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Parasitologia - Larva Migrans

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Após duas mudas, a larva não se
alimenta mais e se transforma no estádio
infectante (L3). Este sobrevive semanas e
até meses no solo. A partir disso, os
ancilostomídeos penetram a pele do
homem em contato com o solo
contaminado.
Com a penetração, aparece uma lesão
eritemopapulosa que evolui para um
aspecto vesicular, e a larva em sua
migração pelo tecido cutâneo deixa um
rastro saliente e com prurido, por conta
da destruição da camada germinativa de
Malpighi.
O rastro deixado pela larva confere um
aspecto parecido de um mapa, por isso a
analogia com o nome “bicho geográfico”.
O trajeto acompanha uma reação
inflamatória na qual encontram-se
células eosinófilas e mononucleadas.
A duração é bastante variável, pode
desaparecer em dias ou em meses. É
mais frequente nas partes em maior
contato com o solo: pés, mãos e
antebraços. 
Para o diagnóstico, não há necessidade
de exames específicos, porque é bem
característico o aspecto dermatológico
na pele. 
A larva migrans é uma infecção comum
de animais domésticos como cães e
gatos, sendo o homem um hospedeiro
anormal.
Nos humanos, a larva não consegue
completar seu ciclo para verme adulto e
fica migrando no tecido cutâneo (larva
migrans cutânea) ou visceral (larva
migrans visceral).
A larva migrans cutânea, conhecida
também como bicho geográfico, é uma
síndrome provocada pela larva no
terceiro estágio de Ancylostoma
braziliense ou Ancylostoma caninum, que
são os agentes etiológicos mais
frequentes.
A infecção em cães e gatos se dá por via
oral, cutânea ou transplacentária. O
verme adulto se reproduz no duodeno
dos animais. Cães e gatos têm o costume
de “esconder” suas fezes, ou seja, jogam
areia por cima do cocô.
Esses animais defecam no solo suas fezes
contendo ovos com a larva rabditóide em
seu primeiro estádio (L1), que em
condições ideais, eclodem e se
alimentam da matéria orgânica do solo.
Monitora: Esther AbensurMonitora: Esther Abensur
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O tratamento se dá com tiabendazol mas
que pode ser dispensado em casos mais
benignos.
A larva migrans cutânea é encontrada
em praias, quadras de areia, onde os
animais contaminam o solo com suas
fezes. 
Em algumas regiões, isso ocorre apenas
nos meses na qual o clima está quente e
úmido. No maranhão, por exemplo,
existem 6 praias que são impróprias para
banho durante as férias de julho, pois
apresentam maior risco de contrair bicho
geográfico².
Larva migrans visceral, conhecida
também como toxocaríase, é uma
síndrome complexa causada pela
presença de larvas nematóides de
Toxocara canis, que costumam infectar
cães e gatos.
Outra espécie, Toxocara catti, que tem
como hospedeiro o gato e felinos
selvagens, pode também ocasionar larva
migrans visceral. 
Sua infecção se dá pela ingestão de
água ou alimentos contaminados com
ovos embrionados de Toxocara contendo
a larva em seu terceiro estádio.
É importante lembrar que diferente de
outros parasitos, como a Ascaris
lumbricoides, larva migrans visceral não
consegue completar seu ciclo para verme
adulto no humano, portanto não
sobrevivem nas vísceras.
Nas porções mais altas do intestino
delgado, os ovos eclodem e, liberando a
larva L3, adentram nas mucosas podendo
vagar pela circulação venosa ou pelos
vasos linfáticos, chegando no fígado ou
coração direito e pulmões.
No hospedeiro acidental, as larvas não
evoluem de estágio, mas permanecem
vivas por semanas ou até meses,
morrendo pela reação inflamatória do
próprio organismo. A lesão comum
produzida pelas larvas é granuloma
alérgico.
Os órgãos mais afetados, por ordem de
frequência, são o fígado, os pulmões, o
cérebro, os olhos (larva migrans ocular) e
os gânglios¹.
As manifestações clínicas dependem da
carga parasitária e defesa imunológica
do hospedeiro, além do órgão afetado.
Nos pulmões pode ocorrer a síndrome de
Loeffler, cujo sintomas são tosse seca e
dispneia.
Monitora: Esther AbensurMonitora: Esther Abensur
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O diagnóstico da síndrome de Loeffler começa com uma análise de
sangue, para demonstrar a presença de eosinofilia, mas também por meio
de um teste de fezes, em que os parasitas podem ser encontrados, mesmo
12 dias após a infecção.3 
Indivíduos com larva migrans ocular apresentam uma resposta imunológica
menos intensa que na larva migrans visceral. A maioria das infecções é
unilateral, geralmente com aspectos clínicos de endoftalmia crônica.
Em geral, o tratamento de larva migrans é desnecessário pois a maioria
dos casos apresentam um quadro benigno. Para maior controle dessa
infecção é imprescindível exame de fezes periódicos de cães e gatos e
tratamento com anti-helmíntico, e proteção dos parques e espaços
destinados à recreação das crianças.
REFERÊNCIAS
1. REY, Luís. Parasitologia: parasitos e doenças parasitárias do homem nos trópicos
ocidentais. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.2.
2. G1. Seis praias estão impróprias ao banho durante as férias na ilha de São Luís.
04 de jul de 2019. Disponível em:
<https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2019/07/04/seis-praias-estao-improprias-
ao-banho-durante-as-ferias-na-ilha-de-sao-luis.ghtml> Acessado em: 17 de jun de
2020.
3. Ok Salute e Benessere. Sindrome di Loeffler, quando i parassiti raggiungono i
polmoni. 17 de out de 2018 (atualizado 04 de mar de 2020). Disponível em:
<https://www.ok-salute.it/salute/sindrome-di-loeffler-quando-i-parassiti-raggiungono-i-
polmoni/> Acessado em: 28 de jun de 2020.
Monitora: Esther AbensurMonitora: Esther Abensur
https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2019/07/04/seis-praias-estao-improprias-ao-banho-durante-as-ferias-na-ilha-de-sao-luis.ghtml
https://www.ok-salute.it/salute/sindrome-di-loeffler-quando-i-parassiti-raggiungono-i-polmoni/

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