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AULA TOXICOLOGIA FORENSE

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Prévia do material em texto

AULA TOXICOLOGIA FORENSE – PROF.:. Marcelo S. Ferreira Conceitos, Discussões e Teoria sobre Toxicologia.
1º Definição sobre Toxicologia Forense.
---------- “Conjunto de conhecimentos aplicáveis na resolução dos problemas toxicológicos que se levantam em sede do Direito “ Gisbert Calabuig, 1958 
----------“Estudo e aplicação da Toxicologia ao Direito para encontrar a verdade em causas civis, criminais e sociais com o objectivo de que não se causem injustiças a nenhum membro da sociedade.” Paul Matte, 1970, modif. 
---------“ Aplicação da Toxicologia aos objectivos da Lei” Cravey & Baselt, 1981 
---------- “Apoia-se inseparavelmente na Toxicologia Analítica” Casarett & Doull’s, 1996
Campos de Aplicação da Toxicologia Forense
· Combate ao tráfico e produção da drogas ilícitas;
· Avaliação de alteração de desempenho;
· Avaliação médico-legal (post-mortem);
· Investigação do uso de armas químicas e terrorismo químico;
· Investigação de crimes de contaminação ambiental;
· Análise de produtos adulterados e contaminados.
“Assegurar a realização de perícias e exames laboratoriais químicos e toxicológicos no âmbito das atividades da delegação e dos gabinetes médico-legais que se encontrem na sua dependência, bem como a solicitação dos tribunais, da Polícia Judiciária, da Polícia de Segurança Pública, da Guarda Nacional Republicana da respectiva área e do Presidente do Conselho Diretivo”.
Vale enfatizar que a Toxicologia Forense não esta ligada somente a casos e processos criminais:
Exemplo de aplicação:
No caso do álcool:
O que se pode investigar em um caso como acidente ou algo parecido e que seja constatado a presença de álcool?
Lembramos que quantidade de álcool compromete as atividades psicomotoras.
Fatores motivacionais, individuais, situcionais....O consumo de álcool esta ligado a ofensas corporais, homicídios e agressões sexuais.
1 mg de álcool no ar expirado = 2,3 g de álcool em 1 L de sangue
Veja outros casos de aplicação da Toxicologia Forense:
Cinco anos da tragédia do leite chinês com melamina
Leia mais em: http://foodsafetybrazil.org/cinco-anos-da-tragedia-do-leite-chines-com-melamina/#ixzz4IprozKDL
Em 2008, o mundo ficou estarrecido com a que foi considerada uma das maiores tragédias em segurança de alimentos de todos os tempos: a descoberta do esquema de contaminação intencional do leite em pó e outros derivados de leite com melamina, na China, tendo vitimado milhares de bebês.
A melamina é uma substância química sintética, rica em nitrogênio (66,6% em peso), usada em resinas para a fabricação de laminados, plásticos, adesivos e outros. Na Europa e nos Estados Unidos, este composto não é aprovado como ingrediente ou uso direto em alimentos. O uso da melamina como adulterante ocorre em parte porque os métodos mais comuns utilizados para análise do teor de proteínas são indiretos, baseados na quantidade de nitrogênio, e não conseguem distinguir se o nitrogênio é de fonte proteica ou não. E isto traz resultados falsos de alto teor de proteína, proveniente de nitrogênio de qualquer fonte, fornecendo então um incentivo econômico para a adição ilegal de melamina no leite e em outros produtos alimentícios. 
Pó branco, cristalino e ligeiramente solúvel em água rica em nitrogênio (66,6%).
158 crianças com problemas renais graves,
1.327 hospitalizadas
4.917 crianças com sintomas leves
--------------------------------------------------------------------------------------------------- 
FARINHA LÁCTEA DA NESTLÉ PROIBIDA NOS EUA
Os Estados Unidos proibiram a comercialização, no país, do cereal Farinha Láctea, fabricado pela filial brasileira da Nestlé, ao detectar resíduos de um praguicida (pirimifósmetílico) organofosforado não aprovado no país
DROGAS DE ABUSO
Dependência Psíquica = Estado mental caracterizado por comportamentos compulsivos e obsessivos para o consumo de uma droga para obter prazer ou aliviar uma tensão.
Dependência Física = Exigência do organismo de consumir uma droga sob pena do aparecimento de uma síndrome de abstinência.
Tolerância = Propriedade do organismo à qual ele se adapta a algumas drogas, fazendo com que, com a repetição do consumo, sejam necessárias doses progressivamente crescentes para obter o mesmo efeito.
O que interessa ao Perito?
Mortes relacionadas com drogas: Isto é, a morte não é atribuída á droga, mas esta é um fator coadjuvante.
Mortes induzidas pó provocadas diretamente pelas drogas: Isto é, overdose, ação direta da droga.
Local da morte Isolamento = seringa perto ou ainda no braço, objetos relacionados (limão, colher, isqueiro,...)
	Características do indivíduo Antecedentes do indivíduo Clínica da intoxicação Sexo masculino, 3ª e 4ª décadas da vida, vida socioeconômica
Antecedentes do indivíduo Clínica da intoxicação Sexo masculino, 3ª e 4ª décadas da vida, vida sócioeconómica Período de abstinência prévio, consumo concomitante de álcool
Você já deve ter visto em filmes e seriados como CSI (Crime Scene Investigation) sobre:
O LUMINOL
Introdução
Existe muita tecnologia inverossímil em programas e filmes policiais: computadores que podem ampliar e realçar uma porção minúscula da cena de um vídeo; máquinas que podem isolar uma voz de fundo em uma gravação abafada em questão de segundos.
Quase tudo isto é pura ficção, inventada para tornar a trama mais empolgante. Mas um dos recursos mais interessantes da polícia, um produto químico especial que faz aparecer traços de sangue invisíveis, é completamente real.
O que o luminol faz?
Grande parte da investigação da cena do crime, também chamada criminalística, é baseada na noção de que nada desaparece sem deixar uma pista. Isto é particularmente verdadeiro no caso de vítimas de crimes violentos.
O assassino pode se livrar do corpo da vítima e limpar as manchas de sangue, mas sem alguns produtos químicos de limpeza pesada sempre haverá algum resquício. Minúsculas partículas de sangue se prenderão às superfícies que foram atingidas há anos, sem que ninguém jamais saiba que estavam ali.
O princípio do luminol é revelar estes traços com uma reação química geradora de luz entre diversas substâncias químicas e a hemoglobina, a proteína portadora do oxigênio no sangue. As moléculas se quebram e os átomos rearranjam-se para formar diferentes moléculas.
Nesta reação em particular, os reagentes (moléculas originais) têm mais energia que os produtos (moléculas resultantes). As moléculas se livram da energia extra sob a forma defótons de luz visível. Este processo, geralmente conhecido como quimiluminescência, é o mesmo fenômeno que faz com que os vaga-lumes e os bastões luminosos brilhem.
Os investigadores pulverizam uma área suspeita, apagam as luzes, fecham as cortinas e procuram por uma luz verde ou azulada. Se houver traços de sangue na área, essas luzes aparecerão.
A reação química
O produto químico principal nesta reação é o luminol (C8H7O3N3), composto em pó feito de nitrogênio, hidrogênio, oxigênio e carbono. Os criminalistas misturam o pó de luminol com um líquido contendo peróxido de hidrogênio (H2O2), um hidróxido (OH-) e outros produtos químicos e despejam o liquido em um borrifador.
O peróxido de hidrogênio e o luminol são os principais agentes da reação química, mas para que produzam um brilho forte, precisam de um catalisador para acelerar o processo. A mistura detecta a presença desse catalisador, no caso o ferro contido na hemoglobina.
Para executar um teste com luminol, os criminalistas pulverizam a mistura em qualquer lugar onde pode haver sangue. Se a hemoglobina e a mistura de luminol entram em contato, o ferro na hemoglobina acelera a reação entre o peróxido de hidrogênio e o luminol. Nesta reação de oxidação, o luminol perde átomos de nitrogênio e hidrogênio e adquire átomos de oxigênio, resultando em um composto denominado 3-aminoftalato.
A reação deixa o 3-aminoftalato em um estado de energia mais elevado, pois os elétrons dos átomos de oxigênio são empurrados para orbitais mais elevados. Os elétrons retornam rapidamente para um nível de energia menor, emitindo a energia extra em forma deum fóton. Com o ferro acelerando o processo, a luz brilha o suficiente para ser vista em um ambiente escuro.
Os detetives podem usar outros produtos químicos quimiluminescentes, como a fluorescina, no lugar do luminol. Estes produtos funcionam basicamente da mesma maneira, mas o procedimento é um pouco diferente.
Como os investigadores usam o luminol
Se o luminol revelar traços aparentes de sangue, os investigadores irão fotografar ou filmar a cena do crime para registrar a amostra. Normalmente, o luminol apenas mostra aos detetives que pode haver sangue na área, já que outras substâncias, inclusive água sanitária doméstica, podem fazer com que o luminol brilhe.
Os investigadores experientes podem fazer uma identificação confiável baseada na velocidade em que a reação ocorre, mas ainda precisam fazer outros testes para verificar se realmente se trata de sangue humano.
O luminol sozinho geralmente não resolve um caso de assassinato. É apenas mais um passo no processo investigativo. Mas ele pode revelar informações essenciais para fazer com que uma investigação possa avançar. Amostras ocultas de sangue, por exemplo, podem ajudar os investigadores a localizar o ponto de ataque e até que tipo de arma foi usada (uma bala faz o sangue espirrar de maneira diferente de uma faca).
O luminol pode também revelar leves marcas de sangue em sapatos, proporcionando aos detetives dados valiosos sobre o atacante e o que ele pode ter feito depois do ataque.
Em alguns casos, o luminol pode conduzir os investigadores a mais evidências. Se ele detecta traços de sangue em um tapete, por exemplo, os detetives provavelmente puxarão o tapete para descobrir sangue visível nas tábuas do assoalho.
O luminol é uma ferramenta definitivamente valiosa para o trabalho da polícia, mas não é predominante para a investigação do crime, como mostram alguns programas de TV. A polícia não vai entrando na cena do crime e pulverizando cada superfície visível.
O problema com o luminol é que a reação química pode destruir outras evidências na cena do crime. Por esta razão, os investigadores apenas usam luminol após explorarem as outras opções.
Agora responda:
4) Uma solução de luminol e água oxigenada, em meio básico, sofre uma transformação química que pode ser utilizada para algumas finalidades. Se essa transformação ocorre lentamente, nada se observa visualmente; no entanto, na presença de pequenas quantidades de íons de crômio, ou de zinco, ou de ferro, ou mesmo substâncias como hipoclorito de sódio e iodeto de potássio, ocorre uma emissão de luz azul, que pode ser observada em ambientes com pouca iluminação. 
a) De acordo com as informações dadas, pode-se afirmar que essa solução é útil na identificação de uma das possíveis fontes de contaminação e infecção hospitalar. Que fonte seria essa? Explique por que essa fonte poderia ser identificada com esse teste. 
b) Na preparação da solução de luminol, geralmente se usa NaOH para tornar o meio básico. Não havendo disponibilidade de NaOH, pode-se usar apenas uma das seguintes substâncias: CH3OH, Na2CO3, Al2(SO4)3 ou FeCl3.
Escolha a substância correta e justifique, do ponto de vista químico, apenas a sua escolha. 
Anote aí:
Na reação do luminol, está ocorrendo o fenômeno de:
Quimiluminescência, uma reação química que ocorre com liberação de energia eletromagnética na forma de luz.
Drogas:
 Toxicocinética da cocaína é assim:
· Cocaína – rota do tráfico – da América latina para o mundo; mulas (pessoas que atravessam a droga nas fronteiras; engolem; risco de overdose se estourar o saquinho); muito comum usar adulterantes (talco e pó de giz para dar volume; lidocaína – anestésico local como a cocaína = dá uma disfarçada); é muito difícil encontrar cocaína pura mesmo; forma de sal = cloridrato de cocaína; seu produto de biotransformação é a benzoilecgonina;
QUESTÃO:
A respeito dos efeitos do uso da cocaína, analise as afirmativas a seguir. 
I. O efeito excitante do sistema nervoso central provocado pela cocaína resulta de sua interação direta com receptores noradrenérgicos. 
II. A absorção sistêmica da cocaína aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca. 
III. A aspiração nasal de cocaína aumenta a circulação de sangue na mucosa nasal. 
IV. A cocaína aumenta a atividade do sistema nervoso simpático e melhora os sintomas da depressão. 
Assinale: 
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. 
(C) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
· Crack – base livre de cocaína (obtida a partir da adição de bicarbonato ao cloridrato de cocaína); forma fumada;
· Merla e freebasing – também são na forma de base livre e não sal como a cocaína;
· Maconha e produtos da Cannabis – a maior concentração de THC é nas influorescências e não nas folhas; o haxixe é a maconha de laboratório; a tendência é surgirem cada vez mais outros produtos da Cannabis com maior teor de THC; uma pergunta que fica é se o aumento do teor de THC poderia levar a risco de dependência e problemas psiquiátricos; Polígono da Maconha em Pernambuco (traficantes financiam a plantação de maconha por trabalhadores rurais miseráveis); há dois tipos de Cannabis (tipo droga e tipo fibra – pode ser usada para fazer tênis, bolsa, etc);
MACONHA - Erva cujo nome científico é Cannabis sativa (cânhamo), cujo princípio ativo é o delta-9-tetrahidrocanabinol (THC). Essa substância traz a sensação de bem-estar, relaxamento e vontade de rir, mas pode causar angústia no usuário, bem como a perda da capacidade de calcular tempo e espaço e prejuízo da memória e da atenção. Os olhos ficam avermelhados, a boca fica seca e o coração dispara e, com o uso continuado leva a problemas respiratórios (bronquites) e pode causar infertilidade no homem.
A maconha é fumada em forma de cigarro (“fininho”) com o auxílio ou não de uma espécie de piteira conhecida como “marica”. Existe uma resina que é extraída da maconha e que também é fumada, conhecida como haxixe. “Skunk” é maconha cultivada em estufas especiais e que possui alta concentração de THC.
· Metanfetamina – é sintetizada a partir da adição de ácido iodídrico e fósforo à efedrina; síntese relativamente fácil; problemas: utiliza substâncias inflamáveis (perigo de explosão) e geração de resíduos; rota do tráfico: da Europa pro mundo; 
· Ecstasy – sintetizado a partir do isosafrol (usado em fragrâncias); também possui impurezas (precursores, subprodutos e adulterantes);
O Ecstasy, cujo princípio ativo é a substância 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA), é uma droga que causa uma série de efeitos adversos ao organismo, que podem ser classificados de acordo com o tempo e dose utilizados, ou com o mecanismo de ação e o sistema afetado. Essa droga atua sobre o sistema nervoso central, aumentando a secreção de serotonina, dopamina e noradrenalina em neurônios pré-sinápticos, além de impedir a destruição desses neurotransmissores pela enzima monoaminoxidase (MAO). O aumento da síntese de dopamina promove ativação dos centros de prazer dependentes de dopamina no cérebro. Entre os efeitos tóxicos mais freqüentes da droga estão a dificuldade de concentração, a depressão, a insônia, os ataques de pânico, a psicose, a hipertermia e a rabdomiólise. Tais sintomas precisam ser tratados rapidamente.
ECSTASY - É uma anfetamina modificada, mas não age como uma, porque libera dopamina diretamente no núcleo acumbente cerebral, sem reabsorvê-la. Como a cocaína, impede a reabsorção da dopamina e essa ação é tão duradoura que o prazer pode se prolongar por horas. A droga age também em vários outros lugares do sistema límbico, inclusive o hipotálamo, que regula funções vitais.
Como efeitos colaterais incluem-se taquicardia, hipertensão, convulsões, trombose, hemorragia cerebral, hipertermia (elevação da temperatura corporal acima de 40ºC), boca seca, muita sede (o usuário pode vir a ingerir até mais de 10 litros de água de uma sóvez), diminuição de apetite, atenção dispersa, episódio de pânico, irritabilidade, ansiedade que podem levar à morte súbita.
· Heroína e morfina – não tem muito no Brasil, é mais na Europa e Ásia; a heroína é sintetizada a partir da morfina, extraída da papoula.
ANFETAMINAS - Conhecidas como “bolinhas” ou “rebites”, são drogas sintéticas estimulantes que provocam insônia, perda de apetite e a sensação de plena energia, o que faz com que o usuário fale mais rápido que o habitual. Ocorre a dilatação das pupilas (midríase), bem como o aumento do número de batimentos cardíacos (taquicardia) e podem causar degeneração de células do cérebro.
LSD-25 - Dietilamida do ácido lisérgico é uma substância alucinógena sintetizada em laboratório (a partir da substância produzida pelo fungo conhecido como “esporão do centeio”). Causa distorções perceptivas nas cores, formas e contornos, provocando fusão dos sentidos (cinestesia) na qual os sons parecem adquirir formas que ficam coloridas. A noção de tempo e espaço é perdida. O LSD-25 tem poucos efeitos no corpo: o pulso pode ficar mais rápido, as pupilas dilatarem e a pessoa sentir excitação. Interessante desta droga é que pode causar “flashback”, ou seja, seus efeitos podem ser sentidos semanas, meses ou mesmo anos depois dela ter sido consumida. Na forma de pontos (microgramas da droga) ou selo (papel seco geralmente estampado
Canabinóides Alucinogénico
– Efeitos a nível do Sistema Cardiovascular b) – Efeitos a nível Metabólico c) – Efeitos a nível do Sistema Pulmonar d) – Efeitos a nível da Visão e) – Efeitos a nível do Humor f) – Efeitos a nível da Percepção g) – Efeitos a nível das Capacidades Cognitivas e Psicomotoras h) – Efeitos a longo prazo do Consumo Crónico i) – Tolerância, Dependência e Efeitos Refractários
Fármacos mais detectados nas intoxicações forenses Psicotrópicos = Barbitúricos Antipsicóticos (ex: haloperidol) Ansiolíticos (ex: benzodiazepinas) Hipnóticos não barbitúricos Antidepressivos (IMAO, tricíciclos) 
Antipiréticos e Analgésicos = AAS e derivados Paracetamol
Abuso de substancias psicoativas
· As complicações dependem de: dose, freqüência, forma administração, etc;
- Complicações locais:
· Septo nasal – cocaína – inflamação, necrose, perfuração de septo;
· Estigmata no local aplicação – braços, pernas, barriga, outros locais não visíveis de roupa;
· Sinais de injeção intravenosa – equimoses (porque as pessoas não sabem aplicar direito, ou mesmo pelo efeito da droga não tem muita coordenação e há o extravasamento);
· Queimaduras na boca e estrago nos dentes – crack, ice;
· Hepatite e cirrose – álcool;
· Complicações pulmonares – drogas fumadas e cocaína (vasoconstrição, danos isquêmicos, congestão pulmonar);
Cadeia de Custódia em Toxicologia Forense
A Cadeia de Custódia é um processo de documentar a história cronológica da evidência, esse processo visa a garantir o rastreamento das evidências utilizadas em processos judiciais, registrar quem teve acesso ou realizou o manuseio desta evidência. Se faz necessária em todas as atividades profissionais onde possa ocorrer situações que resultem em processos judiciais
CADEIA DE CUSTÓDIA: sistemática de procedimentos que visa à preservação do valor probatório da prova pericial caracterizada.
QUESTÃO:
Em relação à cadeia de custódia, assinale a afirmativa correta. 
(A) A cadeia de custódia envolve as pessoas que analisam as evidências do crime. 
(B) A cadeia de custódia é o método analítico das substâncias envolvidas no crime. 
(C) A cadeia de custódia é utilizada para garantir a identidade e a integridade da amostra em todas as etapas do processo. 
(D) A cadeia de custódia é o procedimento de estocagem das evidências. 
(E) A cadeia de custódia são os indivíduos que participam na análise de processos. 
O TOXICOLOGISTA FORENSE E A ANÁLISE TOXICOLÓGICA
Vestígio é todo objeto ou material bruto constatado e/ou recolhido em um local de crime para análise posterior.
Evidência é o vestígio depois de feitas as análises, onde se constata técnica e cientificamente a sua relação com o crime.
Indício é uma expressão, utilizada no meio jurídico, que significa cada uma das informações (periciais ou não) relacionadas com o crime.
QUESTÃO:
A respeito do acondicionamento de amostras para exame, analise as afirmativas a seguir. 
I. Fluído seco de sangue, esperma, urina ou saliva depositada em superfícies planas e lisas pode ser coletado por
raspagem, por meio de espátula ou lâmina de bisturi, e armazenado a –20o C em envelope de papel escuro. 
II. No caso de vestígio contido em carpete ou madeira, um pedaço deve ser cortado, armazenado em envelope de papel escuro e guardado sob refrigeração. 
III. Tecidos biológicos ou órgãos devem ser armazenados em recipientes próprios e guardados a –20oC. 
IV. No caso de tecidos orgânicos, devem ser coletados dois fragmentos com dimensão aproximada de 1 cm3. 
Assinale: 
(A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(B) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. 
(C) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas. 
(D) se somente as afirmativas I, II e III estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Análise toxicológica:
O que é? Para que serve? Como se verifica?
Foram colhidas as amostras realmente necessárias? 
E foram colhidas corretamente? De certeza que pertenciam ao Senhor Gustavo? 
Não foram adulteradas até chegar ao laboratório? 
Estão em boas condições para análise?
A escolha das amostras, a colheita ou o modo como são colhidas, o acondicionamento e o transporte são etapas determinantes e eventualmente condicionantes dos resultados da perícia toxicológica.
Os órgãos e tecidos que são mais perfundidos são os que terão alta concentração de drogas – sangue, fígado, rins e cérebro.
· SANGUE – espécime de escolha para detectar, quantificar e interpretar => correlacionar com efeitos.
No indivíduo vivo, tanto faz qual sangue coletar, porque está circulando. No postmortem faz diferença. Há dois sangues bons para serem coletados:
- cavidade cardíaca – mais fácil, mais abundante, usualmente coletado – nem sempre é o melhor porque sofre muito o a Redistribuição Postmortem (RPM);
- veia femoral – menos susceptível à RPM.
RPM – vai da região mais concentrada de fármaco para a menos concentrada; o sangue da cavidade cardíaca recebe do fígado e pulmões (muito); já da veia femoral, só recebe de tecido adiposo e músculos próximos (pouco). A RPM não é uniforme para todos os fármacos/drogas – os que possuem volume de distribuição maior, terão maior RPM; os lipossolúveis terão maior RPM que os hidrossolúveis, porque ficam armazenados no tecido adiposo e depois da morte são redistribuídos; os hidrossolúveis sofrem menos RPM, mas sofrem (ex.álcool). Se a RPM não for considerada, os valores poderão ser superestimados.
· Etanol – após a morte, pode haver formação microbiana de etanol por fermentação (pode confundir os toxicologistas). O substrato utilizado é a glicose e/ou piruvato. As bactérias podem vir do próprio organismo (ex.intestino). Traumas (no intestino), temperatura elevada e hiperglicemia (bastante substrato) favorecem essa formação. Para eliminar a possibilidade de álcool produzido postmortem, há estratégias: se a produção foi microbiana, provavelmente (não sempre) há outros álcoois (isopropílico, propílico); analisar amostras menos susceptíveis a essa produção (por terem pouco ou menos substrato) – humor vítreo, urina (não vale para diabetes mellitus);
· URINA – retirada diretamente da bexiga; tem os mesmos valores que para vivos;
· HUMOR VÍTREO – depois de retirado do olho, pode injetar de volta solução fisiológica (para conservar o olho); útil para corpos em putrefação e na questão do etanol produzido ou não por bactérias. Há controvérsias sobre a correlação da concentração no humor vítreo com a sanguínea. Porém, independente da concentração, a evidência qualitativa também é importante.
· BILE – muitas substâncias têm maior concentração na bile do que no sangue;
· CONTEÚDO GÁSTRICO – a via oral é a principalvia de intoxicação. Overdose por drogas, overdose de “mulas” (atravessadores de drogas), às vezes é possível encontrar comprido ou cápsulas inteiras, odor característico (ex.cianeto – amêndoas amargas);
· VÍSCERAS – fígado, rins, cérebro, pulmões e baço. Úteis em corpos em decomposição. A limitação é que podem não existir valores de referência, como há para o sangue;
· CABELO – exposição crônica (não para aguda); metais pesados, arsênico, alguns medicamentos;
· LARVAS – aparecem 1-2 dias após a morte. BDZs, ADTs, opiáceos, etc.
MÉTODOS ANALÍTICOS
· GC MS
· LC MS/MS
· HPLC UV
· RMN de proton
· FTIR espectrometria
· Cromatografia micelar
· Eletrocinética -MEKC
· Analise voltamétrica com eletrodos
QUESTÕES:	
1) A determinação do tempo de morte, o estudo da cronotanatognose, pode ser realizada por diversas 
metodologias. A mais clássica é a avaliação dos fenômenos cadavéricos, que são alterações que ocorrem no corpo após a morte. Entre essas alterações, está o rigor mortis, que se inicia, em média, de 2 a 4 horas após a morte e desfaz-se de 12 a 24 horas após o início do processo. O rigor mortis é um período de contração muscular intensa em decorrência de alterações químicas na musculatura, em especial a hidrólise do ATP do tecido muscular. 
 Com relação a esse assunto, assinale a alternativa correta. 
 
(A) A hidrólise do ATP nas células musculares ocorre nos filamentos de troponina. 
(B) Em células musculares lisas, não são visualizadas estriações transversais ao microscópio de luz, pois, nelas, não existem filamentos de miosina. 
(C) A nergia do ATP é utilizada na contração muscular para retornar a cabeça da molécula de miosina e liberar o filamento de actina, voltando ao estado de relaxamento. 
(D) A contração de células musculares associadas ao tubo digestivo é dependente de íons cálcio armazenados em cisternas de retículo endoplasmático granular. 
(E) As células musculares estriadas, cardíacas ou esqueléticas, e as lisas apresentam no citoplasma resíduos de material parcialmente digeridos pelos lisossomos que sinalizam a idade da célula.
	hipóstase cadavérica
1. Conceito
São alterações que ocorrem no animal após a constatação da sua morte clínica.
2. Importância
É através das alterações cadavéricas que se pode identificar o tempo de morte do animal assim como definir se determinada alteração ocorreu antes da morte ( ante-mortem ) ou após a morte ( pós-mortem ).
 Ligor mortis ou hipóstase cadavérica
- Lividices ou manchas hipostática: São manchas em uma área em contato com uma superfície por um grande período de tempo. Ocorre de 2 a 4 hs após a morte. Este processo começa a se desfazer 12 a 24 hs após o rigor mortis.
i.          Rigor mortis ou rigidez cadavérica
Tem inicio em 2 a 4 hs após a morte e se desfaz de 12 a 24 hs após ter se iniciado. É dividido em três fases:
- Fase de pré-rigor: Período após a constatação da morte clínica em que ainda há tecidos e órgãos vivos.
Nesta fase a transformação da energia de reserva ( glicogênio )  em ATP. Sem a oxigenação há o aumento da  produção de ácido lático, o que diminui o pH ( 5.0 – 5.5 ).
A interação da actina com a miosina ainda com ATP mantém o músculo relaxado.
-  Fase de rigor: Período de contração muscular intensa.
-         Fase pós-rigor: Período onde predominam os fenômenos líticos, promovendo a destruição do complexo actina/miosina e assim promovendo o relaxamento muscular.
2) Apesar do amplo conhecimento dos fenômenos cadavéricos, observa-se uma grande variabilidade com 
relação ao tempo de aparecimento desses fenômenos, pois estes sofrem influência de inúmeros fatores, sejam eles externos ou intrínsecos. Por isso, alternativas para estimar o tempo de morte vêm sendo buscadas e, entre elas, está a entomologia forense. Um caso resolvido com essa metodologia foi a de um menino desaparecido, que foi encontrado em avançado estado de putrefação e, associadas ao corpo e às roupas do menino, foram encontradas duas larvas vivas identificadas como Hermetia illucens (L.) 
(Diptera, Stratiomyidae), espécie que nunca havia sido relatada em investigação forense na América Latina. Com as análises subsequentes, foi possível estimar o tempo de morte do menino e propor uma linha de tempo dos fatos relacionados à morte. 
 J. R. Pujol-Luz et al. The black soldier-fly, hermetia illucens (diptera, stratiomyidae), used to estimate the postmortem interval in a case in Amapa State. Brazil: Journal of Forensic Sciences, v. 53, p. 476-8 (com adaptações). 
 
Em casos que envolvem morte, como o relatado no texto, exemplos de famílias de insetos que são encontradas com mais frequência e em maior número são 
(A) Blattidae e Viperidae. 
(B) Blissinae e Apidae. 
(C) Phytoseiidae e Libellulidae. 
(D) Scarabaeidae e Calliphoridae. 
(E) Ephemeridae e Cancridae. 
	Entomologia forense é a aplicação do estudo da biologia de insetos e outros artrópodes em processos criminais. A entomologia forense é mais comumente associada a investigações de morte, ajudando a determinar local e tempo dos incidentes de acordo com a fauna encontrada no cadáver e o estágio de desenvolvimento desta. A Entomologia forense pode ser dividida em duas subcategorias: urbana e médico-legal.Existe no Brasil uma Rede Nacional de Entomologia Forence onde casos como morte de Isabela Tainara, de 14 anos pôde ser solucionado com o auxilio da investigação de moscas e besouros decompositores,nos laboratórios de biologia da UNB.
Moscas são, muitas vezes, as primeiras a chegar ao local. Elas preferem um cadáver úmido para as larvas se alimentarem, dado que o cadáver é para elas mais fácil alimentam-se. As famílias mais importantes são:
moscas da Família Calliphoridae
moscas da Família Fanniidae
moscas da Família Heleomyzidae
4) O lança-perfume é uma droga de comércio ilegal no Brasil, composta principalmente de cloreto de etila. A polícia civil de vários estados registra casos cada vez mais frequentes de apreensões dessa droga, contrabandeada da Argentina, onde sua produção é liberada. As afirmativas a seguir referem-se a esse e a outros agentes tóxicos voláteis. Assinale a alternativa correta a respeito desse assunto. 
 
(A) Praticamente todos os hidrocarbonetos voláteis são depressores do sistema nervoso central. 
(B) A exposição crônica a altas doses de benzeno causa uma série de tipos diferentes de neoplasias, exceto a leucemia mieloide aguda (LMA). 
(C) A exposição aguda a altas doses de tolueno causa euforia, sensação de bem-estar, analgesia e estado de alerta. 
(D) O cloreto de etila apresenta banda intensa de absorção no espectro do infravermelho na região ao redor de 2.000 cm-1. 
(E) O clorofórmio, após exposição voluntária por inalação, é biotransformado principalmente por enzimas da família das desidrogenases.

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