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John Locke - trabalho filosofia

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Colégio Planck
John Locke
Por:
Henrique Kikko Miyagusuku, João Pedro Schmidt,
Gabriel Franco, Pedro Gonçalves, Davi Takahashi, Paulo
Sá e Mateus Britez.
1º ano C
Sumário:
1- Uma breve biografia de John Locke
2- A visão de John Locke sobre ética e a justiça
3- A relação entre ética e justiça na atualidade
4- Relação entre a ética e justiça atuais com a visão de John Locke
1- Uma breve biografia de John Locke
John Locke foi um importante filósofo inglês, sendo considerado o principal
representante do empirismo britânico, um dos ideólogos do liberalismo e do
iluminismo e um dos principais teóricos do contrato social.
Como representante do individualismo liberal, defendeu a monarquia constitucional
e representativa, que foi a forma de governo estabelecida na Inglaterra, depois da
Revolução de 1688.
John Locke nasceu em Wrington, Somerset, Inglaterra, em 29 de agosto de 1632 e
era filho de um proprietário de terras e advogado, que serviu como capitão de
cavalaria.
Estudou medicina, ciências naturais e filosofia na Universidade de Oxford, uma das
mais conceituadas instituições de ensino superior da Inglaterra, estudando
especialmente as obras de Francis Bacon e René Descartes.
Foi professor da sua antiga universidade, onde deu aulas de grego, filosofia e
retórica.
Em 1668, John Locke tornou-se membro da Academia Científica da Sociedade Real
de Londres, onde realizou diversas pesquisas. Foi amigo e colaborador do cientista
Robert Boyle. Como sua especialidade era a Medicina ele manteve relações com
importantes cientistas da época, entre eles, Isaac Newton. Entre 1675 e 1679
residiu na França em missão diplomática.
Em 1683, após a Revolução Gloriosa na Inglaterra, mudou-se para Holanda,
retornando para a Inglaterra somente em 1688, após o restabelecimento do
protestantismo. Com a subida ao trono de Guilherme III, príncipe de Orange, Locke
foi nomeado ministro do Comércio, em 1696. Ficou neste cargo até 1700, onde
precisou sair por motivos de saúde.
Locke faleceu em 28 de outubro de 1704, Harlow, no Condado de Essex,
Inglaterra.
2 - A visão de John Locke sobre a ética e a justiça
Criador do liberalismo político, o filósofo contratualista John Locke apresentou uma
visão diferente a respeito do contrato social de Thomas Hobbes, pois segundo ele, o
contrato social proposto por Hobbes dava muito poder ao estado, que se fosse
absoluto, privaria os indivíduos de seus direitos naturais básicos, como a sua
propriedade privada e a sua liberdade. Para Locke, este contrato social deveria ser
uma legitimação das relações entre o estado e a sociedade,e nele promoveu os
conceitos de: Esfera Privada, que é o espaço íntimo e de proteção do âmbito
individual; e de Esfera Pública, cuja única função é garantir a proteção da Esfera
Privada, ou seja, o estado teria como função garantir, por meio de leis, a liberdade e
a vida privada, algo que se diverge muito da realidade política de seu tempo.
Partindo para a filosofia de Locke, ele foi conhecido por ser um empirista, ou seja,
todo e qualquer conhecimento só pode ser adquirido por meio de experiências
práticas, de forma que a intensidade e a frequência afetam a profundidade e a
“qualidade” do conhecimento que certo indivíduo possui.
“O homem é uma tábula rasa”
- LOCKE, john
2.1-O estado de natureza
Locke descreve o estado de natureza como um ambiente onde não existe governo
exercendo poder sobre as pessoas. Sendo assim, cada um está livre para decidir
suas ações, condutas e colocar a disposição tudo que possui da forma que achar
correto ou conveniente, sem estar vinculado a nenhuma outra vontade ou permissão
para agir de tal forma. Dessa maneira, não existe poder concentrado ou algo que
proporciona mais poder a alguém, sendo esse estado uma pressuposição a perfeita
liberdade e igualdade.
O homem é o senhor e amo de todas as suas manifestações, mas também é
igual aos outros, que são criaturas da mesma espécie e posição, sendo assim,
independentes, iguais e livres, para dentro dos limites da lei da natureza decidir,
conforme já exposto, suas ações, disporem de seus bens e regularem as demais
pessoas. No entanto, John Locke afirma que mesmo estando em um estado de
perfeita liberdade e igualdade, o homem não pode destruir a natureza em prol da
sua liberdade ilimitada ou para preservar a si próprio. Desse modo, Locke entende
que o estado de natureza, mesmo sendo um ambiente onde não possui regras, está
submetido a algumas leis de responsabilidade dos próprios homens, que são as
leis da natureza: Não prejudicar a outrem em suas vidas,
saúde, liberdade ou posses.
Na hipótese de algum indivíduo estar violando deliberadamente as leis naturais,
ele torna-se perigoso para a humanidade, pois está ao mesmo tempo ofendendo a
liberdade e a igualdade.
O homem age de acordo com suas paixões, portanto não conseguirá julgar as
ações de outros indivíduos com total imparcialidade, tornando-se um grande
inconveniente para a harmonia e a justiça no convívio em comunidade. Para
contornar tal problema e trazer uma expectativa de justiça, os indivíduos elaboram
um pacto social para criar uma sociedade organizada politicamente. John Locke
chama esta sociedade politicamente organizada de governo civil, que
surge pelo pacto entre as pessoas, que consentem em abdicar as suas liberdades
irrestritas pela submissão da lei clara e conhecida por todos; de um juiz imparcial
para aplicá-las; e de um poder legítimo para dar apoio às sanções, pois somente
desta forma as suas vidas, liberdades e bens poderão ser garantidas.
3- A relação entre ética e justiça hoje em dia.
Em seu primeiro momento de reflexão, a ética refere-se à “norma”, liberdade e
responsabilidade.
A norma por sua vez diz a respeito à como devemos agir e como não devemos
agir, sendo assim portanto, inviável a transformação da norma em algo mecânico ou
automático, o que justifica a responsabilidade e a liberdade, sendo o ponto em que
cada indivíduo possui o próprio ponto de vista e perspectiva perante uma mesma
situação.
Hodiernamente, a ética é uma palavra comum a se dizer em todo o mundo, uma
vez que ela abranja diversos pontos do cotidiano dos cidadão, tais como a escola, a
família, o trabalho, a economia, e o ambiente social e político.
Um hábito também comum que apesar de ter sido amenizado na maior parte do
mundo com o passar do tempo, ainda vem sendo muito realizado e comentado na
atualidade, e que, ao mesmo tempo é considerado "errado" de acordo com a ética,
é o preconceito, o qual é o ato de julgar a pessoa de acordo com si mesmo, sem
olhar o outro lado da moeda. Com essa ação, acaba existindo vários protestos para
lutar contra o tal preconceito.
Outro ponto atual em que se pode observar a ética é no meio político. Um
exemplo é a má e irresponsável administração de gestores políticos, que muitas
vezes desrespeita leis e princípios fundamentais da civilidade e convivência em
comunidade, visando não o bem-estar da população, mas sim o benefício próprio ou
de um grupo seleto de pessoas em busca de poder, cargos políticos ou capital
financeiro. Um exemplo clássico e já de conhecimento popular que há tempos vem
sendo amplamente debatido e que ainda se mostra merecedora de tamanha
notoriedade é a corrupção.
A Justiça abrange conceitos em que há uma relação aos termos morais, que cuidam
de questões como igualdade de direitos, solidariedade coletiva e direitos básicos.
Por outro lado, a justiça refere-se ao Poder Judicial e à pena ou ao castigo público.
Desta forma, quando a sociedade “pede justiça” perante um crime, o que faz é pedir
ao Estado que garante que um crime seja julgado e castigado com a pena
merecida, de acordo com a lei vigente no momento do julgamento.
Pode-se afirmar que o fundamento cultural (baseando-se em um consenso social
sobre o bem ou o mal) e um fundamento formal (codificado em disposições escritas
aplicadas por juízes ou pessoas designadas).
Referente ao poder judicial, uma questão que tem sido questionada é a da Justiça
social na qual, parte do princípio de que todos osindivíduos de uma sociedade têm
direitos e deveres iguais em todos os aspectos da vida social, sem distinção por sua
raça, sexo, origem, condição financeira, entre outras pré-disposições.
Portanto, ao tratarmos do conceito de justiça, devemos tomar o cuidado de observar
que este se trata de um conceito normativo, ou seja, refere-se às normas e regras
instituídas.
4- Relação entre a ética e justiça atuais com a visão de John Locke
Os debates sobre ética e justiça estão cada vez mais presentes na sociedade,
porém eles já existiam a muito tempo exemplo disso são as teorias disseminadas
por John Locke ainda no século XVII, como mostrado nos tópicos anteriores. As
ideias de Locke ainda podem ser encontradas presentes na sociedade moderna,
assunto que será mostrado por meio das aplicações de suas teorias de forma
correta ou incorreta nos parágrafos seguintes.
Uma das principais Idéias de John Locke no campo jurídico era com na base no
pensamento contratualista que ganhou muita força na Inglaterra no século XVII. A
filosofia lockeana sobre este contrato acredita que para que ele seja legítimo é
necessário o consentimento do povo sobre ele, além de que sua finalidade seria
garantir os direitos individuais e naturais do homem, sendo estes: vida, liberdade e
propriedade. O debate sobre como o governo está assegurando esses direitos se
mostram cada vez mais frequentes na sociedade com o surto do vírus Sars-Cov 2.
Limitando-se ao Brasil vemos uma briga política entre o presidente e os
governadores sobre tal questão, os representantes estaduais se aproximam de
ideias de Thomas Hobbes, que defendia que o indivíduo trocasse sua liberdade por
segurança, já o chefe o representante da federação se encontra buscando
assegurar o direito humano da liberdade, mesmo que por meio disso alguns
perdessem a vida, o que se implica a outro direito natural. Com base nas ideias de
John Locke é legítimo as diversas manifestações que acontecem tanto contra os
governadores, quanto contra o presidente da república.
Locke diferentemente de Thomas Hobbes defendia que os cidadãos pudessem
contestar os governos em caso de discordância, se nos aprofundarmos nisso é
perceptível que essa pode ser uma das principais razões da Covid-19 ter tornado-se
uma pandemia, tendo em vista a ditadura vivida na China, estabelecida pelo Partido
Comunista Chinês, o PCC, ser responsável pela censura da mídia, e a não
liberdade do povo de questionar o governo, o que acabou ocasionando na
perseguição e ameaça do médico que tentava alertar sobre o coronavírus. Existem
exemplos de censuras às críticas feitas sobre o governo no Brasil também,
principalmente por parte do judiciário, como por exemplo o caso em que o ministro
Alexandre De Moraes tentava censurar a revista Crusoé por críticas feitas ao
ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, outro exemplo de tentativa de
censura por parte do STF é a abertura do inquérito criminal para apurar notícias
falsas e ataques feitos a ministros da corte, o que acaba violando a liberdade de
expressão do indivíduo quando referente à críticas direcionadas à corte.
Uma vez abordando estudos a respeito de John Locke, mostra-se impossível não
comentar primeiramente sobre a sua filosofia política, uma vez que se monstrando
notável sua defesa referente a separação dos 3 poderes, sendos estes: legislativo,
executivo e judiciário, na qual ambos poderes são feitos para que haja um equilíbrio
entre ambos e também para que se possam vigiar e garantir que não haja notáveis
erros de outros poderes, dentro de suas respectivas funções. No Brasil a discussão
e crítica da grande interferência de um poder sobre o outro, como por exemplo, a
recente intervenção de Alexandre de Moraes sobre a nomeação do novo diretor da
PF (polícia federal), assim como caso as acusações do ex- ministro Sérgio Moro se
concretizem estaríamos vendo uma interferência do presidente Bolsonaro mesmo
que não diretamente a um dos 3 poderes, mas a outro órgão que deve ter
autonomia e liberdade como a Polícia Federal.
Ao observamos os pensamentos de John Locke em relação à ética humana,
observamos sua profunda crença em de que por meio da educação o ser humano
deve se buscar a formação do gentil -homem, ou seja aquele capaz de agir com
base na razão, Locke acreditava que as capacidades individuais deveriam ser
desenvolvidas desde cedo pelos seres humanos, assim estimulando a formação de
bons hábitos. Ele também acreditava que a formação moral do indivíduo era de
suma importância, podendo relacionar-se com os novos métodos adotados por
diversas escolas, tendo em vista estimular áreas socioemocionais de seus alunos.
Assim é possível perceber que mesmo algo pensado e escrito a aproximadamente
300 anos atrás pode sim ter uma relação com os momentos vividos no presente e
que ainda temos muito a assimilar do conhecimento de Locke para que possamos
viver em uma sociedade cada vez melhor.

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