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AULA 4 LINFEDEMA

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Disciplina de Fisioterapia Dermatofuncional
LINFEDEMA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
Diferenciar os transtornos que 
competem a fisioterapia 
dermatofuncional clínica;
Desenvolver habilidades e 
competências inerentes a 
práticas da fisioterapia 
dermatofuncional na 
elaboração do diagnóstico e 
tratamento funcional dos 
diversos sistemas corporais
Intervir nas alterações 
dermatológicas funcionais 
cabíveis à prática 
fisioterapêutica e desenvolver a 
capacidade crítica reflexiva.
Desenvolver a consciência ética 
possibilitando a convivência e 
respeito com a diversidade. 
METODOLOGIA DE 
ENSINO:
Aula teórica e vídeos Metodologia Ativa Resolução de caso
REVISITANDO...
• Os vasos linfáticos têm a função primordial de absorver grandes moléculas lipoproteicas e devolvê-las à 
circulação sanguínea, depois destas terem cumprido seu papel metabólico. 
• Outra função importante é a remoção de partículas orgânicas (bactérias e vírus) e a eliminação de células 
mutantes, assim como uma importante contribuição ao sistema imunológico ao produzir linfócitos e dar lugar à 
fagocitose pelos macrófagos nos linfonodos.
• Os vasos linfáticos superficiais são muito numerosos e acompanham, em geral, as veias, drenando para os 
linfonodos superficiais, ao passo que os vasos linfáticos profundos são escassos e acompanham os vasos 
sanguíneos profundos e drenam sua linfa, geralmente, em linfonodos profundos. 
• A linfa, líquido absorvido pelos capilares linfáticos, é clara e incolor, exceto no intestino onde é branco-leitosa 
após a digestão ( cisterna do quilo, localizada no retroperitôneo ao nível de L1-L2).
• No final a linfa ascende pelo ducto torácico e ducto linfático até a sua desembocadura na confluência das veias 
subclávias e jugulares. 
LINFEDEMA
O linfedema pode ser definido como todo e qualquer acúmulo de líquido, altamente protéico, nos espaços
intersticiais, seja ele devido à falhas de transporte, por alterações da carga linfática, por deficiência de
transporte ou por falha da drenagem (Mayall, 2000)
Os sinais e sintomas incluem:
• sensação de peso ou tensão nos membros;
• dor aguda;
• alteração de sensibilidade;
• dor nas articulações;
• sinais flogísticos;
• extravasamento de líquido linfático (linfocistos);
• sinal de Stemmer positivo (prega cutânea);
• Sinal de Godet ( Cacifo)
• edema em dorso de mão e pés;
• alterações cutâneas como eczemas, micoses, queratose, entre outras
Mortimer, 1999; NLN, 1998
EXAME FÍSICO
• Quadro Clínico: realizado pelo médico
• Inspeção da área acometida
• Palpação: Presença de cacifo ( Fig 1) e prega cutânea
• Perimetria ( Figura 1A e 1B).
Etiologia do Linfedema 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ORIGEM:
Primário: Alterações congênitas no desenvolvimento de vasos linfáticos ou linfonodos
Secundário ( Tardio)
• Trauma 
• Neoplasias
• Procedimentos cirúrgicos ( mastectomia)
• Enfermidades infecciosas (Filariose)
• Erisipela de repetição 
• Doenças crônicas (Insuficiência Venosa Cronica) 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A LOCALIZAÇÃO
Localizado
Generalizado
Diagnóstico Diferencial 
- Edema comum: composição de líquido
- Edema inflamatório: aumento da permeabilidade capilar (ex: fraturas).
- Edema venoso ou cardíaco: aumento da pressão capilar venosa (Insuf. Cardíaca ou Venosa)
- Linfedema: aumento da pressão oncótica tissular ( falha no sistema de drenagem linfático).
Moffatt C. Compression Therapy in Practice, Wounds UK, 2007. 228 p
* HISTÓRIA CLÍNICA.
SINAL CACIFO POSITIVO
Sinal de Stemmer
NÃO REALIZA PREGA CUTANEAÉ positivo quando não é possível pinçar a pele entre o primeiro e segundo 
dedo da mão.
Sinal de Godet ( CACIFO) 
Sinal clínico avaliado através da pressão digital sobre a pele, por meio de 5 segundos a fim de se evidenciar o edema. 
É considerado positivo se a depressão ( cacifo) não se desfizer imediatamente após a descompressão.
Classificação em +
Classificação do linfedema 
ESTÁGIO I – EDEMA QUE REGRIDE COM A ELEVAÇÃO DO MEMBRO E CACIFO POSITIVO.
FUNÇÃO MEMBRO NORMAL.
ESTÁGIO II - ELEVAÇÃO DO MEMBRO NÃO REDUZ O EDEMA E CACIFO ( Classificar 1, 2, 3 E 4 +).
MOBILIDADE E FUNÇÃO DIMINUIDA
ESTÁGIO II TARDIO ( ou ESTÁGIO III) - FIBROSE QUE PERMITE OU NÃO AFUNDAMENTO DA PELE.
PERDA FUNCIONAL IMPORTANTE E MOVIMENTOS FINOS PREJUDICADOS.
ESTÁGIO III ( ou ESTAGIO IV) – TECIDO FIBRÓTICO QUE NÃO PERMITE AFUNDAMENTO SOMADO A ALTERAÇÕES NA PELE COMO
HIPERPIGMENTAÇÃO, ESPESSAMENTO, DOBRAS E DEPÓSITOS DE GORDURA.
PERDA FUNCIONAL IMPORTANTE E MOVIMENTOS SIGNIFICAMENTE PREJUDICADOS.
Moffatt C. Compression Therapy in Practice, Wounds UK, 2007. 228 p.
Recomendações do Consenso 
AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO 
BOAS PRÁTICAS FERIDA E PELE 
TERAPIA COMPRESSIVA
Harding K, et al. Simplifying venous leg ulcer management. Consensus recommendations. Wounds International 2015. Available to download from www.woundsinternational.com
A – B - C
• Avaliação e diagnóstico
Paciente e ferida 
• Verificar a pele e suas alterações relacionadas a Insuficiência Vascular Crônica 
• Verificar pulsos arteriais nos membros
• Boas práticas de cuidados com a feridas e pele
• Limpeza, hidratação e proteção da pele ao redor da feridas 
• Preparo do leito da ferida ( debridar ou tto farmacológico)
• Compressão
• Seleção do sistema de compressão 
• Necessidade – adaptação da compressão
TERAPIA FÍSICA COMPLEXA ( TFC) OU TERAPIA FÍSICA DESCONGESTIVA
Dividido em duas fases: 
FASE 1- OBJETIVOS: Redução do volume do membro ( 2 a 6 semanas) e melhorar a qualidade de vida. 
• CUIDADOS DA PELE (Higiene da pela, hidratação, evitar buchas sintéticas e vegetais, observar mucosa, evitar 
punções, etc...) 
• DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL .
FASE 2- OBJETIVOS: Manter o volume já obtido na Fase I. 
• EXERCÍCIOS MIOLINFOCINÉTICOS 
• Compressão do membro com BANDAGEM NEUROFUNCIONAL FUNCIONAL
• Compressão elástica (meias elásticas com compressão graduada) principalmente durante o dia
Leal e col. Tratamentos fisioterapêuticos para o linfedema pós-câncer de mama: uma revisão de literatura .Rev latino-am enfermagem 2009 setembro-outubro; 17(5) Andrade, M. F. C. 
Linfedemas pós-inflamatórios: terapia física complexa. In: Garrido, M.; Ribeiro, A. P. Linfangites e erisipelas. Rio de Janeiro: Revinter, 2000, 2. ed. p. 155-161. 
TERAPIA FÍSICA COMPLEXA ( TFC) OU TERAPIA FÍSICA DESCONGESTIVA
1 FASE:
I- CUIDADOS DA PELE: Limpeza (sabão líquido pH < 7) das unhas e espaços interdigitais 
• Tratamento tópico de dermatoses ou úlceras 
• Hidrata ( testar produtos no membro sadio) 
• Cuidados 
II- DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL é uma modalidade de massagem manual especializada que consiste na mobilização suave e superficial, 
efetuada na direção do fluxo linfática (evitando-se assim a mobilização profunda, sob risco de provocar lesão dos vasos linfáticos e agravar o 
edema). Tem como objetivo principal estimular a atividade motora dos linfângions
OBJETIVOS:
• O aumento no suprimento sanguíneo para uma determinada região do corpo aumento dos retornos linfático e venoso, 
• Acelera a drenagem da região de uma articulação afetada, 
• Previne a tumefação articular 
• Promove relaxamento muscular diminui a tendência do músculo à atrofia 
Automassagem (3 a 4 x ao dia)
TERAPIA FÍSICA COMPLEXA ( TFC) OU TERAPIA FÍSICA DESCONGESTIVA 
EXERCÍCIOS MIOLINFOCINÉTICOS
2 FASE: 
I- EXERCÍCIOS MIOLINFOCINÉTICOS
• Trabalhar a atividade muscular 
• Trabalhar a amplitude de movimento articular 
• Movimentos velocidade lenta ( linfangions)
• Forma ritmada
BANDAGEM NEUROMUSCULAR FUNCIONAL
II- BANDAGEM NEUROMUSCULAR FUNCIONAL:
Técnica derivada do kinesiotaping (década de 70) para o tratamento de problemas circulatório-linfáticos. 
Linfotaping: bandagem elástica de material e textura próxima a da nossa pele
Bandagens em tiras são colocadas sobre a pele exercendo tração sobre os filamentos de ancoragem dos vasos 
linfáticos iniciais ( ancora e cauda), favorecendo a drenagem e absorção dos líquidos e metabólitos do interstício para o 
linfático.O material permanece por 3 ou 4 dias na pele, podendo tomar banho com a bandagem. 
Durante este período há um aumento da absorção da linfa (liquido que compõe o Sistema Linfático) otimizando a 
Drenagem Linfática e reduzindo o edema.
Sousa L, Zambinati TN, Vieira GA, Borges JBC, Faria TCC. Kinesio taping in the vascular symptoms in patients with Duchenne Muscular Dystrophy: a case report. Rev Neurocienc
2014;22(3):446-452.
BANDAGEM NEUROMUSCULAR FUNCIONAL
Objetivos
1) Descongestionamento de fluidos corporais 
2) Reduzir o excesso de calor e substâncias químicas nos tecidos 
3) Reduzir a inflamação 
4) Reduzir a sensibilidade anormal e a percepção da dor; 
5) Diminuir a pressão intersticial, melhorando a drenagem em caso de falha do sistema 
linfático.
BANDAGEM NEUROMUSCULAR FUNCIONAL
Fita estimula a pele Estímulo córtex cerebral
Cerebelo: informações 
proprioceptivas da fita
Ajuste automático 
da postura e 
movimento
Melhora percepção, absorve edema ( 
filamentos ancoragem) e reduz a dor.
BANDAGEM NEUROMUSCULAR FUNCIONAL - Princípios
1) As extremidades (âncoras) são aplicadas sem tensão
2) Tempo de permanência de 3 a 5 dias 
3) Repouso 24 hs no mínimo 
4) Retirar pêlos antes de colocar bandagem
5) Não usar secador de cabelo 
6) Não remover no banho 
7) Áreas delimitadas
8) Recomendado fazer a drenagem sob a bandagem
• A fita é aplicada com a primeira âncora próxima ao nódulo linfático a ser drenado. ( NENHUMA PRESSÃO)
• Sua cauda é dividida em diversas partes ( PEQUENA PRESSÃO) que abrem os vasos linfáticos iniciais, permitindo a 
movimentação e a drenagem de substâncias por todo o sistema linfático, favorecendo a sua absorção.
CAUDA
Medidas Auxiliares
• Medidas incluem a perda de peso, dieta hipossódica, exercícios físicos regulares como 
caminhada, natação e ciclismo, os quais melhoram o fluxo nos linfáticos residuais. 
• Não se recomenda o uso de álcool. 
• Roupas apertadas em coxas ou na cintura devem ser evitadas. 
• Higiene adequada da pele com tratamento de ressecamentos e rachaduras, prevenção de 
pequenos traumas, além de tratamento de infecções fúngicas interdigitais faz parte dos cuidados 
gerais dos paciente com linfedema. 
• Apoio psicológico é essencial. Os pacientes devem ser esclarecidos quanto à característica crônica 
da doença, ao seu prognóstico e a importância da aderência ao tratamento.
TIPOS DE COMPRESSÃO
Concêntrica:
• Exercida de fora para dentro pelas meias de média e grande elasticidade 
• Equilibram a hipertensão venosa 
• Favorecem a reabsorção do edema.
Contensiva:
• Exercida de dentro para fora pelas bandagens de curta ou baixa elasticidade, 
ataduras ou botas inextensíveis 
• Favorecem a reabsorção do edema
Excêntrica: • Exercida pelos artefatos que promovem a pressão local 
• Faz parte dos acessórios dos meios compressivos
OBS: A compressão pneumática intermitente tem resultados controversos e seu uso não é totalmente padronizado para o 
tratamento do linfedema. 
VIDEOS SOBRE LINFEDEMA
Linfedema: Causas e Tratamentos
https://www.youtube.com/watch?v=JYJwZ0anZuM
Tratamento de Linfedema na Fisioterapia
https://www.youtube.com/watch?v=o_RyVVJR5Xs&t=140s
https://www.youtube.com/watch?v=JYJwZ0anZuM
https://www.youtube.com/watch?v=o_RyVVJR5Xs&t=140s
ESTUDO DE 
CASO:
• Relata-se o caso de uma paciente de 51 anos de idade, com linfedema de membro superior, 
procurou a clínica devido o edema e dor no braço, pós-tratamento cirúrgico de câncer de mama. 
• O diagnóstico do câncer ocorreu após perceber nódulo na axila e seio em 2010, quando 
procurou o médico, que fez uma biópsia e diagnosticou carcinoma. A paciente realizou oito 
sessões de quimioterapia pré-operatória. 
• No dia 16 de março de 2011, realizou a mastectomia total e esvaziamento axilar, retirando 25 
linfonodos e fazendo 38 sessões de radioterapias. 
• Em fevereiro de 2012, o braço começou a edemaciar e surgiram dores na região escapular, 
referida como sendo no braço. 
• Após três meses, começou a perder o movimento do braço, havendo piora nas dores, o que a 
levou a usar medicação analgésica frequente. 
• No começo de junho, perdeu todo movimento do braço, passando a sentir parestesia no 
polegar, que se estendeu para todo o braço. 
• A paciente foi encaminhada para a Fisioterapia
PERGUNTAS:
1- Quais exames físicos devem ser realizados nesta paciente? Explique-os:
2- Quais as classificações do linfedema quanto a origem e localização?
3- Você realizaria nesta paciente a Drenagem Linfática Manual? Justifique a sua resposta. 
FEEDBACK :
Diferenciar os transtornos que 
competem a fisioterapia 
dermatofuncional clínica;
Desenvolver habilidades e 
competências inerentes a 
práticas da fisioterapia 
dermatofuncional na 
elaboração do diagnóstico e 
tratamento funcional dos 
sistemas corporais
Intervir nas alterações 
dermatológicas funcionais 
cabíveis à prática 
fisioterapêutica e desenvolver a 
capacidade crítica reflexiva.
Desenvolver a consciência ética 
possibilitando a convivência e 
respeito com a diversidade. 
METODOLOGIA DE 
ENSINO:
Aula teórica e vídeos Metodologia Ativa Resolução de caso

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