Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aspectos científicos e sociodemográficos da planta. Caryocar brasiliense Cambess Identificação FAMÍLIA: Caryocaraceae Nome científico: Caryocar brasiliense Cambess. Nomes populares: pequi, pequiá-verdadeiro. DESCRIÇÃO DA ESPÉCIE: Árvore perenifólia, pioneira característica do cerrado. Sua altura atinge até 11 metros e seu diâmetro de até 80 cm. Folhas: compostas, oposta, trifolioladas. Flores: hermafrodita, de cor esverdeadas a brancas. Fruto: drupáceo. Floração: junho-outubro Frutificação: dezembro-maio Reprodução: autogamia Sistema sexual: hermafrodita. Polinização: morcegos Dispersão: zoocórica, FEITA MARSUPIAL (Didelphis albiventris), e o corvídeo gralha do-cerrado (Cyanocorax cristatellus) Os frutos são muito consumidos pela fauna. Utilização: as folhas são consumidas por bovinos, o fruto é consumido como alimento pela população. Ocorrência: Cerrado e Pantanal. Pequizeiro Flor do pequi Frutos no Pé Gralha do cerrado: Consumidora e dispersora de frutos. Pequi Princípios ativos do pequi Folhas e Botão Floral: Os metabólitos encontrados na prospecção fitoquímica das folhas de C. brasiliense constituem-se de esteróides, triterpenóides, heterosídeos cardiotônicos, heterosídeos flavonoides, taninos, alcaloides e cumarinas. Em análises fitoquímicas do botão floral desse vegetal, indicaram a presença de taninos, flavonoides, esteroides, triterpenoides e saponinas. Extrato hidroetanólico: Presença de flavonoides, saponinas, taninos e glicosídeos cardiotônicos, bem como a ausência de alcaloides e glicosídeos antraquinônicos Fruto: Presença de flavonoides e saponinas, além de óleos essenciais, taninos condensados e hidrolisáveis. OBS: Nas folhas de Caryocar brasiliense há elevada quantidade de compostos fenólicos, dentre eles os flavonoides, que apresentam grande interesse farmacológico. Formas de uso frescos ou como compotas, geleias, licores, cremes e óleos Apresenta atividade sequestradora de radicais livres e alto potencial para inibir a peroxidação lipídica. Essa alta capacidade antioxidante pode estar relacionada principalmente a presença de componentes fenólicos como ácido gálico (componente majoritário), ácido quínico, quercetina e quercetina 3- O.-arabinose possui atividade antimicrobiana (MOREIRA et al., 2019) A fruta é cozida antes do consumo e é utilizado na preparação de sucos, sorvetes, licores, doces e principalmente nos pratos tradicionais famosos em todo o Brasil (arroz, feijão e frango com pequi) O óleo da polpa de pequi pode ser utilizado em formulações cosméticas na forma de emulsão, uma vez que se mostrou livre de toxicidade. Além disso, o creme enriquecido com o óleo apresentou alta concentração de compostos fenólicos, propriedades antioxidantes e fotoprotetoras e também possui potássio, magnésio, zinco e ferro Amêndoa: anti-inflamatórias e antioxidantes in vivo. Casca: possui alto teor de compostos bioativos e é rica em fibras alimentares Assim, a farinha feita da casca do pequi mostrou ser promissora como fonte potencial de fibra alimentar, antioxidantes naturais, carboidratos, magnésio, cálcio e baixos teores de sódio torrada para a produção de óleo ou pode ser consumida fresca e usada como ingrediente culinário para a preparação de bolos e condimentos biscoitos e a pectina retirada da casca é utilizada para fazer geleias. Propriedades nutricionais Polpa do pequi possui alto teor de carotenóides, lipídios, fibras dietéticas, zinco e magnésio e é fonte de cálcio e polifenóis.6 amarelo claro a laranja escuro e é relacionado ao conteúdo de carotenóides da fruta. A amêndoa do pequi apresenta alta energia, lipídios, proteínas e teores de fibra alimentar, 11 e óleo de pequi (polpa e amêndoa) tem altos níveis de ácidos graxos monoinsaturados (MUFA), especialmente ácido oleico A polpa contém aproximadamente 30 % de óleo comestível, 10 % de fibra alimentar total e 3 % de proteínas presença dos ácidos graxos monoinsaturados e carotenoides, está associado à prevenção de doenças cardiovasculares aterosclerose câncer é eficaz na contenção de crescimento tumoral e reduz os colaterais induzidos Propriedades farmacológicas indústria farmacêutica cosmética alimentícia biorrefinaria propriedades antiinflamatórias e antioxidantes do óleo extraído da polpa do pequi. medicina popular para o tratamento de doenças respiratórias pequi em conserva,Creme de pequi, óleo de pequi e licor de pequi. antioxidantes, antiinflamatórios, cardioprotetores, hepatoprotetores, antigenotóxicos e anticarcinogênicos Posologia e produtos encontrados no comércio frescos ou como compotas, geleias, licores, cremes e óleos toxicidade O teste de letalidade com A. salina é um teste simples, rápido e método barato usado na pesquisa de produtos naturais. O procedimento determina as taxas de viabilidade de compostos em extratos e pode ser correlacionado com dados de toxicidade oral aguda em animais.18 Neste estudo, nenhuma das doses de OPCB foi capaz de promover letalidade significativa em náuplios de A. salina, indicando a baixa toxicidade do óleo neste modelo experimental. alto LD50 relatado para OPCB na literatura corroborando a hipótese de baixa toxicidade do óleo de pequi. O ensaio do cometa é um método sensível e confiável para detectar lesões em fitas de DNA. Este teste é considerado um teste genotóxico, uma vez que essas lesões ainda são passíveis de reparo.19 Neste estudo, em relação aos dois parâmetros avaliados no ensaio do cometa, o grupo de controle negativo apresentaram menores valores de lesões nas células analisadas quando em comparação com o grupo de controle positivo. Isso confirma as baixas taxas de dano genético em ratos saudáveis e confirma que a administração de ciclofosfamida no o grupo de controle positivo resultou no efeito esperado. Todo doses do óleo administradas cronicamente aos animais mostrou índice de danos e frequência de danos semelhantes a o controle negativo e diferente do controle positivo. No todos os grupos tratados com o óleo, a maioria das células observadas não mostraram danos ao DNA, confirmando que a administração de OPCB não resultou em efeito genotóxico em animais tratados. O teste do micronúcleo é biológico ensaio realizado para detectar agentes clastogênicos e aneugênicos. É um dos testes mais bem estabelecidos na área de toxicologia genética, sendo amplamente aceita por internacionais agências regulatórias e fornecendo importantes mutagênicos dados.20 O aumento da frequência MN-PCEs pode reproduzir um papel importante no desenvolvimento neoplásico de certos tumores. Neste estudo, não houve diferença no número de MN-PCEs entre o controle negativo e grupos tratados com quatro doses de OPCB. o óleo de fruta C. brasiliense, administrado por gavagem, não é genotóxico nos leucócitos de ratos, e pelo micronúcleo teste, que não tem efeito clastogênico / aneugênico no osso Medula ReferÊncias bibliográficas TRAESEL, G. K. T.; ARAÚJO, F.H.S.; CASTRO, L. H. A. C.; LIMA, F. F.; MENEGATI, S. E. L. T.; JUSTI, P. N. KASSUYA, C. A. L.; CARDOSO, C. A. L. ARGANDON, E. J. S. OESTERREIC, S. A. Safety Assessment of Oil from Pequi (Caryocar brasiliense Camb.): Evaluation of the Potential Genotoxic and Clastogenic Effects. Journal of Medicinal Food, v. 20, p. 1-8, 2017. BARROSO, N. G.; BARROS, E. L. S.; SANCHES, M. A. R.; SILVA, C. C. S. S.; TUSSOLINI, S. V. L. Pequi (Caryocar brasiliense Camb.) – Uma revisão. Avanços em Ciência e Tecnologia de Alimentos, v.2, p. 1-9, 2021. SILVA, N.R.R.N.; NAVES, M.M.V.N. Potential of Whole Pequi (Caryocar spp.) Fruit Pulp, Almond, Oil, and Shell—as a Medicinal Food. JOURNAL OF MEDICINAL FOOD, v. 22, p. 1-11, 2019. PINTO, L. C. L.; MORAIS, L. M. O.; GUIMARÃES, A. Q.; ALMADA, E. D.; BARBOSA, P. M.; DRUMOND, M. A. Traditional knowledge and uses of the Caryocar brasiliense Cambess. (Pequi) by “quilombolas” of Minas Gerais, Brazil: subsidies for sustainable management. Brazilian Journal of Biology, v. 76, p. 511-519, 2016. CARVALHO, P.E.R. Espéciesarbóreas brasileiras. Coleção Espécies Arbóreas Brasileiras, vol. 3. Brasília, DF; Colombo, PR; Embrapa Florestas 2008. 593 p. POTT, POTT, V.J. Plantas do Pantanal / Arnildo Pott e Vali J. Pott; Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Centro de Pesquisa Agropecuária do Pantanal.- Corumbá, MS: EMBRAPA-SPI, 1994 320P. DE CARVALHO, L. S.; PEREIRA, K. F.; DE ARAÚJO, E. G. Características botânicas, efeitos terapêuticos e princípios ativos presentes no pequi (Caryocar brasiliense). Arq. Cienc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 19, n. 2, p, 147-157, maio/ago. 2015.
Compartilhar