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- -1 IMAGEM E COMPORTAMENTO CAPÍTULO 3 – COMO IDENTIFICAR A RELAÇÃO ENTRE IMAGEM CORPORAL E COMPORTAMENTO? Francisco Bruno Costa Ceppi - -2 Introdução Você sabe o que é morfopsicologia? Quais as suas contribuições para a área da estética? No presente capítulo, você entrará em contato com a relação de padrões de comportamento, imagem ou postura corporal e estrutura do rosto. Você sabe quais técnicas podem ser usadas para a avaliação da imagem corporal? Dando continuidade à leitura, você poderá conhecer algumas técnicas de avaliação como forma de melhor contribuir para a profissão, a partir da avaliação de resultados estéticos sobre a autoimagem. Tais técnicas avaliativas serão importantes para que você possa, no exercício da profissão, melhor identificar alterações psicopatológicas da autoimagem, como anorexia, bulimia e vigorexia. No decorrer do capítulo, você entenderá mais algumas dessas psicopatologias e, adicionalmente, aprenderá sobre a oncoimagem, bem como as formas de ajudar pacientes em tratamento oncológico. Por fim, serão discutidas a postura e a ética, de modo a levantar reflexões sobre a conduta profissional. Serão debatidos, também, as possibilidades, as necessidades e os limites das intervenções estéticas, e a valorização da subjetividade do cliente. Boa leitura! 3.1 Morfopsicologia O termo “morfopsicologia” é originado de palavras gregas: e (forma) e psique (espírito/alma). O conceitomorph foi criado por Louis Corman, a partir da sua obra “Quinze Leçons de Morphopsychologia”, em 1973, cujos relatos eram baseados nos seus estudos envolvendo a relação entre o físico e o psíquico. Para tanto, ele se utilizava da observação de pacientes. Hodiernamente é uma área ainda pouco difundida no Brasil, sendo mais difundida e estudada na Europa. Corman (2003), em seu livro “Viso e carattere: iniziazione alla morfopsicologia”, retrata a morfopsicologia como uma área que estuda a personalidade a partir de formatos, traços, linhas e formas do rosto de uma pessoa. Para ele, se trata de um conhecimento puramente empírico, que não envolve qualquer certeza, e assim podendo se tornar científico. Para Gabarre (2009), a morfopsicologia é uma área que estuda as formas do rosto de modo mais aprofundado e como estas repercutem na formação da personalidade. Para tanto, o rosto é analisado como um todo, levando em consideração que as mudanças da vida refletem em alterações no rosto. VOCÊ O CONHECE? Louis Corman (1901-1995), nascido na França, médico psiquiatra infantil e psicólogo que residia em Nantes, definiu pela primeira vez o conceito de morfopsicologia como a ciência que relaciona as características físicas com a personalidade. No entanto, Corman aproveitou as observações e intuições do Dr. Claude Sigaud (1862-1921), médico de Lyon, que pode ser considerado o verdadeiro pai da ciência morfológica, para criar o termo, utilizando uma tabela prática para a análise e descrição precisa das proporções do rosto. - -3 A morfopsicologia é uma ferramenta que tem sido utilizada por diversos profissionais, de diversas áreas, como profissionais de recursos humanos, médicos, criminologistas, psicólogos, psiquiatras, artistas, consultores de imagem e estilo, visagistas e todas as profissões que lidam diretamente com pessoas. A partir desse tipo de análise, o profissional que trabalha com essa ferramenta poderá identificar características da personalidade do cliente que envolvam o intelecto, o emocional e o instintivo em sua expressão facial. Dessa forma, poderá recorrer a técnicas que visem maior harmonização de todas essas áreas para que a pessoa desempenhe suas atividades em perfeito equilíbrio. 3.1.1 Morfopsicologia e estudos da personalidade O conceito de personalidade é discutido por diversos autores com visões de mundo diferentes. Alguns teóricos também abordam a influência dos diversos aspectos do funcionamento do indivíduo para a construção da personalidade. Contudo, outros teóricos argumentam que a personalidade diz respeito à essência do sujeito, que é algo intrínseco. De modo geral, é possível identificar um consenso de que a personalidade remete às características mais persistentes de um sujeito, representadas por pensamentos, sentimentos e comportamentos (GABARRE, 2009; HALL; LINDZEY; CAMPBELL, 2000). Para cientistas do comportamento, como Catania (1999), a personalidade diz respeito a padrões de comportamento, cujo repertório é selecionado por meio de contingências ambientais e na interação entre o indivíduo e o ambiente. A formação da personalidade configura-se em um processo multifatorial, influenciado pelas variáveis filogenéticas, ontogenéticas e culturais (BANACO et. al., 2012). VOCÊ SABIA? Muitas pessoas acreditam que morfopsicologia e visagismo são conceitos semelhantes ou sinônimos. No entanto, faz-se importante entender que são construtos diferentes. O primeiro diz respeito a uma forma de avaliação, buscando identificar a personalidade. Para tanto, avalia também os acontecimentos de vida e as influências sofridas por tais acontecimentos. Já o visagismo, por sua vez, é a arte de criar uma imagem de acordo com suas linhas do rosto, formato, tons de pele, personalidade, proporções, estilo de vida, dentre outras características. - -4 Figura 1 - O rosto e a personalidade. Fonte: Rob Hyrons, Shutterstock, 2018. 118021951 O estudo da personalidade ou padrões de comportamento de um ser humano é complexo, sendo importante que se atente para as relações funcionais entre os comportamentos dos indivíduos e suas consequências. Diante disso, há que se levar em consideração estudos científicos ou baseados em evidências que retratem esses padrões de comportamento, evitando os achismos ou os estudos infundados sobre o tema. - -5 3.1.2 Os aspectos físicos e a personalidade O rosto é uma área funcional e fundamental do organismo, uma vez que agrupa os instrumentos vitais de percepção e expressão: olhos, nariz, boca e orelhas. Uma vez que seus receptores estão em constante interação com o meio ambiente, o rosto oferece informações visuais, olfativas, gustativas e auditivas (GABARRE, 2009). Além disso, os aspectos físicos do rosto podem oferecer informações sobre a identidade de uma pessoa, a partir de características, como sexo, etnia, idade e estética. De mesmo modo, pode oferecer características sobre os estados emocionais de um indivíduo, como medo, alegria, raiva, tédio, tristeza, dentre outros (GABARRE, 2009). Gabarre (2009) relata que o rosto deve ser analisado como um todo, levando em consideração algumas regras básicas que determinam o caráter, inteligência e habilidade de uma pessoa. De acordo com a teoria da morfopsicologia, a face pode ser dividida em três zonas diferentes: 1. zona superior; 2. zona mediana; e 3. zona inferior. Clique nas abas e aprenda mais sobre elas. Zona superior A compreende a região que possui a inteligência cerebral ou intelectual comozona superior principal característica. Nessa região, destacam-se o crânio, a testa, as sobrancelhas e os olhos. Zona mediana A envolve a afetividade e a sociabilidade, cujas áreas mais destacadaszona mediana correspondem às maçãs do rosto, nariz e bochechas. Zona inferior Por fim, a é associada aos impulsos e instintos, onde as áreas morfológicaszona inferior dominantes correspondem ao maxilar inferior, boca e queixo. Cada região do rosto, como olhos, nariz, boca e formato de rosto, também tem significado. Contudo, é preciso destacar a singularidade de cada indivíduo, levando em consideração outras vaiáveis, como o comportamento e o ambiente. 3.1.3 Morfologia e estética Uma boa avaliação sobre o rosto do cliente não diz respeito apenas à identificação de assimetrias, harmonias, pontos fortes e características marcantes, mas também à identificação de gostos, estilo de vida, comportamentos mais recorrentes ou como o cliente se identifica. Uma outra técnica, denominada morfomaquiagem, tem como objetivo adaptar e expressar alguns pontos característicos que o indivíduo não gosta em si, de modo a criar uma novacomunicação para o indivíduo e para os outros ao seu redor. VOCÊ QUER LER? Ainda são poucos os estudos em língua portuguesa sobre a temática “morfopsicologia”, sendo mais escassos ainda no Brasil. Para quem tem interesse pelo assunto e deseja se aprofundar nele, o livro “Morfopsicologia: o rosto e a personalidade”, do autor Julian Gabarre (2009), é de origem portuguesa e é direcionado para diversos profissionais, como médicos, psicólogos, enfermeiras, professores, assistentes, educadores sociais, diretores de empresas, profissionais de seleção de pessoal, entre outros. Além disso, é indicado para treinadores desportivos, pintores, realizadores de cinema, teatro e televisão. - -6 Figura 2 - Morfomaquiagem. Fonte: Subbotina Anna, Shutterstock, 2018. 110032496 Essa ferramenta pode ser utilizada como marketing pessoal. A partir da análise da morfopsicologia do rosto, utiliza-se cosméticos, como maquiagem, com o objetivo de alterar as feições das pessoas. A proporcionalidade, as dimensões, a harmonia e os demais elementos faciais são analisados, de modo a realçar ou disfarçar aspectos da face. Para os profissionais que trabalham na área, o uso da maquiagem pode influenciar no próprio comportamento de uma pessoa, uma vez que muda a percepção que os outros possuem desta. O uso de uma maquiagem que realce os lábios, como um batom marcante, ou que realce o olhar, pode mudar a percepção das pessoas ao redor e, consequentemente, haverá mudança no próprio comportamento. Diante disso, essa ferramenta pode proporcionar maior autoestima e segurança. No entanto, vale lembrar que essa ferramenta pode auxiliar em um momento pontual, visto que a baixa-autoestima e o sentimento de insegurança dizem respeito a uma visão de si que foi construída e instalada no decorrer de vários anos. - -7 3.2 Avaliação da imagem corporal A imagem corporal diz respeito à percepção de si em relação ao próprio corpo. Nas últimas décadas, houve um aumento dos estudos sobre a avaliação da autoimagem, aumentando, assim, a diversificação das metodologias que objetivam avaliar a autoimagem corporal (MORGADO et al., 2009). Clique nas abas abaixo e aprenda mais sobre o tema. O tema tem sido interesse de estudo de psicólogos, nutricionistas, psiquiatras, cirurgiões, professores e profissionais que trabalham com estética corporal e que buscam métodos para mensurar as representações do corpo para o sujeito. Além disso, para os profissionais da área da saúde, esses instrumentos são importantes para o diagnóstico do distúrbio de imagem em seus pacientes, clientes, alunos ou atletas, para posteriormente serem encaminhados a uma psicoterapia. Alguns exemplos de meios para avaliação da autoimagem corporal são: questionários, entrevistas, variáveis antropométricas e silhuetas. É preciso entender que alguns instrumentos, como testes psicológicos, são de uso exclusivo do profissional de psicologia. Diante disso, no presente capítulo serão apresentados alguns métodos para avaliação da imagem corporal de uso dos profissionais da saúde ou dos profissionais que precisam executar esse tipo de avaliação. 3.2.1 Questionários O é um instrumento de coleta de dados, no qual constam uma série de perguntas com caráter dequestionário autorrelato. Por meio desse método, objetiva-se levantar dados sobre opiniões, crenças, escolhas, interesses, sentimentos, expectativas, situações vivenciadas de uma determinada pessoa. Além disso, possui caráter objetivo, apresentando linguagem simples e direta (GERHARDT; SILVEIRA, 2009). Algumas vantagens do uso de questionário são: economia de tempo e viagem para obter os dados; atingimento de maior número de pessoas simultaneamente; abrangência de uma área geográfica maior; obtenção de respostas mais rápidas e precisas; maior liberdade de respostas em razão de anonimato; mais uniformidade na avaliação; e menos riscos de distorções. As desvantagens de uso de questionário são: pode ser grande o número de respostas em branco; não pode ser aplicado em pessoas analfabetas; pode levar a uma uniformidade aparente de respostas se mal compreendido; uma questão pode influenciar a outra quando a leitura das perguntas é feita antes do início das respostas; dentre outras (GERHARDT; SILVEIRA, 2009). As questões de um questionário podem ser abertas, fechadas e mistas. Nas , o informante iráquestões abertas responder livremente sobre a pergunta. Nas questões fechadas, o informante responderá à pergunta escolhendo o item que mais corresponde à realidade. Já os questionários mistos envolvem tanto questões abertas, quanto questões fechadas. Morgado et al. (2009) realizaram uma revisão de literatura sobre os instrumentos encontrados para avaliação da imagem corporal. A partir do estudo foram identificando alguns questionários, como o teste de imagem corporal para pré-adolescentes (adaptado de Fee & Candy), o teste da imagem corporal, o questionário sobre insatisfação corporal e a autoestima, o questionário de autopercepção do participante sobre seu peso, o questionário “A minha imagem corporal”, “Eating Behaviors and Body Image Test” (Fee & Candy), dentre outros. 3.2.2 Entrevista A é uma técnica de coleta de dados de caráter qualitativo, envolvendo maior interação social eentrevista diálogo. Quanto ao tipo, a entrevista pode ser: 1. estruturada; 2. Semiestruturada; e 3) não estruturada. - -8 Figura 3 - Entrevista como método de avaliação de imagem corporal. Fonte: Iakov Filimonov, Shutterstock, 2018. 168628790 A entrevista estruturada segue um roteiro de perguntas previamente estabelecido. Na semiestruturada, o entrevistador pode se utilizar se algumas perguntas já estruturadas, porém, também permite que o entrevistado fale mais livremente sobre o assunto. Na entrevista nãoestruturada, o entrevistando fala livremente sobre o assunto (GERHARDT; SILVEIRA, 2009). Clique nas abas abaixo e aprenda mais sobre o tema. • Vantagens Quanto às vantagens de se utilizar a entrevista, podemos inferir: não exige que o solicitante saiba ler e escrever; maior flexibilidade; possibilita analisar a expressão corporal, o tom de voz e a ênfase nas respostas; possibilita maior esclarecimento das questões; e possibilita a coleta de dados quantitativamente e qualitativamente. • Desvantagens Em relação às desvantagens, podemos citar: requer maior tempo; ausência de anonimato; pode haver influência do entrevistador; maior dificuldade na tabulação de dados, no caso de entrevistas abertas (GERHARDT; SILVEIRA, 2009). • • • • - -9 Orientadas Além disso, as entrevistas podem ser orientadas, sendo que o entrevistador focaliza um determinado assunto; em grupo, quando um grupo de entrevistados responde às questões de forma simultânea; informal, geralmente realizada em estudos exploratórios como forma de obter conhecimento aprofundado sobre um determinado assunto; e, com instrumentos ou acessórios, podendo-se utilizar gravador, filmadora, câmeras e blocos de anotações. Alguns profissionais podem utilizar o espelho como recurso ou material para a realização de entrevista sobre imagem corporal, oficinas de autorreflexão, testes psicológicos, narrativa autobiográfica (GERHARDT; SILVEIRA, 2009; MORGADO et al., 2009). A seguir você estudará sobre as variáveis antropométricas, desenhos e escala de silhuetas. Fique atento! 3.2.3 Variáveis antropométricas, desenhos e escala de silhuetas A avaliação antropométrica diz respeito à medição das variações físicas e à composição corporal global. Existem dois parâmetros mais utilizados para a realização de uma avaliação antropométrica: as medidas primárias e as medidas secundárias. A primeira se refere às variáveis antropométricas, como peso, estatura, dobras cutâneas e circunferências. Por sua vez, as medidas secundárias dizem respeito à combinação de variáveis antropométricas, como Índice de Massa Corporal (IMC), peso ideal, somatória de dobras cutâneas, entre outros. - -10 Figura 4 - Índice de Massa Corporal (IMC) como medida de avaliação antropométrica. Fonte: Bill Emrich, Dreamstime, 2018. 17324164O IMC tem sido uma das medidas antropométricas utilizadas para avaliação de imagem corporal. Este índice é obtido a partir do peso de um indivíduo dividido por sua estatura ao quadrado. Juntamente a outras variáveis, como a circunferência da cintura, pode-se realizar a avaliação para verificar o risco de doenças cardiovasculares, bem como analisar padrões de distribuição da gordura corporal. O Desenho da Figura Humana (DFH) é uma técnica projetiva gráfica antiga, de uso exclusivo de psicólogos, que possibilita a avaliação do desenvolvimento cognitivo, de características emocionais e dos aspectos da personalidade dos indivíduos, a partir da representação que o indivíduo possui de si mesmo. O DFH tem sido um - -11 personalidade dos indivíduos, a partir da representação que o indivíduo possui de si mesmo. O DFH tem sido um dos instrumentos mais utilizados pelos psicólogos brasileiros, todavia, esse recurso não é utilizado separadamente. Para uma avaliação mais precisa, os psicólogos se utilizam de vários outros recursos. A escala de silhuetas, também chamada de “ ou também sãocontour line drawing” “figural drawing scales” instrumentos utilizados para a avaliação da imagem corporal. As imagens dessas escalas variam de um sujeito muito magro a um sujeito obeso. Solicita-se ao respondente que escolha a figura que melhor o representa e, posteriormente, qual figura ele gostaria de se parecer. As Escalas de Silhuetas são úteis instrumentos de investigação de distúrbios alimentares (anorexia e bulimia), também podendo ser utilizadas em pacientes com obesidade, como forma de melhor expandir o entendimento acerca da doença e sua relação com a autoavaliação. Uma vantagem de utilizar essa medida diz respeito ao fornecimento de informações sobre como o indivíduo se percebe, além de seu baixo custo (MORAES; ANJOS; MARINHO, 2012). 3.3 Disfunções da autoimagem A partir de agora, após compreendermos como imagem corporal e comportamento se inter-relacionam, vamos focar nas alterações patológicas físicas e mentais que se relacionam com alterações patológicas da autoimagem e, por conseguinte, do comportamento. Se, por um lado, doenças físicas podem ser atribuídas a perturbações no sistema orgânico em nível fisiológico, tecidual, celular ou molecular, seja por doenças autoimunes, genéticas, infecciosas ou adquiridas por mau-hábito, por outro lado, doenças mentais apresentam alterações cognitivas, emocionais ou comportamentais decorrentes de fatores físicos e/ou sociais. Doenças físicas são objeto de estudo de diversas especialidades médicas, cada uma focando em um sistema fisiológico, ou mesmo em um órgão específico. Já doenças mentais geralmente são tratadas pelas especialidades da neurologia ou psiquiatria, além da psicologia e psicanálise, obviamente como campos distintos da medicina. O universo de perturbações e alterações patológicas é imenso, mas vamos focar naqueles que habitualmente estão implicados nos procedimentos e tratamentos estéticos, especificamente relacionados à imagem corporal. Então, vamos lá! 3.3.1 Doenças físicas que afetam a imagem corporal A imagem corporal está intimamente vinculada à percepção que alguém tem de si mesmo, ou seja, reflete uma espécie de avaliação subjetiva da imagem vista por si mesmo, diante do espelho, por exemplo, considerando aquilo que os outros relatam e definem sobre quem o indivíduo é, ou como ele é (TAVARES, 2003). A avaliação subjetiva envolve os pensamentos, sentimentos e comportamentos relacionados ao autoconceito, isto é, como a pessoa se descreve. Clique nas setas abaixo e aprenda mais sobre o tema. Uma perturbação na autoimagem pode, portanto, interferir nas relações interpessoais do indivíduo. E doenças ou sequelas físicas, como acidentes, infecções, disfunções, amputações etc., podem distorcer a autoimagem e conduzir a mudanças comportamentais. Dentre as principais doenças físicas estudadas que afetam a autoimagem estão a disfunção sexual, o câncer de cabeça e pescoço e a doença renal crônica. A disfunção sexual pode afetar a autoimagem em homens e mulheres. Nos homens, o maior impacto sobre a autoimagem tem sido a disfunção erétil, mas muito mais por causa de um padrão social de masculinidade do que pela disfunção em si, a qual é tratável. Nas mulheres, as disfunções sexuais eram nomeadas anteriormente, em tom pejorativo, como frigidez, sendo superada pela visão de um funcionamento inadequado em alguma etapa do ciclo de resposta sexual humana. Nesse sentido, a Organização Mundial de Saúde ampliou a noção de saúde sexual para além das disfunções, incorporando os direitos sexuais e a abordagem positiva da sexualidade e dos relacionamentos (MCKEE et al., 2010). - -12 Figura 5 - O comportamento sexual é influenciado por disfunções da autoimagem. Fonte: Lisa S., Shutterstock, 2018. 106873553 No caso de pacientes oncológicos, principalmente as neoplasias de cabeça e pescoço podem afetar a avaliação subjetiva da imagem corporal devido à agressividade do tratamento, das complicações pós-cirúrgicas e de disfunções musculoesqueléticas, acarretando a alteração da autoimagem. A desfiguração e as deformidades por linfedema (acúmulo de líquido intersticial por falha na drenagem linfática) e o esvaziamento cervical radical (remoção de linfonodos e de tecido adjacente) são duas grandes complicações e alterações funcionais com sequelas estéticas (SHIMOYA-BITTENCOURT et al., 2016). - -13 Figura 6 - Principais linfonodos, alvo de procedimentos cirúrgicos e disfunções que conduzem à alteração da autoimagem. Fonte: Alila Medical Media, Shutterstock, 2018. 149230217 tradução Várias outras intercorrências ou morbidades físicas podem também acarretar em alterações da autoimagem, mas tratar de todas elas ou de sua maioria estenderia demais nosso capítulo. Lembremos, apenas, que tais efeitos negativos na avaliação subjetiva de si podem ser amenizados pelo suporte social de familiares e amigos, assim como de profissionais humanizados na área de saúde e estética. 3.3.2 Doenças mentais que afetam a imagem corporal Dalgalarrondo (2009) fornece um conceito interessante de psicopatologia, o qual, em um sentido amplo, refere- se ao estudo científico do adoecimento mental por meio da observação, classificação e compreensão dos sintomas. Assim, em alguns transtornos psiquiátricos, pode-se observar alterações na autoimagem, como a esquizofrenia, a Doença de Alzheimer, os transtornos de humor, o borderline e o transtorno alimentar. Clique nas abas e aprenda mais sobre o assunto. - -14 Depressão Na depressão, a imagem corporal pode se correlacionar com adjetivações do corpo como pesado, lento, difícil, sofrido e de desprazer, definida como um estado de astenia. O indivíduo pode se sentir fatigado e em quadros clínicos graves apresentar alterações do esquema corporal tão intensos que pode relatar morte do próprio corpo. Outro transtorno de humor pode gerar efeitos opostos na autoimagem, como nos estados maníacos de pacientes bipolares. Em tais estados, o sujeito sente-se forte, vigoroso, podendo até mesmo ter problemas na saúde física por ultrapassar os limites do próprio corpo. Esquizofrenia A esquizofrenia, como um grave distúrbio do pensamento, provoca profundas alterações na autoimagem. A imagem corporal torna-se associada a um controle por forças externas e, assim, o indivíduo pode sentir que alguém age sobre seu corpo. Tais efeitos podem ser induzidos pelo abuso de substâncias tóxicas, como alucinógenos ou psicoestimulantes. Ansiedade Os transtornos de ansiedade, como as crises de pânico, costumam produzir uma sensação de compressão do corpo, acompanhada de sensações de asfixia, despersonalização corporal, morte iminente ou falência orgânica. Em quadros obsessivo-compulsivos há predominantemente sensações relacionadas ao autocuidado exacerbado, como constantes comportamentos de auto-higiene e pensamentos de contaminação por agentes nocivos. Alimentares Transtornos alimentares costumam ser bastante citados quando o assunto é alteração da autoimagem. Na anorexianervosa, os indivíduos apresentam uma percepção distorcida do próprio corpo e submetem-se a dietas radicais, acompanhadas ou não de exercício físico extremo, embora fisicamente estejam bem emagrecidos (DALGALARRONDO, 2009). Algo semelhante, mas em sentido oposto, pode ocorrer na vigorexia, na qual os indivíduos subestimam a hipertrofia muscular. Por fim, duas condições patológicas têm implicações estéticas sérias. Uma delas é a alteração do esquema corporal decorrente da mastectomia, podendo gerar sentimentos e pensamentos relacionados à perda da feminilidade, à sensação de vazio, à deformação e ao rebaixamento do humor. - -15 Outrossim, sabe-se que a saúde mental implica em alterações importantes da autoimagem. Contudo, mesmo não sendo papel do profissional de estética diagnosticar tais condições, é ético preocupar-se com a saúde de seu cliente e discutir sobre os motivos que o levam a buscar um procedimento estético. 3.3.3 Alterações psicopatológicas da autoimagem A autoimagem não é herdada, ela é construída no sujeito. O interno e o externo, ou Eu e o não Eu (o outro) confundem-se na criança neonata, sendo a diferenciação entre o Eu e o outro construída ao longo do primeiro ano de vida, tornando a imagem do Eu, ou seja, de si mesmo, cada vez mais nítida (DALGALARRONDO, 2009). Assim, também vamos construindo o autoconceito, formado a partir do contato contínuo com a realidade. CASO Um interessante estudo científico investigou alterações na autoimagem, assim como na qualidade de vida e na autoestima, em pacientes homens tratados na unidade Jelinek do Serviço de Dependência Química do Instituto São José – Santa Catarina, PR (SILVEIRA et al., 2013). O estudo foi realizado usando um método de coleta transversal, pelo qual se observou que todos os pacientes estavam sob psicofarmacoterapia e possuíam avaliação subjetiva da autoimagem rebaixada, correlacionada à baixa autoestima. Curiosamente, não se observou interferência da qualidade de vida sobre a autoimagem ou a autoestima, ou seja, mesmo uma qualidade de vida positiva não significava um aumento na avaliação da autoestima ou da autoimagem. - -16 Figura 7 - É no contato com o mundo que se forma a autoimagem e o autoconceito. Fonte: Pressmaster, Shutterstock, 2018. 58483366 Diversas são as alterações patológicas da autoimagem, principalmente referentes à sensorialidade voltada para o mundo interno, isto é, a percepção de si mesmo (interocepção). Essas alterações podem ocorrer devido a fatores orgânicos, como doenças neurológicas e uso de substâncias, fatores psicológicos, como estresse e crenças, e a fatores sociais, como padrões de beleza e valores morais. Devido a esse conjunto de fatores, isolados ou concomitantes, as pessoas podem apresentar algumas alterações. Clique nos itens para conhecê-los. • Cenestopatia Conjunto de sensações de mal-estar difuso. • Hemiassomatognosia Perda da consciência de um lado do corpo. • Asteriognosia Perda da capacidade de reconhecer objetos pelo tato. • Sentimento do Eu Perda da consciência do sentimento do Eu, na qual o sujeito se define como um terceiro, por exemplo um robô ou um fantoche. • Controle Perda da consciência de controle dos próprios atos, em que o que o sujeito faz, pensa ou sente é visto como exacerbadamente causado pelo desejo do outro e não como escolha própria. • Unidade do Eu • • • • • • - -17 Unidade do Eu Perturbação da unidade do Eu, sentida como uma ambivalência, por exemplo, ora se sente gordo, ora magro, ora bonito, ora feio etc. • Despersonalização corporal Na qual há um sentimento de estranhamento com seu próprio corpo, podendo levar à desrealização como uma angústia por não se sentir bem com o que já conquistou ou viveu (DALGALARRONDO, 2009). Para aprender mais sobre o tema, assista ao vídeo abaixo. https://cdnapisec.kaltura.com/p/1972831/sp/197283100/embedIframeJs/uiconf_id/30443981/partner_id /1972831?iframeembed=true&playerId=kaltura_player_1549887231&entry_id=1_6q2q0160 A seguir, você estudará sobre a postura e ética profissional. Mantenha-se concentrado! 3.4 Postura e ética profissional Toda conduta profissional deve passar pela ética, a qual é intimamente relacionada à moral e ao direito (GLOCK; GOLDIM, 2003). A moral se refere a regras de convívio presumidas para garantir o bom convívio entre indivíduos. O direito delimita-se pelas leis adotadas por uma sociedade em determinada área geográfica, a qual configura um Estado. Tanto são aspectos distintos, que a desobediência civil pode ser provocada justamente por um conflito entre moral e direito, pois uma lei pode chegar a ferir algum princípio moral. Neste tópico, conceituaremos ética, contextualizando antes os desejos e expectativas dos clientes em estética, assim como do custo-benefício dos procedimentos estéticos. Dessa forma, pretende-se promover a melhor conduta profissional possível. Então, vamos lá! 3.4.1 A busca pelo tratamento estético Em termos psicológicos, podemos analisar a busca por intervenções em estética a partir de dois fatores que influenciam a tomada de decisão, um é a necessidade ou motivação e outro é a expectativa de resultado. Portanto, é essencial que o profissional identifique os diversos motivos para a procura por tratamento estético e escute atentamente as expectativas expostas pelo cliente, a fim de evitar interpretações e julgamentos errados que certamente afetarão a confiança na relação profissional-cliente, podendo inclusive, levar a litígio jurídico. De maneira geral, as motivações para a procura por intervenções estéticas, assim como para qualquer comportamento, poderiam ser classificadas como internas ou externas, já as expectativas de resultados podem envolver consequências mais imediatas ou de longo-prazo (CATANIA, 1999; FALCONE; OLIVEIRA, 2012). Clique • VOCÊ QUER LER? No “Código de defesa do consumidor” há normas que garantem a proteção contra a má prestação de serviços. De acordo com o artigo 20, o prestador de serviços responde pela má qualidade, a qual torne o serviço impróprio ou inferior ao valor contratado, e também pela disparidade entre o serviço ofertado e a mensagem publicitária. Nesse caso, o consumidor pode voluntariamente escolher reexecutar o serviço sem custo adicional, obter restituição imediata do valor pago ou receber abatimento proporcional do preço (BRASIL, 1990, art. 20). - -18 envolver consequências mais imediatas ou de longo-prazo (CATANIA, 1999; FALCONE; OLIVEIRA, 2012). Clique nas setas e aprenda mais sobre o assunto. Motivações internas envolvem necessidades privadas ou individuais, já motivações externas estão mais relacionadas a necessidades baseadas no desejo dos outros. Em relação às motivações internas, tratamentos estéticos podem ser procurados, não exclusivamente, devido a uma insatisfação com a própria imagem, desconforto físico, dor ou baixa autoestima, por exemplo. Por outro lado, as motivações externas podem ser a necessidade de satisfazer os outros, carência de atenção e contato social, satisfação do parceiro ou parceira, aprovação social ou ascensão profissional. As expectativas de resultado compreenderiam os pensamentos e as crenças relacionadas ao pós-tratamento, seja este agudo ou crônico, podendo haver relatos sobre resultados mais imediatos, como em procedimentos cirúrgicos, e resultados mais duradouros ou de longo-prazo, como na aplicação de cosméticos. Em estética, os resultados podem estar relacionados à capacidade funcional de um tecido ou órgão, a aspectos físicos como manchas na pele, a aspectos emocionais envolvendo autoestima, ao alívio de dor, à maior disposição física, ao bem-estar, à saúde geral e a aspectos sociais, estes talvez os mais preponderantes. Portanto, a busca pelo tratamento estético pode ir das razões mais pessoais e íntimas até aquelas mais interpessoais e midiáticas, mas também envolve a esperança de que a demanda venha a ser satisfeita imediatamente, ou pelo menos possa ser alcançada após intervenções crônicas (TAVARES, 2003). Logo, tais processos psicossociaisimplicarão a avaliação do prognóstico relacionado a um procedimento estético. 3.4.2 Procedimentos estéticos: potencialidades e limites Quando falamos de procedimentos estéticos, entramos em um campo de potencial conflito entre o saudável e o belo (RUSSO, 2005). Se estivermos falando de saúde, uma reparação funcional é um parâmetro mais relevante, mas se falamos de estética, um padrão de beleza ou de estrutura pode acabar prevalecendo. Portanto, estabelecer alguns critérios de “normalidade” é essencial para atender às expectativas das pessoas sem prejuízo de sua saúde, ou seja, avaliar os limites e os potenciais resultados dos procedimentos. Para ilustrarmos tal conflito, tomemos como modelo para discutir as potencialidades e os limites na estética o universo da cirurgia plástica em sua perspectiva estética. A cirurgia plástica comporta uma ampla área definida por protocolos clínicos e cirúrgicos em medicina, cuja finalidade é reparar ou reconstruir partes do envoltório externo do corpo humano, implicando preferencialmente em uma melhora da qualidade de vida por meio do restabelecimento de um equilíbrio psicológico do sujeito (FERREIRA, 2000). A eficiência dos procedimentos deve ser prioritariamente avaliada a partir de evidências empíricas e parâmetros científicos, embora a satisfação pessoal entre também nessa equação. Tais evidências são estabelecidas a partir de comparações, as quais podem usar como parâmetro estruturas e funções do próprio indivíduo ou resultados em outras pessoas. Por exemplo, no caso da cirurgia reparadora, o parâmetro para o sucesso de uma restauração pode ser o quadro clínico inicial e não a comparação com algum padrão social de beleza. Contudo, isso pode não ser o suficiente quando falamos de cirurgia plástica estética, já que aspectos relacionados ao modismo e à futilidade podem estar presentes nas expectativas de resultado dos clientes. - -19 Enquanto a cirurgia reparadora propõe corrigir “anormalidades” do corpo devido a problemas congênitos, traumáticos ou por doenças priorizando restabelecer a função, a cirurgia estética é feita principalmente para aperfeiçoar a aparência modificada por fatores não patológicos, como envelhecimento e gravidez. Nota-se que a cirurgia estética pode envolver uma carga psicológica derivada muito mais do contexto social do que de uma condição fisiológica prejudicada. Isso pode decorrer em avaliação do resultado muito mais voltada para satisfação pessoal do que por uma melhora da saúde, por causa do conceito de belo ser subjetivo e depender da cultura também, embora devamos considerar que o objetivo do procedimento é sempre melhorar a qualidade de vida que impactará na saúde mental das pessoas. 3.4.3 Conduta profissional A ética pode ser entendida como a reflexão sobre as ações do ser humano e suas respectivas finalidades, considerando os parâmetros e valores usados para julgar uma atitude em diversos pontos de vista. Para saber mais sobre este tema, clique nas abas abaixo. • Ética A prática profissional deve ser embasada na ética, não se restringindo meramente a legislações e normas de uma profissão, como aquelas descritas em um código de ética. Por isso se deve refletir sobre as atitudes realizadas em uma profissão antes mesmo da prática profissional em si (GLOCK; GOLDIM, 2003). • Responsabilidade Mesmo a escolha de uma profissão podendo estar geralmente condicionada à disponibilidade de vagas no mercado, o indivíduo precisa estar ciente dos compromissos e responsabilidades vinculados àquela profissão. A ética profissional configura-se moralmente como a adesão ao conjunto de regras relacionadas ao exercício de determinada profissão, envolvendo reflexão por toda a formação acadêmica, como no aprendizado das competências e habilidades. • Profissionalismo E para aqueles que aprendem na prática? Dada a dinamicidade do mercado, as oportunidades de VOCÊ SABIA? O Instituto Ivo Pitanguy foi criado em 2005 na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro pelo professor Ivo Pitanguy, referência na área da cirurgia plástica. Lá se formaram vários cirurgiões plásticos do país. No instituto há uma preocupação não só com a reparação física, mas também psicológica. Além de contribuir para a formação profissional, há o amparo a pessoas de baixa renda na reconstrução de sua autoimagem e no restabelecimento da autoestima. Disponível em: < .http://www.iip.org.br/instituto.html> • • • - -20 E para aqueles que aprendem na prática? Dada a dinamicidade do mercado, as oportunidades de emprego e as dificuldades financeiras, nem sempre o ideal de uma formação profissional antes da prática é possível. Portanto, pode ser que você tenha que iniciar um emprego para depois, ou concomitantemente, dedicar-se aos estudos. Isso não lhe exime de ser responsável com os deveres e compromissos éticos daquela profissão. Para agir profissionalmente de acordo com esses preceitos, você pode fazer três perguntas básicas a si mesmo: “estou sendo um bom profissional?”; “estou agindo adequadamente?”; “realizo corretamente minha atividade?” (GLOCK; GOLDIM, 2003). Tal realidade é comum principalmente em empregos informais, porque podem ter um grau de exigência profissional abaixo daquela exigida em empregos formais. Portanto, há características pessoais que devemos ter para não correr o risco de cair em um antiprofissionalismo (GLOCK; GOLDIM, 2003). Primeiro, generosidade e cooperação quando trabalharmos em equipe. E mesmo que haja situações em que a atividade em si seja solitária, ela ocorre em algum contexto social. Segundo, a pró-atividade que não se restringe à mera execução da tarefa ordenada, mas à busca ativa por prestar um bom serviço, além da expectativa do cliente. Terceiro, abertura e receptividade, as quais lhe possibilitarão enxergar novas oportunidades. E quarto, autocrítica para avaliar o próprio trabalho e buscar progredir na qualidade do serviço prestado. Síntese No presente capítulo buscou-se abordar a relação entre imagem corporal e comportamento. Para tanto, foram abordadas as formas de avaliação da imagem corporal, bem como os diversos transtornos de imagem. Buscou-se, ainda, tratar das questões éticas relacionadas à postura do profissional que trabalha com estética corporal. Neste capítulo, você teve a oportunidade de: • aprender sobre a morfopsicologia e sua aplicação à estética; • conhecer técnicas para avaliação da imagem corporal e da face; • compreender os transtornos ligados à alteração de autoimagem; • aprender sobre a postura ética do profissional de estética. VOCÊ QUER VER? Uma reportagem exibida no jornal televisivo Bom dia Brasil, da Rede Globo, em 10 de setembro de 2018, apresentou o crescimento de empreendimentos estéticos em meio à crise econômica no país. Segundo dados de uma pesquisa apresentada na reportagem, há em torno de 1 milhão e 100 mil salões de beleza no Brasil, sendo que pouco mais da metade é informal. Veja mais em: .<https://globoplay.globo.com/v/7007815/programa/> • • • • - -21 Bibliografia BANACO, R. A. et al. Personalidade. In: HUBNER, M. M. C.; MOREIRA, M. B. (orgs.). :Fundamentos de psicologia temas clássicos da psicologia sob a ótica da análise do comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. BOM DIA BRASIL. . Canal Bom DiaPesquisa revela que o Brasil tem mais de 1 milhão de salões de beleza Brasil, Globoplay, exibido em 10 de setembro de 2018. Disponível em: <https://globoplay.globo.com/v/7007815 >. Acesso em: 19/11/2018./programa/ BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. DOU. Brasília, DF, 1990. CASTRO, A. L. Saúde e estética: a medicalização da beleza. . v. 5, n. 4, p. 14-23,Ver. Elet. de Com. Inf. Inov. Saúde 2011. CATANIA, A. C. : comportamento, linguagem e cognição. Tradução D. G. Souza. Porto Alegre:Aprendizagem Artmed, 1999. CHANG, L. et al. 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