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Anestesias espinhais Anestesia epidural • Anestesia epidural ou peridural – Obtida por injeção de anestésico local no espaço epidural, compreendido entre a dura-máter e o canal vertebral; – É a técnica de anestesia regional utilizada com mais frequência, devido à sua facilidade e relativa segurança; Massone (2012) Anestesia epidural • Anestesia dos nervos espinhais e da medula – Banhados pelo anestésico local; – Nervos dorsais: sensitivos; – Nervos ventrais: motores; Anestesia epidural • Canal vertebral é um tubo e a medula outro tubo que está dentro do canal vertebral. O espaço entre esses dois tubos é o espaço epidural, que possui pressão negativa (vácuo); Skarda & Tranquilli, 2013 Anestesia epidural • Indicações – Cirurgias abdômen caudal • Membros pélvicos • Coxal • Região anal • Região Perianal • Região caudal Anestesia epidural • Indicações – Amplamente utilizada em cirurgias ortopédicas de membros pélvicos e cirurgias de abdômen caudal; – Cirurgias invasivas com o paciente em anestesia leve; Os volumes administrados atingem esses segmentos da medula Por que não aumentar o volume? Os bloqueios atingem regiões tóraco-lombares, com bloqueio da inervação simpática, com bradicardia e hipotensão Anestesia epidural TÉRMINO DA MEDULA: BOVINOS: S2 - S3 EQUINOS: S1 - S2 CARNÍVOROS: L6 – L7 Anestesia epidural – Pequenos animais Anestesia epidural – Pequenos animais Agulha no espaço epidural Anestesia epidural – Pequenos animais Massone (2002) Anestesia epidural – Pequenos animais Anestesia epidural – Pequenos animais Administração lenta - Hipotensão Anestesia epidural - Equinos Término da medula: S1 - S2 Co1 – Co2 – Primeiro espaço intercoccígeo Anestesia epidural - Equinos Primeira depressão mediana caudal ao sacro Anestesia epidural - Equinos Anestesia epidural - Equinos Anestesia epidural - Equinos Anestesia epidural - Equinos A perda de sensibilidade – Depende da dose Lidocaína 2% 0,26 a 0,35 mg/Kg Anestesia epidural - Bovinos Término da medula: S2 – S3 Anestesia epidural - Bovinos Entre a primeira e segunda vértebra coccígea Anestesia epidural - Bovinos Volume: Lidocaína 2% (1 mL para cada 100 Kg) Anestesia epidural - Bovinos A – Processo articular B – Ligamento amarelo C - Espaço epidural D – Dura-mater Anestesia epidural • Volume em pequenos animais – 0,2 a 0,3 mL/Kg até 20 Kg – Depois complementar 1 mL para cada 10 Kg Relação do tamanho do espaço com o peso não é linear Exemplo: Paciente com 32 Kg 0,25 ml/Kg – Até 20 Kg – 5,0 mL 1mL – 10 Kg; 1,2 mL – 12 Kg Volume total = 6,2 mL Anestesia epidural • Volume em pequenos animais – Tamanho da coluna (occipital à base da coluna) 0,15 mL / 10 cm Cesarianas: 0,20 ml/Kg – Estímulo hormonal dilata os vasos do espaço epidural reduzindo-o e facilitando a ascensão do anestésico Anestesia epidural • Fármacos – Anestésicos locais – São um grupo de compostos quimicamente relacionados que se ligam reversivamente aos canais de sódio e bloqueiam a condução de impulsos nas fibras nervosas. – A analgesia da área dessensibilizada não só é completa com o uso dessas técnicas, como também impede a sensibilização secundária imediata (central) à dor. Skarda & Tranquilli, 2013 Anestesia epidural • Fármacos – Lidocaína VERSÁTIL – Bupivacaína 0,5% • 0,20 ml/Kg • Tempo de duração maior Anestesia epidural • Contra-indicações – Sepse: Acesso ao espaço epidural pode promover sangramento e contaminação central, devido a bacteremia; – Pacientes imunossuprimidos: risco de contaminação; – Distúrbios de coagulação: pelo sangramento no canal vertebral – Fraturas em vértebras e pelve que impossibilitem o posicionamento ou que possam lesionar estruturas importantes; – Contaminação da pele, como sarnas, piodermites, no local da punção; Anestesia epidural • Efeitos deletérios – Hipotensão e bradicardia (estímulação simpática); – Paralisia prolongada e atraso na locomoção; – Hipomotilidade e retenção urinária; – Risco de lesão e contaminação • Se não forem respeitadas as normas de antissepsia e destreza da técnica Anestesia epidural • Epidural em castrações – Inervação de ovários e testículos tem origem mais cranial (T12-L2) podendo não ser bloqueada com a epidural; – Analgesia e bloqueio da parede abdominal excelentes; – Custo benefício Anestesia epidural • Efeitos Benéficos – Anestesia e analgesia excelentes; – Procedimentos com anestesia em planos leves; – Recuperação tranquila e analgesia prolongada (morfina) ANESTESIA BALANCEADA Anestesia epidural • Associação de anestésicos locais com opióides – Morfina (0,1 mg/Kg) em associação com AL; – 0,1 mg/Kg diluída em 0,25 ml/Kg de solução fisiológica; – Analgesia de 12 horas Anestesia Raquidiana • Raquianestesia ou subaracnoidéa é a administração do anestésicos local diretamente no liquor (abaixo da duramáter); • Tem como vantagem um bloqueio mais rápido, de melhor qualidade e com menos anestésicos; • A punção não realizada corretamente pode lesar a medula, e o risco de contaminação é maior; Conclusão • Excelente para cirurgias ortopédicas e de abdômen caudal; • Aconselhada quando não houver contra-indicação; • Menor consumo de anestésicos, maior segurança; – Anestesia multimodal