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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 2 HISTÓRIA DA SUPERVISÃO ESCOLAR ................................................... 4 3 A FIGURA DO SUPERVISOR ESCOLAR NO PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO-ESCOLAR ...................................................................... 7 3.1 O papel do supervisor ........................................................................ 10 3.2 Supervisão escolar- Desafios ............................................................. 12 3.3 Modelos de Supervisão Escolar ......................................................... 14 4 HISTÓRIA DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL ........................................ 14 4.1 Orientador educacional ...................................................................... 17 4.2 O papel do orientador educacional ..................................................... 20 5 HISTÓRIA DA INSPEÇÃO ESCOLAR...................................................... 22 5.1 O papel do inspetor escolar ................................................................ 24 5.2 Atribuições do cargo de inspetor escolar ............................................ 25 6 INSPEÇÃO X SUPERVISÃO .................................................................... 26 7 PLANEJAMENTO ESCOLAR ................................................................... 29 8 APORTES LEGAIS E NORMATIVOS....................................................... 32 8.1 Lei de diretrizes e bases da educação nacional: lei no 9.394/96 e suas alterações................. ............................................................................ 32 9 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA .............................................................. 78 3 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 4 2 HISTÓRIA DA SUPERVISÃO ESCOLAR Fonte:pixabay.com Ainda no início deste século, a supervisão no Brasil limitava-se, na verdade, a fiscalizações, como matrícula e frequência de alunos, condições de construção e frequência de professores. Em alguns regulamentos, as responsabilidades das técnicas educacionais pedagógicas previstas: os supervisores deveriam dar aulas- modelo e aconselhar os professores. No entanto, os supervisores geralmente não estavam dispostos a realizar essas tarefas. No contexto brasileiro a supervisão tem uma concepção e apresenta-se como uma prática relativamente recente. Remonta aos anos 70 e surgiu, "no cenário sociopolítico-econômico, historicamente, como função de 'controle'. (RANGEL, 2001 p.63). No estado de São Paulo. No entanto, onde as inspeções escolares começaram em meados do século XIX, as supervisões técnicas atribuídas aos supervisores pagos apareceram pela primeira vez em 1892. No estado de Minas Gerais, as reformas Francisco Campos de 1927 e as fiscalizações administrativas criaram a assistência técnica. Com a ajuda da reforma de Anísio Teixeira (1933), no Distrito federal, esta previa que os consultores de educação básica iam "orientar a partir de uma perspectiva pedagógica única" Sob a premissa de não prejudicar a autonomia docente. O primeiro registro legal da atuação dos supervisores escolares brasileiros data de 1931. Durante este período, esses profissionais implementavam os padrões 5 "prescritos" pelas organizações superiores, sendo que estes eram definidos como “orientadores pedagógicos” ou "orientadores de escola", possuindo como função profissional com a função básica de fiscalizar/inspecionar o ambiente escolar. O Decreto-Lei nº 19.890, de 18 de abril de 1931, foi o primeiro documento onde citava os aspectos do trabalho de inspeção escolar. Sendo que no capitulo III desta mesma lei em seu artigo 58, citava que: Art. 58. - Os inspectores são nomeados por concursos e, dentre estes, por accesso, os inspectores geraes. (DECRETO..., 1931). Outra situação entorno da supervisão, é que esta, surgiu durante a revolução industrial, e seu propósito era aumentar a produção quantitativa e qualitativa para obter lucros dessa forma. Portanto, devido à necessidade de melhor tecnologia para orientar os profissionais no desempenho de suas funções nos negócios e no comércio, surgiu o papel de supervisor. O surgir deste profissional, trouxe consigo a função que o profissional deveria exercer. Historicamente, possuía o dever de inspecionar a execução dos trabalhos exercidos pelos professores/educadores. Ao longo do tempo, prevaleceu uma imagem da supervisão ligada à fiscalização e ao controle. Contudo, alguns estudos históricos revelam que se muitas vezes eles pareciam ligados aos políticos pela hierarquia administrativa e enfrentando os docentes, outras tantas se recortavam com independência dos mandatos governamentais e se uniam às lutas do magistério. Este leque de posições em torno do vínculo com as gestões políticas e com os mestres também está presente nos discursos e práticas que hoje os supervisores realizam. (FERREIRA, 2010, apud, PEREIRA, 2014, p. 3). Segundo Saviani (2003, p. 26) a função de supervisionar surge: “(...) quando se quer emprestar à figura do inspetor um papel predominantemente de orientação pedagógica e de estímulo à competência técnica, em lugar da fiscalização para detectar falhas e aplicar punições (...). (SAVIANI, 2003 Apud ROLLA ,2006 p. 17). No entanto, devido ao acordo firmado entre o Brasil e os Estados Unidos da América para a implantação do Programa de Assistência Brasileiro Americana ao Ensino Elementar (PAABAE) no final da década de 1950 e início da década de 1960, os supervisores escolares tiveram rígidas funções de controle e fiscalização. Com isso, o conceito de supervisão educacional mudou ao longo do tempo, mudando seus objetivos de acordo com as diferentes etapas que marcaram o desenvolvimento da 6 profissão. Essas mudanças produziram mudanças profundas na forma de encarar as tarefas educativas e na compreensão da escola como local especializado para o processo educativo. (FERREIRA, 2010). A partir da década de 1980, devido às intensas discussões entre política e educação, surgiu um novo conceito de supervisão escolar por meio da gestão democrática, pois a figura do supervisor passou a ser um elemento intermediário relacionado ao conceito de mudança sugerido pelo novo currículo. Hoje, como um sinal de reconhecimento da necessidade e importância da supervisão, nossas principais leis preveem o treinamento de nível superior para supervisores, e as leis estaduais especificam suas responsabilidades. Como o Decreto nº 5.586/75, artigo 7º, do estado de São Paulo que segundo Silva Júnior definiu algumas atribuições: (...) II- Zelar pela integração do sistema, especialmente quanto à organização curricular; (...) IV- Elaborar os instrumentos adequados para a sistematização das informações; (...) X- Cumprir e fazer cumprir as disposições legais relativas à organizaçãodidática, administrativa e disciplinar emanadas das autoridades superiores; (...) XI- Apresentar relatório das atividades executadas, acompanhado de roteiro de inspeção. (SILVA JÚNIOR ,1984, p. 34-35 Apud ROLLA, 2006, p. 20). A supervisão é uma atividade técnica de base filosófica e científica, que pode ser estruturada sob a forma de serviços ou não, que envolve todos os participantes do processo de formação por meio de ações democráticas, cooperação, relacionamento mútuo, liderança e trabalho em equipe, tendo como objetivo aprimorar toda a formação, principalmente o ensino, com ênfase na pesquisa. Encontra os fundamentos nas ciências da educação e ciências sociais, que explicam a criação e o desenvolvimento de organizações sociais para desempenhar funções ou atividades consideradas desejáveis. Contudo a carreira de um supervisor escolar ou supervisor educacional sempre possuiu diversas incertezas, portanto, apesar da contribuição do profissional que garantiu de forma decisiva o sucesso da prática educativa no ambiente escolar, a mesma enfrentou diversos etapas de construção e adaptação no âmbito das instituições de ensino. 7 3 A FIGURA DO SUPERVISOR ESCOLAR NO PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO-ESCOLAR Fonte: widgetserver.com A educação é um processo de transformação do ser humano, no qual ele desenvolve as suas potencialidades de acordo com o seu meio, para isso o ser humano necessita de referências, sendo as referências familiares, sociais e culturais. Estes possuem diferentes formas e hábitos, com a existência dessas diferenças, a forma de agir, pensar e sentir, e as mudanças ocorridas no processo de globalização, sendo um novo conceito de sociedade no qual estão plenamente envolvidos, por isso a participação ocorre desde o nascimento, e no ambiente familiar, social e escolar, mesmo quando o indivíduo está em constante mudança, de certa forma terá que passar por várias experiências diárias. Certamente, visto que o profissional precisa do bom desenvolvimento da escola, este tema precisa de mais atenção da sociedade. Considerando que se trata de uma ponte na comunidade escolar, e porque está sob gestão, a escola é responsável por fazer deste espaço um ambiente de debate e aproximar as temáticas desta comunidade. De acordo com Medina (1997), o papel do supervisor passa, então, a ser redefinido com base em seu objeto de trabalho, e o resultado da relação que ocorre entre o professor que ensina e o aluno que aprende passa a construir o núcleo do trabalho do supervisor na escola. (MEDINA 1997, p 22 Apud PEREIRA [2020]). Conforme citado pela autora, o trabalho do supervisor escolar, objetiva a produção do 8 professor, o estudo dos alunos, e da atenção especial à qualidade do trabalho. Portanto, o objetivo deste, é que os alunos aprendam por meio do professor, e os dois dependem um do outro em equipe. Sendo esta considerada a função básica do orientador: ser o grande coordenador do ambiente escolar. No empreendimento solidário, desde que duas ou mais pessoas participem da mesma tarefa, é necessária supervisão. Uma vez que as metas são determinadas, os esforços individuais devem ser coordenados para evitar omissões e corrigir sobreposições. Enquanto a escola de uma turma for diferente e houver muitas escolas, formando um sistema, é o que acontece no ensino. A harmonia do conjunto dependerá da atuação do supervisor aumentando de forma gradativa a eficiência. A este argumento geral, válido em todas as situações em que se exige uma divisão do trabalho, acrescenta-se a importância da supervisão em situações específicas do processo educacional. Portanto, deve-se ter em mente o caso especial do ensino de tarefas diversas e complexas. A experiência do supervisor, a visão mais ampla e o treinamento mais avançado serão recursos valiosos. "Supervisão é um serviço técnico que visa fundamentalmente ao estudo e à melhoria em cooperação das condições que envolvem a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno" (Burton e Brueckner, 1955, p.18). A ação supervisora, desenvolvida nas escolas, deve ser essencialmente a de acompanhar a atualização pedagógica e normativa, com especial atenção, em ambos os casos, aos fundamentos determinados na LDB 9.394/96; propiciar oportunidades de estudo e interlocução aos professores, em atividades coletivas, que reúnam professores que desenvolvem um mesmo conteúdo nas diversas séries e níveis escolares; propiciar oportunidades de estudo e decisões coletivas sobre o material didático. (RANGEL, 2001, p. 40 Apud PEREIRA et al [2020]). Todavia deve ser lembrado que os professores estão gradualmente assumindo responsabilidades maiores. Em termos da legislação brasileira, quando se verifica que certas tarefas eram prerrogativa do órgão central do sistema, e essas tarefas foram transferidas para escolas e professores. Por exemplo, em relação a cursos, planos e avaliações. Para o supervisor certas tarefas são tidas como suas principais responsabilidades ao auxiliar na tomada de decisões relacionadas a esses aspectos. Para que o supervisor de escola atinja suas metas, este deverá traçar o perfil da escola no projeto político pedagógico, sempre com formas a orientar e auxiliar 9 professores, alunos e pais. Devendo fazer deste dever um modelo de pesquisa e aprendizagem na vida diária. O diretor da escola não deve esquecer que o supervisor e os demais membros da comunidade escolar devem ter sempre o diálogo e a troca de experiências. As ações do supervisor escolar são atribuídas a funções complexas, ao apoio e à parceria com os professores, e o tipo de relação que ele estabelece tornou-se a essência do seu desenvolvimento de trabalho. Portanto, os supervisores escolares são organizadores ou consultores profissionais do trabalho docente realizado pelos educadores das escolas. A avaliação externa da escola é um tipo de pesquisa que facilita aos supervisores de escola revisar seus procedimentos, tendo como papel de redireciona o professor para seguir o caminho de aprendizagem, proporcionando assim melhores resultados externos. Esse resultado passou a ser um sinal de reflexão e autocrítica, permitindo que o educador entenda quais melhorias podem ser feitas na sala de aula. Vasconcellos (2002, p. 42) assevera que “não podemos ser ingênuos: para estabelecer uma outra ordem nas coisas, há necessidade de uma ação numa determinada direção, pois não é uma ação qualquer que nos levará ao que desejamos”. É necessário planejamento a fim de que os objetivos traçados sejam alcançados e, para tanto, o supervisor escolar é peça fundamental na elaboração do plano político-pedagógico que a escola seguirá. (Vasconcellos,2002, p. 42 Apud SOUZA et al., 2017). A supervisão otimiza a qualidade da pedagogia, representando uma condição de compreensão e renovação. Desse modo, a pedagogia sem supervisão é menos pedagógica, tal como o será a supervisão sem uma visão da pedagogia. Na expressão “supervisão pedagógica”, direciona não apenas a pedagogia, mas também à sua função potencialmente educativa. Então, quando a supervisão é orientada por uma visão crítica de pedagogia, torna a ação pedagógica mais consciente e susceptível à mudança (VIEIRA, 2009 Apud PEREIRA et al [2020]). Nesse sentido, o supervisor vai além da função de mera fiscalização e passa a coordenar o trabalho docente. Nessa nova situação, o profissional se tornou o parceiro do professor para concluir um aprendizado verdadeiramente significativo. Em relação ao atual papel de liderança dos profissionais de supervisão, é melhor entender os 10 líderes como tendo a capacidade de ouvir os outros educadores e no mesmo sentido o de ser ouvido por eles, de trabalhar de acordo com o diálogo e de ter as habilidades necessárias. Hoje na atualidade não se deve associar a atitude do líder apenas às ações autoritárias ou impostas aos outros,escondidas na definição da hierarquia. A educação não é imposta aos outros, mas por meio de parceria e compartilhamento. 3.1 O papel do supervisor Fonte:pixabay.com Mudanças profundas ocorreram atualmente no conceito de supervisão escolar e supervisor. Antes os supervisores desempenhavam plenamente suas funções técnicas e burocráticas, hoje estes profissionais estabeleceram um vínculo fundamental com o trabalho docente, podendo orientar, coordenar e tornar-se parceiro no processo de ensino. No entanto, embora este seja o conceito atual de supervisão, na prática ainda se vê frequentemente que o desempenho é afetado pelo passado. O papel da supervisão escolar como coordenador do ensino nas escolas, apresenta uma nova dimensão, de controlar e conduzir o estimulo do trabalho profissional na instituição escolar. De acordo com Libâneo, 2002: A coordenação pedagógica deve ser lembrada como um produto genuíno da pedagogia nova, por onde se formalizou sua conotação de mentora na escola, do enfoque psicológico estrito da educação. Não é preciso muito esforço para chegar a uma definição-padrão de suas atribuições; um serviço que ocupa da coordenação pedagógica escolar voltada a orientação dos 11 professores e alunos, visando ao desenvolvimento de suas potencialidades (LIBÂNEO, 2002, p.72). Os supervisores precisam garantir que todos os professores de educação da escola possam trabalhar normalmente. Para tanto, o educador precisa instruir os professores, treiná-los para atender aos padrões exigidos pela escola para atingir os objetivos desejados, certificando que o processo de ensino está de acordo com o conteúdo delineado no plano. Segundo fonte da Agência Câmara de Notícias o PL 4.106/2012, estabelece atribuições do supervisor educacional: Coordenar, junto com os professores, o processo de sistematização e divulgação das informações sobre o educando, para conhecimento dos pais; Supervisionar o cumprimento dos dias letivos e horas/aula estabelecidos legalmente; Orientar e acompanhar os professores no planejamento e desenvolvimento dos conteúdos; Planejar e coordenar atividades de atualização no campo educacional; Coordenar o processo de sondagem de interesses, aptidões e habilidades do educando; Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica da escola e o trabalho do professor junto ao aluno, auxiliando em situações adversas; Participar da análise qualitativa e quantitativa do rendimento escolar, junto aos professores e demais especialistas, visando a reduzir os índices de evasão e repetência, e qualificar o processo ensino- aprendizagem; e Valorizar a iniciativa pessoal e dos projetos individuais da comunidade escolar; entre outras. (AGÊNCIA..., 2012). Contudo o supervisor pedagógico deverá compreender as leis, restrições legais e lacunas, otimizar seu uso em benefício das escolas e objetivos educacionais, estar sempre atento às atualizações escolares e práticas pedagógicas, e estabelecer contatos com a comunidade; estimular o desenvolvimento de experiências e compartilhar com o grupo; estar atento às dificuldades encontradas pelos professores 12 estabelecendo um sistema que permita a consulta e discussão sobre o assunto, proporcionando direta ou indiretamente aos docentes informações sobre temas de maior complexidade e subsídios para o conhecimento atual, com o objetivo de ler, disponibilizar materiais de referência ou realizar reuniões e conselhos de classe com, professores, pais e especialistas de áreas do ambiente educacional. No contexto de incertezas e contradições na prática docente, o papel dos supervisores escolares é crucial na montagem de um novo formato de ensino educacional, dando maior relevância ao conhecimento prévio dos estudantes e possibilitando novos modelos de ensino/aprendizagem. 3.2 Supervisão escolar- Desafios Fonte:pixabay.com Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, supervisão e orientação escolar para educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional. (BRASIL, 1996). No decorrer da vida escolar, a importância do supervisor de ensino gira em torno de ser o elo de ligação, o mediador da relação entre pais, professores, alunos e dirigentes, evitando o possível desgaste entre esses centros. As articulações do supervisor escolar no ambiente de ensino são determinadas pelas características necessárias para atingir as metas traçadas no projeto político pedagógico (PPP) da instituição. Portanto, se faz necessário ao supervisor uma força 13 de vontade para realizar um trabalho com perspectivas voltado para a transformação do ambiente escolar. O profissional precisa ter compreensão, empatia e capacidade de raciocínio sobre as ideias dos outros e a conexão com a realidade escolar, além de expressar ações, enriquecendo o espaço através de provocações de ideias e a integração de toda a comunidade escolar. Nesse sentido, os educadores que se ocupam de tarefas complexas nas escolas, como supervisores, são responsáveis por refletir permanentemente sobre a prática educativa da escola e assumir que são educadores, ou seja, o aspecto político de suas funções. De acordo com a Medina (2002, p.46): O supervisor abdica de exercer poder e controle sobre o trabalho do professor e assume uma posição de problematizador do desempenho docente, isto é, assume com o professor uma atitude de indagar, comparar, responder, opinar, duvidar, questionar, apreciar e desnudar situações de ensino, em geral, e, em especial, as da classe regida pelo professor. (MEDINA 2002, p.46 Apud CARVALHO, 2013 p. 05). Este mudar no modo agir do supervisor requer outras atribuições, devido a esta mudança, leva os educadores a buscarem novas ações no trabalho dos supervisores de ensino, apoio e orientação para fazer suas atividades de ensino em conformidade com ambiente escolar. Apoio este, voltado para os aspectos pedagógicos, operacionais e subjetivos. A demanda deste profissional no que tange aos aspectos operacionais não foi tão destacada, comprovando a ideia de Pimenta quando afirma que o pedagogo contribui com os professores no trabalho de organizar diferentes modos de ensinar os diferentes conteúdos, ter conhecimento sobre os processos de aprendizagem, enfim, tarefas e saberes pedagógicos fundamentais à prática docente (PIMENTA, 2002 Apud CARVALHO, 2013 p. 06). Sob esse viés, os objetivos dos supervisores escolares são de melhorar o desempenho dos educadores que atuam nos espaços escolares, determinando suas potencialidades, personalidade e qualidades, para que todos possam contribuir com o plano de ensino a partir de seus melhores conhecimentos. Esta constatação, exige que o supervisor da escola atualize e avalie constantemente seu desempenho profissional. Portanto, tendo em vista a grande área dentro da organização, onde o supervisor atua, leva ao questionamento de buscar entender quais os conhecimentos que este profissional deverá ter, e outros que deverão ser incluídos em seu estudo, em virtude da busca pela resolução de problemas e necessidades, permitindo assim 14 que este profissional trabalhe na instituição de ensino, com eficácia, nas tarefas impostas no decorrer do trabalho. 3.3 Modelos de Supervisão Escolar Supervisão Escolar Autocrática: a ação autoritária do supervisor tem prioridade, determinando a ordem, o conselho e a direção do processo de ensino. Portanto, os supervisores se impõem por meio da autoridade e da intimidação, em oposto ao desenvolvimento de um espírito de participação e democracia com os educadores, limitando as possibilidades de desenvolvimento de toda a instituição escolar. Supervisão Escolar Democrática: Baseia-se na expressão, respeito e liberdadecoletiva, sendo feita de forma democrática e não imposta, e a decisão envolve todos os participantes do processo de formação. 4 HISTÓRIA DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL Fonte:pixabay.com Quando os homens se preocuparam não só com a própria sobrevivência, mas também com a sobrevivência de seus compatriotas, buscaram orientar-se, esta forma de orientação está ligada à formação da sociedade. Dessa forma, eles estabeleceram grupos destinados a orientar os necessitados. Nos primeiros dez anos do século XX, a orientação educacional surgiu nos Estados Unidos por meio da orientação 15 profissional. Ele foi incorporado à escola pelo educador Frank Parsons como forma de orientar os estudantes na busca de uma especialização. Esta orientação da educação assenta em três ações, que são, a de conhecer o aluno, conhecer o mundo do trabalho e ajusta o indivíduo ao mundo do emprego. De acordo com Pimenta (1988), a Orientação Educacional teve origem, aproximadamente, em 1930, a partir da orientação profissional que se fazia nos EUA. No Brasil, a orientação educacional mostrou-se válida na ordenação da sociedade brasileira em mudança na década de 1940 e incluía a ajuda ao adolescente em suas escolhas profissionais. A autora mostra que a primeira menção a cargos de orientador nas escolas estaduais se deu pelo Decreto n. 17.698, de 1947, referente às Escolas Técnicas e Industriais. As Leis Orgânicas do Ensino referentes ao período de 1942 a 1946 fazem alusão à Orientação Educacional. Nesta época, não havia cursos especiais de orientação educacional, o que levou ao preenchimento dos cargos pelos chamados “técnicos de educação”, muitas vezes selecionados por critérios duvidosos. (PIMENTA, 1988 Apud DAVID, 2017). Logo em seguida, no mesmo país, a orientação profissional ganhou espaço nas escolas e hoje é chamada de orientação profissional. A proposta é orientar os alunos na escolha da área em que desejam ingressar no mercado de trabalho. O foco está na formação profissional, não no desenvolvimento do aluno. Anos depois, esse posicionamento começou a se expandir no país e foi mencionado na legislação federal brasileira. É proposto na Lei Organizacional do Ensino, que visa definir cada área de ensino e seus diferentes atributos. O "Ato de Organização de Educação Industrial" de 1942 trouxe conhecimento sobre orientação educacional pela primeira vez. A Orientação Educacional no Brasil surge no início da década de xx, na capital paulista. Ela foi introduzida pelo professor e engenheiro suíço Roberto Mange, cujos trabalhos iniciais foram realizados na área de orientação profissional. (SAVIANI, 2007 apud SILVA, 2015, p. 17). Época em que o país passava por uma forte instabilidade na economia brasileira, em relação ao ambiente educacional, as classes dominantes possuíam maior favorecimento, de contrapartida, as menos favorecidas contracenavam com as piores condições de vida, algo que refletia nas instituições de ensino e no campo social. Nesse momento da história, o Brasil tomou como referência o modelo norte- americano de orientação profissional, mantendo suas características voltadas 16 principalmente para a área profissional, com o objetivo de determinar os talentos e torná-los profissionais. A orientação Educacional na atualidade visava estabelecer um modelo que atendia aos padrões sociais do aluno, auxiliava na sua escolha profissional, e assumia características psicológicas e terapêuticas para a solução do “problema” do aluno que buscava se adaptar à sociedade. No decorrer das décadas foram surgindo leis e decretos que vieram a dar base para a orientação educacional e com intuito de modelar os estudantes aos padrões sociais. São elas: Decreto-Lei n. 4.073/1942: instituída como lei de orgânica do ensino industrial era de natureza "corretiva" e visa atender "alunos problemáticos". Decreto-Lei n. 4.244/1942: assume a função de orientadora, com fins de encaminhar os alunos na escolha da profissão. Decreto-Lei n. 6.141/1943: afirma que o orientador educacional possuía como função, ajudar o aluno a concluir seus estudos com alta qualidade, respeitando suas questões intelectuais e morais e conduzindo-os com segurança para que pudessem fazer escolhas bem-sucedidas. Decreto-Lei n. 9.613/1946: refere-se à lei orgânica da educação agrícola, e as normas relativas aos orientadores são as mesmas da Lei Orgânica do Ensino Comercial. Lei no 4.024/1961: ficava determinado que os orientadores deveriam ter formação por meio de cursos especiais. Atualmente lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 cita em seu art. 64 que: A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional. (LEI 9.394, 1996). Lei n° 5.564/1965: fortaleceu a LDB em 1961 para garantir orientadores educacionais bem treinados. Lei n° 5.692/1971: nesta lei são estabelecidas as diretrizes e bases da educação, embasavam a orientação educacional determinando que esta fosse obrigatória. Lei nº 9.394/1996: estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.394-1996?OpenDocument http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.394-1996?OpenDocument 17 CNE/CP Nº 1, de 2006: Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. CONAE (2010): o resultado desse estimulante processo de mobilização e debate sobre a educação brasileira está consolidado neste Documento Final que apresenta diretrizes, metas e ações para a política nacional de educação, na perspectiva da inclusão, igualdade e diversidade, o que se constitui como marco histórico para a educação brasileira na contemporaneidade. (CONAE..., 2010). Historicamente, a orientação educacional participou do contexto de preocupação com os fazeres citados nas leis e decretos acima, a implementação das referidas leis e decretos que regulamentavam a profissão, sendo mais importante do que, compreender e o fazer da orientação, sem considerar por que deve agir dessa forma, sem entender a importância de focar sua atuação nos alunos e em tudo que o envolve. 4.1 Orientador educacional Fonte:pixabay.com Grinspun (2006, p.12) conceitua a orientação educacional como um processo humano e consciente de orientar o educando no campo educacional, segundo os pontos básicos que regem o processo da Educação”. (Apud SILVA; NASCIMENTO, [2020]). O orientador educacional visa todo o processo de aprendizagem e treinamento dos alunos, ajudando os professores a compreender o comportamento 18 dos estudantes. De forma resumida, enquanto os professores se preocupam em concluir os cursos disciplinares, os orientadores se preocupam com os aspectos que as crianças aprendem de forma não explícita na escola: a construção de valores e as relações interpessoais. A orientação é um processo dinâmico, contínuo, sistemático e integrado em todo o círculo escolar encarando o aluno como um ser global que deve desenvolver harmoniosamente e equilibradamente todos os aspectos: intelectual, físico, social, moral, estético político educacional e vocacional. (LUCK, 1992, p.64 Apud SILVA; NASCIMENTO, [2020]). Além de ajudar os professores a construir o processo de conhecimento, a orientação também atrai a maior atenção dos alunos. Portanto, não se limita ao campo do conhecimento, mas inclui também problemas encontrados na escola, família, e no âmbito social. A orientação educacional desempenha um papel importante, visto que ajuda a considerar a educação como uma prática social, formulando um projeto político de ensino quereflete os objetivos da escola e os interesses dos alunos, desenvolvendo o potencial dos estudantes em muitos aspectos, no sentido de serem responsáveis, participativos, reflexivos, solidários e terem sua própria autonomia. Conforme Grinspun (2006, p. 31), “o orientador está comprometido com a formação da cidadania dos alunos considerando em especial o caráter da formação e da subjetividade”. O papel do orientador é ajudar o aluno na formação de uma cidadania crítica e a escola na organização de seu projeto pedagógico. (Apud SILVA; NASCIMENTO, [2020]). No ambiente escolar, o orientador educacional é membro da equipe gestora, além do diretor e coordenador pedagógico. Sendo o principal responsável pelo desenvolvimento pessoal dos estudantes, apoiando a sua formação cidadã, refletindo sobre os valores morais e éticos e resolvendo as crises e conflitos. Martins afirma que, a orientação educacional (OE) é um processo organizado e permanente que existe na escola. Ela busca a formação integral dos educandos (este processo é apreciado em todos os seus aspectos, tido como capaz de aperfeiçoamento e realização), através de conhecimentos científicos e métodos técnicos. A Orientação Educacional é um sistema em que se dá através da relação de ajuda entre Orientador, aluno e demais segmentos da escola; resultado de uma relação entre pessoas, realizada de maneira organizada que acaba por despertar no 19 educando oportunidades para amadurecer, fazer escolhas, se auto conhecer e assumir responsabilidades. (MARTINS, 1984, p. 97). Entre os gestores escolares, professores e orientadores, deverá haver uma rede de apoio no processo de aprendizagem das disciplinas. Os serviços de orientação educacional não podem ser considerados o detentor do poder de resolver problemas que envolvem a aprendizagem dos estudantes. Ao abordar diretamente as relações interpessoais, as funções dos orientadores podem ser confundidas com as dos consultores psicológicos. No entanto, essa confusão deve ser evitada, pois embora também resolva os problemas da convivência e as dificuldades de aprendizagem, o papel do orientador está mais próximo do aspecto pedagógico do que do aspecto terapêutico. Em um ambiente educacional, o orientador, deve evitar estar o tempo todo em sua sala, recebendo alunos problemáticos, o profissional deverá entender o que acontece na escola, o comportamento dos estudantes e fazer recomendações apropriadas enquanto caminha pelo espaço da instituição. A educação escolar não pode ser um processo direto, mas deve ser uma exploração a partir da compreensão da realidade, refletindo a integração do tema com o ambiente escolar e seu entorno. Portanto, considerando a importância e o papel prático da OE na orientação do processo de formação escolar, buscando compreender o conceito do especialista no cotidiano da escola. Nesse sentido, investigar os desafios e atribuições impostos ao profissional no ambiente escolar, e aprofundar a compreensão do papel da orientação educacional, seu papel na equipe gestora e a articulação com os gestores. 20 4.2 O papel do orientador educacional Fonte:pixabay.com No nível escolar, os orientadores educacionais monitoram o desempenho individual dos alunos e estão comprometidos com seu desenvolvimento acadêmico e pessoal. Promovem ações coletivas e sessões de aconselhamento individual para pais e alunos, às vezes, também trabalham com professores. Em conjunto com o diretor da escola e o coordenador pedagógico, forma-se a equipe de gestão da escola. Sendo responsáveis por tomar decisões e fazer horários, atividades, planos de integração da escola com a comunidade, etc. Na gestão democrática, esses três profissionais levarão a equipe a construir e concluir o PPP (projeto político- pedagógico). Conforme Lück (2011) o diretor ocupa posição central na escola, pois seu trabalho influencia todo o ambiente escolar. Ele deve organizar as unidades que compõem a escola, ter controle financeiro, deve coordenar e orientar todos aqueles que assumem responsabilidades no campo escolar, estimular a inovação do processo educacional entre outras atribuições do cargo. De acordo com a autora (2011, p. 16), É do diretor da escola a responsabilidade máxima quanto a consecução eficaz da política educacional do sistema e desenvolvimento pleno dos objetivos educacionais, organizando, dinamizando e coordenando todos os esforços nesse sentido, e controlando todos os recursos para tal. (Lück 2011 Apud CAMPOS, 2012). 21 Na atualidade, é importante para a orientação educacional desenvolver suas atividades educacionais, considerando as suas características e experiências para compreender a realidade da escola, especialmente a realidade dos estudantes. Isso se torna importante porque afeta o processo de ensino nas instituições, que antes só aconteciam nas escolas, e agora abrange várias outras áreas como família, trabalho, sociedade, mídia, etc. Sendo necessário desenvolver um trabalho que busque o desenvolvimento integral dos alunos, sendo um mediador entre professores, funcionários, alunos e sociedade, para promover uma melhor convivência dentro e fora do estabelecimento de ensino, e tentar mostrar que a função da instituição é ensinar, e descobrir novas maneiras de ajudar os estudantes a resolver dificuldades. Grinspun (2010) caracteriza a orientação educacional hoje como um trabalho de caráter mediador que deve trabalhar junto aos demais protagonistas da escola buscando a qualidade no ensino. Apesar da proposta atual, percebe-se que o atendimento individualizado ainda está presente, pois as cinco orientadoras entrevistadas descrevem suas atuações com os alunos trazendo em suas falas muito da individualização de questões educacionais. (GRINSPUN, 2010 Apud CAMPOS, 2012). De acordo Giancaglia e Penteado (2009) descrevem a orientação educacional como uma função de orientação e confiança onde o aluno pode expor fatos e situações de cunho pessoal e familiar e se tratando de informações sigilosas não devem ser alvo de comentários sob quaisquer circunstâncias. (GIANCAGLIA E PENTEADO, 2009 Apud CAMPOS, 2012). A escola vem vivenciando uma nova realidade e enfrentando alguns desafios, sendo preciso pensar e repensar a forma de aprender, encontrar os meios necessários ao desempenho de sua função docente, promover a tematização de conhecimentos básicos, formar um cidadão e aplicar práticas baseadas na autonomia, Responsabilidade, unidade, respeito e ética. Considerando a importância e o papel prático da orientação educacional na educação escolar, busca-se compreender o papel do especialista no cotidiano escolar. Nesse sentido, investiga-se os desafios e atribuições do cargo no ambiente escolar, aprofundando o papel da orientação educacional, sua atribuição na equipe gestora e a compreensão do contato com os alunos, famílias e sociedade, tornando-se a premissa básica do orientador. Refletindo sobre as questões que muitas impedem os professores de desenvolver uma educação escolar de qualidade. 22 5 HISTÓRIA DA INSPEÇÃO ESCOLAR Fonte: pixabay.com Na legislação educacional, a primeira menção sobre a função de inspeção escolar que se tem notícia, ocorreu pela primeira vez na reforma de Campos do Ensino Secundário de 1932, referente ao Decreto-Lei nº 21.241 de 05/04/1932-artigos 63 a 86. Entre 1942 e 1946, surgiram várias leis, mas apenas a Lei Orgânica do Ensino Secundário envolvia inspeções escolares. Na primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1961, em seu artigo 65 especifica que o inspetor escolar deve ser escolhido por meio da realização de concurso público, de prova e títulos, no qual deverá ser demonstrado conhecimento pedagógico e técnico. (BRASIL, LDB, 1961 Apud FIGUEIREDO, 2020). Já a Lei Federal nº 5.692 de 1971, que estabeleceu os princípios norteadores e as bases para o ensino 1ºe 2º, enfatizava em seu artigo 33 que, “a formação de administradores, planejadores, orientadores, inspetores, supervisores e demais especialistas de educação será feita em curso superior de graduação, com duração plena ou curta, ou de pós-graduação”. (BRASIL, LF nº 5.692 de 1971 Apud FIGUEIREDO, 2020). Porém, neste caso, o país estava mergulhado em uma ditadura militar, nos anos de 1964 a 1985, onde diversas formas de controle foram implantadas, tais como, censura, controle social, político e educacional. Nesta época, por ser o elo entre os entes governamentais e as escolas, o inspetor ganhou ares de fiscalizador e repressor, oriundo do estado. Este possuía funções com a de fiscalizar, controlar, orientar, aconselhar e inspecionar o ambiente escolar. 23 Ressalta-se que, no início da década de 1960, a educação teve um papel de extrema importância, pois nesse período foram realizadas diversas campanhas de propaganda dirigidas às classes marginalizadas, aos analfabetos, deficientes visuais, surdos, e jovens que estavam fora do ambiente escolar. Aguiar (1996, p. 16) esclarece que: [...] antes da reforma de 68 a inspeção podia ser exercida, no Estado de Minas Gerais, por professores do Ensino Médio e até por portadores de diploma de curso superior, sem habilitação específica, e, muitas vezes, sem nenhuma ligação direta com problemas educacionais. Para Silva (2017), a figura do inspetor no estado do rio de janeiro, de acordo com sua análise do perfil e relações de trabalho, nasce com os seguintes objetivos: A inspeção escolar surgiu como uma forma de controle e de tentativa de garantia da qualidade da educação. A história desta função no Brasil pode ser observada desde a educação dos Jesuítas e, principalmente, desde 1799, quando se iniciou a fiscalização das aulas régias, por meio de um serviço de inspeção realizado por um professor de confiança do vice-rei. Em 1906, com a Reforma João Pinheiro, a inspeção escolar era exercida pelos inspetores ambulantes, tendo sido criada, em 1927, a Inspetoria Geral de Instrução Pública, que atuava junto ao Conselho Superior de Instrução. De 1930 a 1961, todos os estabelecimentos de ensino médio e superior estavam sujeitos à inspeção federal. A Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961 (BRASIL, 1961), e a Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971 (BRASIL, 1971), que fixavam as diretrizes e bases da educação nacional, também contemplavam a figura do inspetor escolar, com atuação primordial na fiscalização da regularidade dos processos, registros e cumprimento da legislação e normas vigentes à época. (SILVA, 2017: p.16 Apud FIGUEIREDO, 2020). Na década de 1980, várias resoluções complementares foram aprovadas para ajustar e alterar as funções dos inspetores escolares, reorganizando os serviços de inspeção e visando novas funções para melhorar a profissão, na área da educação e trazer esperança para novos profissionais de inspeção e política educacional. Embora aconteçam tantas expectativas favoráveis “o processo de transição democrática estava a favor da descontinuidade da política educacional, os vícios da máquina administrativa, a escassez dos recursos e a consequente precariedade da educação pública” (SAVIANI, 2007 Apud AZEVEDO, [2020]). Em 1996 nasce a “Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional” nº 9394/96, sendo uma lei de extrema importância, pois prevê que a formação para inspeção escolar aconteça em cursos de pós-graduação. 24 As ações do Inspetor não se limitam, evidentemente, apenas nas aplicações de normas, mas, também, nas ações de revisão ou mudanças na legislação, numa perspectiva crítica adequada à realidade social a que se destina, dando conhecimento à administração do Sistema das consequências da aplicação dessas mesmas normas. (BIASI, 2009 Apud Monografias.brasilescola.uol.com.br ([2020]) O profissional em inspeção escolar deverá ter uma postura crítica e reflexiva pautada no comportamento ético e democrático. Este especialista matem as boas práticas da organização de acordo com as normas vigentes. Portanto, torna-se uma atividade complexa, pois o desafio da legislação em vigor é organizar a escola como um espaço privilegiado de aprendizagem em que os direitos de todas as turmas (professores, alunos, funcionários e comunidades) sejam garantidos. 5.1 O papel do inspetor escolar Fonte: pixabay.com O papel do inspetor escolar não é apenas do profissional que se responsabiliza apenas pela burocracia e fiscalização. Como parte de sua carreira como inspetor, este profissional experimenta responsabilidades, necessitando de um perfil motivador como forma orientar a todos os participantes no segmento de ensino. Nesse momento, o inspetor escolar vai fazer o papel de gestor, devendo ser um visionário, porque o seu trabalho irá refletir na instituição de ensino, precisando ter ideias, responsabilidades e mudanças em função do seu trabalho amplo na escola. Vale (1982, p. 35) destaca que o inspetor educacional deve: 25 [...] procurar desenvolver a sua capacidade de organizar o pensamento e compartilhar suas ideias, de se constituir enquanto grupo de compreender a força da ação coletiva, de liderar, de pensar criticamente a realidade social, de filtrar da história oficial de sua classe, de se capacitar a se tornar sujeito de sua própria história. (Vale, 1982, p. 35 Apud AZEVEDO, [2020]). Uma escola que pretenda adquirir o processo de ensino com qualidade, deve- se atentar aos princípios democráticos e ao acesso e permanência escolar dos alunos e da comunidade, por isso interessada em profissionais qualificados e motivados, o inspetor fará parte desse processo de execução da ação educacional. Santana (2012, p. 6): Espera-se do inspetor escolar, um profissional que não cuide somente da parte burocrática, mas que procure ter um método de trabalho menos policiador e controlador, tornando-se mais participativo e democrático, mais orientador da aplicação da norma e mais estimulador da criticidade e da criatividade tão necessária à melhoria do funcionamento do sistema. Deverá propiciar às escolas as condições que assegurem sua autonomia administrativa, pedagógica e também que cuide e oriente a parte humana, conduzindo com todos os envolvidos o processo ensino aprendizagem, com qualidade, eficiência e motivação. (Santana, 2012, p. 6 Apud AZEVEDO, [2020]). No entanto, em face das diferentes citações relevantes dos inspetores das instituições de ensino, este possui a necessidade e a responsabilidade de agir neste processo, realizando ações na área da educação que reflitam ativamente na atuação dos profissionais que atuam nas escolas, alunos e comunidades, e oferecendo aconselhamento para promover a iniciativa da comunidade escolar nesta situação. 5.2 Atribuições do cargo de inspetor escolar Fonte: pixabay.com 26 Salienta-se que os inspetores escolares são representantes legais dos departamentos administrativos centrais e regionais do estado, também ainda conceitua as inspeções escolares como correções, auditorias, orientações e assistência técnica. Esses profissionais são as ligações informativas do poder público no ambiente educacional. FINOTO (2010, p. 6 - 7) cita as funções da inspeção escolar: Função Verificadora: deve possuir domínio da legislação, ser pesquisador e observador; Função Avaliadora: Educador; Função Orientadora: ter boa comunicação oral e escrita, ser conciliador; Função Corretiva: segurança e postura pedagógica; Função Realimentadora: criatividade. (FINOTO, 2010, p. 6 – 7 Apud AZEVEDO, [2020]). No entanto, acredita-se que as características das funções dos inspetores escolares devem ser imputáveis com vigor, pois responsabilidade e comprometimento são os slogans que devem ser levados em prática por estes profissionais, visto que todo andamento educacional passa pelas mãos deste educador, e o senso de respeito, empatia,moralidade e igualdade devem fazer parte dos trabalhos nesse sentido. 6 INSPEÇÃO X SUPERVISÃO Fonte: educacional.com.br 27 Inspeção é o ato de inspecionar algo, fiscalizar, de contrapartida, a supervisão é o ato de orientar, guiar, motivar e gerar resultados entre as equipes supervisionadas. Embora as imagens negativas relacionadas aos inspetores ainda sejam generalizadas, há sinais de mudança. Essas mudanças dependem muito da atitude do inspetor. Este profissional de inspeção deverá comprometido com a motivação dos professores, ser ideal, flexível e enérgico, buscando constantemente a mudança, a cooperação, o trabalho em equipe e a integração da escola com a comunidade. Menezes, (2010, p. 51) defende que o inspetor, “Não deve preocupar-se tanto com os normativos e controlo como um fim em si mesmo, mas preocupar-se mais com a complexidade contextualizada…, recorrendo a novas metodologias inspetivas baseadas em conhecimentos e orientadas para a melhoria e aperfeiçoamento das escolas, consideradas como contextos privilegiadas para a aprendizagem e o desenvolvimento profissional”. (MENEZES, 2010, p. 51 Apud FIALHO, 2016) Além dos pontos citados acima, Thurler e Perrenoud (1994, p.55), afirmam que o inspetor deve “colocar à disposição dos professores um espaço de liberdade, encorajando-os nas suas tentativas e atitudes experimentais. Manifestam abertamente a sua estima pelo trabalho dos professores, encorajam a discussão e consagram muito do seu tempo aos contatos pessoais – formais e informais – com cada professor e procuram criar um clima colegial impregnado de confiança”. (THURLER e PERRENOUD 1994, p.55 Apud FIALHO, 2016). Lorenzoni (1990, p. 92) enfatize que as funções específicas dos inspetores escolares são: Participar do planejamento e aplicação dos mecanismos e instrumentos de controle referentes a currículos e programas educacionais, previstos ou em desenvolvimento; Participar do processo de planejamento curricular, em nível de macrossistema, com vistas à melhoria qualitativa do ensino, através da caracterização da realidade escolar em termos de necessidades a serem atendidas e possibilidades a serem aproveitadas; Colaborar no estabelecimento de diretrizes pedagógicas que levem à consecução da política educacional do Estado; Assessorar os superiores hierárquicos em assuntos da área; 28 Manter-se constantemente atualizado em legislação, evidenciando conhecimento do objeto a ser avaliado e da metodologia de avaliação, manifestando domínio das técnicas de trabalho e instrumentalização próprias do exercício de sua função. LORENZONI (1990, P. 92). Não obstante da linha de trabalho da inspeção escolar, encontra-se a supervisão escolar. Vasconcelos (2002) define o supervisor como o articulador do Projeto Político-Pedagógico da instituição no campo pedagógico, estabelecendo contatos entre os campos administrativos e comunitários. Tem a função de organizar a reflexão, a participação e os meios de concretizar a tarefa da escola, a qual é propiciar que todos os alunos aprendam e se desenvolvam como seres humanos plenos. (VASCONCELOS, 2002 Apud SOARES; SILVA, 2016) De acordo com Rangel (1985), a supervisão passa de escolar para pedagógica e se caracteriza por “um trabalho de assistência ao professor, em forma de planejamento, acompanhamento, coordenação, controle, avaliação e atualização do desenvolvimento do processo de ensinoaprendizagem”. (RANGEL,1985 Apud SOARES; SILVA, 2016) Conforme Brigs e Justman apud Nérici (1978, p. 42-43), as funções do supervisor são as seguintes: Ajudar os professores a melhor compreenderem os objetivos reais da educação e o papel especial da escola na consecução dos mesmos. Auxiliar os professores a melhor compreenderem os problemas e necessidades dos jovens educandos e atender, na medida do possível, a tais necessidades. Exercer liderança de sentido democrático, sob as formas de promoção do aperfeiçoamento profissional da escola e de suas atividades, buscando relações de cooperação de seu pessoal e estimulando o desenvolvimento dos professores em exercício, colocando sempre a escola mais próxima da comunidade. Estabelecer fortes laços morais entre os professores quanto ao seu trabalho, de tal forma que operem em estreita e esclarecida cooperação, para que os mesmos fins gerais sejam atingidos. 29 Identificar qual o tipo de trabalho mais adequado para cada professor, distribuindo tarefas, mas de forma que possam desenvolver suas capacidades em outras direções promissoras. Ajudar os professores a adquirir maior competência didática. Orientar os professores principiantes a se adaptarem à sua profissão. Avaliar os resultados dos esforços de cada professor, em termos do desenvolvimento dos alunos, segundo os objetivos estabelecidos. Ajudar os professores a diagnosticar as dificuldades dos alunos na aprendizagem e a elaborar planos de ensino para superação das mesmas. Auxiliar a interpretar o programa de ensino para a comunidade, de tal modo que o público possa compreender e cooperar nos esforços da escola. Levar o público a participar dos problemas da escola e recolher suas sugestões a esse respeito. Proteger o corpo docente contra exigências descabidas de parte do público, quanto ao emprego de tempo e energia dos professores. Ambas as funções possuem seu grau de importância em relação a educação brasileira, todavia, se andarem separadas e descoordenadas, essas funções não iram gerar benefícios e laços do ambiente escolar, comunidade e estado. 7 PLANEJAMENTO ESCOLAR Fonte: pixabay.com 30 Planejamento escolar é um termo que se refere à estrutura das atividades, decisões e tarefas escolares. Tudo o que ocorre nas instituições de ensino devem ser devidamente organizadas como parte do plano geral da escola. O plano prevê ações para todas as áreas do ambiente escolar, e tem como referência o PPP (Projeto Político-Pedagógico) estando previsto no planejamento de gestão escolar. De acordo Martinez e Oliveira (1997, p.11): Entende-se por planejamento um processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego dos meios materiais e dos recursos humanos disponíveis a fim de alcançar objetivos concretos em prazos determinados e em etapas definidas. Segundo Gandin (1994), o planejamento diário está presente no cotidiano de qualquer atividade, seja ela profissional, educacional ou familiar. No que se refere à educação de sala de aula, como uma atividade constante e ativa, a qual norteará as ações a serem desenvolvidas pelo educador, possibilitando ao mesmo determinar metas e definir estratégias pedagógicas, utilizando-se sempre das mais adequadas aos interesses dos educandos em determinado momento. (GANDIN, 1994 Apud NICOLAU, 2015). Segundo Moretto (2007), planejar é articular a ação e assim elaborar definições simples, apresentando a influência que o ato de planejar institui, pois, o planejamento auxilia o trabalho tanto do professor quanto do aluno, portanto, o ato de organizar ideias e informações coletadas do educador enriquece a realização das diversificadas situações. (Moretto, 2007 Apud NICOLAU, 2015). Neste contexto Gandin (1995), destaca que planejamento pode ser definido como um instrumento capaz de contribuir para a superação de rotinas diárias, sendo expresso como estratégia de organização da ação docente de todo educador. É essencial para o contexto pedagógico, pois contribui para o embasamento teórico necessário à realização de uma aula de qualidade. (GANDIN, 1995 Apud NICOLAU, 2015). Os planejamentos educacionais incluem o processo de construção do conhecimento em diversos campos e a realização da educação de forma global, visando contribuir para a superação das necessidades individuais e coletivas de grupos específicos. 31 Os diferentes tipos deplanejamento, do mais simples ao mais complexo, referem-se aos diferentes ambientes, metas e objetivos existentes na escola, os quais se relacionam com a organização do espaço escolar e os objetivos relacionados. Planejamento Educacional: o planejamento do sistema educacional inclui a tomada de decisões sobre a educação no desenvolvimento geral do país. Planejamento Escolar: o planejamento escolar inclui não apenas prever a organização e coordenação das atividades de ensino com base nas metas sugeridas, mas também avaliação e adequação da mesma no processo de ensino. Planejamento Curricular: a questão central do plano curricular é formular metas educacionais com base nas metas do guia curricular oficial. Nesse sentido, as escolas não devem simplesmente implementar os regulamentos das instituições oficiais. Embora os currículos sejam mais ou menos definidos de forma geral, cabe à escola interpretá-los e implementá-los. Planejamento de Ensino: é um roteiro organizacional configurado como uma unidade letiva de um ano ou um semestre sendo composta pelos seguintes elementos: racionalidade da matéria; conteúdo; objetivos gerais e específicos; metodologia e avaliação, que se relacionam com a escola e os professores na educação, a particularidade da escola, a matéria e seus objetivos sociais e pedagógicos. Desta forma, ressaltamos que os programas já existem, e o educador deverá utilizá-los da melhor forma para obter bons resultados no final, pois basta comparar as enormes diferenças entre um educador bem preparado que planeja de acordo com todos os aspectos e os profissionais que não prestam atenção às mudanças que ocorrem no processo de formação. 32 8 APORTES LEGAIS E NORMATIVOS Fonte: pixabay.com O contexto da Constituição Brasileira de 1988 em seu artigo 205 enfatiza que: Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (Constituição Federal do Brasil, art. 205, 1988) 8.1 Lei de diretrizes e bases da educação nacional: lei no 9.394/96 e suas alterações. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I Da Educação Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. § 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias. § 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social. 33 TÍTULO II Dos Princípios e Fins da Educação Nacional Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII - valorização do profissional da educação escolar; VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização da experiência extraescolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (Incluído pela Lei nº 13.632, de 2018) TÍTULO III Do Direito à Educação e do Dever de Educar Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13632.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1 34 c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os concluíram na idade própria; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola; VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade. (Incluído pela Lei nº 11.700, de 2008). Art. 4º-A. É assegurado atendimento educacional, durante o período de internação, ao aluno da educação básica internado para tratamento de saúde em regime hospitalar ou domiciliar por tempo prolongado, conforme dispuser o Poder Público em regulamento, na esfera de sua competência federativa. (Incluído pela Lei nº 13.716, de 2018). Art. 5º O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11700.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13716.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13716.htm#art1 35 Público, acionar o poder público para exigi-lo. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) § 1º O poder público, na esfera de sua competência federativa, deverá: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade escolar, bem como os jovens e adultos que não concluíram a educação básica; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) II - fazer-lhes a chamada pública; III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola. § 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder Público assegurará em primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatório, nos termos deste artigo, contemplando em seguida os demais níveis e modalidades de ensino, conforme as prioridades constitucionais e legais. § 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimidade para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da Constituição Federal, sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial correspondente. § 4º Comprovada a negligência da autoridade competente para garantir o oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser imputada por crime de responsabilidade. § 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder Público criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino, independentemente da escolarização anterior. Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo sistema de ensino; II - autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público; III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no art. 213 da Constituição Federal. Art. 7º-A Ao aluno regularmente matriculado em instituição de ensino pública ou privada, de qualquer nível, é assegurado, no exercício da liberdade de consciência http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art208%C2%A72 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art208%C2%A72 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art213 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art213 36 e de crença, o direito de, mediante prévio e motivado requerimento, ausentar-se de prova ou de aula marcada para dia em que, segundo os preceitos de sua religião, seja vedado o exercício de tais atividades, devendo-se lhe atribuir, a critério da instituição e sem custos para o aluno, uma das seguintes prestações alternativas, nos termos do inciso VIII do caput do art. 5º da Constituição Federal: (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) I - prova ou aula de reposição, conforme o caso, a ser realizada em data alternativa, no turno de estudo do aluno ou em outro horário agendado com sua anuência expressa; (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) II - trabalho escrito ou outra modalidade de atividade de pesquisa, com tema, objetivo e data de entrega definidos pela instituição de ensino. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) § 1º A prestação alternativa deverá observar os parâmetros curriculares e o plano de aula do dia da ausência do aluno. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) § 2º O cumprimento das formas de prestação alternativa de que trata este artigo substituirá a obrigação original para todos os efeitos, inclusive regularização do registro de frequência. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) § 3º As instituições de ensino implementarão progressivamente, no prazo de 2 (dois) anos, as providências e adaptações necessárias à adequação de seu funcionamento às medidas previstas neste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) (Vide parágrafo único do art. 2) § 4º O disposto neste artigo não se aplica ao ensino militar a que se refere o art. 83 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.796, de 2019) (Vigência) TÍTULO IV Da Organização da Educação Nacional Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino. § 1º Caberá à União a coordenação da política nacional de educação, articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa, redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais. § 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos termos desta Lei. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm#art2p http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13796.htm#art2 37 Art. 9º A União incumbir-se-á de: (Regulamento) I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; II - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais do sistema federal de ensino e o dos Territórios; III - prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento prioritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua função redistributiva e supletiva; IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum; IV-A - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, diretrizes e procedimentos para identificação, cadastramento e atendimento, na educação básica e na educação superior, de alunos com altas habilidades ou superdotação; (Incluído pela Lei nº 13.234, de 2015) V - coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação; VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior, em colaboração comos sistemas de ensino, objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino; VII - baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-graduação; VIII - assegurar processo nacional de avaliação das instituições de educação superior, com a cooperação dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre este nível de ensino; IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino. (Vide Lei nº 10.870, de 2004) § 1º Na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional de Educação, com funções normativas e de supervisão e atividade permanente, criado por lei. § 2° Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a União terá acesso a todos os dados e informações necessários de todos os estabelecimentos e órgãos educacionais. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2001/D3860.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm#art9iva http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13234.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.870.htm#art1 38 § 3º As atribuições constantes do inciso IX poderão ser delegadas aos Estados e ao Distrito Federal, desde que mantenham instituições de educação superior. Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de: I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino; II - definir, com os Municípios, formas de colaboração na oferta do ensino fundamental, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das responsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os recursos financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas do Poder Público; III - elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e coordenando as suas ações e as dos seus Municípios; IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino; V - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio a todos que o demandarem, respeitado o disposto no art. 38 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 12.061, de 2009) VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual. (Incluído pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003) Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as competências referentes aos Estados e aos Municípios. Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de: I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos Estados; II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas; III - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino; V - oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12061.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12061.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.709.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.709.htm#art1 39 estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino. VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. (Incluído pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003) Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação básica. Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola; VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica da escola; (Redação dada pela Lei nº 12.013, de 2009) VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de 30% (trinta por cento) do percentual permitido em lei; (Redação dada pela Lei nº 13.803, de 2019) IX - promover medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos os tipos de violência, especialmente a intimidação sistemática (bullying), no âmbito das escolas; (Incluído pela Lei nº 13.663, de 2018) X – estabelecer ações destinadas a promover a cultura de paz nas escolas. (Incluído pela Lei nº 13.663, de 2018) XI - promover ambiente escolar seguro, adotando estratégias de prevenção e enfrentamento ao uso ou dependência de drogas. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019) Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.709.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.709.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12013.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12013.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13803.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13663.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13663.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13840.htm#art17 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13840.htm#art17 40 I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; III - zelar pela aprendizagem dos alunos; IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade. Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público. Art. 16. O sistema federal de ensino compreende: (Regulamento) I - as instituições de ensino mantidas pela União; II - as instituições de educação superior mantidas pela iniciativa privada; (Redação dada pela Lei nº 13.868, de 2019) III - os órgãos federais de educação. Art. 17. Os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal compreendem: I - as instituições de ensino mantidas, respectivamente, pelo Poder Público estadual e pelo Distrito Federal; II - as instituições de
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