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1. Choque a. Conhecer os tipos b. Fisiopato do hipov c. Quadro d. Dn e. Estratificação de risco f. Tto (medidas gerais de estabilização) 2. Tto dos cirróticos com hemorragia digestiva alta e distúrbio de coagulação. __________________________________________ CHOQUE HIPOVOLÊMICO O choque é uma anormalidade do sistema circulatório, que resulta em perfusão orgânica e oxigenação tecidual inadequadas. ● Após identificar o choque, o segundo passo é identificar sua causa. o Após o reconhecimento do estado de choque, o início do tratamento deve ser imediato. FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE FISIOLOGIA CARDÍACA BÁSICA O débito cardíaco é definido como o volume de sangue bombeado pelo coração a cada minuto e é determinado pelo produto da frequência cardíaca e do volume sistólico. O volume sistólico, ou seja, a quantidade de sangue bombeado a cada contração cardíaca, é determinado pela pré-carga, contratilidade miocárdica e pós-carga. ● Pré-carga: volume de retorno venoso para o coração. ● A contratilidade é a bomba que movimento o sistema. ● A pós-carga é a resistência vascular periférica (sistêmica). ● O fluxo sanguíneo é regido pelo gradiente de pressões e pela lei de Frank-Starling. Fisiopatologia da perda sanguínea As respostas circulatórias precoces à perda de sangue constituem-se em mecanismos de compensação: 1. Progressiva vasoconstrição da circulação cutânea, muscular e visceral para preservar o fluxo sanguíneo aos rins, coração e cérebro. 2. Aumento da frequência cardíaca na tentativa de preservar o débito. a. Sinal mensurável mais precoce do choque. 3. Aumento da resistência vascular periférica. a. Pela liberação de catecolaminas. 4. PAD aumenta. 5. Hormônios com propriedades vasoativas são liberados na circulação e interferem na microcirculação e permeabilidade vascular. a. Histamina, bradicinina, betaendorfinas. O retorno venoso na fase inicial do choque é preservado em algum grau pelo mecanismo de compensação de redistribuição do volume sanguíneo. Porém, a maneira mais efetiva de restaurar o débito cardíaco e a perfusão a órgãos-chave é o restabelecimento do retorno venoso ao normal, através da localização e interrupção do foco de sangramento e de reposição volêmica apropriada. No nível celular: 1. As células que são perfundidas e oxigenadas inadequadamente ficam privadas de substratos essenciais para o metabolismo aeróbico e para a produção de energia. a. O metabolismo é alterado para a via anaeróbica, que leva à formação de ácido lático e ao desenvolvimento de acidose metabólica. b. Se a oferta baixa de substrato for prolongada, a membrana celular perde a capacidade de manter o gradiente elétrico e passa a liberar mediadores pró-inflamatórios. i. Oxido nítrico sintetase e TNF ii. Cenário de dano orgânico final e disfunção de múltiplos órgãos. c. Se o processo não for contido, há morte celular. O tratamento do doente é direcionado para reverter o estado de choque, proporcionando oxigenação e ventilação adequadas e reposição apropriada de fluidos bem como a interrupção da hemorragia. AVALIAÇÃO INICIAL DO DOENTE Reconhecimento do choque Após assegurar a via aérea e a ventilação adequadas, é fundamental a avaliação cuidadosa. Os mecanismos de compensação podem evitar uma queda mensurável da PAS até uma perda de 30% da volemia. Desta forma, monitora-se a FC, a FR e a perfusão cutânea. ● Todo doente traumatizado que está frio e taquicárdico está em choque, até prova em contrário. Choque hemorrágico A hemorragia é definida como uma perda aguda de volume sanguíneo. O volume sanguíneo corresponde a 7% de seu peso, logo 70kg = 5L. Obesos se mede pelo peso corporal ideal e crianças 8-9%. Classificação da hemorragia Em 4 classes baseadas em sinais clínicos. 1. Hemorragia Classe I: doador de uma unidade de sangue. a. Sintomas leves, como taquicardia leve. 2. Hemorragia Classe II: hemorragia não complicada, porém necessita reposição de cristaloides. a. Taquicardia e pneia, diminuição da PA b. SNC: ansiedade e medo. c. Diurese ainda não está mt alterada. 3. Hemorragia Classe III: quadro mais grave que necessitará, no mínimo, cristaloide, e possivelmente sangue. a. Sinais de hipoperfusão i. Mesmos de cima b. Queda de PAS. c. Quase sempre precisa transfusão i. Baseado na resposta à infusão inicial. d. Priorizar tto da causa de base 4. Hemorragia Classe IV: pré-terminal, morte potencial. a. Taquicardia acentuada b. PAS cai mt c. Débito urinário mt baixo d. Pele fria e pálida ABORDAGEM INICIAL O ponto principal é interromper o sangramento e repor o volume. Exame físico: identificar a lesão. A e B: estabelecer via aérea permeável (SpO² >95%). C: controle da hemorragia e obtenção de acesso venoso e avaliação de perfusão. D: rápido exame neurológico (GCS). E: pelado e examinado da cabeça aos pés. → Descompressão gástrica (diminui chance de aspiração) e sondagem (monitorar diurese e ver hematúria) REPOSIÇÃO VOLÊMICA INICIAL Na reanimação inicial são utilizadas soluções eletrolíticas isotônicas aquecidas, como Ringer lactato ou soro fisiológico. ● Esse tipo de líquido promove a expansão intravascular transitória e contribui para a estabilização do volume vascular por meio da reposição das perdas que ocorreram para o interstício e para o compartimento intracelular. o Dose habitual 1-2L no adulto e 20mL/kg p criança. Observa-se a resposta (diurese, nível de consciência e perfusão – enchimento capilar) e toma-se decisões baseadas nisso. Reanimação controlada: colocar na balança a restauração da perfusão e os riscos do aumento da hemorragia. REPOSIÇÃO DE SANGUE A decisão de iniciar a transfusão baseia-se na resposta do doente. Principal objetivo é reestabelecer a capacidade de transporte de oxigênio do volume intravascular. 1. Transitória ou mínima→ sangue
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