etapas de construção e adaptação no 
âmbito das instituições de ensino. 
 
7 
 
3 A FIGURA DO SUPERVISOR ESCOLAR NO PLANEJAMENTO 
PARTICIPATIVO-ESCOLAR 
Fonte: widgetserver.com 
A educação é um processo de transformação do ser humano, no qual ele 
desenvolve as suas potencialidades de acordo com o seu meio, para isso o ser 
humano necessita de referências, sendo as referências familiares, sociais e culturais. 
Estes possuem diferentes formas e hábitos, com a existência dessas diferenças, a 
forma de agir, pensar e sentir, e as mudanças ocorridas no processo de globalização, 
sendo um novo conceito de sociedade no qual estão plenamente envolvidos, por isso 
a participação ocorre desde o nascimento, e no ambiente familiar, social e escolar, 
mesmo quando o indivíduo está em constante mudança, de certa forma terá que 
passar por várias experiências diárias. 
Certamente, visto que o profissional precisa do bom desenvolvimento da 
escola, este tema precisa de mais atenção da sociedade. Considerando que se trata 
de uma ponte na comunidade escolar, e porque está sob gestão, a escola é 
responsável por fazer deste espaço um ambiente de debate e aproximar as temáticas 
desta comunidade. 
De acordo com Medina (1997), o papel do supervisor passa, então, a ser 
redefinido com base em seu objeto de trabalho, e o resultado da relação que ocorre 
entre o professor que ensina e o aluno que aprende passa a construir o núcleo do 
trabalho do supervisor na escola. (MEDINA 1997, p 22 Apud PEREIRA [2020]). 
Conforme citado pela autora, o trabalho do supervisor escolar, objetiva a produção do 
 
8 
 
professor, o estudo dos alunos, e da atenção especial à qualidade do trabalho. 
Portanto, o objetivo deste, é que os alunos aprendam por meio do professor, e os dois 
dependem um do outro em equipe. Sendo esta considerada a função básica do 
orientador: ser o grande coordenador do ambiente escolar. 
No empreendimento solidário, desde que duas ou mais pessoas participem da 
mesma tarefa, é necessária supervisão. Uma vez que as metas são determinadas, os 
esforços individuais devem ser coordenados para evitar omissões e corrigir 
sobreposições. Enquanto a escola de uma turma for diferente e houver muitas 
escolas, formando um sistema, é o que acontece no ensino. A harmonia do conjunto 
dependerá da atuação do supervisor aumentando de forma gradativa a eficiência. A 
este argumento geral, válido em todas as situações em que se exige uma divisão do 
trabalho, acrescenta-se a importância da supervisão em situações específicas do 
processo educacional. Portanto, deve-se ter em mente o caso especial do ensino de 
tarefas diversas e complexas. A experiência do supervisor, a visão mais ampla e o 
treinamento mais avançado serão recursos valiosos. 
"Supervisão é um serviço técnico que visa fundamentalmente ao estudo e à 
melhoria em cooperação das condições que envolvem a aprendizagem e o 
desenvolvimento do aluno" (Burton e Brueckner, 1955, p.18). A ação supervisora, 
desenvolvida nas escolas, deve ser essencialmente a de acompanhar a atualização 
pedagógica e normativa, com especial atenção, em ambos os casos, aos 
fundamentos determinados na LDB 9.394/96; propiciar oportunidades de estudo e 
interlocução aos professores, em atividades coletivas, que reúnam professores que 
desenvolvem um mesmo conteúdo nas diversas séries e níveis escolares; propiciar 
oportunidades de estudo e decisões coletivas sobre o material didático. (RANGEL, 
2001, p. 40 Apud PEREIRA et al [2020]). 
Todavia deve ser lembrado que os professores estão gradualmente assumindo 
responsabilidades maiores. Em termos da legislação brasileira, quando se verifica que 
certas tarefas eram prerrogativa do órgão central do sistema, e essas tarefas foram 
transferidas para escolas e professores. Por exemplo, em relação a cursos, planos e 
avaliações. Para o supervisor certas tarefas são tidas como suas principais 
responsabilidades ao auxiliar na tomada de decisões relacionadas a esses aspectos. 
Para que o supervisor de escola atinja suas metas, este deverá traçar o perfil da 
escola no projeto político pedagógico, sempre com formas a orientar e auxiliar 
 
9 
 
professores, alunos e pais. Devendo fazer deste dever um modelo de pesquisa e 
aprendizagem na vida diária. O diretor da escola não deve esquecer que o supervisor 
e os demais membros da comunidade escolar devem ter sempre o diálogo e a troca 
de experiências. 
As ações do supervisor escolar são atribuídas a funções complexas, ao apoio 
e à parceria com os professores, e o tipo de relação que ele estabelece tornou-se a 
essência do seu desenvolvimento de trabalho. Portanto, os supervisores escolares 
são organizadores ou consultores profissionais do trabalho docente realizado pelos 
educadores das escolas. A avaliação externa da escola é um tipo de pesquisa que 
facilita aos supervisores de escola revisar seus procedimentos, tendo como papel de 
redireciona o professor para seguir o caminho de aprendizagem, proporcionando 
assim melhores resultados externos. Esse resultado passou a ser um sinal de reflexão 
e autocrítica, permitindo que o educador entenda quais melhorias podem ser feitas na 
sala de aula. 
Vasconcellos (2002, p. 42) assevera que “não podemos ser ingênuos: para 
estabelecer uma outra ordem nas coisas, há necessidade de uma ação numa 
determinada direção, pois não é uma ação qualquer que nos levará ao que 
desejamos”. É necessário planejamento a fim de que os objetivos traçados sejam 
alcançados e, para tanto, o supervisor escolar é peça fundamental na elaboração do 
plano político-pedagógico que a escola seguirá. (Vasconcellos,2002, p. 42 Apud 
SOUZA et al., 2017). 
A supervisão otimiza a qualidade da pedagogia, representando uma condição 
de compreensão e renovação. Desse modo, a pedagogia sem supervisão é menos 
pedagógica, tal como o será a supervisão sem uma visão da pedagogia. Na expressão 
“supervisão pedagógica”, direciona não apenas a pedagogia, mas também à sua 
função potencialmente educativa. Então, quando a supervisão é orientada por uma 
visão crítica de pedagogia, torna a ação pedagógica mais consciente e susceptível à 
mudança (VIEIRA, 2009 Apud PEREIRA et al [2020]). 
Nesse sentido, o supervisor vai além da função de mera fiscalização e passa a 
coordenar o trabalho docente. Nessa nova situação, o profissional se tornou o parceiro 
do professor para concluir um aprendizado verdadeiramente significativo. Em relação 
ao atual papel de liderança dos profissionais de supervisão, é melhor entender os 
 
10 
 
líderes como tendo a capacidade de ouvir os outros educadores e no mesmo sentido 
o de ser ouvido por eles, de trabalhar de acordo com o diálogo e de ter as habilidades 
necessárias. Hoje na atualidade não se deve associar a atitude do líder apenas às 
ações autoritárias ou impostas aos outros,escondidas na definição da hierarquia. A 
educação não é imposta aos outros, mas por meio de parceria e compartilhamento. 
3.1 O papel do supervisor 
Fonte:pixabay.com 
Mudanças profundas ocorreram atualmente no conceito de supervisão escolar 
e supervisor. Antes os supervisores desempenhavam plenamente suas funções 
técnicas e burocráticas, hoje estes profissionais estabeleceram um vínculo 
fundamental com o trabalho docente, podendo orientar, coordenar e tornar-se parceiro 
no processo de ensino. No entanto, embora este seja o conceito atual de supervisão, 
na prática ainda se vê frequentemente que o desempenho é afetado pelo passado. O 
papel da supervisão escolar como coordenador do ensino nas escolas, apresenta uma 
nova dimensão, de controlar e conduzir o estimulo do trabalho profissional na 
instituição escolar. 
De acordo com Libâneo, 2002: 
A coordenação pedagógica deve ser lembrada como um produto genuíno da 
pedagogia nova, por onde se formalizou sua conotação de mentora na 
escola, do enfoque psicológico estrito da educação. Não é preciso muito 
esforço para chegar a uma definição-padrão de suas atribuições; um serviço 
que ocupa da coordenação pedagógica escolar voltada a orientação dos 
 
11 
 
professores e alunos, visando ao desenvolvimento de suas potencialidades 
(LIBÂNEO, 2002, p.72). 
Os supervisores precisam garantir que todos os professores de educação da 
escola possam trabalhar normalmente. Para tanto, o educador precisa instruir os 
professores, treiná-los para atender aos padrões exigidos pela escola para atingir os 
objetivos desejados, certificando que o processo de ensino está de acordo com o 
conteúdo delineado no plano. 
Segundo fonte da Agência Câmara de Notícias o PL 4.106/2012, estabelece 
atribuições do supervisor educacional: 
 Coordenar, junto com os professores, o processo de sistematização e 
divulgação das informações sobre o educando, para conhecimento dos 
pais; 
 Supervisionar o cumprimento dos dias letivos e horas/aula estabelecidos 
legalmente; 
 Orientar e acompanhar os professores no planejamento e 
desenvolvimento dos conteúdos; 
 Planejar e coordenar atividades de atualização no campo educacional; 
 Coordenar o processo de sondagem de interesses, aptidões e 
habilidades do educando; 
 Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica da escola e 
o trabalho do professor junto ao aluno, auxiliando em situações 
adversas; 
 Participar da análise qualitativa e quantitativa do rendimento escolar, 
junto aos professores e demais especialistas, visando a reduzir os 
índices de evasão e repetência, e qualificar o processo ensino-
aprendizagem; e 
 Valorizar a iniciativa pessoal e dos projetos individuais da comunidade 
escolar; entre outras. (AGÊNCIA..., 2012). 
Contudo o supervisor pedagógico deverá compreender as leis, restrições legais 
e lacunas, otimizar seu uso em benefício das escolas e objetivos educacionais, estar 
sempre atento às atualizações escolares e práticas pedagógicas, e estabelecer 
contatos com a comunidade; estimular o desenvolvimento de experiências e 
compartilhar com o grupo; estar atento às dificuldades encontradas pelos professores 
 
12 
 
estabelecendo um sistema que permita a consulta e discussão sobre o assunto, 
proporcionando direta ou indiretamente aos docentes informações sobre temas de 
maior complexidade e subsídios para o conhecimento atual, com o objetivo de ler, 
disponibilizar materiais de referência ou realizar reuniões e conselhos de classe com, 
professores, pais e especialistas de áreas do ambiente educacional. 
No contexto de incertezas e contradições na prática docente, o papel dos 
supervisores escolares é crucial na montagem de um novo formato de ensino 
educacional, dando maior relevância ao conhecimento prévio dos estudantes e 
possibilitando novos modelos de ensino/aprendizagem. 
3.2 Supervisão escolar- Desafios 
Fonte:pixabay.com 
Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração, 
planejamento, supervisão e orientação escolar para educação básica, será feita em 
cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da 
instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional. (BRASIL, 
1996). No decorrer da vida escolar, a importância do supervisor de ensino gira em 
torno de ser o elo de ligação, o mediador da relação entre pais, professores, alunos e 
dirigentes, evitando o possível desgaste entre esses centros. 
As articulações do supervisor escolar no ambiente de ensino são determinadas 
pelas características necessárias para atingir as metas traçadas no projeto político 
pedagógico (PPP) da instituição. Portanto, se faz necessário ao supervisor uma força 
 
13 
 
de vontade para realizar um trabalho com perspectivas voltado para a transformação 
do ambiente escolar. O profissional precisa ter compreensão, empatia e capacidade 
de raciocínio sobre as ideias dos outros e a conexão com a realidade escolar, além 
de expressar ações, enriquecendo o espaço através de provocações de ideias e a 
integração de toda a comunidade escolar. Nesse sentido, os educadores que se 
ocupam de tarefas complexas nas escolas, como supervisores, são responsáveis por 
refletir permanentemente sobre a prática educativa da escola e assumir que são 
educadores, ou seja, o aspecto político de suas funções. 
De acordo com a Medina (2002, p.46): 
O supervisor abdica de exercer poder e controle sobre o trabalho do professor 
e assume uma posição de problematizador do desempenho docente, isto é, 
assume com o professor uma atitude de indagar, comparar, responder, 
opinar, duvidar, questionar, apreciar e desnudar situações de ensino, em 
geral, e, em especial, as da classe regida pelo professor. (MEDINA 2002, p.46 
Apud CARVALHO, 2013 p. 05). 
Este mudar no modo agir do supervisor requer outras atribuições, devido a esta 
mudança, leva os educadores a buscarem novas ações no trabalho dos supervisores 
de ensino, apoio e orientação para fazer suas atividades de ensino em conformidade 
com ambiente escolar. Apoio este, voltado para os aspectos pedagógicos, 
operacionais e subjetivos. A demanda deste profissional no que tange aos aspectos 
operacionais não foi tão destacada, comprovando a ideia de Pimenta quando afirma 
que o pedagogo contribui com os professores no trabalho de organizar diferentes 
modos de ensinar os diferentes conteúdos, ter conhecimento sobre os processos de 
aprendizagem, enfim, tarefas e saberes pedagógicos fundamentais à prática docente 
(PIMENTA, 2002 Apud CARVALHO, 2013 p. 06). 
Sob esse viés, os objetivos dos supervisores escolares são de melhorar o 
desempenho dos educadores que atuam nos espaços escolares, determinando suas 
potencialidades, personalidade e qualidades, para que todos possam contribuir com 
o plano de ensino a partir de seus melhores conhecimentos. Esta constatação, exige 
que o supervisor da escola atualize e avalie constantemente seu desempenho 
profissional. Portanto, tendo em vista a grande área dentro da organização, onde o 
supervisor atua, leva ao questionamento de buscar entender quais os conhecimentos 
que este profissional deverá ter, e outros que deverão ser incluídos em seu estudo, 
em virtude da busca pela resolução de problemas e necessidades, permitindo assim 
 
14 
 
que este profissional trabalhe na instituição de ensino, com eficácia, nas tarefas 
impostas no decorrer do trabalho. 
3.3 Modelos de Supervisão Escolar 
Supervisão Escolar Autocrática: a ação autoritária do supervisor tem 
prioridade, determinando a ordem, o conselho e a direção do processo de ensino. 
Portanto, os supervisores se impõem por meio da autoridade e da intimidação, em 
oposto ao desenvolvimento de um espírito de participação e democracia com os 
educadores, limitando as possibilidades de desenvolvimento de toda a instituição 
escolar. 
Supervisão Escolar Democrática: Baseia-se na expressão, respeito e 
liberdadecoletiva, sendo feita de forma democrática e não imposta, e a decisão 
envolve todos os participantes do processo de formação. 
4 HISTÓRIA DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL 
Fonte:pixabay.com 
Quando os homens se preocuparam não só com a própria sobrevivência, mas 
também com a sobrevivência de seus compatriotas, buscaram orientar-se, esta forma 
de orientação está ligada à formação da sociedade. Dessa forma, eles estabeleceram 
grupos destinados a orientar os necessitados. Nos primeiros dez anos do século XX, 
a orientação educacional surgiu nos Estados Unidos por meio da orientação 
 
15 
 
profissional. Ele foi incorporado à escola pelo educador Frank Parsons como forma 
de orientar os estudantes na busca de uma especialização. Esta orientação da 
educação assenta em três ações, que são, a de conhecer o aluno, conhecer o mundo 
do trabalho e ajusta o indivíduo ao mundo do emprego. 
De acordo com Pimenta (1988), a Orientação Educacional teve origem, 
aproximadamente, em 1930, a partir da orientação profissional que se fazia nos EUA. 
No Brasil, a orientação educacional mostrou-se válida na ordenação da sociedade 
brasileira em mudança na década de 1940 e incluía a ajuda ao adolescente em suas 
escolhas profissionais. A autora mostra que a primeira menção a cargos de orientador 
nas escolas estaduais se deu pelo Decreto n. 17.698, de 1947, referente às Escolas 
Técnicas e Industriais. As Leis Orgânicas do Ensino referentes ao período de 1942 a 
1946 fazem alusão à Orientação Educacional. Nesta época, não havia cursos 
especiais de orientação educacional, o que levou ao preenchimento dos cargos pelos 
chamados “técnicos de educação”, muitas vezes selecionados por critérios duvidosos. 
(PIMENTA, 1988 Apud DAVID, 2017). 
Logo em seguida, no mesmo país, a orientação profissional ganhou espaço nas 
escolas e hoje é chamada de orientação profissional. A proposta é orientar os alunos 
na escolha da área em que desejam ingressar no mercado de trabalho. O foco está 
na formação profissional, não no desenvolvimento do aluno. Anos depois, esse 
posicionamento começou a se expandir no país e foi mencionado na legislação federal 
brasileira. É proposto na Lei Organizacional do Ensino, que visa definir cada área de 
ensino e seus diferentes atributos. O "Ato de Organização de Educação Industrial" de 
1942 trouxe conhecimento sobre orientação educacional pela primeira vez. 
A Orientação Educacional no Brasil surge no início da década de xx, na capital 
paulista. Ela foi introduzida pelo professor e engenheiro suíço Roberto Mange, cujos 
trabalhos iniciais foram realizados na área de orientação profissional. (SAVIANI, 2007 
apud SILVA, 2015, p. 17). Época em que o país passava por uma forte instabilidade 
na economia brasileira, em relação ao ambiente educacional, as classes dominantes 
possuíam maior favorecimento, de contrapartida, as menos favorecidas 
contracenavam com as piores condições de vida, algo que refletia nas instituições de 
ensino e no campo social. 
Nesse momento da história, o Brasil tomou como referência o modelo norte-
americano de orientação profissional, mantendo suas características voltadas 
 
16 
 
principalmente para a área profissional, com o objetivo de determinar os talentos e 
torná-los profissionais. A orientação Educacional na atualidade visava estabelecer um 
modelo que atendia aos padrões sociais do aluno, auxiliava na sua escolha 
profissional, e assumia características psicológicas e terapêuticas para a solução do 
“problema” do aluno que buscava se adaptar à sociedade. No decorrer das décadas 
foram surgindo leis e decretos que vieram a dar base para a orientação educacional 
e com intuito de modelar os estudantes aos padrões sociais. São elas: 
 Decreto-Lei n. 4.073/1942: instituída como lei de orgânica do ensino industrial 
era de natureza "corretiva" e visa atender "alunos problemáticos". 
 Decreto-Lei n. 4.244/1942: assume a função de orientadora, com fins de 
encaminhar os alunos na escolha da profissão. 
 Decreto-Lei n. 6.141/1943: afirma que o orientador educacional possuía como 
função, ajudar o aluno a concluir seus estudos com alta qualidade, respeitando 
suas questões intelectuais e morais e conduzindo-os com segurança para que 
pudessem fazer escolhas bem-sucedidas. 
 Decreto-Lei n. 9.613/1946: refere-se à lei orgânica da educação agrícola, e as 
normas relativas aos orientadores são as mesmas da Lei Orgânica do Ensino 
Comercial. 
 Lei no 4.024/1961: ficava determinado que os orientadores deveriam ter 
formação por meio de cursos especiais. Atualmente lei nº 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996 cita em seu art. 64 que: 
A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, 
inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será 
feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, 
a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum 
nacional. (LEI 9.394, 1996). 
 
 Lei n° 5.564/1965: fortaleceu a LDB em 1961 para garantir orientadores 
educacionais bem treinados. 
 Lei n° 5.692/1971: nesta lei são estabelecidas as diretrizes e bases da 
educação, embasavam a orientação educacional determinando que esta fosse 
obrigatória. 
 Lei nº 9.394/1996: estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.394-1996?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.394-1996?OpenDocument
 
17 
 
 CNE/CP Nº 1, de 2006: Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso 
de Graduação em Pedagogia, licenciatura. 
 CONAE (2010): o resultado desse estimulante processo de mobilização e 
debate sobre a educação brasileira está consolidado neste Documento Final 
que apresenta diretrizes, metas e ações para a política nacional de educação, 
na perspectiva da inclusão, igualdade e diversidade, o que se constitui como 
marco histórico para a educação brasileira na contemporaneidade. (CONAE..., 
2010). 
Historicamente, a orientação educacional participou do contexto de 
preocupação com os fazeres citados nas leis e decretos acima, a implementação das 
referidas leis e decretos que regulamentavam a profissão, sendo mais importante do 
que, compreender e o fazer da orientação, sem considerar por que deve agir dessa 
forma, sem entender a importância de focar sua atuação nos alunos e em tudo que o 
envolve. 
4.1 Orientador educacional 
Fonte:pixabay.com 
Grinspun (2006, p.12) conceitua a orientação educacional como um processo 
humano e consciente de orientar o educando no campo educacional, segundo os 
pontos básicos que regem o processo da Educação”. (Apud SILVA; NASCIMENTO, 
[2020]). O orientador educacional visa todo o processo de aprendizagem e 
treinamento dos alunos, ajudando os professores a compreender o comportamento 
 
18 
 
dos estudantes. De forma resumida, enquanto os professores se preocupam em 
concluir os cursos disciplinares, os orientadores se preocupam com os aspectos que 
as crianças aprendem de forma não explícita na escola: a construção de valores e as 
relações interpessoais. 
A orientação é um processo dinâmico, contínuo, sistemático e integrado em 
todo o círculo escolar encarando o aluno como um ser global que deve 
desenvolver harmoniosamente e equilibradamente todos os aspectos: 
intelectual, físico, social, moral, estético político educacional e vocacional. 
(LUCK, 1992, p.64 Apud SILVA; NASCIMENTO, [2020]). 
Além de ajudar os professores a construir o processo de conhecimento, a 
orientação também atrai a maior atenção dos alunos. Portanto, não se limita ao campo 
do conhecimento, mas inclui também problemas encontrados na escola, família, e no 
âmbito social. A orientação educacional desempenha um papel importante, visto que 
ajuda a considerar a educação como uma prática social, formulando um projeto 
político de ensino quereflete os objetivos da escola e os interesses dos alunos, 
desenvolvendo o potencial dos estudantes em muitos aspectos, no sentido de serem 
responsáveis, participativos, reflexivos, solidários e terem sua própria autonomia. 
Conforme Grinspun (2006, p. 31), “o orientador está comprometido com a 
formação da cidadania dos alunos considerando em especial o caráter da formação e 
da subjetividade”. O papel do orientador é ajudar o aluno na formação de uma 
cidadania crítica e a escola na organização de seu projeto pedagógico. (Apud SILVA; 
NASCIMENTO, [2020]). No ambiente escolar, o orientador educacional é membro da 
equipe gestora, além do diretor e coordenador pedagógico. Sendo o principal 
responsável pelo desenvolvimento pessoal dos estudantes, apoiando a sua formação 
cidadã, refletindo sobre os valores morais e éticos e resolvendo as crises e conflitos. 
Martins afirma que, a orientação educacional (OE) é um processo organizado 
e permanente que existe na escola. Ela busca a formação integral dos educandos 
(este processo é apreciado em todos os seus aspectos, tido como capaz de 
aperfeiçoamento e realização), através de conhecimentos científicos e métodos 
técnicos. A Orientação Educacional é um sistema em que se dá através da relação de 
ajuda entre Orientador, aluno e demais segmentos da escola; resultado de uma 
relação entre pessoas, realizada de maneira organizada que acaba por despertar no 
 
19 
 
educando oportunidades para amadurecer, fazer escolhas, se auto conhecer e 
assumir responsabilidades. (MARTINS, 1984, p. 97). 
Entre os gestores escolares, professores e orientadores, deverá haver uma 
rede de apoio no processo de aprendizagem das disciplinas. Os serviços de 
orientação educacional não podem ser considerados o detentor do poder de resolver 
problemas que envolvem a aprendizagem dos estudantes. Ao abordar diretamente as 
relações interpessoais, as funções dos orientadores podem ser confundidas com as 
dos consultores psicológicos. No entanto, essa confusão deve ser evitada, pois 
embora também resolva os problemas da convivência e as dificuldades de 
aprendizagem, o papel do orientador está mais próximo do aspecto pedagógico do 
que do aspecto terapêutico. 
Em um ambiente educacional, o orientador, deve evitar estar o tempo todo em 
sua sala, recebendo alunos problemáticos, o profissional deverá entender o que 
acontece na escola, o comportamento dos estudantes e fazer recomendações 
apropriadas enquanto caminha pelo espaço da instituição. A educação escolar não 
pode ser um processo direto, mas deve ser uma exploração a partir da compreensão 
da realidade, refletindo a integração do tema com o ambiente escolar e seu entorno. 
Portanto, considerando a importância e o papel prático da OE na orientação do 
processo de formação escolar, buscando compreender o conceito do especialista no 
cotidiano da escola. Nesse sentido, investigar os desafios e atribuições impostos ao 
profissional no ambiente escolar, e aprofundar a compreensão do papel da orientação 
educacional, seu papel na equipe gestora e a articulação com os gestores. 
 
20 
 
4.2 O papel do orientador educacional 
Fonte:pixabay.com 
No nível escolar, os orientadores educacionais monitoram o desempenho 
individual dos alunos e estão comprometidos com seu desenvolvimento acadêmico e 
pessoal. Promovem ações coletivas e sessões de aconselhamento individual para 
pais e alunos, às vezes, também trabalham com professores. Em conjunto com o 
diretor da escola e o coordenador pedagógico, forma-se a equipe de gestão da escola. 
Sendo responsáveis por tomar decisões e fazer horários, atividades, planos de 
integração da escola com a comunidade, etc. Na gestão democrática, esses três 
profissionais levarão a equipe a construir e concluir o PPP (projeto político-
pedagógico). 
Conforme Lück (2011) o diretor ocupa posição central na escola, pois seu 
trabalho influencia todo o ambiente escolar. Ele deve organizar as unidades que 
compõem a escola, ter controle financeiro, deve coordenar e orientar todos aqueles 
que assumem responsabilidades no campo escolar, estimular a inovação do processo 
educacional entre outras atribuições do cargo. De acordo com a autora (2011, p. 16), 
É do diretor da escola a responsabilidade máxima quanto a consecução 
eficaz da política educacional do sistema e desenvolvimento pleno dos 
objetivos educacionais, organizando, dinamizando e coordenando todos os 
esforços nesse sentido, e controlando todos os recursos para tal. (Lück 2011 
Apud CAMPOS, 2012). 
 
21 
 
Na atualidade, é importante para a orientação educacional desenvolver suas 
atividades educacionais, considerando as suas características e experiências para 
compreender a realidade da escola, especialmente a realidade dos estudantes. Isso 
se torna importante porque afeta o processo de ensino nas instituições, que antes só 
aconteciam nas escolas, e agora abrange várias outras áreas como família, trabalho, 
sociedade, mídia, etc. Sendo necessário desenvolver um trabalho que busque o 
desenvolvimento integral dos alunos, sendo um mediador entre professores, 
funcionários, alunos e sociedade, para promover uma melhor convivência dentro e 
fora do estabelecimento de ensino, e tentar mostrar que a função da instituição é 
ensinar, e descobrir novas maneiras de ajudar os estudantes a resolver dificuldades. 
Grinspun (2010) caracteriza a orientação educacional hoje como um trabalho 
de caráter mediador que deve trabalhar junto aos demais protagonistas da escola 
buscando a qualidade no ensino. Apesar da proposta atual, percebe-se que o 
atendimento individualizado ainda está presente, pois as cinco orientadoras 
entrevistadas descrevem suas atuações com os alunos trazendo em suas falas muito 
da individualização de questões educacionais. (GRINSPUN, 2010 Apud CAMPOS, 
2012). De acordo Giancaglia e Penteado (2009) descrevem a orientação educacional 
como uma função de orientação e confiança onde o aluno pode expor fatos e 
situações de cunho pessoal e familiar e se tratando de informações sigilosas não 
devem ser alvo de comentários sob quaisquer circunstâncias. (GIANCAGLIA E 
PENTEADO, 2009 Apud CAMPOS, 2012). 
A escola vem vivenciando uma nova realidade e enfrentando alguns desafios, 
sendo preciso pensar e repensar a forma de aprender, encontrar os meios 
necessários ao desempenho de sua função docente, promover a tematização de 
conhecimentos básicos, formar um cidadão e aplicar práticas baseadas na autonomia, 
Responsabilidade, unidade, respeito e ética. Considerando a importância e o papel 
prático da orientação educacional na educação escolar, busca-se compreender o 
papel do especialista no cotidiano escolar. Nesse sentido, investiga-se os desafios e 
atribuições do cargo no ambiente escolar, aprofundando o papel da orientação 
educacional, sua atribuição na equipe gestora e a compreensão do contato com os 
alunos, famílias e sociedade, tornando-se a premissa básica do orientador. Refletindo 
sobre as questões que muitas impedem os professores de desenvolver uma educação 
escolar de qualidade. 
 
22 
 
5 HISTÓRIA DA INSPEÇÃO ESCOLAR 
Fonte: pixabay.com 
Na legislação educacional, a primeira menção sobre a função de inspeção 
escolar que se tem notícia, ocorreu pela primeira vez na reforma de Campos do Ensino 
Secundário de 1932, referente ao Decreto-Lei nº 21.241 de 05/04/1932-artigos 63 a 
86. Entre 1942 e 1946, surgiram várias leis, mas apenas a Lei Orgânica do Ensino 
Secundário envolvia inspeções escolares. 
Na primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1961, em seu artigo 65 
especifica que o inspetor escolar deve ser escolhido por meio da realização de 
concurso público, de prova e títulos, no qual deverá ser demonstrado conhecimento 
pedagógico e técnico. (BRASIL, LDB, 1961 Apud FIGUEIREDO, 2020). Já a Lei 
Federal nº 5.692 de 1971, que estabeleceu os princípios norteadores e as bases para 
o ensino 1ºe 2º, enfatizava em seu artigo 33 que, “a formação de administradores, 
planejadores, orientadores, inspetores, supervisores e demais especialistas de 
educação será feita em curso superior de graduação, com duração plena ou curta, ou 
de pós-graduação”. (BRASIL, LF nº 5.692 de 1971 Apud FIGUEIREDO, 2020). 
Porém, neste caso, o país estava mergulhado em uma ditadura militar, nos 
anos de 1964 a 1985, onde diversas formas de controle foram implantadas, tais como, 
censura, controle social, político e educacional. Nesta época, por ser o elo entre os 
entes governamentais e as escolas, o inspetor ganhou ares de fiscalizador e 
repressor, oriundo do estado. Este possuía funções com a de fiscalizar, controlar, 
orientar, aconselhar e inspecionar o ambiente escolar. 
 
23 
 
Ressalta-se que, no início da década de 1960, a educação teve um papel de 
extrema importância, pois nesse período foram realizadas diversas campanhas de 
propaganda dirigidas às classes marginalizadas, aos analfabetos, deficientes visuais, 
surdos, e jovens que estavam fora do ambiente escolar. Aguiar (1996, p. 16) esclarece 
que: 
[...] antes da reforma de 68 a inspeção podia ser exercida, no Estado de Minas 
Gerais, por professores do Ensino Médio e até por portadores de diploma de 
curso superior, sem habilitação específica, e, muitas vezes, sem nenhuma 
ligação direta com problemas educacionais. 
Para Silva (2017), a figura do inspetor no estado do rio de janeiro, de acordo 
com sua análise do perfil e relações de trabalho, nasce com os seguintes objetivos: 
A inspeção escolar surgiu como uma forma de controle e de tentativa de 
garantia da qualidade da educação. A história desta função no Brasil pode 
ser observada desde a educação dos Jesuítas e, principalmente, desde 1799, 
quando se iniciou a fiscalização das aulas régias, por meio de um serviço de 
inspeção realizado por um professor de confiança do vice-rei. Em 1906, com 
a Reforma João Pinheiro, a inspeção escolar era exercida pelos inspetores 
ambulantes, tendo sido criada, em 1927, a Inspetoria Geral de Instrução 
Pública, que atuava junto ao Conselho Superior de Instrução. De 1930 a 
1961, todos os estabelecimentos de ensino médio e superior estavam sujeitos 
à inspeção federal. A Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961 (BRASIL, 
1961), e a Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971 (BRASIL, 1971), que fixavam 
as diretrizes e bases da educação nacional, também contemplavam a figura 
do inspetor escolar, com atuação primordial na fiscalização da regularidade 
dos processos, registros e cumprimento da legislação e normas vigentes à 
época. (SILVA, 2017: p.16 Apud FIGUEIREDO, 2020). 
Na década de 1980, várias resoluções complementares foram aprovadas para 
ajustar e alterar as funções dos inspetores escolares, reorganizando os serviços de 
inspeção e visando novas funções para melhorar a profissão, na área da educação e 
trazer esperança para novos profissionais de inspeção e política educacional. Embora 
aconteçam tantas expectativas favoráveis “o processo de transição democrática 
estava a favor da descontinuidade da política educacional, os vícios da máquina 
administrativa, a escassez dos recursos e a consequente precariedade da educação 
pública” (SAVIANI, 2007 Apud AZEVEDO, [2020]). 
Em 1996 nasce a “Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional” nº 9394/96, 
sendo uma lei de extrema importância, pois prevê que a formação para inspeção 
escolar aconteça em cursos de pós-graduação. 
 
24 
 
As ações do Inspetor não se limitam, evidentemente, apenas nas aplicações 
de normas, mas, também, nas ações de revisão ou mudanças na legislação, 
numa perspectiva crítica adequada à realidade social a que se destina, dando 
conhecimento à administração do Sistema das consequências da aplicação 
dessas mesmas normas. (BIASI, 2009 Apud 
Monografias.brasilescola.uol.com.br ([2020]) 
O profissional em inspeção escolar deverá ter uma postura crítica e reflexiva 
pautada no comportamento ético e democrático. Este especialista matem as boas 
práticas da organização de acordo com as normas vigentes. Portanto, torna-se uma 
atividade complexa, pois o desafio da legislação em vigor é organizar a escola como 
um espaço privilegiado de aprendizagem em que os direitos de todas as turmas 
(professores, alunos, funcionários e comunidades) sejam garantidos. 
5.1 O papel do inspetor escolar 
Fonte: pixabay.com 
O papel do inspetor escolar não é apenas do profissional que se responsabiliza 
apenas pela burocracia e fiscalização. Como parte de sua carreira como inspetor, este 
profissional experimenta responsabilidades, necessitando de um perfil motivador 
como forma orientar a todos os participantes no segmento de ensino. Nesse momento, 
o inspetor escolar vai fazer o papel de gestor, devendo ser um visionário, porque o 
seu trabalho irá refletir na instituição de ensino, precisando ter ideias, 
responsabilidades e mudanças em função do seu trabalho amplo na escola. 
Vale (1982, p. 35) destaca que o inspetor educacional deve: 
 
25 
 
[...] procurar desenvolver a sua capacidade de organizar o pensamento e 
compartilhar suas ideias, de se constituir enquanto grupo de compreender a 
força da ação coletiva, de liderar, de pensar criticamente a realidade social, 
de filtrar da história oficial de sua classe, de se capacitar a se tornar sujeito 
de sua própria história. (Vale, 1982, p. 35 Apud AZEVEDO, [2020]). 
 
Uma escola que pretenda adquirir o processo de ensino com qualidade, deve-
se atentar aos princípios democráticos e ao acesso e permanência escolar dos alunos 
e da comunidade, por isso interessada em profissionais qualificados e motivados, o 
inspetor fará parte desse processo de execução da ação educacional. Santana (2012, 
p. 6): 
Espera-se do inspetor escolar, um profissional que não cuide somente da 
parte burocrática, mas que procure ter um método de trabalho menos 
policiador e controlador, tornando-se mais participativo e democrático, mais 
orientador da aplicação da norma e mais estimulador da criticidade e da 
criatividade tão necessária à melhoria do funcionamento do sistema. Deverá 
propiciar às escolas as condições que assegurem sua autonomia 
administrativa, pedagógica e também que cuide e oriente a parte humana, 
conduzindo com todos os envolvidos o processo ensino aprendizagem, com 
qualidade, eficiência e motivação. (Santana, 2012, p. 6 Apud AZEVEDO, 
[2020]). 
No entanto, em face das diferentes citações relevantes dos inspetores das 
instituições de ensino, este possui a necessidade e a responsabilidade de agir neste 
processo, realizando ações na área da educação que reflitam ativamente na atuação 
dos profissionais que atuam nas escolas, alunos e comunidades, e oferecendo 
aconselhamento para promover a iniciativa da comunidade escolar nesta situação. 
5.2 Atribuições do cargo de inspetor escolar 
Fonte: pixabay.com 
 
26 
 
Salienta-se que os inspetores escolares são representantes legais dos 
departamentos administrativos centrais e regionais do estado, também ainda 
conceitua as inspeções escolares como correções, auditorias, orientações e 
assistência técnica. Esses profissionais são as ligações informativas do poder público 
no ambiente educacional. 
FINOTO (2010, p. 6 - 7) cita as funções da inspeção escolar: 
 Função Verificadora: deve possuir domínio da legislação, ser 
pesquisador e observador; 
 Função Avaliadora: Educador; 
 Função Orientadora: ter boa comunicação oral e escrita, ser conciliador; 
 Função Corretiva: segurança e postura pedagógica; 
 Função Realimentadora: criatividade. (FINOTO, 2010, p. 6 – 7 Apud 
AZEVEDO, [2020]). 
No entanto, acredita-se que as características das funções dos inspetores 
escolares devem ser imputáveis com vigor, pois responsabilidade e comprometimento 
são os slogans que devem ser levados em prática por estes profissionais, visto que 
todo andamento educacional passa pelas mãos deste educador, e o senso de 
respeito, empatia,moralidade e igualdade devem fazer parte dos trabalhos nesse 
sentido. 
6 INSPEÇÃO X SUPERVISÃO 
Fonte: educacional.com.br 
 
27 
 
Inspeção é o ato de inspecionar algo, fiscalizar, de contrapartida, a supervisão 
é o ato de orientar, guiar, motivar e gerar resultados entre as equipes supervisionadas. 
Embora as imagens negativas relacionadas aos inspetores ainda sejam 
generalizadas, há sinais de mudança. Essas mudanças dependem muito da atitude 
do inspetor. Este profissional de inspeção deverá comprometido com a motivação dos 
professores, ser ideal, flexível e enérgico, buscando constantemente a mudança, a 
cooperação, o trabalho em equipe e a integração da escola com a comunidade. 
Menezes, (2010, p. 51) defende que o inspetor, “Não deve preocupar-se tanto 
com os normativos e controlo como um fim em si mesmo, mas preocupar-se mais com 
a complexidade contextualizada…, recorrendo a novas metodologias inspetivas 
baseadas em conhecimentos e orientadas para a melhoria e aperfeiçoamento das 
escolas, consideradas como contextos privilegiadas para a aprendizagem e o 
desenvolvimento profissional”. (MENEZES, 2010, p. 51 Apud FIALHO, 2016) 
Além dos pontos citados acima, Thurler e Perrenoud (1994, p.55), afirmam que o 
inspetor deve “colocar à disposição dos professores um espaço de liberdade, 
encorajando-os nas suas tentativas e atitudes experimentais. Manifestam 
abertamente a sua estima pelo trabalho dos professores, encorajam a discussão e 
consagram muito do seu tempo aos contatos pessoais – formais e informais – com 
cada professor e procuram criar um clima colegial impregnado de confiança”. 
(THURLER e PERRENOUD 1994, p.55 Apud FIALHO, 2016). 
Lorenzoni (1990, p. 92) enfatize que as funções específicas dos inspetores escolares 
são: 
 Participar do planejamento e aplicação dos mecanismos e instrumentos de 
controle referentes a currículos e programas educacionais, previstos ou em 
desenvolvimento; 
 Participar do processo de planejamento curricular, em nível de macrossistema, 
com vistas à melhoria qualitativa do ensino, através da caracterização da 
realidade escolar em termos de necessidades a serem atendidas e 
possibilidades a serem aproveitadas; 
 Colaborar no estabelecimento de diretrizes pedagógicas que levem à 
consecução da política educacional do Estado; 
 Assessorar os superiores hierárquicos em assuntos da área; 
 
28 
 
 Manter-se constantemente atualizado em legislação, evidenciando 
conhecimento do objeto a ser avaliado e da metodologia de avaliação, 
manifestando domínio das técnicas de trabalho e instrumentalização próprias 
do exercício de sua função. LORENZONI (1990, P. 92). 
Não obstante da linha de trabalho da inspeção escolar, encontra-se a 
supervisão escolar. Vasconcelos (2002) define o supervisor como o articulador do 
Projeto Político-Pedagógico da instituição no campo pedagógico, estabelecendo 
contatos entre os campos administrativos e comunitários. Tem a função de organizar 
a reflexão, a participação e os meios de concretizar a tarefa da escola, a qual é 
propiciar que todos os alunos aprendam e se desenvolvam como seres humanos 
plenos. (VASCONCELOS, 2002 Apud SOARES; SILVA, 2016) 
De acordo com Rangel (1985), a supervisão passa de escolar para pedagógica 
e se caracteriza por “um trabalho de assistência ao professor, em forma de 
planejamento, acompanhamento, coordenação, controle, avaliação e atualização do 
desenvolvimento do processo de ensinoaprendizagem”. (RANGEL,1985 Apud 
SOARES; SILVA, 2016) 
Conforme Brigs e Justman apud Nérici (1978, p. 42-43), as funções do 
supervisor são as seguintes: 
 Ajudar os professores a melhor compreenderem os objetivos reais da 
educação e o papel especial da escola na consecução dos mesmos. 
 Auxiliar os professores a melhor compreenderem os problemas e 
necessidades dos jovens educandos e atender, na medida do possível, 
a tais necessidades. 
 Exercer liderança de sentido democrático, sob as formas de promoção 
do aperfeiçoamento profissional da escola e de suas atividades, 
buscando relações de cooperação de seu pessoal e estimulando o 
desenvolvimento dos professores em exercício, colocando sempre a 
escola mais próxima da comunidade. 
 Estabelecer fortes laços morais entre os professores quanto ao seu 
trabalho, de tal forma que operem em estreita e esclarecida cooperação, 
para que os mesmos fins gerais sejam atingidos. 
 
29 
 
 Identificar qual o tipo de trabalho mais adequado para cada professor, 
distribuindo tarefas, mas de forma que possam desenvolver suas 
capacidades em outras direções promissoras. 
 Ajudar os professores a adquirir maior competência didática. 
 Orientar os professores principiantes a se adaptarem à sua profissão. 
 Avaliar os resultados dos esforços de cada professor, em termos do 
desenvolvimento dos alunos, segundo os objetivos estabelecidos. 
 Ajudar os professores a diagnosticar as dificuldades dos alunos na 
aprendizagem e a elaborar planos de ensino para superação das 
mesmas. 
 Auxiliar a interpretar o programa de ensino para a comunidade, de tal 
modo que o público possa compreender e cooperar nos esforços da 
escola. 
 Levar o público a participar dos problemas da escola e recolher suas 
sugestões a esse respeito. 
 Proteger o corpo docente contra exigências descabidas de parte do 
público, quanto ao emprego de tempo e energia dos professores. 
Ambas as funções possuem seu grau de importância em relação a educação 
brasileira, todavia, se andarem separadas e descoordenadas, essas funções não iram 
gerar benefícios e laços do ambiente escolar, comunidade e estado. 
7 PLANEJAMENTO ESCOLAR 
Fonte: pixabay.com 
 
30 
 
Planejamento escolar é um termo que se refere à estrutura das atividades, 
decisões e tarefas escolares. Tudo o que ocorre nas instituições de ensino devem ser 
devidamente organizadas como parte do plano geral da escola. O plano prevê ações 
para todas as áreas do ambiente escolar, e tem como referência o PPP (Projeto 
Político-Pedagógico) estando previsto no planejamento de gestão escolar. De acordo 
Martinez e Oliveira (1997, p.11): 
Entende-se por planejamento um processo de previsão de necessidades e 
racionalização de emprego dos meios materiais e dos recursos humanos 
disponíveis a fim de alcançar objetivos concretos em prazos determinados e 
em etapas definidas. 
Segundo Gandin (1994), o planejamento diário está presente no cotidiano de 
qualquer atividade, seja ela profissional, educacional ou familiar. No que se refere à 
educação de sala de aula, como uma atividade constante e ativa, a qual norteará as 
ações a serem desenvolvidas pelo educador, possibilitando ao mesmo determinar 
metas e definir estratégias pedagógicas, utilizando-se sempre das mais adequadas 
aos interesses dos educandos em determinado momento. (GANDIN, 1994 Apud 
NICOLAU, 2015). 
Segundo Moretto (2007), planejar é articular a ação e assim elaborar definições 
simples, apresentando a influência que o ato de planejar institui, pois, o planejamento 
auxilia o trabalho tanto do professor quanto do aluno, portanto, o ato de organizar 
ideias e informações coletadas do educador enriquece a realização das diversificadas 
situações. (Moretto, 2007 Apud NICOLAU, 2015). 
Neste contexto Gandin (1995), destaca que planejamento pode ser definido 
como um instrumento capaz de contribuir para a superação de rotinas diárias, sendo 
expresso como estratégia de organização da ação docente de todo educador. É 
essencial para o contexto pedagógico, pois contribui para o embasamento teórico 
necessário à realização de uma aula de qualidade. (GANDIN, 1995 Apud NICOLAU, 
2015). 
Os planejamentos educacionais incluem o processo de construção do 
conhecimento em diversos campos e a realização da educação de forma global, 
visando contribuir para a superação das necessidades individuais e coletivas de 
grupos específicos. 
 
31 
 
Os diferentes tipos deplanejamento, do mais simples ao mais complexo, 
referem-se aos diferentes ambientes, metas e objetivos existentes na escola, os quais 
se relacionam com a organização do espaço escolar e os objetivos relacionados. 
 Planejamento Educacional: o planejamento do sistema educacional 
inclui a tomada de decisões sobre a educação no desenvolvimento geral 
do país. 
 Planejamento Escolar: o planejamento escolar inclui não apenas 
prever a organização e coordenação das atividades de ensino com base 
nas metas sugeridas, mas também avaliação e adequação da mesma 
no processo de ensino. 
 Planejamento Curricular: a questão central do plano curricular é 
formular metas educacionais com base nas metas do guia curricular 
oficial. Nesse sentido, as escolas não devem simplesmente implementar 
os regulamentos das instituições oficiais. Embora os currículos sejam 
mais ou menos definidos de forma geral, cabe à escola interpretá-los e 
implementá-los. 
 Planejamento de Ensino: é um roteiro organizacional configurado 
como uma unidade letiva de um ano ou um semestre sendo composta 
pelos seguintes elementos: racionalidade da matéria; conteúdo; 
objetivos gerais e específicos; metodologia e avaliação, que se 
relacionam com a escola e os professores na educação, a 
particularidade da escola, a matéria e seus objetivos sociais e 
pedagógicos. 
Desta forma, ressaltamos que os programas já existem, e o educador deverá 
utilizá-los da melhor forma para obter bons resultados no final, pois basta comparar 
as enormes diferenças entre um educador bem preparado que planeja de acordo com 
todos os aspectos e os profissionais que não prestam atenção às mudanças que 
ocorrem no processo de formação. 
 
32 
 
8 APORTES LEGAIS E NORMATIVOS 
Fonte: pixabay.com 
O contexto da Constituição Brasileira de 1988 em seu artigo 205 enfatiza que: 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho. (Constituição Federal do Brasil, art. 205, 1988) 
8.1 Lei de diretrizes e bases da educação nacional: lei no 9.394/96 e suas 
alterações. 
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional 
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
TÍTULO I 
Da Educação 
Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na 
vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e 
pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas 
manifestações culturais. 
§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, 
predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias. 
§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática 
social. 
 
33 
 
TÍTULO II 
Dos Princípios e Fins da Educação Nacional 
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de 
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno 
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho. 
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o 
pensamento, a arte e o saber; 
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; 
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; 
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
VII - valorização do profissional da educação escolar; 
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação 
dos sistemas de ensino; 
IX - garantia de padrão de qualidade; 
X - valorização da experiência extraescolar; 
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. 
XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 12.796, 
de 2013) 
XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. 
(Incluído pela Lei nº 13.632, de 2018) 
TÍTULO III 
Do Direito à Educação e do Dever de Educar 
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado 
mediante a garantia de: 
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) 
anos de idade, organizada da seguinte forma: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 
2013) 
a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13632.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
 
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c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 
II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade; 
(Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente 
na rede regular de ensino; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os 
que não os concluíram na idade própria; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação 
artística, segundo a capacidade de cada um; 
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; 
VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com 
características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, 
garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência 
na escola; 
VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por 
meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, 
alimentação e assistência à saúde; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e 
quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do 
processo de ensino-aprendizagem. 
X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais 
próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) 
anos de idade. (Incluído pela Lei nº 11.700, de 2008). 
Art. 4º-A. É assegurado atendimento educacional, durante o período de 
internação, ao aluno da educação básica internado para tratamento de saúde em 
regime hospitalar ou domiciliar por tempo prolongado, conforme dispuser o Poder 
Público em regulamento, na esfera de sua competência federativa. (Incluído pela Lei 
nº 13.716, de 2018). 
Art. 5º O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, 
podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização 
sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11700.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13716.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13716.htm#art1
 
35 
 
Público, acionar o poder público para exigi-lo. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 
2013) 
§ 1º O poder público, na esfera de sua competência federativa, deverá: 
(Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) 
I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade escolar, bem 
como os jovens e adultos que não concluíram a educação básica; (Redação dada pela 
Lei nº 12.796, de 2013) 
II - fazer-lhes a chamada pública; 
III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola. 
§ 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder Público assegurará em 
primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatório, nos termos deste artigo, contemplando 
em seguida os demais níveis e modalidades de ensino, conforme as prioridades 
constitucionais e legais. 
§ 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimidade 
para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da Constituição 
Federal, sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial correspondente. 
§ 4º Comprovada a negligência da autoridade competente para garantir o 
oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser imputada por crime de 
responsabilidade. 
§ 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder Público 
criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino, 
independentemente da escolarização anterior. 
Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na 
educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 
12.796, de 2013) 
Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: 
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo 
sistema de ensino; 
II - autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público; 
III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no art. 213 da 
Constituição Federal. 
Art. 7º-A Ao aluno regularmente matriculado em instituição de ensino pública 
ou privada, de qualquer nível, é assegurado, no exercício da liberdade de consciência 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art208%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art208%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art213
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art213
 
36 
 
e de crença, o direito de, mediante prévio e motivado requerimento, ausentar-se de 
prova ou de aula marcada para dia em que, segundo os preceitos de sua religião, seja 
vedado o exercício de tais atividades, devendo-se lhe atribuir, a critério da instituição 
e sem custos para o aluno, uma das seguintes prestações alternativas, nos termos do 
inciso VIII do caput do art. 5º da Constituição Federal: (Incluído pela Lei nº 13.796, de 
2019) (Vigência) 
I - prova ou aula de reposição, conforme o caso, a ser realizada em data 
alternativa, no turno de estudo do aluno ou em outro horário agendado com sua 
anuência expressa; (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) 
II - trabalho escrito ou outra modalidade de atividade de pesquisa, com tema, 
objetivo e data de entrega definidos pela instituição de ensino. (Incluído pela Lei nº 
13.796, de 2019) (Vigência) 
§ 1º A prestação alternativa deverá observar os parâmetros curriculares e o 
plano de aula do dia da ausência do aluno. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) 
(Vigência) 
§ 2º O cumprimento das formas de prestação alternativa de que trata este artigo 
substituirá a obrigação original para todos os efeitos, inclusive regularização do 
registro de frequência. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) 
§ 3º As instituições de ensino implementarão progressivamente, no prazo de 2 
(dois) anos, as providências e adaptações necessárias à adequação de seu 
funcionamento às medidas previstas neste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 
2019) (Vigência) (Vide parágrafo único do art. 2) 
§ 4º O disposto neste artigo não se aplica ao ensino militar a que se refere o 
art. 83 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) 
TÍTULO IV 
Da Organização da Educação Nacional 
Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em 
regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino. 
§ 1º Caberá à União a coordenação da política nacional de educação, 
articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, 
redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais. 
§ 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos termos desta 
Lei. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm#art2p
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art2
 
37 
 
Art. 9º A União incumbir-se-á de: (Regulamento) 
I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios; 
II - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais do sistema 
federal de ensino e o dos Territórios; 
III - prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento 
prioritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua função redistributiva e supletiva; 
IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental 
e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a 
assegurar formação básica comum; 
IV-A - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, diretrizes e procedimentos para identificação, cadastramento e 
atendimento, na educação básica e na educação superior, de alunos com altas 
habilidades ou superdotação; (Incluído pela Lei nº 13.234, de 2015) 
V - coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação; 
 VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino 
fundamental, médio e superior, em colaboração comos sistemas de ensino, 
objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino; 
VII - baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-graduação; 
 VIII - assegurar processo nacional de avaliação das instituições de educação 
superior, com a cooperação dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre este 
nível de ensino; 
IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, 
os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema 
de ensino. (Vide Lei nº 10.870, de 2004) 
§ 1º Na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional de Educação, 
com funções normativas e de supervisão e atividade permanente, criado por lei. 
§ 2° Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a União terá acesso a 
todos os dados e informações necessários de todos os estabelecimentos e órgãos 
educacionais. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/D3860.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm#art9iva
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13234.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.870.htm#art1
 
38 
 
§ 3º As atribuições constantes do inciso IX poderão ser delegadas aos Estados 
e ao Distrito Federal, desde que mantenham instituições de educação superior. 
 Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de: 
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus 
sistemas de ensino; 
II - definir, com os Municípios, formas de colaboração na oferta do ensino 
fundamental, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das 
responsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os recursos 
financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas do Poder Público; 
III - elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com 
as diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e coordenando as suas 
ações e as dos seus Municípios; 
IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, 
os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema 
de ensino; 
V - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; 
VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio 
a todos que o demandarem, respeitado o disposto no art. 38 desta Lei; (Redação dada 
pela Lei nº 12.061, de 2009) 
VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual. (Incluído pela 
Lei nº 10.709, de 31.7.2003) 
Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as competências referentes 
aos Estados e aos Municípios. 
Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de: 
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus 
sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos 
Estados; 
II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas; 
III - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; 
IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema 
de ensino; 
V - oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o 
ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12061.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12061.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.709.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.709.htm#art1
 
39 
 
estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de competência e com 
recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à 
manutenção e desenvolvimento do ensino. 
VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. (Incluído pela 
Lei nº 10.709, de 31.7.2003) 
Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao sistema 
estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação básica. 
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as 
do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: 
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; 
II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; 
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; 
IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; 
V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; 
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de 
integração da sociedade com a escola; 
VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, 
os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre 
a execução da proposta pedagógica da escola; (Redação dada pela Lei nº 12.013, de 
2009) 
VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município a relação dos alunos que 
apresentem quantidade de faltas acima de 30% (trinta por cento) do percentual 
permitido em lei; (Redação dada pela Lei nº 13.803, de 2019) 
IX - promover medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos 
os tipos de violência, especialmente a intimidação sistemática (bullying), no âmbito 
das escolas; (Incluído pela Lei nº 13.663, de 2018) 
X – estabelecer ações destinadas a promover a cultura de paz nas escolas. 
(Incluído pela Lei nº 13.663, de 2018) 
XI - promover ambiente escolar seguro, adotando estratégias de prevenção e 
enfrentamento ao uso ou dependência de drogas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 
2019) 
Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.709.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.709.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12013.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12013.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13803.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13663.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13663.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13840.htm#art17
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13840.htm#art17
 
40 
 
I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de 
ensino; 
II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do 
estabelecimento de ensino; 
III - zelar pela aprendizagem dos alunos; 
IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor 
rendimento; 
V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar 
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao 
desenvolvimento profissional; 
VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a 
comunidade. 
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do 
ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme 
os seguintes princípios: 
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto 
pedagógico da escola; 
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou 
equivalentes. 
Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de 
educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e 
administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito 
financeiro público. 
Art. 16. O sistema federal de ensino compreende: (Regulamento) 
I - as instituições de ensino mantidas pela União; 
II - as instituições de educação superior mantidas pela iniciativa privada; 
(Redação dada pela Lei nº 13.868, de 2019) 
III - os órgãos federais de educação. 
Art. 17. Os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal compreendem: 
I - as instituições de ensino mantidas, respectivamente, pelo Poder Público 
estadual e pelo Distrito Federal; 
II - as instituições de

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