Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SAÚDE DA CRIANÇA III Talita B. Valente ATM 2023A REANIMAÇÃO NEONATAL RN a termo com vitalidade: • Se o RN está respirando, chorando, tem boa vitalidade, independente do líquido amniótico, ele deve ser atendido no colo da mãe, com clampeamento tardio do cordão (1-3 minutos), vias aéreas pérvias e aquecido (a temperatura da sala deve estar entre 23-26ºC. • 3 perguntas são fundamentais para avaliar a vitalidade do RN: Gestação a termo? Respirando ou chorando? Tônus muscular em flexão? Se todas as respostas forem sim, não precisa de manobras de reanimação. • A partir dai devemos preconizar o contato pele a pele com a mãe, secar o RN com compressas aquecidas, prover claro, manter as vias aéreas pérvias e avaliar sua vitalidade de maneira continuada (através do índice de Apgar). • A presença ou não de mecônio não altera os passos iniciais na reanimação neonatal. RN pré-termo ou sem vitalidade adequada ao nascer independente da IG: • Nesses casos o RN precisa ser conduzido à mesa de reanimação e seguir os seguintes passos: • Se FC > 100 bpm, respiração rítmica e regular - Posicionar o bebê junto a mãe, contato pele a pele, continuar avaliando a vitalidade de modo contínuo e amamentação na 1ª hora. • RN não melhora: Se após os passos iniciais não apresentar melhora (FC < 100 bpm e respiração não rítmica e irregular) indica-se ventilação por pressão positiva (VPP) com balão e máscara (precisa ser iniciado nos primeiros 60 s. de vida, o minuto de ouro). o A ventilação pulmonar é o procedimento mais importante e efetivo na reanimação do RN em sala de parto. APGAR • Pontuar no 1º e 5º minutos. • Caso < 7 devemos iniciar manobra de reanimação • Se APGAR < 7 no 5º minuto devemos pontuar até 10 minutos. SAÚDE DA CRIANÇA III Talita B. Valente ATM 2023A • RN não melhora: Caso ainda assim não haja melhora do RN, devemos verificar e corrigir a técnica da VPP, além de considerar O2 suplementar de acordo com a oximetria de pulso. o De cada 10 RN ventilados com balão e máscara, 9 melhoram se a técnica estiver correta. • RN não melhora: Após verificar a técnica da VPP com balão e máscara - Se estiver correta e o RN não melhora deve-se ventilar com balão e cânula traqueal. • Se após VPP com cânula traqueal por 30 s. houver FC > 100 bpm e respiração regular e saturação adequada, extubar se possível. • RN não melhora: Se após VPP com cânula traqueal por 30 s. a FC < 100 bpm ou respiração irregular ou saturação baixa/não detectável deve-se verificar a posição da CET e a técnica da VPP, se estiverem corretas e o RN ainda assim não responder, iniciar massagem cardíaca coordenada com VPP. • Se após VPP com cânula e O2 a 100% + massagem por 60 s. a FC > 60 bpm, interrompe-se a massagem cardíaca e mantém-se a VPP (40-60 mpm) até FC > 100 bpm e respiração regular. • RN não melhora: Se após VPP com cânula e O2 a 100% + massagem por 60 s. a FC < 60 bpm: verificar posição da cânula e fonte de O2 e técnica da VPP e técnica da MC. Caso esteja tudo correto deve-se continuar a VPP com cânula traqueal e O2 a 100% e fazer cateterismo venoso e adrenalina EV. o Adrenalina: § Concentração 1/10.000 § Preparo: 1mL de adrenalina 1/1.000 + 9 mL SF. § Administrar EV. § Pode-se plicar por via traqueal uma única vez enquanto a veia umbilical é cateterizada (a eficácia é questionável). § Uso EV: 0,1-0,3 mL/kg/dose, seringas de 1 mL § Uso ET: 0,5-1 mL/kg/dose, seringa de 5 mL. SAÚDE DA CRIANÇA III Talita B. Valente ATM 2023A SAÚDE DA CRIANÇA III Talita B. Valente ATM 2023A Quando interromper a reanimação do RN > 34 semanas na sala de parto? • A presença de assistolia aos 10 minutos de vida, inferida pelo APGAR 0 aos 10 minutos, é um forte preditor de mortalidade e morbidade em todas as idades gestacionais. • Em RN ≥34 semanas com assistolia após 10 minutos de reanimação, é razoável interromper os procedimentos de reanimação • Entretanto, a decisão de continuar ou interromper tais procedimentos precisa ser individualizada. • Variáveis a serem consideradas: se manobras de reanimação aplicadas de forma adequada; se cuidados intensivos neonatais disponíveis (incluindo hipotermia terapêutica); qual a causa e a duração da agressão hipóxico-isquêmica; e qual o desejo da família, se houve tempo para conversa prévia ao nascimento.
Compartilhar