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2ª Peça - Divórcio - Secca

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA  DA COMARCA DE ARARUAMA ESTADO DO RIO DE JANEIRO
 
 
Heloísa dos Santos, brasileira, estado civil união estável, profissão do lar , portador do CPF/MF nº …, Documento de Identidade de n° …, residente e domiciliado na Rua das Flores 51, bairro..., CEP …, e mail ...,Município de Araruama, Rio de Janeiro, representada por seu advogado, conforme procuração em anexo,. Para os fins de receber intimações, (mediante art. 77 e seguintes do CPC) endereço profissional, na Rua..., nº...,.. CEP nº..., e mail ..., vem respeitosamente perante a Vossa Excelência propor:
 
AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C ALIMENTOS C/C PARTILHA DE BENS E PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
em face de Roberto de Almeida,  com CPF nº. …, com sede na Rua das Flores 51 Térreo, CEP…, bairro, Município de Araruama , Rio de Janeiro, pelas razões de fato e de direito que passa a aduzir e no final requer, observando se o procedimento especial, com as alterações previstas nos artigos 693 a 699 do Código de Processo Civil, com pedido de tutela antecipada.
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
A autora requer, inicialmente, os benefícios da Justiça Gratuita por ser pobre na forma da Lei, conforme declaração de hipossuficiência em anexo. Não dispondo de numerário suficiente para arcar com taxas, emolumentos, depósitos judiciais, custas, honorários ou quaisquer outras cobranças dessa natureza sem prejuízo de sua própria subsistência e de sua família, o suplicante requer a assistência da Defensoria Pública com fulcro na Lei nº 1.060/50, acrescida das alterações estabelecidas pela Lei nº 7.115/83, tudo consoante com o art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal.
DOS FATOS 
Do Casamento e da separação de fato
Heloísa dos Santos conviveu com Roberto de Almeida durante 15 (quinze) anos contínuos, no período de março de 2004 até outubro de 2019, e desta união, pública e duradoura, nasceram de 3 (três) filhas em comum:
 Márcia com 14 anos, Fernanda com 12 anos e Joana com 10 anos;
A requerente quando passou a conviver maritalmente com o requerido nem tinha completado 18 anos, tampouco havia concluído o ensino médio.
O requerido ao longo da convivência com a requerente nunca permitiu que a mesma pudesse concluir os estudos ou sequer ingressasse no mercado formal de trabalho. 
Desta forma a requerente não tem renda própria. Contribui com seu trabalho na sociedade conjugal.
Ao longo da convivência construíram um patrimônio considerável, fruto do trabalho e esforço comum, amealhando bens móveis e imóveis. Contudo, o companheiro, ao longo da trajetória de vida comum, vendia os bens e nunca se dignou a partilhar os valores auferidos com a alienação dos bens.
O casal se encontra separado de fato há mais de um ano, não tendo ocorrido nenhum retorno à convivência nesse período, nem qualquer possibilidade de reconciliação.
Desta feita, é a presente para requerer o divórcio, bem como a partilha dos bens amealhados, vez que não há no presente caso, possibilidade de reconciliação.
O pedido da parte Autora encontra fundamento no art. 1696, do Código Civil, o qual prevê que o direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos. Outrossim, nos moldes do art. 1695, do referido Diploma, resta demonstrada a necessidade, vez que a genitora e sem ajuda do pai da criança para arcar com as despesas das 3 filhas.
Na constância do matrimônio as partes amealharam os seguintes bem:
DOS BENS DO CASAL
No transcorrer da convivência construíram uma casa localizada no endereço Rua das Flores, 51, no município de Araruama, RJ, onde inclusive é a atual residência de Heloísa e de suas 3 filhas. O imóvel é uma casa duplex com valor estimado próximo de R$ 500.000,00.
Enquanto isso, o companheiro conseguiu fazer fortuna e hoje é um empresário de muito sucesso, atua no ramo da construção civil. Ele não apenas constrói casas para vender, como também possui 8 imóveis (avaliados em R$ 200.000,00 cada apartamento) próprios que lhe rendem R$ 12.000,00 (doze mil e seiscentos reais) mensais a título de aluguéis, construídos durante a união com Heloísa.
Além de construtor, é também pecuarista, estima-se com 40 cabeças de gado, e proprietário de loja de material de construção, cujo nome é DEPÓSITO SÃO FRANCISCO, avaliado em R$ 2.000.000,00, localizado no térreo da casa onde mora, a requerente e suas filhas.
 Possui um veículo TOYOTA / HILUX CABINE DUPLA avaliado em R$ 150.000,00.
Ainda assim, mesmo vivendo nababescamente, tendo um rendimento médio mensal em torno de R$65.000,00 (alugueres, rendimentos da loja e das edificações), o requerido fornece uma “ajuda de custo” semanal à requerente no mísero valor de R$ 1.000,00 para prover a reclamante e seus filhos.
 A totalidade dos bens perfazem o somatório de R$4.250.000.00 (quatro milhões, duzentos e cinqüenta ml reais) e quarenta cabeças de gado, a serem divididos na proporção de 50 % para ambas as partes. 
Diante da possibilidade de seu cônjuge com os seus recursos tornam-se suficiente para prestar alimentos a Requerente
 Assim, requer a fixação judicial de alimentos de 30% (trinta por cento) dos rendimentos recebido pelo réu, equivalente atualmente a R$ 19.500,00 (dezenove mil e quinhentos reais), até o dia 10 (dez) de cada mês, com pagamento mediante depósito em conta bancária da representante legal 
DA CUMULAÇÃO DE PEDIDOS
Com relação à cumulação de pedido liminar de fixação de alimentos provisionais, este encontra fundamento legal no artigo 13, da Lei 5.478/68 (Lei de Alimentos), a qual, espera-se, ainda esteja em vigor.
A possibilidade de cumulação dos pedidos de separação litigiosa, pedido de fixação de alimentos provisionais, partilha de bens, entende-se ser possível e é aceita pela nossa Jurisprudência.
FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
Trata o presente caso de dissolução da sociedade e do vínculo conjugal, intentada pela Requerente Heloísa dos Santos, que quer ver esse vínculo rompido por não haver mais possibilidades de reatarem a união.
A nossa Constituição Federal (com redação pela EC nº 66/2010) passou a admitir o divórcio direto, sem necessidade de observância de qualquer requisito:
Art. 226…
§ 6º. O casamento válido se dissolve pelo divórcio.
Trata-se de reconhecimento à Teoria do Desamor, segundo a qual não cabe ao Estado intervir nas relações particulares de modo a determinar a permanência da união dos cidadãos, estabelecendo requisitos temporais ou causais, quando não mais exista o elemento afetivo.
Desta forma, o Código Civil também assevera:
Art. 1.571 do CC. A sociedade conjugal termina: IV- pelo divórcio
Segundo Maria Helena Diniz, o divórcio é a dissolução de um casamento válido, ou seja, a extinção do vínculo matrimonial, que se opera mediante sentença judicial, habilitando as pessoas a convolar novas núpcias
 Nesse sentido a jurisprudência corrobora o entendimento
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE DIVÓRCIO C/C ALIMENTOS. EXCÔNJUGES. A obrigação alimentar entre cônjuges/companheiros está fundada no dever de mútua assistência, persistindo após a separação do casal quando restar demonstrada a dependência econômica de uma parte em relação a outra, levando-se em consideração, sempre, o binômio necessidade-possibilidade. Na hipótese, por isso, reduzidos os alimentos. APELO PROVIDO. (TJ-RS - AC: 70063444418 RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Data de Julgamento: 25/03/2015, Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 31/03/2015).
Dos Alimentos provisórios
Os alimentos provisórios pleiteados na presente ação têm como objetivo promover o seu sustento na pendência da lide. Tal pedido encontra-se previsto no art. 4º da Lei N.º 5.478/68, que dispõe sobre a ação de alimentos, senão vejamos:
Art. 4º. Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.
Isto posto, com o objetivo de propiciar as crianças proteção jurisdicional aos meios à sua mantença digna durante o curso do processo, solicitam-se alimentos provisórios, nos termos da pensão alimentíciarequerida 
Previsto no o art 1.694 do Código Civil de 2002, nesse sentido também há decisões jurisprudenciais
DO PEDIDO
Ante o exposto, requer:
1. Conceder aos requerentes os benefícios da Justiça Gratuita;
2. LIMINARMENTE, a importância equivalente a Fixar ALIMENTOS PROVISÓRIOS em DEFINITIVO em 30% (trinta por cento) dos rendimentos do requerido que equivalente atualmente a R$ 19.500,00 (dezenove mil e quinhentos reais), a ser depositado até o dia 10 (dez) de cada mês, de logo, requerendo, que seja aberta conta bancária em nome da Genitora, para que seja efetuado o depósito, referente à pensão alimentícia 
3. A necessária partilha dos bens constituídos na constância da união estável.
4. A CITAÇÃO do réu, para que compareça à audiência de tentativa de auto composição, a partir da qual querendo, poderá responder ao presente feito, no prazo legal, bem como acompanhá-la em todos os seus procedimentos até julgamento final, sob pena de, em assim não o fazendo, sofrem os efeitos da revelia.
5. DETERMINAR a intimação do Réu para que acompanhe os atos e procedimentos dessa ação, como também para que se manifeste sobre os mesmos;
6. Ao fim, julgar pela procedência do pedido principal, para que seja decretado o divórcio do casal, observando os termos da presente exordial, em especial voltando a cônjuge virago a usar o seu nome de solteira, qual seja: Heloísa. Converter os alimentos provisórios em definitivos no percentual designado 
7. Expedir, após o trânsito em julgado, o competente mandado de averbação da sentença ao cartório de registro civil competente, para que proceda às alterações necessárias junto ao assento do casamento das partes, com isenção de custas
8. DECIDIR pela condenação do demandado no pagamento das verbas de sucumbência, isto é, custas processuais e honorários advocatícios, estes na base de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação.
9. A partilha dos bens em comum do casal, conforme proposta apresentada, vez que a mesma se encontra em conformidade com ordem emanada do art. 1.658 do Código Civil
Protesta provar o alegado por todos os meios admitidos em direito, notadamente, depoimento pessoal do acionado, sob pena de confissão, juntada posterior de documentos, bem como, quaisquer outras providências que Vossa Excelência julgue necessária à perfeita resolução do feito; ficando tudo de logo requerido.
Dá à causa o valor de R$ 4.269.000,00 (quatro milhões, duzentos e sessenta e nove mil reais).
Nestes termos,
pede deferimento.
17 de março de 2021.
Araruama, Rio de Janeiro.
ADVOGADO
OAB n° 
.

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