Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 1 – SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA ATITUDE É a posição confortável que convém para o paciente. Ela pode ser uma posição típica que sugere um desconforto. Ou uma posição atípica, que é indiferente. ATITUDE ORTOPNEICA ATITUDE GENUPEITORAL Relacionada com doenças derrame do pericárdio). Também chamada de “prece maometana”. Relacionada com casos de abdome agudo (Ex.: peritonite) ou doenças do pericárdio (Ex.: pulmonares, causando insuficiência respiratória aguda como: asma, pneumonias e edema pulmonar. O paciente estabiliza a sínfese escapular, assim ele usa os músculos acessórios para o melhorar o trabalho respiratório (compensar a falta de ar). ATITUDE DE CÓCORAS ATITUDE ANTÁLGICA Pode ocorrer nas cardiopatias Pode ser dor renal, dor lombar, congênitas cianóticas (ex.: crise dor abdominal ou dores nos cianótica que ocorre na Tetralogia de membros. Imagem refere uma Fallot). O objetivo dessa posição é posição antálgica para reduzir o retorno venoso (diminuir a pré-carga). apendicite. ATITUDE CONTRATURAL ATITUDE EM GATILHO Ocorre em algumas doenças Cabeça para trás, corpo arqueado e membros como meningite e tétano. inferiores fletidos. Ex.: Meningite. Alguns medicamentos pode causar essa aittude, como é o caso da Metoclopramida (Plasil) – faz muita reação extrapiramidal, podendo causar movimentos estranhos. Pode substituit esse medicamento pelo Dimedrinato (Dramin) ou pela Ondansentrona. FÁCIES Palavra de origem latina que corresponde a expressão facial. Ela pode ser uma fácies típica, associada a algumas doenças (Ex.: Síndrome de Down, adenoidiana) ou uma fácieis atípica (não se relaciona). Como examinar uma face: · A cabeça do examinador tem que estar na mesma altura da cabeça do paciente. · Paciente precisa estar alinhado conforme o Plano de Frankfurt. · Músculos relaxados, olhos abertos, leve contado entre os lábios e expressão facial neutra. · Tamanho da cabeça, orelhas, olhos, nariz, boca, da mandíbula. · Simetria dos movimentos da face. · Tumorações. · Manchas. · Hemangiomas. · Nevo pigmentar. SÍNDROME DE DOWN FÁCIES ADENOIDIANA Perímetro cefálico diminuído. Pregra no canto dos olhos. Fissuras palpebrais oblíquas. Nariz pequeno e achatado. Boca pequena com aspecto de língua grande. Orelhas pequenas localizadas abaixo da linha dos olhos. Cabeça anteriorizada. Lábios entreabertos e ressecados. Lábio superior fino. Lábio inferior volumoso e evertido. Mordida aberta e cruzada. Nariz estreito. Palato ogival. Maxila pequena. Face estreita e alongada. Desarmoniza todo o crescimento do osso, pois os ossos da face respondem à tração. Pode ter desvio da coluna, pois a criança fica tentando jogar a cabeça para frente para respirar melhor. FÁCIES CUSHINGOIDE SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL Possui aspecto de “lua cheia”. Rubor facial, acne e hirsutismo. As pálpebras e os olhos estão normal (não tão edemaciados). Possíveis causas: uso excessivo de corticoides (ral, injetável, tópico) ou tumores produtores de cortisol. Microcefalia. Fissura palpebral curta. Bochechas planas. Filtro labial pouco visível. Lábio superior fino. Pregras epicânticas. Ponte nasal rebaixada. Pequenas anomalias nas orelhas. Nariz curto. Queixo fino. Não se sabe muito bem qual a dose segura de álcool, porém sabe-se que os piores efeitos ocorrem no primeiro trimestre da gestação. FÁCIES SARAMPENTA FÁCIES HIDROCEFÁLICA Hiperemia conjuntival com lacrimejmaneto. Coriza, exantema facial. Olhar de sol poente e aumento do volume do crânio. Possíveis causas: má formações do SNC e infecções congênitas. FÁCIES RENAL FÁCIES LEONINA Edema palpebral bilateral e pele pálida. Possíveis causas: insuficiência renal, síndrome nefrótica (glomerulonefrite aguda pós-estreptocóccica). Mosquito pica > Infecção de pele (Impetigo por estrepto) > Glomerulonefrite > Insuficiência renal > Insuficiência cardíaca. Tratamento: retiral sal, pequena dose de diurético e peniclina. Lepra. Ausência de sobrancelha. Nódulos na face e pele espessa. MARCHA Observar a entrada do paciente ou peça que caminhe. Tipos de marcha: · Marcha atáxica. · Marcha hemiplégica. · Marcha em tesoura. · Marcha anserina. REFLEXOS PRIMITIVOS DO RN · Marcha escarvante. · Marcha tabética. · Marcha passos miúdos. · Marcha de sapo. · Reflexo de moro: desencado por queda súbita da cabeça, amparada pela mão do examinador. Observa-se extensão e abdução dos membros superiores seguido por choro. · Reflexo da busca: é desencadeado por estimulação da face ao redor da boca. Observa-se rotação da cabeça na tentativa de “buscar”o objeto, seguido de sucção reflexa do mesmo. · Reflexo de sucção: é desencadeado pela estimulação dos lábios. Observa-se sucção vigorosa. Sua ausência é sinal de disfunção neurológica grave. · Reflexo da preensão palmar e plantar: o palmar é desencado pela pressão da palma da mão e observa-se a flexão dos dedos. O plantar é desencadeado pela pressão da base dos artelhos e observa-se a flexão dos dedos. · Reflexo tônico-cervical assimétrico: também conhecido como Reflexo Tônico-cervical de Magnus e de Kleijn ou Reflexo do esgrimista. É desencadeado por rotação da cabeça enquanto a outra mão do examinador estabiliza o tronco do RN. Observa-se a extensão do membro suprior ipsilateral à rotação e flexão do membro superior contralateral. A resposta dos mebros inferiores obedece o ao mesmo padrão, mas é mais sutil. · Reflexo da marcha: é desencadeado por inclinação do tronco do RN após obtenção do apoio plantar. Observa-se cruzamento das pernas, uma à frente da outra. SEMIOLOGIA DO ABDOME Inspecione > Ausculte > Palpe > Percuta. Obs: mãos aquecidas e paciência. INSPEÇÃO DO ABDOME · Forma e volume: distensão abdominal. · Saliências e retrações, eventrações. · Cor da pele e outras alterações cutâneas. · Alterações de umbigo: hérnia umbilical e granuloma umbilical. · Cicatrizes. · Peristaltismo visíveis. · Circulação venosa superficial. · Movimentos respiratórios e suas alterações. AUSCULTA DO ABDOME Ausculte antes de palpar. Ocorre aumento do ruído intestinal (borborigmo) na diarreia, início da peritonite e abdome agudo obstrutivo. Redução ou ausência do ruído intestinal no íleo paralítico e na peritonite instalada. PALPAÇÃO DO ABDOME Antes de tudo ganhar confiança do paciente. Mãos aquecidas. Decúbito dorsal, relaxada, sem travesserio. O médico em pé ao lado direito. Examinar durante a inspiração, pois o relaxamento abdominal é maior (mesmo durante o choro). Espalmar a mão e usar a polpa dos dedos. Primeiro palpação superficial e profunda. Pesquisar o sinal de Blumberg (apendicite). Fletir as pernas para palpar fossas ilíacas. Pesquisar elasticidade da pele, para avaliar desidratação. Fazer uma boa avaliação do fígado e do baço. RETO E ÂNUS · Anamnese: evacuou mecônico nas primeiras horas? · Dor no retossigmóide: acima da sínfese púbica. · Dor anal: distensão por fezes. · Tenesmo: sensação constante de evacuar. · Puxo: dor a evacuação. · Prurido anal: oxiríase, dermatite alérgica. · Exame físico: inspeção em posição genupeitoral ou decúbito lateral; palpação suave; toque retal e exame proctológico · anuscópio, retosigmoidoscopio e colonoscopio. SEMIOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR Fazer a inspeção geral da criança, observar os relevos musculares e tendinosos, articulações e movimentos dos membros. Dependendo do tipo de parto, podemos evoluir com um quadro de fratura de clavícula e torsicolo miógeno congênito. Outras avaliações: paralisia plexo braquial. · Avaliação da coluna vertebral: decúbito dorsal, palpar as apófises espinhais da região cervical até a região sacrococcígea. Na região sacrococcígea averiguar a presença de cisto pilonidal, fosseta sacral ou tumorações. · Avaliação dos membros: encurtamento dos membros, acondroplasia, focomelia, polidactilia, sindactilia, pé torto congênito, pé chato fisiológico e genu varo e genu valgo. Medir da crista ilíaca anterossuperior até maléolo medial da 100 tíbia (adiferença norma é até 0,5 cm). Doença de Osgoog-Schlater – inflamação dolorosa do osso e da cartilagem na parte superior da tíbia. · Pediatra e a coluna vertebral: não é demais ressaltar a importância do exame da coluna como rotina no consultório pediátrico na detecção precoce de deformidade, como também a necessário atenção à queixa de “dor nas costas” do paciente, pois o espectro de condições varia desde uma contusão muscular a tumores da medula. A coluna vista de perfil: lordose cervical, cifose dorsal, lordose lombar e cifose sacral. A escoliose é o desvio lateral, não é simplesmente o afastamento das vértebras lateralmente. · Teste da inclinação: deve ser rotina no consultório. Paciente de costas para o médico. Observar a flexibilidade e observar o encurtamento da musculatura (dificuldade em tocar o chão com os dedos). · Outras alterações: condrossarcoma, fratura de punho e infarto ósseo e osteomielite na anemia falciforme.
Compartilhar