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ESTUDOS SOCIOANTROPOLÓGICOS
DA EDUCAÇÃO
Prof. Cláudio Baptista Carle
Estudo das diversas formas de organização 
educativas. Reflexão teórico-prático de temáticas 
sobre: diversidade cultural afro-brasileira e 
indígena, identidade, direitos humanos e 
cidadania.
O contexto histórico e antropológico da diversidade étnico cultural brasileira é um 
universo de reflexão desses estudos e assim torna-se necessários buscar as 
identidades étnicas e suas fronteiras culturais. 
Racismo estrutural e institucional
 Caminhos para entender a sociedade
 Identidades indígenas e negras na sociedade 
 A educação para indígenas e afro-brasileiros
Racismo estrutural e 
institucional
O racismo estrutural e institucional impedem a construção de 
referência aos povos originários e aos afrodescendentes na 
constituição da sociedade brasileira. 
A violência e a discriminação contra as pessoas negras e indígenas, 
realizada pelos europeus e descendentes sustenta a idéia de 
“soberania racial”, onde os brancos europeus são colocados acima de 
todas as outras raças e etnias. 
Racismo Estrutural
As pessoas negras e indígenas são rejeitadas por sua cor ou 
etnia. Cristalizado o racismo na sociedade traz nos 
comportamentos e falas suas como formas mais explicitas 
(Paixão, 2020 [2021]). 
Racismo Institucional
É uma maneira incisiva de praticar o racismo estrutural e atua 
contra a integridade humana dos não europeus. O racismo 
institucional não é muito óbvio. A institucionalização do racismo 
pode ser vista a partir das atitudes dos agentes públicos e 
privados nas diversas instituições. 
Caminhos para entender a sociedade
O estudo antropológico e social é caminho para essa reflexão e reconhecimento da 
diversidade da sociedade e de cada comunidade escolar. 
Na cidade não há estruturas sociais fixas é de transações que mudam constantemente
Etnicidades são as categorias socialmente dotadas de valor político, social e econômico, que são 
negociadas no grupo étnico e fora dele. 
O sentimento de pertencimento a uma etnia é reconhecido pelo grupo e destacada como diferente 
por outro grupo
A etnicidade é relacional, a pessoa possui múltiplas identidades que são negociadas nos contextos 
das transações 
As fronteiras de etnicidade, depende do contexto e do interlocutor, para que a pessoa se identifique e 
assim as identidades não são definidas por critérios intrínsecos ou objetivos, mas resultado de 
negociações que criam fronteiras que distinguem as pessoas 
A sociedade é o conjunto social que agrega ações em redes ativas, é estável quando há uma 
separação dos grupos humanos de forma mais tácita e expressa na organização da sociedade, onde 
cada grupo ocupa um diferente nicho econômico e político, evitando conflitos, o que é comum em 
sociedades tradicionais 
A autoridade é fruto dos engajamentos que são transações, se serve para a obediência às autoridades 
constituídas em todas as sociedades tradicionais ou poliétnicas.
Os líderes informais, que estão lá por serem persuasivos. As pessoas se subordinam reconhecendo a 
ação do líder ou atoridade na transação.
A metodologia principal que se deve usar é a etnografia, segundo 
Barth (1988). 
O estudo socioantropológico em educação pode seguir esses 
parâmetros arrolados pelo autor e atuar no sentido de compreender, 
com base em dados empíricos, como se processa organização de 
nossa sociedade. 
Os estudos socioantropológicos não estão prontos, estão sempre em 
construção, pois o docente formado ao entrar em sala de aula, deve 
executar a etnografia de sua comunidade escolar.
A investigação deve sempre compreender o outro, a comunidade, suas 
diferenças e seus discursos, respeitando-os, trazendo-os para o 
universo escolar, fomentando a investigação a partir de parâmetros 
como os apresentados ou a partir dos parâmetros dos próprios grupos 
em conexão. 
Os estudos socioantropológicos se organizam numa perspectiva de 
articulação entre os conhecimentos construídos e sua aplicabilidade no 
contexto do profissional em educação.
Compreender as identidades na sociedade possibilita a 
transformação e combate a segregação
Quem são os indígenas e quem são as pessoas negras?
Para entender essas identidades relacionais é importante historiar suas 
existências e permanências na sociedade atual. 
Os indígenas
Os indígenas colocados aqui como um grupo único em realidade são múltiplos 
grupos. Os estudos indicam que os primeiros grupos humanos estão datados em 
sua chegada a região do estado, por volta de 12 mil anos atrás. 
Chegaram até o contato com os europeus e na atualidade:
Os Kaingangs que ocupam a serra e o litoral
Os Guarani que ocupam os vales dos rios e lagoas
Os Charruas/minuanos que ocupam as partes alagadas e pampa gaúcho
Outros grupos que se espalharam por todo o estado
Os indígenas hoje ocupam aldeias em espaços rurais e urbanos, áreas indígenas 
e reservas oficiais
Africanos, descendentes e os quilombolas
Arrastados para o RS sofrem a tentativa do europeu de desumanizar o 
ente cativo, para consolidar se uso como “se movente” nas atividades 
laborais, em todo o universo social da invasão até pelo menos os anos de 
1940, mas também foi um processo de reapresentação de uma África no 
Brasil, que pensão possa ser chamada de Pequena África.
Aprisionados criaram suas formas de vida nos espaços de convivência 
deixando suas marcas em objetos e lugares por todos os espaços onde 
estiveram e estão.
Ocupando todas as áreas laborais no passado e no presente reivindicam 
o reconhecimento na sociedade
Ainda no período das escravidão fugiram, criaram espaços de 
sociabilidades conhecidos como Irmandades, Terreiros, Mocambos e 
Quilombos, se revoltaram, resistiram e consolidaram essas áreas que se 
estenderam até a atualidade e foram essas comunidades conhecidas, na 
Constituição de 1988, como “remanescentes de quilombos”.
Os negros hoje ocupam espaços rurais e urbanos, como cidadãos 
relacionais ou como quilombolas
A educação para indígenas e afro-brasileiros
O processo de efetivação desses contextos educacionais 
são legitimados pela legislação internacional e nacional 
para educação, que traz fortemente o enfoque dos direitos 
originários, dos direitos humanos e da cidadania, para as 
populações tradicionais, povos indígenas, quilombolas e 
afrodescendentes. Nesse sentido compreender quem são 
essas comunidades, por se representarem sempre em 
grupo e não de forma individual deve ser levado em conta. 
Quando na sala de aula há um estudante negro ou um 
estudante indígena, não é um indivíduo que está ali, pois 
para essas sociedades a compreensão que eles possuem é 
que são eles parte de uma comunidade maior, de humanos 
e não humanos, de vivos e mortos e almas que ainda virão 
a viver. Assim há uma noção de um todo e não de um 
individual.

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