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OSTOMAS Profa. Dra. Janaina Paulini ESTOMA = "BOCA OU ABERTURA” ✓É a exteriorização de víscera oca, como traqueia, estômago, intestino e vias urinárias. FINALIDADES: ✓Alimentação ou eliminação de líquidos e efluentes fisiológicos ✓Caráter temporário ou definitivo Tipos de Estomas DIGESTIVAS Faringostomia Esofagostomia Gastrostomia Jejunostomia Ileostomia Colostomia RESPIRATÓRIAS Traqueostomias pleurostomias URINÁRIAS Nefrostomias Ureterostomia Cistostomias Pielostomia Vesicostomia ESTOMAS RESPIRATÓRIOS Problemas congênitos (traqueomalacia, estenose de glote, síndromes genéticas(Pierre Robin, Triecher Collins) Síndrome da apnéia obstrutiva do sono Aspirações relacionadas a problemas musculares ou sensórios Profiláxia (oncologia) Lesões cervicais, lesões de colunba com paralisia muscular ESTOMAS RESPIRATÓRIOS Necessidade de suporte respiratório prolongado Redução do espaço morto e otimização de ventilação mecânica Doenças neuromusculares que enfraqueçam ou paralizem os musculos respiratórios e o diafragma Tumores, estenoses, corpo estranho, falha de intubação Melhorar a qualidade de vida (mobilidade, fala, alimentação) ESTOMAS RESPIRATÓRIOS • Tubos sem cuff • Tubos com cuff ESTOMAS RESPIRATÓRIOS ESTOMAS URINÁRIOS ESTOMAS URINÁRIOS ESTOMAS URINÁRIOS ✓ Fluxo contínuo – bolsa urinária imediatamente após cirurgia ✓ Estoma úmido e avermelhado (*crianças) ✓ Troca dispositivo: variável, 3-7 dias (bolsas) ou 4 semanas (cateter) ✓ Manter gaze na abertura do estoma durante medição, limpeza da pele periestoma e troca da bolsa ✓ Usar água morna e compressa, não esfregar pele, deixar seca RISCO de INFECÇÕES ! Posicionamento incorreto da bolsa Grandes volumes de urina na bolsa Bolsa urinária sem válvula antirrefluxo UROSTOMIAS - CUIDADOS DE ENFERMAGEM Observar o estoma quanto a cor, edema, trauma e cicatrização da pele periestoma. ✓Medir o estoma ✓Traçar o modelo do estoma no adesivo da barreira ✓Cortar a abertura na barreira protetora de pele de pele ✓Remover a parte protetora de trás da superfície do adesivo Aplicar a bolsa. Pressionar a barreira adesiva firmemente no lugar ao redor do estoma e extremidades. Solicitar que o paciente segure a mão sobre a bolsa por um a dois minutos para aplicar calor e assegurar a vedação. Sistema bolsas de urostomia ESTOMAS URINÁRIOS ESTOMAS URINÁRIOS Cistostomia: realizada direto na bexiga. Nefrostomia: drenagem direto do rim ESTOMAS URINÁRIOS Ureteroenterostomia: parte do intestino é utilizada para um novo reservatório. Ureterostomia: drenagem direto dos ureteres GASTROSTOMIAS Gastrostomia e Jejunostomia Gastrostomia: Acesso à luz do estômago pela parede abdominal Técnica de inserção da sonda de gastrostomia: via endoscópica percutânea, inserida durante a visualização endoscópica do estômago (gastrostomia endoscópica percutânea -PEG) Jejunostomia: Acesso à luz do jejuno proximal pela parede abdominal Gastrostomia Indicações: Descompressão gástrica. Explo: cirurgias abdominais de grande porte com estase gástrica, íleo adinâmico prolongado, fístulas Alimentação– trato digestivo funcional com impossibilidade de ingesta oral adequada. - Temporária- coma, neoplasia e estenose esôfago -Definitiva- doenças neurológicas -TCE, AVC, Parkinson, esclerose múltipla, doenças demenciais, neoplasias Jejunostomia Indicações: ✓ Descompressão digestiva: ressecção gástrica com íleo adinâmico prolongado no PO, fístulas digestivas ✓ Alimentação: - Temporário- acesso digestivo prejudicado - Definitiva- deglutição prejudicada, terapêutica paliativa Gastrostomia Sondas e dispositivos Botton cateter Musicjinni.comjejunostomia ESTOMAS INTESTINAIS Estomas intestinais Colostomias e ileostomias Abertura do segmento cólico ou ileal na parede abdominal Desvio do conteúdo fecal para o meio externo Indicação: obstrução intestinal, diverticulite, câncer, traumatismo abdominal, doença de Crohn, peritonite, anomalias congênitas Temporária/Definitiva Em alça/ terminal Ileostomia - Técnica Exteriorização do íleo Eversão sobre si mesmo Fixação Em alça Terminal Estomas intestinais Ileostomia Quadrante inferior direito do abdômen Protruso (2,5 a 4cm da superfície da pele) Fezes líquidas, castanho esverdeadas Cheiro diminuído Elimina grande quantidade de eletrólitos e enzimas digestivas pH alcalino – corrosiva Estomas intestinais Ileostomia Estomas intestinais Estomas intestinais Colostomia ascendente: Lado direito do abdômen Fezes líquidas ou semilíquidas Irritantes Estomas intestinais Colostomia transversa: Fezes pastosas, pouco irritantes Colostomia descendente Fezes semi sólidas, não irritantes Sigmoidostomia Fezes de consistência normal ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Período pré-operatório Período trans-operatório Pós-operatório PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO Momento da indicação da cirurgia até a entrada na sala de cirurgia Plano de orientação com base em sua individualidade Santos,2005 ABORDAGEM Física Psicológica Social OBJETIVO Preparar física e emocionalmente; Identificar fatores desfavoráveis; Reintegração social PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO Conhecimento do indivíduo acerca do diagnóstico; Antecedentes familiares; Hábitos de eliminação; Medicamentos; Atividades sociais; Estado emocional; Padrão cultural Escolaridade; Estado nutricional Habilidades psicomotoras; Condição de pele; ESTOMAS Cuidados pré-operatórios ✓ Apoio emocional pela equipe multiprofissional – orientação em relação à sua nova realidade; ✓ Preparo do cólon; ✓ Início da orientação nutricional; ✓ Demarcação abdome para colocação da bolsa em área longe de cicatrizes anteriores, proeminências ósseas, dobras de pele e fístulas Estomas Cuidados pré-operatórios - Manejo dos materiais que serão utilizados no pós operatório (bolsas); Estomas intestinais Dispositivos Oclusor Demarcação É a determinação ou delimitação dos limites por meio de marcas, que tem como objetivo favorecer, durante o ato cirúrgico a confecção adequada do estoma para que permita uma adaptação adequada dos dispositivos. FONTE: CD INTERATIVO CONVATEC Meirelles Demarcação 4 a 5 cm da cicatriz umbilical, rebordo costal, crista íliaca, linhas da cintura; Fácil visualização; Tipo de estoma; Músculo reto abdominal; Espaço para aderência do dispositivo; Avaliar todas as posições; Estomas Cuidados pós-operatórios ✓Cuidado geral da ferida cirúrgica abdominal; ✓Observar estoma: cor (rosa variando para vermelho vivo) e tamanho; ✓Monitorar a drenagem das fezes Estomas Cuidados pós-operatórios ✓ Prevenir e identificar complicações ✓ Apoio emocional = o cliente passa por choque, descrédito, negação, rejeição e raiva, até restabelecer a autoestima ✓ Pode ter dúvidas sobre relação familiares, relação sexual, etc ✓ Apoio de outros ostomizados é importante !!! (ABRASO – Assoc Brasileira Ostomizados) ✓ Orientar sobre direitos ostomizados: bolsa pelo SUS Estomias Cuidados pós-operatórios A colostomia começa funcionar de 3 a 6 dias após a cirurgia; ✓ Ensino do AUTOCUIDADO ✓ Orientação sobre sexualidade, nutrição, prática esportiva, vida social Cuidado da pele periestoma : pasta (coloplast); pó (stomahesiv) Troca da bolsa Mensurar o tamanho do estoma Irrigação da colostomia: esvaziar o cólon antes de atividades sociais e de trabalho (higienização) Avaliação dos ostomas intestinais: Avaliar: Posição Tamanho Forma Cor Umidade Protruso/plano/retraído Integridade da mucosa Pele periestoma Funcionamento Complicações Sepsi periestomal Necrose Retração Hemorragia Evisceração Oclusão Complicações precoces Complicações tardias Fístula Eventracão periestomal Estenose ProlapsoAfecções cutâneas Dermatite Hérnia Prolapso ESTOMAS: COMPLICAÇÕES ▪ Escoriação na região periestoma; ▪ Reação alérgica ao dispositivo da estomia; ▪ Irritação química do efluente; ▪ Infecção COMPLICAÇÕES RELACIONADAS AOS ESTOMAS - DERMATITES ❖DERMATITES PERIESTOMA (Prevalência 18 - 62%) ❖Ileostomia (61,9%) X Colostomia (32,1%) Lesões agudas ou crônicas; primárias ou secundárias Perda de integridade da pele periestoma Alterações dermatológicas mais frequentes: eritema ou irritação; erosão; pústulas e até ulcerações DERMATITES PERIESTOMA Fatores predisponentes: Indivíduo: - idade; características da pele, condições físicas gerais Estomas: tipo efluente, confecção e localização inadequada Dispositivo: tipo; características, disponibilidades e acessibilidade CLASSIFICAÇÃO DAS DERMATITES PERIESTOMAS Grau de comprometimento: Leve; moderada; grave Avaliar: cor; presença de coleção hídrica ou pus; perda tecidual Etiologia das dermatites: fatores causais ❖ Irritativa, química ou de contato: Contato direto da pele com substâncias irritativas contidas no efluente (enzimas digestivas, constituintes alcalinos urinários e atividades enzimáticas de fezes) Produtos usados no cuidado: sabão e solventes ❖Alérgica • Contato da pele com produtos adaptados no estoma (plástico de equipamentos coletores, adesivos, barreira cutânea) • Área cutânea comprometida delimitada pela placa em contato ❖Radio ou Quimioterápico • Vulnerabilidade da pele periestoma • Alterações na consistência fecal ❖Trauma mecânico • Cuidado prestado, grandes danos na pele periestoma (esfolamento, abrasões) - • Remoção abrupta dos adesivos e protetor cutâneo • Limpeza agressiva e frequente da área • Trauma frequente da bolsa coletora • Fricção ou pressão pelo cinto, presilha e convexidade ❖Infecção 2ária às outras dermatites Infecção por foliculite por Staphylococcus: equipamento impede crescimento do pelo; técnica inadequada de remoção adesivos Infecção por Candida albicans: ambiente úmido ➢ AFASTAMENTO DO FATOR CAUSAL Avaliação/modificação do equipamento utilizado Capacidade sistema coletor: conter efluentes Bolsa sistema fechado x drenável:frequência trocas? Barreiras protetoras pele: proteção contato com efluente e tratamento lesão pele ✓ Resina natural/goma Karaya: mantem pH pele, bloqueia efluente, cicatrização ✓ Barreiras sintéticas (gelatina + pectina + carboximetilcelulose): proteção pele contra efluente; condições fisiológicas pele; baixo potencial alergênico; cicatrização; aderência prolongada Barreiras protetoras ✓ Formas: pastas, tiras, placas ✓ Preencher desnivelamento cutâneo, vedação para infiltração efluentes ✓ película protetora ✓ barreira em pó (remove excesso de umidade da pele lesada, melhora aderência placa) ✓ Filtros de carvão para flatos ✓ Cintos elásticos: segurança e aderência placa ❖Remoção placa Higienização da pele: apenas água morna e sabonete neutro Moldagem/corte equipamento a ser adaptado no estoma: tamanho ideal para proteger pele efluentes DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM •Déficit de conhecimento sobre o preparo pré e pós operatório •Distúrbio na imagem corporal relacionada ao estoma e a evacuação alterada; •Ansiedade relacionada à alteração da condição de saúde e medo do desconhecido; •Risco de integridade da pele prejudicada relacionada a irritação periestomal pelo efluente. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM •Disfunção sexual relacionada à alteração da imagem corporal •Risco de volume de líquidos deficiente relacionado a anorexia e vômitos e aumento de perda de líquidos e eletrólitos do trato gastrointestinal. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM PARA PACIENTES ESTOMIZADOS ✓ Orientar pacientes e familiares quanto ao uso e cuidados com os dispositivos de estomas; ✓ Fazer os pacientes e familiares demonstrarem o uso dos dispositivos; ✓ Monitorar e observar a cicatrização do estoma e tecido adjacente; ✓ Monitorar complicações pós-operatórias como: obstrução intestinal, vazamentos anastomóticos; ✓ Ensinar a irrigação ✓ Estimular o paciente ao autocuidado; ✓ Orientar o paciente a monitorar complicações; ✓ Orientar pacientes sobre dieta adequada (odores); ✓ Encorajar convívio social. ATENÇÃO !! ✓ MINIMIZAR COMPLICAÇÕES: novos equipamentos disponíveis, cuidados e orientações ✓ ORIENTAÇÃO: prevenção problemas com a pele; adaptação dos equipamentos coletores; reintrodução à sociedade ✓ Fase Pré-operatória: Preparo físico e emocional; demarcação do local de confecção estoma; orientações manutenção integridade da pele ✓ TRATAMENTO: diagnóstico e afastamento do fator causal; autocuidado com estomia e pele periestoma Bibliografias sugeridas CHEREGATTI, A.L. Enfermagem em Clínica Cirúrgica,1a ed. São Paulo: Ed. Martinari, 2012. MALAGUTTI, W (org.) Curativos, estomias e dermatologia: uma abordagem multiprofissional. 3.ed. São Paulo: Martinari, 2014 NANDA. Diagnóstico de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2016-2017. Porto Alegre: Artmed, 2017. PERRY, A. G.; POTTER, P. A., ELKIN, M. K. Procedimentos e intervenções de enfermagem. 5.ed, Rio de Janeiro:Elsevier, 2013. Cap 20 SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: Tratado de enfermagem medico-cirúrgica.11ed. Rio Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
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