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Linfedema é considerada uma condição em que há o acúmulo de líquido no espaço intersticial do tecido subcutâneo. Relacionado a isso, responda: 1. Aponte a classificação de acordo com a sua etiologia, exemplificando uma condição (patologia) (primário e secundário) 2. Como é realizada a avaliação clínica do paciente. Cite os exames complementares mais utilizados, justifique. 3. Como é realizado o diagnóstico do paciente. Bases Celulares e Moleculares II Data: 21/04/2021 Atividade – Sistema Linfático - LINFEDEMA Aluno: Marília de Araújo Alves Linfedema • Primários: são subdivididos em precoce e congênito. O linfedema precoce é de etiologia desconhecida, ocorre nos membros inferiores, podendo ser devido a equilíbrios hormonais, ou a falhas no desenvolvimento dos vasos linfáticos, ocasionando uma insuficiência de drenagem linfática. O linfedema congênito, aparece a partir do nascimento, sendo caracterizado por hipoplasia linfática, e por uma estrutura inadequada dos vasos linfáticos, que ocasionam linfangiectasia e conseqüente insuficiência valvular. Quando hereditário é denominado doença de Milroy. • Secundários: são decorrentes de causas externas. As lesões teciduais graves podem levar ao desenvolvimento de linfedema quando afetam a estrutura e/ou funcionamento dos vasos linfáticos. A filariose, parasita inoculado pela picada de um mosquito infectado, quando penetra na pele, atinge os vasos linfáticos, sanguíneos e os linfonodos, preferencialmente na região inguinal e genitália externa, ocasionando um linfedema grave e progressivo. A insuficiência venosa crônica, quando grave, pode sobrecarregar o sistema linfático, ou estar associada a uma insuficiência congênita dos vasos linfáticos. • O linfedema pode ser diagnosticado pela observação dos sintomas. No entanto, alguns exames podem ser necessários não só para confirmar o diagnóstico, como também planejar o tratamento: O médico pode medir braços e pernas para o acompanhamento do inchaço e pode calcular o volume do líquido acumulado. O ultrassom ajuda na visualização do fluxo do sistema linfático. A linfocintilografia é um procedimento confiável para confirmar o diagnóstico de linfedema, pois avalia a dinâmica linfática através dos canais linfáticos e das cadeias linfonodais. A tomografia computadorizada mostra a localização e o padrão do sistema linfático, e se um tumor ou outra massa pode estar obstruindo o fluxo do sistema linfático. O diagnóstico de linfedema pode ser obtido através de critérios subjetivos e objetivos, sendo realizado, na maioria dos casos, através da história e do exame físico. • Os critérios subjetivos incluem questionário e entrevistas. A pessoa que apresenta linfedema costuma relatar sensação de peso e de tensão no membro afetado. Normalmente, são os pacientes que observam as primeiras mudanças, através da dificuldade em colocar joias ou ao vestir roupas, representando o inchaço. Outras alterações percebidas se relacionam à aparência da pele, que se torna esticada, com ausência de dobras cutâneas, e com sensação de espessamento e tensão. Ocasionalmente, apresentam também limitação dos movimentos da mão, cotovelo e ombro. • O diagnóstico objetivo do linfedema na avaliação do paciente através do exame físico, tem um peso maior e é considerado o padrão ouro do diagnóstico. Entretanto, algumas vezes, se faz necessário o uso de investigações diagnósticas para excluir processos malignos, preparar o tratamento cirúrgico, determinar o status vascular, e fazer o diagnóstico diferencial com lipoedema, lipolinfedema, síndrome pós trombótica e insuficiência venosa crónica. • Entre os critérios objetivos usados na determinação do linfedema, podemos citar a perimetria, que inclui a medida da circunferencia do membro e em tuberosidades ósseas (processo estilóide da ulna, olecrano, articulação metacarpofalangeana), ou a medida de segmentos eqüidistantes do braço. O membro contralateral é usado como controle. Também podemos citar a técnica do volume, que pode ser obtido de forma direta ou indireta. A maneira direta é através da imersão do membro em um cilindro milimetrado, observando-se a diferença da quantidade de água deslocada entre o membro afetado e o contralateral. A maneira indireta é mais rápida, barata e simples, podendo o volume ser estimado através de medidas de circunferência, tratando cada segmento do membro como um par de circunferencias. 4. Cite os estágios para linfedema de membros inferiores. 5. Descreva 3 formas de tratamento (objetivo). • Estágio 0 (ou IA) - o inchaço ainda não é evidente apesar do transporte linfático deficiente, alterações sutis no fluido/composição tecidual e alterações nos sintomas subjetivos. Pode levar meses ou anos para que o edema ocorra. • Estágio I - o acúmulo de fluido diminui quando você eleva o membro afetado. Quando pressionada pela ponta dos dedos, a área afetada recua e inverte com a elevação (“sulco”). • Estágio II - significa que a elevação do membro raramente reduz o inchaço dos tecidos. Os sulcos são evidentes. Posteriormente, no Estágio II, o membro não pode contrair quando o excesso de gordura subcutânea e a fibrose se desenvolvem. • Estágio III - representa elefantíase linfostática, onde os sulcos podem estar ausentes e ocorrem alterações tróficas na pele, como acantose, alterações na característica e na espessura da pele, desenvolvimento adicional de gordura, fibrose e supercrescimento. Os tratamentos para o linfedema visam à redução do inchaço, a prevenção da infecção e a melhora da aparência e do uso do braço ou perna. Incluem: • Exercício - Pode melhorar o fluxo do sistema linfático, fortalecer os músculos e melhorar a capacidade do corpo de absorver proteína. O exercício deve ser feito usando uma luva de compressão ou bandagem. • Enfaixamento compressivo - é de extrema importância durante a primeira fase do tratamento do linfedema, pois ao promover um suporte externo na pele, leva a um aumento da pressão intersticial com redução da ultrafiltração, melhora a eficácia do bombeamento muscular levando a um aumento do fluxo venoso e linfático, e não permite o refluxo causado pela insuficiência valvular. • Drenagem linfática manual - tem como objetivo favorecer as vias secundárias de drenagem linfática através de anastomoses linfo-linfáticas superficiais e também remover as áreas de fibrose dos tecidos acometidos.
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