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Estudo de caso Ética e profissionalismo em Enfermagem Integrantes: Giovanna Mendes, RA: 21256837 Isabella Vitória, RA: 21224836 Raphaela Alves Frabetti, RA: 21216332 Enfermagem, VO, matutino. Prof: Silvana Atividade estudo de caso Paciente de 34 anos, de baixo nível sócio-econômico, internou-se em instituição privada, pela Previdência Social, para submeter-se à quarta operação cesárea. Seis horas após a cirurgia ocorreu sangramento intenso, que colocou em risco a vida da paciente que foi então reoperada para a retirada do útero (histerectomia). Não obstante, o sangramento persistiu, sendo realizada nova cirurgia para ligadura das artérias hipogástricas (último recurso para estancar a hemorragia). Durante as duas cirurgias, a paciente necessitou receber grande volume de sangue devido a sua crítica situação onde não foi realizada a dupla checagem dos dados da bolsa de sangue pela enfermeira. Posteriormente a paciente foi encaminhada para o alojamento conjunto e ficou aos cuidados da enfermagem em relação a admissão no setor, consulta de enfermagem e as devidas orientações do procedimento e alta hospitalar. Após quinze dias de internação, a paciente teve alta com seu recém-nascido. Enquanto isto, o Banco de Sangue constatou que, por erro de uma funcionária, foi transfundido sangue contaminado pelo vírus da hepatite B, sendo comunicado o fato ao médico assistente. Interpretando e analisando o caso apresentado responda as seguintes questões e as referencie. 1. Em relação ao direito do sigilo tanto em relação ao paciente e perante o acontecido para os familiares qual a conduta que a enfermagem juntamente com o médico deverá proceder? R: Devido ao erro acontecido na hora da dupla checagem da bolsa de sangue, a enfermagem e o médico não deverão avisar a paciente, primeiramente porque mesmo o paciente tendo o direito primário a verdade ele pode sofrer alterações quando ocorre a procura de preservar a própria pessoa, e em segundo lugar porque pode ser que a pessoa não venha contrair a hepatite B, e sendo assim a atitude mais correta nesta situação é avisar um familiar mais próximo, se desculpar pelo erro e orientá-lo sobre o que deve fazer. 2. O enfermeiro desenvolve competências gerenciais como as atividades de prestar assistência ao indivíduo hospitalizado, orientar o indivíduo e o acompanhante se necessário. Quando se refere à transfusão, a atividade do enfermeiro demanda de mais autonomia e conhecimento científicos e éticos, pois este necessita avaliar os dados obtidos para monitorar a infusão, avaliar e realizar a evolução do indivíduo que recebe a transfusão. Estes procedimentos são de estrema importância na identificação de reações adversas e evolução do indivíduo e aspectos legais, descreva quais são. R: Risco de ser processado: transfundir ou não transfundir? Para muitos, o enfermeiro vive um dilema que envolve o risco latente de ser processado ao tratar pacientes Testemunhas de Jeová. É como se em qualquer cenário o profissional de saúde corresse o risco de processo: pelo paciente, se sua vontade for violada ao receber uma transfusão de sangue; ou pelo Ministério Público, familiares ou Conselho de Medicina, por deixar de transfundir e ocorrer a morte. Cabe, então, a pergunta: seria possível conciliar o respeito à autonomia dos pacientes Testemunhas de Jeová com uma atuação médica segura, que não comprometa o profissional de saúde mesmo em situações críticas? Dever legal do enfermeiro e o consentimento livre e esclarecido: Do ponto de vista técnico-jurídico, a obrigação do enfermeiro é de meio, e não de resultado. Considerando que o resultado21, a cura, não é garantido, faz- se necessário explicar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, as opções terapêuticas e os possíveis resultados. Trata-se de uma etapa importante da relação enfermeiro-paciente que leva em consideração os aspectos humanísticos envolvidos. Após ser devidamente esclarecido, o paciente decidirá o tratamento que julgar mais apropriado ao seu caso. Omissão de socorro? O crime de omissão de socorro (Código Penal, artigo 135) se perfaz por meio da conduta de “deixar de prestar assistência”. Assim, sua caracterização requer a recusa intencional de atendimento, isto é, diante da situação de perigo, o enfermeiro não oferece qualquer espécie de tratamento, abandonando o paciente. Pode-se concluir que o enfermeiro, ao “prestar assistência” por meio de opções terapêuticas diversas da transfusão de sangue em conformidade com o consentimento informado do paciente, não comete o crime de omissão de socorro. 3. O enfermeiro deverá saber como agir diante dos conflitos que possam ser vivenciados durante o seu exercício profissional, por isso é imprescindível que o mesmo tenha o conhecimento do código de ética de enfermagem, além dos preceitos consignados tanto na Constituição Federal Brasileira quanto na Lei nº 8.080/90 (Lei do SUS), diante da situação do caso clinica a enfermeira prestará os cuidados nos pós operatório, descreva quatro orientações dentro da conduta ética sendo competência privativa da enfermagem que deverá ser realizada? R: De acordo com a Resolução do COFEN 564/2017 no capítulo II onde diz os deveres do enfermeiro perante a ética, as quatro orientações a serem dadas seriam: 1. Exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, resolutividade, dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e lealdade. 2. Comunicar formalmente ao Conselho Regional de Enfermagem e aos órgãos competentes fatos que infrinjam dispositivos éticos-legais e que possam prejudicar o exercício profissional e a segurança à saúde da pessoa, família e coletividade. 3. Documentar formalmente as etapas do processo de Enfermagem, em consonância com sua competência legal. 4. Orientar à pessoa e familia sobre preparo, benefícios, riscos e consequências decorrentes de exames e de outros procedimentos, respeitando o direto de recusa da pessoa ou de seu representante legal. 4. Frente à situação que o médico assistente apresentou estando ciente que a bolsa de sangue estava contaminada e não comunicou a equipe, entendemos que ele agiu contra um princípio ético, descreva qual e você como enfermeiro responsável da situação adotaria qual conduta? R: No presente caso, o médico é parte do problema, pois quando opta por um determinado serviço de diagnóstico e tratamento para atender seu cliente, está avalizando a qualidade deste serviço. O Código de Ética Médica em seu Art. 32, ao fixar as responsabilidades do médico diz que “é vedado deixar de assumir responsabilidade de ato profissional que tenha praticado ou indicado”. 5. Mesmo a paciente estando em um quadro clínico que a mesma não esta ciente da situação e foi realizado o procedimento sem a previa comunicação de necessidade de transfusão de hemocomponentes. Conforme a lei portaria do ministério da saúde 2712/2013 de transfusão de sangue e hemocomponentes, neste contexto apresentou as falhas/prejuízos se sim quais foram? Pontue quatro ações de competência do Enfermeiro frente à situação? R: Os prejuizos apontados nesse contexto foram: não ter resultados laboratoriais que justifiquem a indicação do componente sanguíneo, a falta de antecedência tranfusional e não ter uma amostra trasfusional de sangue, não ter olhado o rótulo da bolsa de sangue, não ter retirado uma amostra do sangue para ter certeza que o mesmo não tinha alguma doença ou se era compatível, não fez o teste de hemocomponentes, tanto que, o sangue recebido pela paciente grávida, continha o vírus da hepatite B. As competências do enfermeiro diante a situação, são: Identificação do paciente, cuidado limpo e cuidado seguro (higienização das mãos), administração segura, paciente envolvido com sua segurança, comunicaçaoefetiva, segurança na utilização da tecnologia. O enfermeiro tem como responsabilidade constar no porntuário os seguintes dados: Nome completo do paciente (sem abreviações), data de nascimento, sexo, idade, número do prontuário ou registro do paciente, número do leito, diagnóstico, componente sanguíneo solicitado, modaliade de transfusão, resultados laboratoriais que justifiquem a indicação do componente sanguíneo, data, dados do médico solicitante, peso do paciente e antecedentes transfusionais, gestacionais e de reações a transfusões quando relatados pelo paciente.
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