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ARQUITETURA JAPONESA A arquitetura japonesa sofreu influência do clima e da geografia, mas também dos costumes, valores e virtudes de diversos povos, com as inúmeras invasões em seu território ao longo da história. Isso serviu para complementar suas preferências estéticas. Primeiro, com os xintoístas, budistas e outros seguidores de Lao Tsé – filósofo e escritor da Antiga China entre os séculos VII e VIII. Eles construíam templos acima do solo, em toras e vigas de madeira e telhado de sapê. Até o século IX, as construções japonesas eram muito semelhantes às chinesas, com cores fortes e materiais pesados. Depois disso, gradualmente, seu povo começou a desenvolver suas próprias expressões, optando por materiais mais leves e sem pintura, deixando de lado quase todas as características das construções estrangeiras. Infelizmente, esse quadro mudou com a chegada do século XVI, quando a arquitetura japonesa sofreu uma nova onda de influências, agora baseadas nas expressões artísticas europeias. A característica mais marcante da arquitetura tradicional japonesa é a intensa ligação com a natureza. Tudo era projetado para atrair boas energias, garantir conforto e transmitir sensação de harmonia aos seus habitantes. A maior parte dos elementos cooperava para que a edificação pudesse enfrentar bem as intempéries. Princípios como assimetria, simplicidade e contemplação também eram importantes. Era possível vivenciar os espaços tanto pela estética quanto pelo olhar. No andar térreo, uma plataforma estreita – a engawa, que lembrava uma varanda – circundava a edificação e fazia com a mesma parecesse intimamente ligada ao seu jardim. As aberturas externas – chamadas de shó-ji – consistiam em estruturas leves, feitas por finas barras de bambu e papel de arroz, inundando os interiores de luz suave e difusa. Elas eram protegidas por um tipo de “persiana de tempestade” – chamada de amado – que selava completamente a casa para a maior segurança e privacidade dos moradores. E o telhado, o elemento mais importante em funcionalidade expressão, fazia um belo contraste entre linhas curvas e retas. São exemplos de arquitetura tradicional japonesa: antigos santuários shinto, templos budistas, habitações, palácios, castelos, salas de chá e alguns edifícios institucionais, como prefeituras. Os espaços japoneses são muito bem pensados para se integrarem à natureza de maneira harmônica e sustentável. A preocupação não está só em utilizar plantas no interior, mas também em enaltecer o entorno. Por isso, janelas e varandas são projetadas para que o morador possa admirar a natureza próxima e aproveitar recursos como a iluminação e ventilação. Tudo isso é feito com grandes janelas e paredes de vidro, que podem ser aplicadas nas construções brasileiras com as mesmas funcionalidades. Materiais de estruturas leves, feitas por barras de bambu e papel de arroz. Provavelmente você já deve ter visto obras com a cor vermelha, mas ela só aparece em casas que tiveram moradores ricos. Devido a leveza dos materiais, as paredes eram apenas simples divisórias, pois não suportavam cargas maiores. Essas característica possibilitava maior flexibilidade aos ambientes – era possível deslocá-las e reconfigurar o local. O piso é feito de Tatami, um revestimento tradicional do país utilizado desde o Período Muromachi. Já as janelas das casas tradicionais eram feitas com o shoji, uma estrutura de madeira coberta por um papel translúcido. A simplicidade e a fluidez são características marcantes do interior das residências japonesas. O uso de cores claras, como branco, bege, marrom e cinza, deixa o ambiente agradável e refinado. As tonalidades são valorizadas com um bom jogo de iluminação e itens de decoração diferenciados, além de plantas e a própria marcenaria.O uso de madeira combinado com os tons claros deixa o ambiente aconchegante e, ao mesmo tempo, sofisticado. Em comparação com as casas brasileiras, no Japão as paredes são pouco (ou nada) valorizadas. A residência é toda integrada. Cozinhas, salas, escritórios, tudo em um só espaço. Assim, além de aproveitar cada cômodo, a residência fica mais fluida e funcional. A divisão dos ambientes pode ficar por conta de divisórias móveis, chamadas de “fusuma”, que funcionam como paredes deslizantes e são feitas de vários materiais, papel de arroz ou painéis de madeira, por exemplo. O resultado é uma casa adaptável para as necessidades diárias. JOÃO PEDRO NASCIMENTO THALES DOMINGUES https://blogdaarquitetura.com/conheca-as-peculiaridades-da-arquitetura- tradicional-japonesa/ https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/arquitetura-japonesa/ https://blogdaarquitetura.com/conheca-as-peculiaridades-da-arquitetura-tradicional-japonesa/ https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/arquitetura-japonesa/
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