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Microbiologia - aula 13 M2 - Isabella Machado Pessanha Alves HISTÓRICO - Ausência de ribossomos ou quaisquer organelas; - Não possuem potencial bioquímico para produção de energia; - Século XIX: teoria microbiana das doenças (Pasteur); - Transmissível após passar por filtros que retém bactérias (Dimitri Ivanofsky, 1887); - TMV – marco inicial da virologia (Beijerinck, 1892); - Primeira doença viral humana: febre amarela (Walter Reed, 1901); - Partículas vivas? Existem pesquisadores que acham que não são partículas vivas e tem outros que acham. DEFINIÇÃO - Partículas filtráveis; - Multiplicação exclusiva em célula hospedeira utilizando a maquinaria proteica desta; - Contém um único tipo de ácido nucleico; - Contém envelope proteico, algumas vezes também envolvido por envelope composto por carboidratos, lipídeos e proteínas); - Extracelular: partículas inertes; - Intracelular: replicação viral. DIFERENÇAS ENTRE VÍRUS E BACTÉRIAS VÍRUS • Maquinaria enzimática escassa - Utilizam parte do arsenal da célula hospedeira; - Sítios de ação de antivirais; - Risco de toxicidade para a célula hospedeira, uma vez que, grande parte dos antivirais tem como ação processos e enzimas que são especificas da célula hospedeira. • Especificidade de hospedeiro - Se a célula hospedeira tiver receptores ou estruturas de membrana plasmática que possam se ligar/receber esses vírus. • Receptores ou estruturas da membrana plasmática Estrutura e Replicação Viral ESTRUTURA VIRAL • Capsídeo - Proteção do material genético (capsômeros) e especificação do hospedeiro. • Envelope (alguns) - Glicoproteínas, fosfolipídeos (célula hospedeira, resistência a agentes físicos e químicos, especificação do hospedeiro). COMPOSIÇÃO - Capsídeo é uma reunião das proteínas formando uma estrutura externa que protege o material genético • Vírus Não envelopado - Só tem o material genético e o capsídeo externamente composto por proteínas • Vírus Envelopado - Além do capsídeo, observa-se também um envelope externo composto de glicoproteínas e fosfolipídeos MORFOLOGIA DO VÍRUS 1. Rhabdovírus - Vírus da raiva 2. Poxvirus - Vírus do molusco contagioso 3. Calicivirus - Relacionado a uma gripe felina, que atinge gatos 4. Orthomyxovirus - Apresenta várias famílias de Influenza (A, B C e D) 5. Ebola 6. Marburg - Relacionada a Febre Hemorrágica de Marburg CLASSIFICAÇÃO - De acordo com o tipo de de ácido nucléico (RNA ou retrovírus e DNA) - De acordo com a estratégia de replicação, ou seja, desde o processo de absorção da membrana plasmática e o processo de entrada na célula cada vírus tem uma estratégia de replicação diferente. - De acordo com a morfologia, ou seja, a forma REPLICAÇÃO - Inerte fora da célula hospedeira - Material genético codifica proteínas estruturais e enzimas - Ribossomos, RNAt, ATP - célula hospedeira - Destruição (ciclo lítico) x manutenção da célula hospedeira (ciclo lisogênico) • Etapas 1. Ligação (receptores específicos) 2. Adsorção 3. Penetração - Fusão (HIV, Paramixovirus) - Endocitose (Influenza) - Penetração direta (Poliovirus, Rotavirus) 4. Desnudamento (digestão celular, lisossomos) 5. Biossíntese (integração, transcrição, tradução) 6. Maturação 7. Liberação LIGAÇÃO - Receptores específicos PENETRAÇÃO E DESNUDAMENTO - Endocitose e lise da membrana do endossoma - Endocitose com injeção do genoma no citosol - Endocitose seguida por fusão de membranas - Entrada por fusão de membranas - Entrada por translocação - Resumindo: Após a ligação específica entre o vírus e o receptor, ocorre a p e n e t r a ç ã o. E e s s a p e n e t r a ç ã o, dependendo do vírus vai acontecer de forma diferenciada RESUMO DAS ETAPAS 1. Observa-se a ligação do vírus mediante ao reconhecimento de receptores específicos da membrana plasmática 2. Entrada, ou seja, a penetração do vírus 3. Liberação desse material genético (na imagem é o DNA) 4. Tem o desnudamento 5. Como é necessário montar novos capsídeos, e os capsídeos são feitos de proteína, então esse DNA precisa ser transcrito em RNA mensageiro que vai utilizar os ribossomos presentes na célula hospedeira, e a partir daí haver a tradução desse RNA mensageiro pra novas proteínas 6. Empacotamento do material genético 7. Liberação desses vírus a partir da célula hospedeira - Tem drogas que são utilizadas nos tratamentos de infecções virais. - No primeiro momento existe o reconhecimento, adsorção, penetração do vírus, desnudamento. E as etapas tanto de replicação e transcrição da síntese de proteínas e da reunião dessas partículas virais novamente, na montagem de novas partículas. - As etapas de desnudamento, replicação, transcrição, são sítios alvo de antivirais, ou seja, na etapa de transcrição pode ser usada interferon, na etapa de replicação pode ser usado análogos de nucleotídeo. - Essas etapas vão necessitar de arsenal de estruturas e de enzimas que são inerentes a célula hospedeira, aí tendo risco de toxicidade. - Cada etapa no processo de replicação viral está relacionado ao processo e a enzimas que existem no interior da célula hospedeira, e portanto as drogas antivirais elas vão tentar inibir esse processo de replicação viral, interferindo em uma dessas etapas. Como essas etapas são estruturas internetês a celular hospedeira, portanto existe uma interferência na célula hospedeira no sentido de que esses tinireis são direcionados pra estruturas e enzimas que são inerentes a células hospedeiras. BACTERIÓFAGOS - Vírus que são específicos e só vão infectar bactérias - Podem ter 2 ciclos, o ciclo lítico (leva a lise, a destruição da célula bacteriana), e o ciclo lisogênico (o material genético do vírus é incorporado ao DNA da bactéria e fica no estado de lisogenia) - Os bactériófagos a partir da interação especifico com a parede celular bacteriana injeta o seu material genético e pode seguir por dois momentos: 1. Vai injetar o seu material genético, múltiplas copias dele mesmo e uma montagem de novas partículas virais é feita e pra que haja nova liberação dessas partículas virais, deve haver a Lise da célula, e portanto confere ao ciclo lítico. 2. Em outro momento, o material genético do bacteriófago é incorporado ao DNA cromossômico e fica ali integrado no estado de lisogenia, caracterizando o ciclo lisogênico. - Pode haver a saída do DNA viral que está incorporado ao DNA cromossômico da bactéria e ele se multiplicar e seguir para o ciclo lítico TRANSMISSÃO DOS VÍRUS - Penetração - Pele (picada de insetos - febre amarela; mordida de animais - raiva; injeções-hepatite; transfusões - SIDA) - Árvore respiratória (Influenza, varíola, sarampo, rubéola) - Tubo digestivo (enterovírus, hepatite A ) - Conjuntiva (adenovírus, herpes) INFECÇÕES LATENTES/PERSISTENTES - Varicela - HIV/SIDA (HIV 1-2) - Sarampo: Panencefalite subaguda esclerosante (rara e crônica; crianças e adultos jovens) - CMV - HTLV - Hepatite B - Hepatite C VÍRUS E CÂNCER - Epstein-Barr: linfoma de Burkitt, doença de Hodgkin, leiomiosarcoma. - Hepatite B e C: hepatocarcinoma - HPV: câncer de colo uterino - Herpes vírus 8: Sarcoma de Kaposi - Mecanismos decorrentes da patogenicidade: inibição de apoptose, integração ao genoma da célula, etc. DIAGNÓSTICO • Isolamento - Cultivo em animais - Ovos embrionados - Culturas de células - Suspensão de bactérias • Sorologia PREVENÇÃO - Vacinas (pólio, varicela, sarampo, caxumba, rubéola, febre amarela, rotavirus, hepatite A, hepatite B, gripe, raiva) - Contato (máscaras, luvas) - Antivirais (profilaxia pós exposição)
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