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Semiologia da Cabeça e Pescoço

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1 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
Semiologia da Cabeça e 
Pescoço 
CRÂNIO 
Inspeção: 
 Tamanho e formato do crânio; 
Normocefálico: simétrico, arredondado e liso – proporcional ao tamanho do corpo; 
 Simetrias - deformidades ósseas; 
 Traumatismo; 
 Posição; 
 Integridade; 
 Cabelo e couro cabeludo – características. 
Palpação: 
 Indolor 
 Deformidades ósseas: macrocefalia e microcefalia 
 Protrusões ósseas 
 Tumefações 
 Abaulamentos e depressões 
Observar o tamanho e o contorno geral do crânio, registrando qualquer deformidade, 
depressão, nódulos ou dor à palpação. 
Aumento do crânio pode indicar hidrocefalia ou doença de Paget óssea. Dor a palpação ou 
irregularidades podem ser encontradas após traumatismos cranioencefálicos. 
FACE 
Analisar: 
 Expressões 
 Estado mental 
 Estruturas faciais 
 Funções sensórias 
 Condição: Pele, membranas e 
mucosas. 
 Nasal e oral 
 Cabelo e couro cabeludo 
Inspeção: 
 Coloração 
 Simetria 
 Movimentos involuntários 
 Edemas 
 Massas 
 Integridades da pele 
Observe a expressão e o contorno da face do paciente. Pesquise assimetrias, movimentos 
involuntários, edema e massas. 
 
2 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
FÁCIES HIPOCRÁTICA: Observa-se o rosto fino, lábios finos, 
batimento de asa do nariz, sendo acompanhado por 
quadros de dor. 
 
 
 
 
FÁCIES RENAL: Edema palpebral, principalmente pela 
manha, comum na síndrome nefrótica. 
 
 
 
 
FÁCIES MIXEDEMATOSA: Rosto arredondado, pele e 
cabelos secos, pessoa apática. Comum em pacientes com 
hipotireoidismo. 
 
 
 
 
 
 
FÁCIES CUSHINGOIDE: Rosto arredondado, edema difuso, 
bochecha vermelha. Comum em pacientes em uso de 
corticoides. 
 
 
 
FÁCIES ESCLERODÉRMICA: Facie de múmia, a pessoa perde mobilidade 
facial. Lábios repuxados, boca pequena, nariz fino, pálpebras imóveis. 
Comum na esclerodermia, 
 
 
 
3 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
FÁCIES LEONINA: Clássica de hanseníase, pele grossa, nodulações na 
face, paciente sem cílios e sobrancelha. 
 
 
 
 
 
 
 
FÁCIES DE PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA: Assimetria de face. 
Impossibilidade de fechar a pálpebra do lado afetado, que 
nesse caso é o esquerdo, repuxa a boca do mesmo lado. 
Toda a hemifronte esquerda é prejudicada. 
 
 
 
 
FÁCIES ACROMEGÁLICA: Saliência das arcadas, mandíbula crescida, 
aumento do nariz, lábios, orelha. Comum em pacientes com 
hiperfunção da hipófise. 
 
 
 
 
 
 
FÁCIES ADENOIDIANA: Boca permanentemente 
aberta e nariz pequeno. Pessoas com adenoide. 
 
 
 
 
 
4 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
FÁCIES HIPERTIREOIDEIA/BASEDOWIANA: Exoftalmia, 
rosto magro, normalmente tem bócio. Característico 
em pacientes com hipertireoidismo. 
 
 
 
ORELHA 
ORELHA EXTERNA: 
 Compreende o pavilhão auricular e o meato acústico. O meato acústico curva-se para 
dentro e tem aproximadamente 24 mm de comprimento. A parte mais interna do meato 
acústico é circundada por osso e revestida por pele fina e glabra. Na extremidade do 
meato acústico está a membrana timpânica, assinalando o limite lateral da orelha 
externa. A orelha externa capta as ondas sonoras e as transmite para as orelhas média e 
interna. 
 
ORELHA MÉDIA: 
 Na orelha média preenchida por ar, os ossículos da audição – martelo, bigorna e estribo – 
transformam as vibrações sonoras em ondas mecânicas que avançam para a orelha 
interna. 
 
ORELHA INTERNA: 
 A orelha interna engloba a cóclea, os canais 
semicirculares e a extremidade distal do nervo 
vestibulococlear. 
 
 
 
5 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
A primeira parte da via auditiva, desde a orelha externa até a orelha média, é chamada fase 
condutiva. A segunda parte da via, que envolve a cóclea e o nervo coclear é a fase 
sensorineural. 
Distúrbios das orelhas externas e média provocam perda auditiva de condução. As causas 
relativas à orelha externa são infecção (otite externa), traumatismos, carcinoma espinocelular e 
crescimentos ósseos benignos como exostoses ou oteomas. Os distúrbios relacionados à orelha 
média incluem condições congênitas, otosclerose e colesteatomas benignos, tumores e 
perfurações da membrana timpânica. 
Distúrbios da orelha interna provocam perda auditiva neurosensorial, por exemplo, condições 
congênitas e hereditárias, presbiacusia, infecções virais como rubéola e citomegalovírus, 
doença de Meniere, exposição à ruídos e neuroma do acústico. 
TÉCNICA DE EXAME 
Pavilhão auricular: 
 Inspecione o pavilhão auricular e os tecidos adjacentes em busca de deformidades, 
nódulos, lesões cutâneas. 
 Se o paciente referir otalgia, secreção ou inflamação das orelhas desloque o pavilhão 
para cima e para baixo, comprima o trago e pressione com firmeza a região localizada 
atrás da orelha externa. 
A movimentação do pavilhão auricular e do trago provoca dor na otite externa aguda, porem 
não na otite média. Já a dor a palpação da região situada atrás da orelha ocorre na otite media. 
Meato acústico e tímpano: 
 Com o otoscopio, posiciona a cabeça do paciente permitindo uma boa visualização 
com o instrumento. Para retificar o meato acústico, segure firme e delicadamente o 
pavilhão auricular, tracione-o para cima e para trás. 
 Inspecione o meato acústico em busca de secreção, corpos estranhos, vermelhidão da 
pele ou edema. O cerume, cuja cor e consistência variam desde amarelo e em flocos a 
marrom e viscosa, ate mesmo preta e dura. 
Na otite externa aguda, o meato acústico está frequentemente 
edemaciado, estreitado, úmido, pálido e hipersensível. Podendo se 
apresentar avermelhado. 
Na otite externa crônica, a pele do meato apresenta-se com frequência 
espessada, vermelha e pruriginosa. 
 Inspecione o tímpano, observando sua coloração e seu contorno. O 
cone de luz ajuda na orientação. 
Observe se o tímpano apresenta-se avermelhado e protuso na otite média purulenta aguda. 
 Identifique o cabo do martelo, obsrrvando sua posição, e inspecione o processo curto do 
martelo. 
 Movimente delicadamente o especulo de modo a visualizar o máximo possível do 
tímpano 
 
6 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
Acuidade auditiva: 
 O teste da voz sussurrada é 
uma prova de 
rastreamento confiável de 
perda auditiva. 
 
Avaliação de perda auditiva condutiva e neurosensorial: 
 Teste de Weber: após induzir uma discreta vibração no 
diapasão, apoie a base dele no vértice da cabeça do paciente 
ou no meio da fronte. Pergunte em que lado ele escuta o som: se 
em um ou nos dois lados. Normalmente, a vibração é percebida 
na linha média ou de maneira igual nas duas orelhas. 
Na perda auditiva condutiva unilateral, o som é percebido na 
orelha alterada. Na perda auditiva neurosensorial unilateral, o 
som é percebido na orelha sem alterações. 
 
 Teste de Rinne: Apoie a base do diapasão em vibração suave no processo mastoide, 
portrás da orelha e no mesmo nível do meato acústico. Quando o paciente deixar de 
escutar o som, aproxime rapidamente o diapasão do meato acústico e verifique se o 
paciente volta a escutar o som. Normalmente o som é escutado por mais tempo quando 
conduzido pelo ar que pelo osso (CA>CO). 
Na perda auditiva condutiva, o som é percebido pelo osso por um tempo superior ao som 
conduzido pelo ar (CO=CA ou CO>CA). Na perda auditiva neurosensorial, o som é escutado por 
mais tempo através do ar (CA>CO). 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
NARIZ 
SINAIS E SINTOMAS: 
 Rinorréia: designa a drenagem de secreção pelo nariz, frequentemente associada a 
congestão nasal. Esses sintomas acompanham-se com frequência de espirros, 
lacrimejamento e desconforto na garganta. 
As causas incluem viroses, rinites alérgicas e rinite vasomotora. A queixa de prurido sugere causa 
alérgica. 
 Ocorrem de modo sazonal quando existe pólen? São desencadeadas por exposições a 
agentes ambientais ou a animais? 
O aparecimentosazonal ou a existência de deflagradores sugere rinites alérgicas. 
 Quais remédios o paciente já usou? Por quanto tempo? Qual foi a efetividade desses 
medicamentos? 
Rinite fármaco-induzida ocorre em decorrência do uso exagerado de descongestionantes ou de 
cocaína. 
 A congestão nasal ou dos seios da face foi precedida por infecções respiratórias? Há 
secreção nasal purulenta, anosmia (perda de olfato), dor de dente ou da face. 
O diagnostico de sinusite bacteriana aguda é impossível se os sinais e sintomas de infecção 
forem inferiores a 7 dias. O diagnostico exige a ocorrência de secreção purulenta e dor facial. 
 A congestão nasal esta restrita a um dos lados? 
Cogite a possibilidade de desvio de septo nasal, pólipo nasal, corpo estranho, granuloma. 
 Epistaxe: é um sangramento ou hemorragia nasal. Esse sangramento pode ser proveniente 
dos seios paranasais ou da nasofaringe. É preciso lembrar que o sangramento dessas 
estruturas nasais posteriores passa para a faringe e não sai pelas narinas. 
Causas locais de epistaxe incluem traumatismos, processos inflamatórios, ressecamento e 
formação de crostas na mucosa nasal. 
Alterações do olfato: 
 Anosmia: Abolição 
 Hiposmia: Diminuição 
 Hiperosmia: Aumento 
 Parosmia: Perversão do olfato 
 Cacosmia: Sentir maus odores 
 
 Rubicundez: nariz vermelho, presente no alcoolismo, rinofima, acne rosácea e lúpus 
eritematoso. 
 Batimentos das asas do nariz: pneumonia, hipertireoidismo. 
 Rinofima: Espessamento da pele, que se torna brilhante e avermelhada, e 
desenvolvimentos das glândulas sebáceas. 
 Hipertrofia do nariz: Mixedema e acromegalia. 
 
8 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
 Nariz em sela: deformação quase sempre congênita determinada por sífilis contraída 
intrautero. 
 Lesões destrutivas de etiologia neoplásica ou inflamatória: Blastomicose e hanseníase; 
TÉCNICA DE EXAME 
 Inspecione as superfícies anteriores e inferir do nariz. 
Observe se existe assimetria ou deformidade do nariz. 
 Pesquise obstrução nasal: quando indicado, comprima alternadamente as asas do nariz e 
solicite o paciente para inspirar. 
Inspecione a parte interna do nariz: incline a cabeça do paciente um pouco para trás e 
introduza o otoscopio delicadamente no vestíbulo de cada narina. Mantenha o cabo do 
otoscópio lateralizado, para evitar o queixo do paciente e aumentar sua mobilidade. 
Direcionando o espéculo para trás e em seguida para cima, de modo gradual, tente observar as 
conchas nasais inferiores e media o septo nasal e a estreita passagem entre eles. 
 
 Mucosa nasal: ela recobre o septo e as conchas nasais. Verifique sua coloração e se 
existe edema, sangramento ou exusudato. Anote as características do exudato (claro, 
mucopurulento ou purulento). 
A mucosa apresenta eritema e edema na rinite viral, e pode ficar pálida, azulada ou vermelha 
na rinite alérgica. 
 Septo nasal: observe se existe desvio, inflamação ou perfuração de septo. 
Pode-se observar sangue fresco ou formação de crostas. As causas de perfuração do septo 
incluem traumatismos, cirurgia e uso intranasal de cocaína ou anfetaminas. 
Os pólipos são massas saculiformes pálidas de tecido inflamado que podem obstruir a passagem 
de ar ou os seios paranasais. As condições que promovem o aparecimento de pólipos incluem 
rinite alérgica, hipersensibilidade ao acido 
acetilsalicílico, asma, infecções crônicas. 
 Palpe os seios paranasais: comprima a parte 
óssea da sobrancelha, de baixo para cima, para 
palpar os seios frontais. Em seguida, comprima os 
seios maxilares, também de baixo para cima. 
 
9 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
A hipersensibilidade local associada a manifestações como dor, febre e secreção nasal, sugere 
sinusite aguda dos seios frontais ou maxilares. 
CAVIDADE BUCAL 
ANAMNESE 
 Faringite (dor de garganta) é uma queixa frequente geralmente associada à infecção 
aguda das vias respiratórias superiores. 
 A dor na língua pode ser causada por lesões locais e também por doença sistêmica. 
 O sangramento gengival é um sintoma comum, sobretudo ao escovar os dentes. 
Geralmente são causados por gengivite. 
 Rouquidão designa aliterações das características da voz. A causa varia de doenças da 
laringe a lesões extralaríngeas que comprimem os nervos laríngeos. Investigue com o 
paciente a existência de alergias ambientais, refluxo de acido gástrico, tabagismo e 
inalação de fumaça. 
EXAME FÍSICO 
 Se o paciente usar prótese dentária solicite que a remova, para possibilitar a visualização 
da mucosa subjacente. Se houver suspeita de ulceras ou nódulos, calce uma luva e palpe 
a lesão, dando atenção a espessamentos ou infiltrações teciduais sugestivo de 
malignidade. 
Mucosa edemaciada, com coloração vermelha-vivo, embaixo de uma prótese dentaria sugere 
ferida causada pela própria prótese. 
LÁBIOS 
Averiguar: coloração, forma, textura, flexibilidade, deformidades, integridade, umidade, 
movimentação, simetria, assim como presença de lesões. 
Quanto à cor, investigar se há palidez ou cianose, ambas facilmente perceptíveis. 
Deve-se observar, ainda, a presença de edema, sendo comuns o edema alérgico, herpes labial, 
lesões ulceradas (blastomicose, leishmaniose, lesão luética primária), leucoplasias e neoplasias. 
 
Múltiplas lesões telangiectásicas nos lábios ocorrem na síndrome de Osler-Weber-Rendu e de 
Peutz-Jeghers. 
 A lesão inflamatória das comissuras labiais chama-se queilite e é vulgarmente designada 
"boqueira", podendo ser devida a várias causas (exposição excessiva à luz solar, deficiência 
nutricional, candidíase). 
 
10 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
As rachaduras labiais são comuns nas pessoas que respiram pela boca e nos pacientes idosos. 
 É preciso estar atento também à eventual presença de movimentos involuntários, 
especialmente tremor, ao qual nos referimos anteriormente. 
MUCOSA ORAL 
Examine a boca do paciente e com ajuda de uma boa iluminação e um abaixador de língua, 
inspecione a coloração da mucosa oral e verifique se há ulceras, placas esbranquiçadas e 
nódulos. 
Esomatite: Afecção mais encontrada no exame de 
cavidade oral abrange todos os processos 
inflamatórios da mucosa bucal, sendo o mais comum 
à estomatite aftosa/afta. Ulceras aftosas dolorosas 
recorrentes na língua e mucosas orais constituem a 
síndrome de Behçet. 
 
A monilíase é causada 
por espécies de 
Candida, mostrada 
aqui no palato. Entretanto, pode surgir em qualquer parte da 
boca. As placas brancas espessas mostram-se um pouco aderidas 
à mucosa subjacente. Os fatores predisponentes incluem: (1) 
tratamento prolongado com antibióticos ou corticosteroides; e (2) 
AIDS. 
 
Manchas de Koplik: Comum no sarampo. 
 
Liquen plano: lesões 
brancas indolores que 
podem ser confundidas 
com leucoplasias que são 
pré- cancerosas. 
Diferenciação pode ser feita por exame histopatológico. 
 
Síndrome de Peutz-Jeghers: Procure pequenas manchas 
pigmentadas (coloração marrom) proeminentes na camada 
dérmica dos lábios, da mucosa bucal e da área perioral. Essas 
manchas também aparecem nas mãos e nos pés. 
 
 
 
11 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
LÍNGUA 
Examina-se a língua observando-a em três posições, sempre com o paciente abrindo a boca ao 
máximo: na primeira, ela fica mantida em sua posição de repouso; na segunda, é colocada 
para fora da boca; e, na terceira, o paciente procura tocar o céu da boca com a ponta da 
língua. 
Analisam-se os seguintes parâmetros: posição, tamanho, cor, umidade, superfície, textura, 
movimentos e presença de lesões; 
Sua coloração é róseo-avermelhada, levemente úmida, a superfície é discretamente rugosa, 
sendo possível reconhecer em sua parte posterior às proeminências papilares. Sulcos ou 
depressões costumam ser observados mesmo em pessoas saudáveis. 
 Língua saburrosa: acumulo de uma substancia branco-acinzentada ou amarelada na sua 
superfície. Comum em pessoascom higiene bucal precária, estados febris, tabagistas, 
indivíduos desidratados e pessoas saudáveis ao acordar; 
 Língua seca: Indica desidratação, respiração pela boca e ingestão de medicamentos 
(atropina, antidepressivos), presença de febre; 
 Língua lisa: Indica atrofia das papilas. Sua principal causa é a anemia, e pode ser 
observada na desnutrição proteica; 
 Língua de framboesa: superfície vermelha brilhante a algo granular. Aparece na 
escarlatina. 
 Língua geográfica: áreas irregulares, nitidamente delimitadas por bordas esbranquiçadas 
e circinadas. Não há significado clinico. 
 Macroglossia: Aumento da língua, comum no hipotireoidismo, acromegalia e amiloidose. 
 Desvio da língua da linha mediana: solicita ao paciente que coloque a língua para fora o 
máximo possível, observa-se o desvio da língua na hemiplegia e lesões do nervo 
hipoglosso. 
 Glossite: inflamação generalizada da língua. 
 A candidíase apresenta-se como membranas brancas, frouxamente aderidas em 
mucosas avermelhadas, é a infecção oral mais comum em pessoas com síndrome da 
imunodeficiência adquirida (AIDS). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
GENGIVA 
Observar: integridade, coloração, edema, hemorragia, processos inflamatórios e infecciosos. 
 Hipertrofia gengival: Comum em leucemia e após uso prolongado de hidantoína. 
 Gengivite: gengivas avermelhadas, esponjosas e facilmente sangráveis. Pode ser por 
placas bacterianas ou doenças sistêmicas como pelagra, escorbuto, leucoses e linfomas. 
 Orla saturnina/linha plúmbea: pigmentação em forma de pontos escuros que 
acompanha a linha da gengiva e indica intoxicação por chumbo. 
 Epúlides: tumores formados dos diferentes tecidos periodontais. 
 Periodontite: comprometimento difuso das gengivas que circundam os dentes. As 
gengivas ficam vermelhas, intumescidas, perdem a forma e tendem a sangrar com 
facilidade. Pode haver supuração em torno dos dentes, e isso se evidencia pela saída de 
uma substância purulenta entre a borda gengival e o dente, ao se exercer uma pressão 
junto à sua base, caracterizando a destruição do tecido ósseo alveolar de sustentação 
do dente. 
 
FARINGE 
Solicite ao paciente que abra a boca e peça a ele para dizer “ah” ou bocejar. Se isso não for 
possível, comprima com firmeza, com auxilio de um abaixador de língua a região media da 
língua, observe a elevação do palato mole – um teste para o nervo vago. 
Examine o palato mole, os pilares anteriores e posteriores, a úvula, as 
tonsilas e a faringe. Observe a coloração e a simetria, verifique se á 
exsudato, edema, ulcerações ou hipertrofia das tonsilas. Se possível, 
palpe as regiões suspeitas em busca de induração ou hipersensibilidade. 
 Amigdalite: Infecção das amígdalas palatinas, causada na maioria 
das vezes pelo estreptococo beta-hemolítico. Outros germes, 
incluindo vírus, podem ser o agente responsável. A difteria é um 
tipo de amigdalite aguda de ocorrência não muito rara e que 
demanda diagnóstico rápido pari adequado tratamento. 
 
 Faringite: apresenta-se com dor de garganta, ou pelo 
menos de irritação As causas possíveis incluem vários tipos 
de vírus e bactérias. Se o paciente não apresentar febre, 
exsudato ou adenomegalia, as chances de infecção por 
qualquer uma das duas causas comuns – estreptococos do 
grupo A e vírus Epstein-Barr (mononucleose infecciosa) – 
são muito pequenas. 
 
13 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
 
PESCOÇO 
Inspecione o pescoço, notando sua 
simetria e se existem massas ou 
cicatrizes. Pesquise se há aumento das 
glândulas parótidas ou submandibulares 
e observe a existência de linfonodos 
visíveis. 
SINAIS E SINTOMAS 
Cisto tireoglosso: é congênito e está 
relacionado com a migração da tireoide 
durante a embriogênese. 
Braquial: Falha na reabsorção das fendas braquiais e pode ser dolorido. 
 
Cisto dermoide: Acumulo de estruturas de anexos que ficam na derme (glândulas sudoríparas, 
sebáceas, folículos pilosos) que crescem e são revestidos por uma capsula. 
Higroma cístico: Má formação congênita do sistema linfático, ele pode ser formado em qualquer 
cadeia ganglionar. 
 
 
Leiomiomas: Neoplasia formada por tecido muscular liso que pode ser maligno ou benigno. 
Hematoma x equimose: equimose é uma macula (mancha) e hematoma é uma coleção de 
liquido/sangue. 
 
14 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
 
 
 
Bócio + exoftalmia = sugestivo de doença 
de Gravis, sem exoftalmia sugere 
adenoma tireoidiano. 
 
CARCTERÍSTICA DAS PRINCIPAIS DOENÇAS 
CERVICAIS 
Baseado na característica, a partir da 
inspeção e palpação já tem ideia do 
diagnóstico. No pescoço/região cervical 
nós temos doenças neoplásicas, inflamatórias e que não são classificadas como nenhum dos 
dois. 
Quando a gente fala de neoplasia, estamos falando de um câncer primário ou secundário 
como as metástases. Essa lesão primaria também pode ser um tumor benigno como é o caso do 
leiomioma, mas quando é secundária a gente fala de tumor à distância. 
Na região do pescoço de causa neoplásica os tumores da parótida são os que mais causam 
tumores primários na região cervical. Na imensa maioria das vezes quando estamos diante de 
lesões neoplásicas 
na região do 
pescoço, estamos 
falando de 
metástase 
linfonadal. 
Também há 
doenças 
inflamatórias, 
como a 
adenomegalia 
cervical de causa 
viral, bacteriana e 
granulomatosa e 
não infecciosas. 
Também tem as 
de causa 
congênita e 
traumática. 
 
 
 
15 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
LINFONODOS 
Palpe os linfonodos utilizando as polpas dos dedos indicador e médio, deslocando a pele sobre 
os tecidos subjacentes em cada área. O paciente deve estar relaxado, com o pescoço 
discretamente flexionado para frente e se necessário, um pouco inclinado para o lado 
examinado. Podendo examinar os dois lados de modo simultâneo. Entretanto, no caso do 
linfonodo submentoniano, vale a pena palpar com uma das mãos, enquanto a outra segura a 
parte superior da cabeça do paciente. 
Palpe a sequencia de linfonodos: 
1. Pré-auriculares – à frente da orelha; 
Drenam a porção superior da face 
e temporal. 
2. Auriculares posteriores – superficiais, 
sobre o processo mastoide; drena o 
processo mastoide. 
3. Occipitais – na base do crânio, 
posteriores; Drena o musculo 
trapézio e a região posterior do 
couro cabeludo. 
4. Tonsilares – no ângulo da 
mandíbula; Drena a tonsila palatina 
e órgãos da faringe e um pouco da 
laringe. 
O “linfonodo tonsilar” pulsátil é, na 
verdade, a artéria carótida. O “linfonodo 
tonsilar” pequeno, duro e doloroso, em 
uma localização alta e bem profunda 
entre a mandíbula e o 
músculoesternocleidomastóideo é, 
provavelmente, o processo estiloide. 
5. Submandibulares – localizados no 
ponto médio entre o ângulo e a extremidade da mandíbula. Esses linfonodos costumam 
ser menores e mais lisos que a glândula submandibular lobulada, contra a qual se 
justapõem; Drena a região mandibular e lateral da língua. 
6. Submentonianos – na linha média, alguns centímetros atrás da extremidade da 
mandíbula. Drena afecções da gengiva, lábio inferior e meio da língua. 
7. Cervicais superficiais – superficiais ao músculo esternocleidomastóideo. Drenam as 
afecções locais, como um trauma no pescoço. 
8. Cervicais posteriores – ao longo da borda anterior do músculo trapézio; 
9. Cadeia cervical profunda – localizada profundamente ao músculo 
esternocleidomastóideo e, muitas vezes, inacessível ao exame. Faça um gancho com seu 
polegar e seus dedos em torno de cada lado do músculo esternocleidomastóideo, na 
tentativa de palpá-los. 
10. Supraclaviculares – profundos, no ângulo formado pela clavícula e o músculo 
esternocleidomastóideo. Sempre são malignos ate que se prove o contrario, e drenam 
tumores da região do mediastino, pulmão e linfa. 
 
16 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
O aumento de um linfonodo supraclavicular,especialmente à esquerda, sugere uma possível 
metástase de neoplasia maligna torácica ou abdominal. 
ANAMNESE 
 Tempo de evolução 
Um crescimento linfonadal 
causado por infecções de 
causa bacteriana e viral 
tendem a diminuir com o tempo 
(1-2 semanas). No caso de 
doenças neoplásicas ou 
infecções fungicas que causam 
granulocitos, os linfonodos 
tendem a permanecer 
aumentado por semanas e 
quando se cronificam nem 
voltam para o tamanho original. 
 Idade do paciente 
Idosos tem acometimento 
linfonadal por neoplasias muito maiores que os jovens 
 Sintomas constitucionais 
Febre, perda de peso, fadiga, sudorese noturna. Pode sugerir tuberculose, linfoma, lúpus e 
processos infecciosos fungicos. 
 Medicamentos 
Fenitoina, atenolol, alupurinol, carbamazepina, captopril etc. 
 Localizada ou não 
A gente considerada adenomegalia generalizada, quando você tem duas ou mais cadeias que 
não são continuas (Ex: mandíbula e axilar). Se você tem uma submandibular e uma 
submentoniana não significa generalizada, porque são contiguas. Se você tem um 
submandibular e uma supraclavicular é considerada generalizada, porque elas não se 
comunicam continuamente. Geralmente a adenomegalia generalizada está relacionada a um 
processo sistêmico e sempre deve ser investigada. Faringite e laringite, infecções da via aérea 
superior fazem com que os linfonodos fiquem com características de neoplasia 
benigna. 
LINFONODO DE VIRCHOW : SUPRACLAVICULAR A ESQUERDA APARECE QUANDO 
DRENA PARTE DE ÓRGÃOS ABDOMINAIS E OVÁRIOS/TESTÍCULOS. DEVE PENSAR EM 
METÁSTASE A DISTÂNCIA DESSES ÓRGÃOS. 
 
 
 
17 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
EXAME FÍSICO 
Se posicionar atrás do paciente ou lateralmente do lado direito, o paciente deve estar com o 
pescoço levemente em extensão. 
Observe o tamanho (normal ou aumentado), o formato, a localização, a delimitação (bem 
definidos ou fundidos), a mobilidade e a consistência. Verifique se existe 
dor à palpação. Os linfonodos pequenos, móveis, bem definidos e 
indolores são encontrados, com frequência, em indivíduos normais. 
 Utilizando as polpas do 2o e do 3o dedos da mão, palpe os 
linfonodos pré-auriculares com um movimento rotatório suave. Em 
seguida, examine os linfonodos auriculares posteriores e occipitais. 
Linfonodos dolorosos à palpação sugerem inflamação; linfonodos de 
consistência endurecida ou fixos indicam neoplasia maligna. 
 Palpe as cadeias superficiais 
anteriores e cervicais profunda, localizadas 
anterior e superficialmente ao músculo 
esternocleidomastóideo. Em seguida, palpe 
a cadeia cervical posterior ao longo do 
músculo trapézio (borda anterior) e do 
músculo esternocleidomastóideo (borda 
posterior). Flexione levemente o pescoço do 
paciente para frente e para o lado que 
está sendo examinado. Verifique os 
linfonodos supraclaviculares no ângulo 
entre a clavícula e o músculo 
esternocleidomastóideo. 
Linfadenopatia generalizada é encontrada em pessoas com HIV ou AIDS, mononucleose 
infecciosa, linfoma, leucemia e sarcoidose. 
Linfonodos aumentados de tamanho ou dolorosos à palpação, se inexplicáveis, exigem: (1) 
reavaliação das regiões por eles drenadas e; (2) avaliação cuidadosa dos linfonodos de outras 
regiões. 
 
 
 
 
 
18 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
VASOS CERVICAIS 
 
ARTÉRIA CARÓTIDA 
Inspeção: 
Massas, tortuosidades. Normalmente não se vê a 
carótida. Apenas em pessoas magras, com 
hipertireoidismo e insuficiência aórtica é possível 
obter visualização. 
Palpação: 
Coloca a região tenar e hipotenar da mão sob a 
região supraclavicular do paciente e vai 
andando pelo trajeto da carótida até a região 
da clavícula, a procura de frêmitos. 
Frêmitos na região do pescoço falam a favor de 
problema na carótida, frêmito na região 
supraclavicular fala de problemas na subclávia. A topografia dela se encontra na linha da 
cartilagem tireoide, é onde se detecta o pulso carotídeo. Geralmente não se faz a palpação do 
pulso carotídeo, a principal finalidade é para se evidenciar se o paciente está ou não em 
parada cardíaca. 
A palpação do pulso é estimulada quando você ou palpa por muito tempo ou palpando 
simultaneamente. Jamais deve se fazer a palpação de carótida simultaneamente dos dois lados, 
é sucessivamente, porque você estimula com maior facilidade os barorreceptores e se você 
pega uma pessoa mais idosa, pode diminuir o fluxo sanguíneo cerebral. 
Ausculta 
Coloca-se a câmpanula do esteto, onde você palpa o pulso. Deve-se auscultar também a 
fúrcula esternal. Sopros nessa região, também falam a favor de problemas da subclávia. A 
carótida tem muita relevância quando você identifica o sopro, já é indicio de uma estenose de 
carótida e você tem que fazer algo para não evoluir com AVC. 
VEIA JUGULAR 
 
 Paciente deitado ou a 45º 
 Geralmente apenas jugular externa é 
visível 
 Turgência pode ser uni ou bilateral 
 Entre o manúbrio e o esterno está o 
ângulo de Louis, verifica-se altura do 
ângulo até a altura de distensão da 
jugular, deve-se imaginar uma linha reta 
entre eles, se a altura for maior que 4,5cm 
pode ser indicativos de uma estase. 
 
19 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
 Avalia de forma indireta a pressão na cavidade atrial direta: a pressão da jugular interna é 
basicamente a pressão do átrio direito, mas a jugular externa é um reflexo disso. 
 Variação do pulso segundo a respiração e posição: quando a gente inspira a pressão no 
tórax tem que diminuir, e há maior retorno venoso. Na expiração, você tem maior retorno 
venoso e na inspiração, menor. 
 Inspeção do lado direto: a jugular começa no ângulo inferior da mandíbula, cruza o 
ECOM e fica no meio da clavícula em linha reta. Só que quem fica em linha reta é a 
jugular direita, a jugular esquerda é tortuosa po 
 rque ela cruza o tórax para chegar a subclávia 
direita e depois átrio direito. 
Sinal de Kusmaul (enchimento inspiratório paradoxal): é o 
aumento do pulso venoso jugular, quando o paciente em 
questão realiza uma inspiração. Isso acontece quando há 
uma diminuição da complacência do ventrículo direito 
(VD), ou seja, ele perde a sua capacidade de contrair 
adequadamente. 
Sendo assim, o VD não consegue dar conta de todo o 
sangue que chega para ele, aumentando a pressão no 
átrio direito em consequência disso. Esse aumento de 
pressão no átrio direito irá refletir em um aumento de 
pressão na veia jugular interna na tentativa de compensar, 
e isso gera o ingurgitamento do pulso venoso à medida 
que o paciente inspira. 
Teste de compressão abdominal: Com a mão espalmada e faz uma palpação no meio do 
abdome (próximo ao umbigo) em direção à região cervical por 15-30s. Com isso você está 
estimulando que o sangue fique aprisionado na região superior e em pacientes propensos a 
hipervolemia, causa distensão da jugular. Se o paciente estiver com estigmas de congestão, 
ascite, problemas hepáticos se ele já apresentar uma distensão da veia jugular sentado, já é 
clássico que ele está com a veia jugular engurgitada. 
TRAQUEIA 
Inspecione a traqueia em busca de qualquer desvio em relação à sua 
posição habitual na linha média. Em seguida, palpe para identificar 
qualquer desvio. Coloque o seu dedo ao longo de um dos lados da 
traqueia e observe o espaço entre ele e o músculo 
esternocleidomastóideo. Compare-o com o outro lado. Os espaços 
devem ser simétricos. 
Massas no pescoço podem “empurrar” a traqueia para um dos lados. 
O desvio traqueal também pode indicar problemas importantes no 
tórax, como massa mediastinal, atelectasia ou pneumotórax de grande 
volume. 
 
 
 
20 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
TIREOIDE 
 Normalmente não é visível 
 Formato de H ou de borboleta, centralizada no pescoço, abaixo da cartilagem cricoide. 
Inspeção 
Bócio (aumento da glândula): difuso (doença de Graves) ou nodular (adenoma tireoidiano). 
Inspecione o pescoço para localizar a glândula tireoide.Incline a cabeça do paciente um 
pouco para trás e inspecione a região abaixo da cartilagem cricóidea, à procura da glândula 
tireoide. 
Observe o paciente deglutindo: peça ao paciente para engolir um pouco de agua e observe o 
movimento da glândula tireoide para cima, registrando seu contorno e simetria. A cartilagem 
tireóidea, a cartilagem cricóidea e a glândula tireoide elevam-se durante a deglutição e, em 
seguida, retornam a suas posições iniciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palpação 
Posiciona-se posteriormente ao 
paciente, pega o terceiro dedo e 
palpa a cartilagem cricóide, e o 
segundo e o quarto dedo avalia 
acima e abaixo. Depois com a 
mão direita palpa o lobo direito, 
e a mão esquerda palpa o lobo 
esquerdo. 
Embora as características físicas 
da glândula tireoide, como tamanho, formato e consistência, sejam importantes, a avaliação 
funcional depende das manifestações clínicas, dos sinais encontrados em outras partes do 
organismo e de exames laboratoriais. 
 
21 Marcela Oliveira – Medicina 2020 
Consistência mole 
na doença de 
Graves; firme na 
tireoidite de 
Hashimoto e nas 
neoplasias 
malignas. Nódulos 
benignos e 
malignos, dor à 
palpação na 
tireoidite. 
Um sopro sistólico 
ou contínuo, 
localizado, pode 
ser auscultado no 
hipertireoidismo. 
 
SINAIS E SINTOMAS 
Sinal de Marañon: paciente com hipertireoidismo ocorre 
uma vermelhidão local. Você coloca a mão em cima, 
e quando você tira, fica vermelho porque está tendo 
uma hipervascularização. 
Sinal de Pemberton: Elevação simultânea dos braços 
acima da cabeça durante 1 minuto indica obstrução 
da entrada do tórax. Bócio retroesternal causa isso. 
Hipertireoidismo: hipersensibilidade ao calor; sudorese; 
perda de peso; nervosismo; ansiedade; taquicardia; 
fraqueza muscular; exoftalmia; pele fina quente e 
úmida. 
Hipotireoidismo: facies mixedematosa; pele seca, unhas fracas e quebradiças; edema de 
membros inferiores; voz rouca e arrastada; obesidade; constipação, parestesias.

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