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1- Leia atentamente o texto seguir:
Conforme apontam os estudos acerca dos fatos linguístico-gramaticais, o verdadeiro
conhecimento científico da língua corre sérios riscos, quando o desejo de encontrar uma
confirmação para as crenças do observador leva a uma descrição da língua absolutamente
falseada. Um exemplo disso é a concepção da Gramática Normativa acerca dos verbos
transitivos e intransitivos – o uso da língua mostra que verbos definidos pela gramática
como intransitivos podem aparecer usualmente na forma transitiva.
Assinale a alternativa abaixo que revela isso:
A) “Sônia já comeu”.
B) “Ana deu atenção às visitas”.
C) “Sônia já comeu as empadinhas”.
D) “Marilda assistiu ao filme e chorou”.
E) “Meu avô morreu uma morte tranquila”.
Justificativa: o verbo intransitivo é aquele que não precisa de um complemento para fazer
sentido. O verbo transitivo precisa de um complemento. Nessa frase, ela poderia ter
acabado no “meu avô morreu” e continuaria fazendo sentido, sendo intransitivo, mas foi
colocado um complemento, “uma morte tranquila”, sendo uma frase transitiva.
2- Segundo o conceito de gramática descritiva, saber gramática significa:
A) poder reconhecer nas expressões de uma língua as categorias, as funções e as
relações que entram em sua construção, descrevendo com elas sua estrutura interna.
Justificativa: saber gramática para a gramática descritiva é aquilo que atende às regras de
funcionamento da língua de acordo com determinada variedade linguística.
B) poder ativar e amadurecer progressivamente a própria atividade linguística.
C) conhecer e dominar as normas tanto nocionalmente quanto operacionalmente.
D) conhecer as normas da gramática normativa e os exemplos dos considerados
grandes escritores.
E) poder reconhecer as funções e as relações próprias da construção de expressões
de uma língua sem poder, contudo, descrever sua estrutura interna.
3- Assinale a alternativa, abaixo, cujo enunciado apresenta um adjetivo com função de
advérbio, de modo que seu uso estaria, então, desviando-se da normatividade terminológica
da gramática:
A) “João chegou rápido.”
Justificativa: a palavra “rápido” é um adjetivo adverbializado. Rápido dá a ideia de ser um
adjetivo para o João, mas na verdade está apenas conjugando o verbo "chegou". O adjetivo
está exercendo a função advérbio, modificando o verbo, então "rápido" seria "rapidamente".
B) “Maria dormiu profundamente.”
C) “Isto se cola facilmente.”
D) “Eurico voltou a jogar bem.”
E) “O amigo aqui não gosta muito de brincadeiras.”
4- Observe a letra da canção a seguir:
"A gente quer calor no coração;
a gente quer suar, mas de prazer:
a gente quer é ter muita saúde;
a gente quer viver a liberdade;
a gente quer viver felicidade.
É, a gente não tem cara de panaca,
a gente não tem jeito de babaca..."
Música "É" (Luiz Gonzaga Jr.)
Quanto ao uso da língua, podemos afirmar que
I- a forma “a gente” está ligada ao uso coloquial e equivale a “nós” no registro formal.
II- o uso de gíria, como “panaca” é incorreto em um texto como esse, pois é marca de
oralidade.
III- as expressões “cara de panaca” e “jeito de babaca” são próprias da linguagem coloquial
e estão corretas nesse tipo de texto.
IV- por ser letra de uma música, a gíria “babaca” deveria ser substituída por sua variante
culta “basbaque”.
Está correto o afirmado em
A) II e IV.
B) I e III.
Justificativa: neste tipo de texto, o autor é livre para se expressar, podendo escrever do seu
próprio jeito, desde que faça sentido.
C) I, somente.
D) IV, somente.
E) I, II e IV.
5- Leia as alternativas abaixo e assinale aquela que corresponde à concepção de
Gramática Internalizada:
A) É o conjunto sistemático de normas para bem falar e escrever, estabelecidas pelos
especialistas, clássicos da boa literatura.
B) É o conjunto de regras para o bom uso da língua, baseadas nas formas
consagradas pelos escritores clássicos da boa literatura.
C) É a gramática que faz uma descrição minuciosa da estrutura e funcionamento da
língua a partir de suas forma e função.
D) É a gramática que privilegia a descrição da língua oral, segundo a teoria
gerativo-transformacional.
E) É a gramática que visualiza as regras da língua a partir do que o falante de fato
aprendeu em relação ao funcionamento linguístico e do que ele lança mão ao falar.
Justificativa: a gramática internalizada é um conjunto de regras que o falante domina, sem
que ele tenha aprendido na escola.
6- Observe a situação a seguir:
Considerando que são grandes as diferenças entre o português do Brasil e o português de
Portugal, a crônica do Jô Soares “Unidos por uma mesma língua” satiriza algumas
situações embaraçosas que podem acontecer entre falantes desses dois lugares, simulando
uma entrevista entre o ex-presidente do Brasil, Itamar Franco e um repórter lusitano, sendo
esta auxiliada por um intérprete!
Leia um pequeno trecho dessa “entrevista”:
Repórter: Vossa excelência já deita ao desprezo o corrido nas celebrações do mardi-gras ou
sente-se ressabiado?
Intérprete: O senhor não dá mais importância ao que aconteceu nas comemorações do
Carnaval ou ainda está aborrecido?
Itamar: Claro que dou, mas o que interessa é desaparecer a miséria do nosso povo.
Intérprete: Óbvio que sim. Porém o que me apetece é escafeder-se a dependedura da
nossa plebe.
[...]
O trecho acima ilustra perfeitamente o tipo de Variedade
A) Dialetal, especificamente de dimensão Social.
B) Dialetal, especificamente de dimensão Territorial.
Justificativa: dialetos é uma variedade que ocorrem em função de quem faz uso da língua,
uma de suas variedades é a regional, mostrando que cada região possui sua forma de fala.
C) Dialetal, especificamente de dimensão de Grau de Formalidade.
D) de Registro, especificamente do tipo Grau de Formalismo.
E) de Registro, especificamente do tipo Modalidade (falada).
7- Provão 2001 (Adaptado) Considere o texto abaixo:
Leia atentamente o depoimento de uma professora de ensino fundamental II (5a. a 8a.)
sobre um dos conteúdos de sua sala de aula de Língua Portuguesa
Primeiro explica-se que o substantivo concreto é um ser que tem existência própria, não
depende de outro para existir, mesmo os seres imaginários. Comece com seres menos
complexos como: cadeira, livro... Depois diga que o abstrato é um ser que não tem
existência própria, precisa de um outro ser para existir. Por exemplo: o amor. É preciso que
alguém ame para o amor existir. O beijo é abstrato, porque ele depende de, no míiinimooo,
uma boca para existir. Agora passe para os mais complexos como: anjo (que conseguimos
imaginar o corpo), fada, demônio (costumo falar da imagem de chifre e garfo na mão) e
Deus, que é o mais complexo (explico que Deus, independente de crermos nele ou não, ou
ed imaginarmos a imagem dele ou não, ele existe independente de outro ser, por isso é
concreto). Costumo falar do ETs também, porque eles acham que não existem e por isso
acham que são abstratos. Depois disso, eles seguem sozinhos e erram, raramente, os
exercícios, que consistem na identificação desses substantivos.
O trabalho da professora orienta-se por uma concepção de ensino
A) advinda da linguística moderna, que considera as dimensões comunicacional,
cognitiva e metalinguística.
B) moderna, apoiada numa orientação gramatical que busca incorporar fórmulas
consagradas pela linguística.
C) sociointeracionista, apoiada numa orientação gramatical que vê a língua na dinâmica
de seu uso.
D) normativo-tradicional, sustentada numa orientação gramatical que vê na
nomenclatura possibilidades de ensino e aprendizagem.
Justificativa: a concepção de ensino é a gramática normativa, para que os alunos saibam
falar a língua corretamente aceita na sociedade em diversas situações.
E) baseada em uma orientação gramatical que valoriza as dimensões sincrônica e
diacrônica na descrição da língua.
8- Dos termos grifados abaixo qual exerce a função sintática de objeto indireto:
A) O fumo é prejudicial à saúde.
B) Conheci uma menina na casa de José.
C) O aluno está cansado de fazer exercícios.
D) Fui ao mercado de ônibus.
E) Recitei unssonetos para o público.
Justificativa: “para o público”, pois é necessário uma preposição, que seria o “o”, se a frase
fosse “Recitei uns sonetos para público” não faria muito sentido.
9- Considere as afirmativas abaixo e assinale correta:
Língua é
A) a linguagem praticada pela classe social de prestígio.
B) assistemática, concreta, individual.
C) um sistema que não apresenta variedades linguísticas.
D) um sistema de signos que reflete as ideias e a cultura de um povo.
Justificativa: a língua é um instrumento de comunicação, em cada lugar do mundo há uma
língua diferente, onde cada povo se comunica de seu jeito, refletindo em seus ideais e suas
culturas.
E) um sistema de signos que não apresenta mudanças no decorrer do tempo.
10- Considere as afirmativas abaixo e assinale correta:
A) Língua e fala são fenômenos exatamente idênticos.
B) O sistema linguístico é usado em sua totalidade pelos indivíduos.
C) A fala, por ser invariável, mantém-se independente da situação comunicativa.
D) Cada mudança (momentânea) na fala implica em mudança no sistema linguístico.
E) A gramática sistematiza a língua, ao passo que o dicionário a fixa.
Justificativa: desde os tempos que o termo “gramática” surgiu, até hoje, vem sofrendo
mudanças e conforma há essas mudanças o dicionário deve mudar, mantendo-se
atualizado.
11- Sobre os conceitos de língua, linguagem e sistema, considere as afirmativas a seguir:
I O conceito de linguagem refere-se exclusivamente à capacidade inata do indivíduo para a
comunicação.
II Sistema é entendido como um conjunto organizado de elementos, entre os quais se
constroem relações.
III A língua é um sistema gramatical, portanto, orientada por regras, e que pertence a um
grupo de indivíduos; trata-se da expressão de uma coletividade, que por meio dela concebe
o mundo que a cerca e sobre ele age. A fala, por sua vez, constitui-se como a língua em
ato, na execução individual.
Está correto o afirmado em
A) I, II e III.
B) II e III.
Justificativa: a I está errada, pois o conceito de linguagem é a forma que o humano tem
para interagir com outras pessoas, podendo ser verbal não verbal e híbrida. a II está
correta, pois o sistema é um conjunto de organização de unidade linguística. E, por fim, a III
está correta, pois é um conjunto específico de diversos códigos e palavras usados sob
regras para a melhor compreensão. E a fala é a execução da língua.
C) I e II.
D) III, somente.
E) I e III.
12- Há conflito entre as regras do sistema linguístico e as da língua padrão porque
A) o sistema concebe apenas uma realidade linguística.
B) a língua padrão opera com realidades linguísticas diversas.
C) o conceito de regra é exclusivo, para o primeiro, e inclusivo, para a segunda.
D) o conceito de regra é inclusivo, para o primeiro, e exclusivo, para a segunda.
Justificativa: no sistema linguístico não há preocupações com o certou ou o errado, sendo
inclusivo para todos, já na língua padrão há várias regras que nem todos sabem ou
possuem acesso, sendo exclusivo apenas para alguns.
E) sistema linguístico e língua padrão não se inter-relacionam.
13- Considere o seguinte texto:
Ai, se sesse!
Se um dia nós se gostasse;
Se um dia nós se queresse;
Se um dia nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse;
Se juntinho nós dois durmisse;
Se juntinho nós dois morresse
Se pru céu nós dois assubisse!?
Mas porém, se acontecesse,
Qui São Pedro não abrisse
As portas do céu e fosse, Te dize quarqué tolice?
E se eu me arrimasse. E tu cum eu insistisse,
Pra qui eu me arrezorvesse
E minha faca puchasse,
E o buxo do ce furasse?...
Tarvez qui nós dois ficasse. Tarvez qui nós dois caísse,
E o céu furado arriasse
E as Virge todas fugisse!!!
(Severino de Andrade, O poeta da luz)
Classifique as afirmativas a seguir como V (verdadeira) ou F (falsa).
I Por ser escrito em uma variedade linguística popular não pode ser um texto poético. ( )
II O texto não segue nenhuma norma linguística, ou seja, não tem coesão nem coerência. (
)
III Apesar de estar escrito em uma variedade popular, pode ser considerado um texto
poético. ( )
IV Apesar de estar escrito em uma variedade popular, o texto segue a norma culta padrão. (
)
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de afirmativas verdadeiras (V) e
falsas (F).
A) I-V, II-V, III-F, IV-V
B) I-F, II-F, III-V, IV-F
Justificativa: a I é falso, pois mesmo sendo um poema pode ser feito em variedade
linguística. A II é falsa, pois por mais que não esteja na norma padrão, há sim coesão e
coerência. A III é verdadeira, pois nos poemas pode ser utilizados as variedades
linguísticas. Por fim, a IV é falsa, pois o poema não está escrito na norma padrão.
C) I-V, II-V, III-V IV-F
D) I-F, II-F, III-V, IV-V
E) I-V, II-V, III-V, IV-V
14- Relacione o desvio gramatical grifado com a natureza linguística que lhe é própria:
(A) natureza fonológica ( 1 ) Ele não cabeu na sala.
(B) natureza morfológica ( 2 ) Parece que ele não viu-me.
(C) natureza sintática ( 3 ) Sonhos verdes o perseguiam
(D) natureza semântica ( 4 ) É muito ruim você recusar algo gratuíto.
Tendo relacionado, assinale a alternativa correta:
A) a1, b2, c3, d4
B) a2, b1, c4, d3
C) a4, b1, c2, d3
Justificativa: a4: “gratuito” está errado, não seria algo que escreveríamos, mas por estarmos
falando, não é necessário, em alguns contextos, a gramática normativa. b1: a flexão do
verbo está incorreta. c2: ao falar “viu-me” face a face, se torna estranho para o ouvinte. d3:
pois tem todo um significado por trás da frase, e a semântica estuda o significado das
palavras.
D) a4, b1, c3, d2
E) a2, b4, c3, d1
15- A frase “Ana desprezeu Ricardo” não é bem formada porque desobedeceu a uma regra
A) morfológica, a que estipula que desprezar não pode ter a forma desprezeu, pois é
um verbo de primeira conjugação, e não de segunda.
Justificativa: sendo assim, o certo seria “Ana desprezou Carlos”.
B) sintática, a que exige concordância de gênero e número.
C) semântica e transmite um conteúdo implausível.
D) morfológica e transmite um conteúdo implausível.
E) sintática, a que estipula que desprezar não pode ter a forma desprezeu, pois é um
verbo de primeira conjugação, e não de segunda.
16- Assinale a afirmativa que não está mal estruturada, ou seja, aquela que o falante
reconhece como bem construída sintaticamente:
A) Segundo a imaginação popular, os cientistas, que são normalmente pessoas sérias,
com cabelos grisalhos despenteados e andam sempre acompanhados de pesados óculos
de grau.
B) Com uma população de 9.000 habitantes, a cidade, que se divide meio a meio entre
a zona rural e a zona urbana, desenvolve-se economicamente.
Justificativa: sintaticamente, a relação das palavras dentro da frase está bem estruturada,
possui sentido e está na ordem certa.
C) A possibilidade de passar algumas horas da semana envolvidos com experiências e
estudos teóricos, que apesar de simples exigem concentração.
D) A exploração, com desenvoltura, de formas de pura abstração geométrica pelo
artista foi a marca de suas obras no último período.
E) A realização da primeira feira de ciência da cidade, que reuniu os 610 alunos da
escola e envolveu a prefeitura.
17- Sabe-se que na língua portuguesa o advérbio é palavra invariável em gênero e número.
Porém, apresenta uso no diminutivo, se justificado estilisticamente.
Isso ocorre em:
A) Minha amiga parece meia triste hoje.
B) Ele foi correndinho atender a porta.
C) Esse cachorro é um ladrãozinho sem-vergonha!
D) Vou agorinha mesmo fazer isso pra você.
Justificativa: “agorinha” é o diminutivo de “agora” com o emprego do sufixo “inha”, isso é
variação do verbo no grau superlativo, que assume a forma do diminutivo, dando mais
intensidade a frase.
E) Acho que hoje em dia tem menas pessoas honestas do que antigamente.
18- O enunciado a seguir apresenta um defeito de coesão que gera uma ocorrência
semântica.
Lula vai reunir-se com George Busch. Ele vai exigir do congresso dos Estados Unidos uma
solução para o problema.
Em função da afirmação feita a respeito do enunciado, assinale a afirmativa correta:
A) O defeito não éde coesão, mas apenas de natureza sintática, e isso não gera
defeito semântico.
B) O defeito de coesão gera um problema de polissemia.
Justificativa: se ele vai se reunir com o presidente, não é necessário repetir novamente que
ele vai se encontrar com o congresso dos Estados Unidos.
C) O defeito de coesão não gera um problema de polissemia.
D) O defeito de coesão gera uma homonímia, mas não interfere no sentido do
enunciado.
E) O mau emprego do pronome “ele” não acarreta qualquer ambiguidade de sentido ao
enunciado.
19- Assinale o período em que foi empregado o pronome relativo inadequado:
A) Ele é uma pessoa de cuja honra poucos duvidam.
B) O juiz perante o qual comparecemos foi correto.
C) O papel a que me refiro é aquele ali.
D) O moço de cujo lhe falei ontem é este.
justificativa: neste caso, a palavra “cujo” não possui uma preposição antes.
E) Ela é a mulher de quem emprestei o material.
20- Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais:
I na seleção dos conteúdos de análise linguística, a referência não pode ser a gramática
tradicional.
II o modo de ensinar a gramática deve corresponder a uma prática que parte da reflexão
produzida pelos alunos e aproximar-se, pela mediação do professor, do conhecimento
gramatical produzido.
III mais do que se pensar sobre a necessidade de ensinar gramática na escola, é preciso
que se pense sobre o que, para que e como ensiná-la.
Está correto o afirmado em
A) I, somente.
B) II e III.
C) I e III.
D) I, II e III.
Justificativa: a I está correta, pois na análise linguística não se deve apenas olhar para a
gramática tradicional, deve se abranger além dela. A II está correta, pois o ensino da
gramática parte-se da iniciativa dos alunos e do professor. A III está correta, pois ao dar
aula sobre a língua materna para falantes da língua, é importante pensar antes como
fazê-la.
E) I e II.
21- Provão 2001 (Adaptado)
Considere o texto abaixo: Ensinar gramática. In: Flávia de Barros Carone
Onde é que a gente vai agora, vó?
Lá na padaria da praça comprar um pão gostoso.
Silêncio pensativo no banco de trás. E então:
Perto da minha casa também tem uma padaria. Os pão lá é muito bom.
Momentos de indecisão. ignorar ou corrigir? Compulsivamente:
Sabe, meu querido, a gente fala assim ó: OS PÃES SÃO MUITO BONS. Um pão, dois
PÃES. O pão é bom, os PÃES são bons.
Novo silêncio pensativo no banco de trás. E então:
Quer dizer, vó, que PÃES é DOIS PÃO?
Tomando como parâmetro a norma culta da língua, a autora apresenta um caso de
concordância no interior do sintagma nominal. Considerando-se esse contexto linguístico, é
correto afirmar que a avó espera que, quanto à concordância nominal, o neto aprenda
A) os aspectos morfossintáticos, e o neto atende integralmente a essa expectativa.
B) o aspecto semântico, e o neto atende a essa expectativa, pois usa marca
não-redundante de plural.
C) os aspectos morfossintáticos e semânticos, e o neto atende a essa expectativa
plenamente quanto ao aspecto morfossintático, mas parcialmente quanto ao aspecto
semântico.
D) os aspectos morfossintáticos e semânticos, e o neto atende integralmente a essa
expectativa, pois a marca não-redundante de plural veicula o mesmo conteúdo semântico
que a marca redundante.
E) os aspectos morfossintáticos e semânticos, e o neto atende a essa expectativa
plenamente quanto ao aspecto semântico, mas parcialmente quanto ao aspecto
morfossintático.
Justificativa: o neto consegue fazer com que a frase tenha sentido, porém erra ao falar “os
pão” ao invés de “os pães”.
22- A Gramática Normativa prescreve a norma culta da língua e seu foco principal é a
escrita, pois quando considera aspectos da oralidade é apenas para ressaltá-los como o
que se deve evitar ou para abordar aspectos que correspondam, por exemplo, à boa
pronúncia da língua.
Considerando tal afirmação, leia as alternativas abaixo e assinale aquela que apresenta um
enunciado inaceitável ou agramatical para a Gramática Normativa:
A) “Me empresta a sua borracha?”
B) "Você quer que eu ponho as laranjas na cozinha?”
C) “Pela atenção e carinho eu muito agradeço-te.”
D) “O chefe pediu para mim dizer a vocês que está tudo bem.”
E) Todas os enunciados anteriores são considerados inaceitáveis ou agramaticais para
a G.N.
Justificativa: pois eles fogem das regras da gramática normativa, como por exemplo, a frase
“O chefe pediu para mim dizer a vocês que está tudo bem.”, a palavra “mim” está conjugada
errado, o certo seria “...para eu…”.
23- Leia o poema abaixo:
PRONOMINAIS
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
(Oswald de Andrade)
Sobre o poema acima, considere as seguintes afirmativas:
I O poema opõe a noção de Gramática aprendida na escola ao uso real da língua pelos
falantes.
II O último verso feriu as leis da sintaxe da língua portuguesa e por isso deveria ter sido
corrigido pelo autor antes de sua publicação.
III Os três primeiros versos fazem menção ao fato de que, de acordo com a gramática
normativa tradicional, o pronome oblíquo "me" não pode iniciar orações, sendo incorreto o
uso da próclise.
Das afirmativas acima,
A) I é verdadeira.
B) II é verdadeira.
C) III é verdadeira.
D) II é falsa.
Justificativa: o último verso NÃO fere as leis da sintaxe da língua portuguesa, há um sentido
e está bem estruturada.
E) I e II são verdadeiras.
24- Enem 2005 (Adaptado)
As dimensões continentais do Brasil são objeto de reflexões expressas em diferentes
linguagens. Esse tema aparece no seguinte poema:
“(....)
Que importa que uns falem mole descansado
Que os cariocas arranhem os erres na garganta
Que os capixabas e paroaras escancarem as vogais?
Que tem se o quinhentos réis meridional
Vira cinco tostões do Rio pro Norte?
Junto formamos este assombro de misérias e grandezas,
Brasil, nome de vegetal! (....)”
(ANDRADE, M. Poesias completas. 6.ed. São Paulo: Martins Editora, 1980.)
O texto poético ora reproduzido trata das diferenças brasileiras no âmbito das variações
A) distrásticas lexicais.
B) fonológicas e lexicais regionais.
Justificativa: o poema fala sobre os sons da língua (fonológico) e é escrito com palavras que
têm o mesmo significado, mas dependendo da região, é escrito/falado de forma diferente,
mostrando a diversidade de cada região.
C) fonológicas regionais.
D) socioeconômicas.
E) diatópicas lexicais.
25- Provão 2002 (Adaptado) Considere o texto abaixo, de Hélio Schwartsman.
O animal que ri
O escritor Arthur Koestler, que escreve o verbete “humor” da “Encyclopaedia
Britannica”, traz outras preciosas indicações. Retomando a discussão sobre a “gramática”
do humor, ele afirma que rimos quando percebemos um choque entre dois códigos de
regras ou de contextos, todos consistentes, mas excludentes entre si.
Um exemplo: O masoquista é uma pessoa que gosta de banho frio pelas manhãs e,
por isso, toma uma ducha quente”. Sei que é um pouco ridículo explicar a piada, mas...
Aqui, o fato do sujeito da anedota ser um masoquista, subverte a lógica normal,
invertendo-a. Obviamente, a lógica normal não coexiste com seu reverso. Daí a graça da
pilhéria. Uma variante do mesmo padrão, mas com dupla inversão é: “O sádico é a pessoa
que é gentil com o masoquista”. Essa estrutura está presente em todas as piadas. Até no
mais infame “trocadilho”, que possa se conceber, há um choque entre dois contextos, um do
significado e o de seu som: “A ordem dos tratores não altera o viaduto”.
Mas essa “gramática” só da conta da estrutura intelectual e há outros aspectos em
jogo. Até bebês riem. Há, além do lado intelectual, uma dinâmica emocional no humor. Ele
de alguma forma se relaciona com a surpresa.
Os sintagmas nominais listados abaixo foram retirados do texto. A alteração da ordem do
adjetivo em relação ao substantivo resulta em uma expressão aceitável, no contexto dado
somente em uma das alternativas apresentadas a seguir. Assinale a alternativa correta:
A) um banho frio.
B) a lógica normal.
C) as preciosas indicações.
Justificativa:se fosse “as indicações preciosas” ainda continuaria fazendo sentido e será
uma expressão aceitável.
D) a estrutura intelectual.
E) uma dinâmica emocional.
26- Provão 2001 (adaptado)
-Que já houve um tempo em que eles conversavam, entre si e com os homens, é certo e
indiscutível, pois que bem comprovado nos livros das fadas e carochas. Mas, hoje-em-dia,
agora, agorinha mesmo, aqui, aí, ali e em toda parte, poderão os bichos falar e serem
entendidos, por você, por mim, por todo o mundo, por qualquer um filho de Deus?
- Falam, sim senhor, falam!... - Afirma o Manoel Timborna, das porteirinhas, filho do
Timborna velho, pegador de passarinhos (...)
Esse é o início do conto “Conversa de bois”, do livro Sagarana, de Guimarães Rosa. O título
do conto e o assunto explorado nesse fragmento sugerem um elemento fundamental na
concepção de linguagem do autor, o fato de
A) a linguagem não é tratada apenas como convenção, pois pode ser entendida como
expressão originária das próprias coisas.
Justificativa: a linguagem pode dar início às expressões originárias.
B) as falas regionais devem ser transcritas no discurso literário para assim lhe
emprestarem a vivacidade típica da linguagem oral.
C) as palavras são entidades misteriosas para aqueles que não dispõem de um
conhecimento sistemático do modo como devem se articular dentro de uma língua.
D) o mundo da natureza tem linguagens intraduzíveis, razão pela qual as palavras de
uma língua não são capazes de descreve-lo.
E) a significação precisa do discurso, requer empenho na utilização adequada de cada
palavra, ou seja, na ênfase dada ao seu sentido denotativo.
27- Provão 2001 (adaptado) Considere o texto abaixo, de Hélio Schwartsman.
O animal que ri
O escritor Arthur Koestler, que escreve o verbete “humor” da “Encyclopaedia
Britannica”, traz outras preciosas indicações. Retomando a discussão sobre a “gramática”
do humor, ele afirma que rimos quando percebemos um choque entre dois códigos de
regras ou de contextos, todos consistentes, mas excludentes entre si.
Um exemplo: O masoquista é uma pessoa que gosta de banho frio pelas
manhãs e, por isso, toma uma ducha quente”. Sei que é um pouco ridículo explicar a piada,
mas... Aqui, o fato do sujeito da anedota ser um masoquista, subverte a lógica normal,
invertendo-a. Obviamente, a lógica normal não coexiste com seu reverso. Daí a graça da
pilhéria. Uma variante do mesmo padrão, mas com dupla inversão é: “O sádico é a pessoa
que é gentil com o masoquista”. Essa estrutura está presente em todas as piadas. Até no
mais infame “trocadilho”, que possa se conceber, há um choque entre dois contextos, um do
significado e o de seu som: “A ordem dos tratores não altera o viaduto”.
Mas essa “gramática” só da conta da estrutura intelectual e há outros
aspectos em jogo. Até bebês riem. Há, além do lado intelectual, uma dinâmica emocional no
humor. Ele de alguma forma se relaciona com a surpresa.
No texto, Schwartsman defende a existência de uma gramática do humor. Justifica-se o
uso da palavra gramática pelo emprego da expressão grifada na seguinte passagem:
A) ...rimos quando percebemos um choque entre dois códigos de regras ou de
contextos...
B) Essa estrutura está presente em todas as piadas.
Justificativa: quando ele diz “essa estrutura” ele está querendo dizer que a estrutura é a
gramática.
C) ...subverte a lógica normal, invertendo-a.
D) Há, além do lado intelectual, uma dinâmica emocional no humor.
E) ...de alguma forma se relaciona com a surpresa.
28- Provão 2001 (adaptado) Considere o texto abaixo, de Hélio Schwartsman.
O animal que ri
O escritor Arthur Koestler, que escreve o verbete “humor” da “Encyclopaedia
Britannica”, traz outras preciosas indicações. Retomando a discussão sobre a “gramática”
do humor, ele afirma que rimos quando percebemos um choque entre dois códigos de
regras ou de contextos, todos consistentes, mas excludentes entre si.
Um exemplo: O masoquista é uma pessoa que gosta de banho frio pelas
manhãs e, por isso, toma uma ducha quente”. Sei que é um pouco ridículo explicar a piada,
mas... Aqui, o fato do sujeito da anedota ser um masoquista, subverte a lógica normal,
invertendo-a. Obviamente, a lógica normal não coexiste com seu reverso. Daí a graça da
pilhéria. Uma variante do mesmo padrão, mas com dupla inversão é: “O sádico é a pessoa
que é gentil com o masoquista”. Essa estrutura está presente em todas as piadas. Até no
mais infame “trocadilho”, que possa se conceber, há um choque entre dois contextos, um do
significado e o de seu som: “A ordem dos tratores não altera o viaduto”.
Mas essa “gramática” só da conta da estrutura intelectual e há outros
aspectos em jogo. Até bebês riem. Há, além do lado intelectual, uma dinâmica emocional no
humor. Ele de alguma forma se relaciona com a surpresa.
Assinale a alternativa em que a palavra gramática apresenta sentido equivalente ao
utilizado no texto, se empregada em relação à língua:
A) Gramática é um conjunto de regras que devem ser seguidas por aqueles que
querem falar e escrever corretamente.
B) Gramática é um conjunto de regras que o linguista estabelece a partir de textos
escritos, usando uma certa teoria e um certo método.
C) Gramática é um conjunto das leis que regem o funcionamento da língua e de que o
falante faz uso ao falar e escrever.
Justificativa: gramática é um conjunto de prescrições de regras tanto para a língua escrita
quanto para a falada.
D) Gramática é compêndio que usamos para saber o que é certo ou errado na nossa
língua.
E) Gramática são regras avaliadas positivamente pela comunidade linguística e que
devem servir de base para o ensino da língua.
29- Provão 2001 (adaptado) Considere o texto abaixo, de Hélio Schwartsman.
O animal que ri
O escritor Arthur Koestler, que escreve o verbete “humor” da “Encyclopaedia
Britannica”, traz outras preciosas indicações. Retomando a discussão sobre a “gramática”
do humor, ele afirma que rimos quando percebemos um choque entre dois códigos de
regras ou de contextos, todos consistentes, mas excludentes entre si.
Um exemplo: O masoquista é uma pessoa que gosta de banho frio pelas
manhãs e, por isso, toma uma ducha quente”. Sei que é um pouco ridículo explicar a piada,
mas... Aqui, o fato do sujeito da anedota ser um masoquista, subverte a lógica normal,
invertendo-a. Obviamente, a lógica normal não coexiste com seu reverso. Daí a graça da
pilhéria. Uma variante do mesmo padrão, mas com dupla inversão é: “O sádico é a pessoa
que é gentil com o masoquista”. Essa estrutura está presente em todas as piadas. Até no
mais infame “trocadilho”, que possa se conceber, há um choque entre dois contextos, um do
significado e o de seu som: “A ordem dos tratores não altera o viaduto”.
Mas essa “gramática” só da conta da estrutura intelectual e há outros
aspectos em jogo. Até bebês riem. Há, além do lado intelectual, uma dinâmica emocional no
humor. Ele de alguma forma se relaciona com a surpresa.
O efeito humorístico do trocadilho “A ordem dos tratores não altera o viaduto” é obtido pelos
vínculos que mantém com o enunciado matemático (A ordem dos fatores não altera o
produto).
A frase “A ordem das escavadeiras não altera o túnel” deixa de explorar um vínculo
fundamental para o efeito do humor.
Esse vínculo é de natureza
A) sintática.
B) semântica.
C) fonética.
Justificativa: pois os sons da combinação dessa frase não tem o mesmo efeito que “A
ordem dos fatores não altera o produto”.
D) morfológica.
E) textual.
30- Provão 2002 (Adaptado) Considere o texto que se segue:
Meio dia e meia
Acho muito simpática a maneira da Rádio Jornal do Brasil anunciar a hora: “onze e meia” no
lugar de “vinte e três e trinta”, “um quarto para as cinco” em vez de “dezesseis e quarenta e
cinco”. Mas confesso minha implicância com aquele “meio dia e meia”.
Sei que “meio dia e meio” está errado; “meio” se refere à hora e tem que ficar no
feminino. Sim, “meio dia e meia”, está certo. Mas a língua é como a mulher de César: não
lhe basta ser honesta, convém que o pareça. Aquele “meia” me dá ideia de teste de colégiopara pegar o estudante distraído. Para que fazer da nossa língua um alçapão?
Lembrando um conselho que me deu certa vez um amigo boêmio quando lhe
perguntei se certa frase estava certa (“Olhe, Rubem, faça como eu, não tope parada com a
gramática: dê uma voltinha e diga a mesma coisa de outro jeito”), eu preferiria dizer “doze e
meia” ou “meio dia e trinta”, sem nenhuma afetação. Aliás, a língua da gente não tem
apenas regras: tem um espírito, um jeito, uma pequena alma que aquele “meio dia e meia”
faz sofrer. E, ainda que seja errado, gosto da moça que diz: “estou meia triste...”. Aí sim,
pelo gênio da língua, o “meia” está certo.
Considere os enunciados 1 e 2:
1 Acho muito simpática a maneira da Rádio Jornal do Brasil anunciar a hora.
2 E, ainda que seja errado, gosto da moça que diz: “estou meia triste...”. Aí sim, pelo gênio
da língua, o “meia” está certo.
Segundo Ataliba T. de Castilho, a norma tanto pode representar um uso linguístico concreto
que corresponde ao dialeto social praticado pela classe de prestígio – caso em que é
chamada “padrão real” –, quanto representar a atitude que o falante assume em face da
norma objetiva – caso em que é também chamada “padrão ideal”.
Aplicando-se esse conceito à análise dos enunciados 1 e 2 acima, é correto afirmar que
A) o cronista reconhece no “gênio da língua” a noção de padrão ideal, que aparece no
enunciado 2.
B) no enunciado 1 o cronista se orienta pelo padrão ideal, em contraste com o
enunciado 2, em que ele valoriza o padrão real.
Justificativa: no enunciado 1 há o uso do padrão ideal, que é o que se esperar ser, e no
enunciado 2 há o uso do padrão real, que mostra com realmente é.
C) o enunciado 1 é um caso concreto de padrão ideal, e o enunciado 2 condena
explicitamente esse mesmo padrão.
D) ao produzir o enunciado 1, uma manifestação concreta do padrão ideal, o cronista
reafirma, na prática, as afirmações contidas no enunciado 2, que remetem à rejeição do
padrão real.
E) o enunciado 1 é um caso concreto de padrão real, e o enunciado 2 manifesta a
defesa desse mesmo padrão.

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