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SIMULADO REVISÃO LINGUAGENS- NÚMERO 5 (COM GABARITO)

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1.Nos versos a seguir, é possível perceber o pessimismo do autor e que, para ele, não se deve esperar nada de positivo do outro.
Sobre a obra de Augusto dos Anjos, é possível afirmar que:
a) o preciosismo vocabular envolve a atmosfera lúgubre que marca o ser humano somente na velhice.
b) apresenta traços simbolistas, como a musicalidade e o gosto pelas imagens mórbidas.
c) cria em seus poemas a ideia de escatologia a partir de elementos do cotidiano.
d) preza por versos conhecidos por redondilhas maiores e menores.
e) faz uso abusivo de superlativos absolutos herdados do Parnasianismo.
2.Cárcere das almas
	
	Ah! Toda a Alma num cárcere anda presa,
soluçando nas trevas, entre as grades
do calabouço olhando imensidades,
mares, estrelas, tardes, natureza.
Tudo se veste de uma igual grandeza
quando a alma entre grilhões as liberdades
sonha e sonhando, as imortalidades
rasga no etéreo Espaço da Pureza.
Ó almas presas, mudas e fechadas
nas prisões colossais e abandonadas,
da Dor no calabouço, atroz, funéreo!
Nesses silêncios solitários, graves,
que chaveiro do Céu possui as chaves
para abrir-vos as portas do Mistério?!
	Cruz e Souza
Podemos identificar no poema de Cruz e Souza procedimentos de construção textual tipicamente simbolistas, entre eles
a) o sentimento exacerbado, a espiritualidade e o uso do verso alexandrino.
b) a temática cotidiana, a erudição vocabular e a religiosidade.
c) o intimismo profundo, o rigor formal e o prosaísmo vocabular.
d) o verso livre, a musicalidade e a personificação.
e) a maiúscula alegorizante, a aliteração e a espiritualidade.
3.Vilões que Choram
	Ah! Plangentes violões dormentes, mornos,
soluços ao luar, choros ao vento...
tristes perfis, os mais vagos contornos,
bocas murmurejantes de lamento.
Noites de além, remotas, que eu recordo,
noites da solidão, noites remotas
que nos azuis da fantasia bordo,
vou constelando de visões ignotas.
Sutis palpitações à luz da Lua,
anseio dos momentos mais saudosos,
quando lá choram na deserta rua
as cordas vivas dos violões chorosos.
[...]
	Cruz e Souza
O poema traz a seguinte característica da escola literária em que se insere:
a) registro da realidade através da percepção sensorial.
b) tendência à morbidez.
c) lirismo sentimental e intimista.
d) depuração formal e destaque para a sensualidade feminina.
e) precisão vocabular e economia verbal.
4. Os sertões
 Decididamente era indispensável que a campanha de Canudos tivesse objetivo superior à função estúpida e bem pouco gloriosa de destruir um povoado dos sertões. Havia um inimigo mais sério a combater, em guerra mais demorada e digna. Toda aquela campanha seria um crime inútil e bárbaro, se não se aproveitassem os caminhos abertos à artilharia para uma propaganda tenaz, contínua e persistente, visando trazer para o nosso tempo e incorporar à nossa existência aqueles rudes compatriotas retardatários. 
 [...]
 Fechemos este livro.
 Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até ao esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos
morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5 mil soldados.
Os sertões, de Euclides da Cunha, São paulo: Círculo do Livro, 1975.
Disponível em: <http://www.literaturabrasileira.ufsc.br>. Acesso em: 5 abr. 2013.
O romance de Euclides da Cunha tem como ponto de partida um fato da história nacional, a Guerra de Canudos. Nesse trecho, a relação entre texto literário e contexto histórico indica que a produção literária é uma recriação da realidade, mesmo quando faz referência a um fato histórico determinado. No romance de Euclides da Cunha, a recriação se concretiza por meio
a) da recusa do autor de inserir na passagem final o desfecho histórico da Guerra de Canudos: a derrota, a prisão e a morte de Antônio Conselheiro.
b) do distanciamento entre o tempo da escrita e o da Guerra de Canudos, que, questionada no âmbito ficcional, alcança sua dimensão histórica mais profunda.
c) do caráter trágico que, mesmo sem corresponder à realidade, foi atribuído ao fato histórico pelo autor a fim de exaltar o heroísmo dos sertanejos inconfidentes de Canudos .
d) da narração da ocorrência do próprio fato, que, recriado, passa a existir como forma narrativa associada à história nacional.
e) da descrição idealizada e fantasiosa do fato histórico, transformado em batalha épica que exalta a força dos ideais dos guerreiros de Canudos.
5. Texto I
Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento imperturbável e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas.
RIO, J. A rua. In: A alma encantadora das rues. Sao Paulo: Companhia das Letras, 2008 (fragmento).
Texto II
A rua dava-lhe uma força de fisionomia, mais consciência dela. Como se sentia estar no seu reino, na região em que era rainha e imperatriz. O olhar cobiçoso dos homens e o de inveja das mulheres acabavam o sentimento de sua personalidade, exaltavam-no até. Dirigiu-se para a rua do Catete com o seu passo miúdo e sólido. [...] No caminho trocou cumprimento com as raparigas pobres de uma casa de cômodos da vizinhança.
[...] E debaixo dos olhares maravilhados das pobres raparigas, ela continuou o seu caminho, arrepanhando a saia, satisfeita que nem uma duquesa atravessando os seus domínios.
BARRETO, L. Um e outro. In: Clara dos anjos. Rio de Janeiro: Editora Mérito (fragmento).
A experiência urbana é um tema recorrente em crônicas, contos e romances do final do século XIX e início do XX, muitos dos quais elegem a rua para explorar essa experiência. Nos fragmentos I e II, a rua é vista, respectivamente, como lugar que
a) desperta sensações contraditórias e desejo de reconhecimento.
b) favorece o cultivo da intimidade e a exposição dos dotes físicos.
c) possibilita vínculos pessoais duradouros e encontros casuais.
d) propicia o sentido de comunidade e a exibição pessoal.
e) promove o anonimato e a segregação social.
6. E se a água potável acabar? O que aconteceria se a água potável do mundo acabasse?
 As teorias mais pessimistas dizem que a água potável deve acabar logo, em 2050. Nesse ano, ninguém mais tomará banho todo dia. Chuveiro com água só duas vezes por semana. Se alguém exceder 55 litros de consumo (metade do que a ONU recomenda), seu abastecimento será interrompido. Nos mercados, não haveria carne, pois, se não há água para você, imagine para o gado. Gastam-se 43 mil litros de água para produzir 1 kg de carne. Mas, não é só ela que faltará. A Região Centro-Oeste do Brasil, maior produtor de grãos da América Latina em 2012, não conseguiria manter a produção. Afinal, no país, a agricultura e a agropecuária são, hoje, as maiores consumidoras de água, com mais de 70% do uso. Faltariam arroz, feijão, soja, milho e outros grãos.
Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 30 jul. 2012.
A língua portuguesa dispõe de vários recursos para indicar a atitude do falante em relação ao conteúdo de seu enunciado. No início do texto, o verbo "dever" contribui para expressar
a) uma constatação sobre como as pessoas administram os recursos hídricos.
b) a habilidade das comunidades em lidar com problemas ambientais contemporâneos.
c) a capacidade humana de substituir recursos naturais renováveis.
d) uma previsão trágica a respeito das fontes de água potável.
e) uma situação ficcional com base na realidade ambiental brasileira.
7. Os filhos de Ana eram bons, uma coisa verdadeira e sumarenta. Cresciam, tomavam banho, exigiam para si,malcriados, instantes cada vez mais completos. A cozinha era enfim espaçosa, o fogão enguiçado dava estouros. O calor era forte no apartamento que estavam aos poucos pagando. Mas o vento batendo nas cortinas que ela mesma cortara lembrava-lhe que se quisesse podia parar e enxugar a testa, olhando o calmo horizonte. Como um lavrador. Ela plantara as sementes que tinha na mão, não outras, mas essas apenas.
LISPECTOR, C. Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
A autora emprega por duas vezes o conectivo mas no fragmento apresentado. Observando aspectos da organização, estruturação e funcionalidade dos elementos que articulam o texto, o conectivo mas
a) expressa o mesmo conteúdo nas duas situações em que aparece no texto.
b) quebra a fluidez do texto e prejudica a compreensão, se usado no início da frase.
c) ocupa posição fixa, sendo inadequado seu uso na abertura da frase.
d) contém uma ideia de sequência temporal que direciona a conclusão do leitor.
e) assume funções discursivas distintas nos dois contextos de uso.
8. Notícias do além
Aquele que morrer primeiro e for para o céu deverá voltar à Terra para contar ao outro como é a vida lá no paraíso. Assim ficou combinado entre Francisco e Sebastião, amigos inseparáveis e apaixonados pelo futebol. Francisco teve morte súbita e, passado algum tempo, no meio da noite, sua alma apareceu ao colega:
— Nossa Senhora, Chico! Você veio mesmo!
— Estou aqui, Tião, para cumprir a minha promessa, trazendo-lhe duas notícias.
— Então me fala.
— O céu é uma maravilha, um colosso, uma beleza.
Tem futebol todo dia.
— E a outra?
— A outra é que você está escalado para jogar no meu time amanhã cedo.
DIAS, M. V. R. Humor na Marolândia. In: ILARI, R. Introdução à semântica: brincando com
a gramática. São Paulo: Contexto, 2001.
Esse texto pode ser analisado sob dois pontos de vista que incluem situações diferentes de interlocução: a primeira, considerando seu produtor e seus potenciais leitores; e a segunda, considerando os interlocutores Francisco e Sebastião. Para cada uma dessas situações o produtor do texto tem um objetivo específico que se determina, não só pela situação, mas também pelo gênero textual. Os verbos que sintetizam os objetivos do produtor nas duas situações propostas são, respectivamente,
a) entreter e seduzir.
b) divertir e informar.
c) distrair e comover.
d) recrear e assustar.
e) alegrar e intimidar.
9. Uma campanha governamental do primeiro semestre de 2011 utilizou a seguinte frase:
Nesse enunciado, pode-se interpretar o sinal \"+\" de duas maneiras, pois é plausível a ele duas possíveis circunstâncias de
a) intensidade e modo.
b) tempo e modo.
c) causa e condição.
d) conformidade e finalidade.
e) adição e intensidade.
10. 
VERÍSSIMO, L. F. As cobras em: Se Deus existe que eu seja atingido por um raio. Porto Alegre: L&PM, 1997.
O humor da tira decorre da reação de uma das cobras com relação ao uso de pronome pessoal reto, em vez de pronome oblíquo. De acordo com a norma padrão da língua, esse uso é inadequado, pois
a) contraria o uso previsto para o registro oral da língua.
b) contraria a marcação das funções sintáticas de sujeito e objeto.
c) gera inadequação na concordância com o verbo.
d) gera ambiguidade na leitura do texto.
e) apresenta dupla marcação de sujeito.
11. (ENEM) Quem não passou pela experiência de estar lendo um texto e defrontar-se com passagens já lidas em outros? Os textos conversam entre si em um diálogo constante. Esse fenômeno tem a denominação de intertextualidade. Leia os seguintes textos:
I. Quando nasci, um anjo torto
Desses que vivem na sombra
Disse: Vai Carlos! Ser “gauche” na vida.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1964)
II. Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim.
(BUARQUE, Chico. Letra e Música. São Paulo: Cia das Letras, 1989)
III. Quando nasci um anjo esbelto
Desses que tocam trombeta, anunciou:
Vai carregar bandeira.
Carga muito pesada pra mulher
Esta espécie ainda envergonhada.
(PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986)
Adélia Prado e Chico Buarque estabelecem intertextualidade, em relação a Carlos Drummond de Andrade, por
a) reiteração de imagens.
b) oposição de ideias.
c) falta de criatividade.
d) negação dos versos.
e) ausência de recursos.
12. Texto I
“Mulher, Irmã, escuta-me: não ames,
Quando a teus pés um homem terno e curvo
jurar amor; chorar pranto de sangue,
Não creias, não, mulher: ele te engana!
as lágrimas são gotas de mentira
E o juramento manto da perfídia”.
                                     Joaquim Manoel de Macedo
Texto II
“Teresa, se algum sujeito bancar o
sentimental em cima de você
E te jurar uma paixão do tamanho de um
bonde
Se ele chorar
Se ele ajoelhar
Se ele se rasgar todo
Não acredite não Teresa
É lágrima de cinema
É tapeação
Mentira
CAI FORA
                                                        Manuel Bandeira
(Enem) Os autores, ao fazerem alusão às imagens da lágrima, sugerem que: 
a) Há um tratamento idealizado da relação homem/mulher.
b) Há um tratamento realista da relação homem/mulher.
c) A relação familiar é idealizada.
d) A mulher é superior ao homem.
e) A mulher é igual ao homem.
13. (ENEM- 2005)
Cândido Portinari (1903-1962), um dos mais importantes artistas brasileiros do século XX, tratou de diferentes aspectos da nossa realidade em seus quadros.
1.
2.
3.
4.
Sobre a temática dos “Retirantes”, Portinari também escreveu o seguinte poema:
(….)
Os retirantes vêm vindo com trouxas e embrulhos
Vêm das terras secas e escuras; pedregulhos
Doloridos como fagulhas de carvão aceso
Corpos disformes, uns panos sujos,
Rasgados e sem cor, dependurados
Homens de enorme ventre bojudo
Mulheres com trouxas caídas para o lado
Pançudas, carregando ao colo um garoto
Choramingando, remelento
(….)
(Cândido Portinari. Poemas. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1964.)
Das quatro obras reproduzidas, assinale aquelas que abordam a problemática que é tema do poema.
a) 1 e 2
b) 1 e 3
c) 2 e 3
d) 3 e 4
e) 2 e 4
14. (MACKENZIE)
"É comum, no Brasil, a prática de tortura contra presos. A tortura é imoral e constitui crime. 
Embora não exista ainda na leis penais a definição do 'crime de tortura', torturar um preso ou detido é abuso de autoridade somado à agressão e lesões corporais, podendo qualificar-se como homicídio, quando a vítima da tortura vem a morrer. Como tem sido denunciado com grande frequência, policiais incompetentes, incapazes de realizar uma investigação séria, usam a tortura para obrigar o preso a confessar um crime. Além de ser um procedimento covarde, que ofende a dignidade humana, essa prática é legalmente condenada. A confissão obtida mediante tortura não tem valor legal e o torturador comete crime, ficando sujeito a severas punições."
(Dalmo de Abreu Dallan)
Pode-se afirmar que esse trecho é uma dissertação:
a) que apresenta, em todos os períodos, personagens individualizadas, movimentando-se num espaço e num tempo terríveis, denunciados pelo narrador, bem como a predominância de orações 
subordinadas, que expressam sequência dos acontecimentos;
b) que apresenta, em todos os períodos, substantivos abstratos, que representam as ideias discutidas, bem como a predominância de orações subordinadas, que expressam o encadeamento lógico da denúncia;
c) que apresenta uma organização temporal em função do pretérito, jogando os acontecimentos 
denunciados para longe do momento em que fala, bem como a predominância de orações subordinadas, que expressam o prolongamento da ideias repudiadas;
d) que consegue fazer uma denúncia contundente, usando, entre outros recursos, a ênfase, por meio da repetição de um substantivo abstrato em todos os períodos, bem como a predominância de orações coordenadas sindéticas, que expressam o prolongamento das ideias repudiadas;
e) que consegue construir um protesto persuasivo com uma linguagem conotativa, construída sobre 
metáforas e metonímias esparsas,bem como com a predominância de orações subordinadas, próprias de uma linguagem formal, natural para esse contexto. 
 15. O teatro da etiqueta
No século XV, quando se instalavam os Estados nacionais e a monarquia absoluta na Europa, não havia sequer garfos e colheres nas mesas de refeição: cada comensal trazia sua faca para cortar um naco da carne – e, em caso de briga, para cortar o vizinho. Nessa Europa bárbara, que começava a sair da Idade Média, em que nem os nobres sabiam escrever, o poder do rei devia se afirmar de todas as maneiras aos olhos de seus súditos como uma espécie de teatro. Nesse contexto surge a etiqueta, marcando momento a momento o espetáculo da realeza: só para servir o vinho ao monarca havia um ritual que durava até dez minutos.
Quando Luís XV, que reinou na França de 1715 a 1774, passou a usar lenço não como simples peça de vestuário, mas para limpar o nariz, ninguém mais na corte de Versalhes ousou assoar-se com os dedos, como era costume. Mas todas essas regras, embora servissem para diferenciar a nobreza dos demais, não tinham a petulância que a etiqueta adquiriu depois. Os nobres usavam as boas maneiras com naturalidade, para marcar uma diferença política que já existia. E representavam esse teatro da mesma forma para todos. Depois da Revolução Francesa, as pessoas começam a aprender etiqueta para ascender socialmente. Daí por que ela passou a ser usada de forma desigual – só na hora de lidar com os poderosos.
Revista Superinteressante, junho 1988, nº 6 ano 2.
Nesse texto, o autor defende a tese de que
a) a etiqueta mudou, mas continua associada aos interesses do poder.
b) a etiqueta sempre foi um teatro apresentado pela realeza.
c) a etiqueta tinha uma finalidade democrática antigamente.
d) as classes sociais se utilizam da etiqueta desde o século XV.
e) as pessoas evoluíram a etiqueta para descomplicá-la.
Simulado 05 - EXTENSIVA
	
5
1. B
2. E
3. A
4. D
5. D
6. D
7. E
8. B
9. E
10. B 
11. A
12. B
13. C
14. B
15. A
GABARITO SIMULADO 05 EXTENSIVA
1. B |– 2. E | 3.A | 4. D | 5. D
6.D | 7. E | 8. B | 9. E | 10. B
11. A | 12. B | 13. C | 14. B | 15. A

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