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Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Departamento de Letras, Artes e Comunicação Trabalho Final de Semestre: Géneros jornalísticos Letícia Ribeiro (al74556) 1º ano da Licenciatura em Ciências da Comunicação Unidade curricular: Análise Social da Comunicação Docente: Marlene Loureiro Vila Real, janeiro, 2021 Índice Géneros Jornalísticos .................................................................................................................. 3 Género Informativo .................................................................................................................... 3 Notícia....................................................................................................................................... 4 Fait-Divers ................................................................................................................................ 5 Artigo ........................................................................................................................................ 6 Reportagem .............................................................................................................................. 6 Entrevista ................................................................................................................................. 8 Género interpretativo ou de opinião .......................................................................................... 9 Editorial ................................................................................................................................... 9 Comentário ............................................................................................................................ 10 Crítica ..................................................................................................................................... 11 Crónica ................................................................................................................................... 11 Artigo de opinião ................................................................................................................... 12 Prática ........................................................................................................................................ 13 Notícia..................................................................................................................................... 13 Fait-divers ............................................................................................................................... 13 Artigo ...................................................................................................................................... 14 Reportagem ............................................................................................................................ 15 Entrevista ............................................................................................................................... 15 Editorial ................................................................................................................................. 16 Comentário ............................................................................................................................ 17 Crítica ..................................................................................................................................... 17 Crónica ................................................................................................................................... 18 Artigo de opinião ................................................................................................................... 18 Referências Bibliográficas .................................................................................................... 20 Géneros Jornalísticos De acordo com Sousa (2001: 232), as notícias, as entrevistas, as reportagens, as crónicas, os editoriais, os artigos de opinião e de análise são considerados os principais géneros jornalísticos. «Correntemente tipificam-se os principais géneros jornalísticos em notícia, entrevista, reportagem, crónica, editorial e artigo (de opinião, de análise, etc.).» No entanto, por vezes, é difícil classificar algumas peças jornalísticas, uma vez que todas as peças que apontarem informação nova são notícias tal como afirma Sousa (2001: 232) na seguinte expressão: «Os géneros jornalísticos não têm fronteiras rígidas e, por vezes, é difícil classificar uma determinada peça, até porque, consideradas estrategicamente, todas as peças jornalísticas são notícias, especialmente se aportarem informação nova» Género Informativo Segundo alguns autores de livros especializados em géneros jornalísticos, estes géneros são classificados em duas categorias: informativa e opinativa, mas há quem considere, como, por exemplo o autor Beltrão, a categoria interpretativa independente da categoria opinativa. O género informativo é definido por Beltrão (1980: 29) como sendo textos que recontam os factos de forma simples e pura, «relato puro e simples de factos pertencentes ao presente ou ao passado que sejam socialmente significativos». Para ele, este género inclui a notícia, a reportagem e todas histórias com interesse para o homem. A proposta apresentada por este autor é complementada com a proposta feita por Marques de Melo (1985: 28), quando salienta que «a instituição jornalística assume o papel de observadora atenta da realidade, cabendo ao jornalista proceder como “vigia”, registrando os fatos, os acontecimentos e informando-os à sociedade». Já Marques de Melo afirma que o género informativo abrange as notas, as entrevistas, as notícias e as reportagens. Sendo assim, o jornalismo informativo é utilizado para fazer a cobertura diária de informações e visa trabalhar as informações de forma direta, curta e objetiva tendo como finalidade responder a algumas perguntas básicas: O Quê, Quem, Quando, Onde, Como e Porquê. Para além disso, as publicações deste género são estruturadas de acordo com um grau de importância das informações como afirma Lage (1987: 12) «Os eventos estarão ordenados não por sua sequência temporal, mas por interesse ou importância decrescente, na perspetiva de quem conta e, sobretudo, na suposta perspetiva de quem ouve» Mediante a caracterização do género informativo, agora é importante caracterizar os diferentes textos, uma vez que cada texto tem características próprias, que o tornam único, ainda que equiparado a outro formato do mesmo género. (Marques de Melo & Assis 2016:13) Notícia A notícia é o género mais simples do jornalismo e aborda informações novas, atuais e de interesse geral. Para Sousa (2001: 231-232) este texto é «essencialmente, um pequeno enunciado reportativo, um discurso sobre um acontecimento recente», o que significa que relata acontecimentos de forma verídica, clara e concisa. Gradim (2000: 57) defende que a notícia é um texto informativo, claro, curto, conciso e é elaborado na seguinte estrutura: título, lead e corpo de texto. Também Sousa (2001: 221) defende esta estrutura e complementa afirmando que o título deve ser apelativo, o lead deve corresponder ao primeiro parágrafo da notícia e o corpo da notícia que deverá expor os acontecimentos na forma de uma pirâmide invertida, ou seja, deverá abordar os acontecimentos mais importantes para os menos importantes. Sendo assim, é possível concluir que a notícia se estrutura da seguinte forma: • Título: Encontra-se no início, destacado com letras maiores e, por norma, está a bold. • Lead: Corresponde ao 1ºparagráfo da notícia e deve responder às questões: Quem, O quê, Onde, Quando. • Corpo da notícia: Corresponde ao resto do texto e desenvolve o assunto abordando os factos maisimportantes para os menos importantes. Também é no corpo da notícia que as perguntas Como e Porquê são respondidas. Uma vez indicada a estrutura desta tipologia textual, agora é importante proceder à sua caracterização. «Textos de cunho informativo como é o caso da notícia têm como características essenciais a veracidade, atualidade e a capacidade de interessar, sendo que os valores que imprimem interesse a factos atuais e verdadeiros são a proximidade, a importância, o conteúdo humano e a originalidade» (Ricardo, 1986:12-13). No que diz respeito à linguagem, as notícias são caracterizadas pela sua linguagem objetiva e factual de modo a que seja compreensível a toda a população. Desta forma é possível reter as seguintes características: • Veracidade • Atualidade • Utilização de uma linguagem mais objetiva e factual • Uso da função informativa da linguagem • Utilização de nomes e de verbos em detrimento de adjetivos valorativos • Relato dos acontecimentos na 3º pessoa do singular Fait-Divers Para Sylvie Dion (2007:3) um fait-divers significa uma notícia de pouca importância, um fato insignificante oposto à notícia significativa e a um acontecimento histórico. Sendo assim, concluísse que para minimizar a importância de um acontecimento, a notícia designa-se como um fait-divers. Os fait-divers estão associados ao terror e ao drama, uma vez que são explorados temas como a morte, suicídios, certos tipos de acidentes, catástrofes naturais, situações anormais e curiosidades da natureza. Segundo Roland Barthes, a principal característica do fait divers é ser «uma informação total, ou mais exatamente, imanente; ele contém em si todo seu saber: não é necessário conhecer nada do mundo para consumir um fait divers; ele não remete a nada mais, além dele mesmo» (Barthes, 1966: 189). Tal como Auclair (1970: 14) afirma o fait divers pode ser lido e compreendido fora de qualquer contexto histórico e temporal Outras características desta tipologia são a veracidade, a atualidade e a proximidade com o leitor que são conseguidas com a acumulação de detalhes e com as confissões tanto dos autores dos crimes como das vítimas. Artigo O artigo jornalístico é informação mais aprofundada e possui uma natureza interpretativa e explicativa (Sousa, 2001: 298). Segundo Sousa (2001: 298-299), o artigo deve abordar um tema de interesse público e não, apenas, de interesse para o articulista. Também deve ser comunicante, expressivo e cativante. No que diz respeito à sua estrutura, os artigos podem possuir diferentes estruturas formais, mas a mais comum é a regra dos três tempos (Sousa, 2001: 299). Esta regra baseia-se, em primeiro lugar, no primeiro parágrafo, numa exposição do assunto, nos parágrafos seguintes, numa discussão do tema e, por fim numa conclusão lógica, breve e certeira para o texto. Ainda na perspetiva de Sousa, «os assuntos dos artigos devem ser estudados e os factos devem ser interligados antes de se construir a análise», o articulista deve ser rigoroso, honesto e especializado e devem contrastar-se e verificar-se as fontes e as informações que possui. A linguagem utilizada nesta tipologia textual é uma linguagem clara e objetiva de modo a que seja acessível a todos os leitores e, por isso é possível afirmar que o artigo tem características semelhantes às da notícia. Reportagem «A reportagem é o género jornalístico mais nobre, havendo até quem o considere sublime e literalmente privilegiado» (Gradim, 2000: 67). Esta tipologia também tem características semelhantes às da notícia, pois tal como ela, o seu objetivo é informar os leitores sobre um acontecimento, no entanto, a reportagem retrata o assunto de forma aprofundada. Nesta tipologia textual, o jornalista dedica mais tempo e investe mais recursos do que na notícia, uma vez que tenta retratar o acontecimento de forma mais profundada e investigada. Gradim (2000: 67) considera que a reportagem «conta uma história com o máximo de pormenores possíveis, incluindo muitas notas de cor local, procurando levar os leitores o mais próximo possível do acontecimento, como se eles próprios o pudessem estar também a viver.» Quanto às características, também as reportagens, tal como as notícias, devem ter títulos apelativos, responder às questões do lead e utilizar uma linguagem clara e objetiva. Sodré & Ferrari (1986: 15) definem as principais características da reportagem como: • Predominância da narrativa • Humanização do relato • Texto impressivo • Factualidade da narrativa Segundo Sousa (2001, 260:261), «as reportagens podem classificar-se de várias maneiras» e «podem ainda ter características mistas ou híbridas». É possível classificar reportagem como reportagem de rotina, reportagem imprevista, reportagem planificada. A reportagem de rotina é agendada na véspera ou no próprio dia, a reportagem imprevista aborda um acontecimento imprevisto e exige uma grande capacidade dos jornalistas e, por fim a reportagem planificada é preparada com alguma antecedência e tem algum destaque no jornal. A linguagem utilizada nas reportagens, segundo Sousa (2001: 263), depende do tipo de reportagem. As reportagens podem ser informais e a linguagem utilizada é informal e, por norma recorre-se ao humor, formais e a linguagem é formal e, por último podem ser reportagens técnicas que se especializa numa temática e a linguagem utilizada é uma linguagem técnica. Perante toda esta informação, é possível concluir que a reportagem é o género textual em que o jornalista investe muito mais tempo e mais recursos. Entrevista A entrevista é classificada como sendo um texto escrito por duas pessoas, pelo entrevistado e pelo entrevistador afirma Rei (1995: 135), «é um texto jornalístico escrito a dois, entrevistador e entrevistado, que tem como função comunicar a um terceiro, o público, quem é, como é, o que pensa ou o que faz, a pessoa a quem a entrevista é feita». Já Sousa (2001: 253) afirma que «a entrevista, enquanto género jornalístico, deve distinguir-se da entrevista enquanto técnica de obtenção de informações por meio de perguntas a outrem». Perante esta informação é possível concluir que a entrevista tem duas vertentes, ser um texto jornalístico ou ser um meio para obter informação, no entanto, ambas requerem uma pesquisa, embora a primeira seja um trabalho de maior esforço para o jornalista. A entrevista como género jornalístico é a transcrição de perguntas e respostas feitas durante a entrevista. Para Rei (1995: 135) a entrevista pode ser classificada como sendo entrevista enquanto retrato de personagem e entrevista informativa. A entrevista enquanto retrato de personagem tem como objetivo dar a conhecer ao público uma personalidade, já a entrevista informativa visa dar a conhecer a opinião do entrevistado sobre algum tema. Uma vez definida a entrevista é importante conhecer qual a sua estrutura. Geralmente esta tipologia textual é composta por um título, uma apresentação da pessoa entrevistada e um corpo de texto constituído por perguntas e respostas. Perante a definição de entrevista e a sua estrutura, é possível concluir que este texto tem como características: • A presença de um entrevistador e de um entrevistado • A utilização de uma linguagem dialógica e oral • Marcas de discurso direto e da subjetividade • Utilização de uma linguagem formal Género interpretativo ou de opinião O género interpretativo ou de opinião é defendido por Marques de Melo (2003: 29) como uma reação às notícias, «difundindo opiniões, seja as opiniões próprias, seja as que lê, ouve ou vê». Segundo Marques de Melo & Assis (2010: 97), os textos deste género originam em algum acontecimento noticioso, ou seja, os textos interpretativos ou opinativos têm origem em textos informativos- «os textos opinativos, em geral, se originamem algum acontecimento noticiado pelos textos informativos». Embora os textos deste género tenham origem em textos do género informativo, é importante apresentar uma clara distinção entre os dois e, por isso Marques de Melo (2003: 28) distingue textos de género informativo como sendo textos que asseguram a informação à população e textos de carácter opinativo como textos que procuraram influenciar o homem- «jornalismo informativo (que “assegura a informação ao povo”) […] jornalismo opinativo (que “tem procurado influenciar o homem”).» Para além disso, Marques de Melo ainda apresenta uma definição para textos interpretativos, segundo ele estes textos são «um modo de aprofundar a informação" com o fim principal de "relacionar a informação da atualidade com seu contexto temporal e espacial». Este género é constituído pelo editorial, pelo comentário, pela crítica e pela coluna ou crónica. Uma vez definido género interpretativo ou de opinião, é necessário proceder à caracterização dos textos que constituem este género. Editorial O editorial «é um texto que se debruça sobre os acontecimentos mais marcantes da atualidade” (Gradim 2000: 81) e, por norma, traduz o “posicionamento de um jornal sobre um determinado assunto problemático da atualidade» (Sousa 2001: 281), por isso é que a sua redação é realizada pelo diretor do jornal. Segundo Sousa (2001: 281), o editorial é um espaço nobre e nem todos os assuntos devem ser abordados neste espaço. Só os acontecimentos mais relevantes e mais problemáticos da atualidade são dignos de ser temática- «Apenas devem ser dignificados como temática de um editorial os acontecimentos mais relevantes e problemáticos da actualidade, nomeadamente aqueles que podem repercutir-se nos processos de decisão que afectam a vida colectiva de um povo» O diretor do jornal quando redige o editorial deve ter em conta algumas regras, em primeiro lugar, a clareza do discurso, o carácter incisivo, vigoroso e assertivo. Tudo isto confere credibilidade junto dos leitores (Gradim 2000: 85). Em segundo lugar, apenas deve abordar uma temática, para não se tornar confuso (Lagardette, 1994: 82-83). E, por último, exige a tomada de uma decisão, ou seja, de um partido por parte do jornal. Este partido deve ir ao encontro das ideologias do jornal (Sousa, 2001: 283). No que diz respeito à sua estrutura, o editorial é escrito segundo a técnica dos três tempos. «No primeiro tempo (primeiro parágrafo) introduz-se o assunto, nos parágrafos seguintes debate-se dialeticamente o assunto e finalmente conclui-se, dando-se uma opinião, de forma clara e incisiva, no último parágrafo» (Sousa, 2001: 286). Comentário De acordo com Melo (2003: 112), o comentário está ligado aos interesses do cidadão em quer descobrir mais sobre o desenrolar das notícias que lhe são passadas de forma rápida e resumida. Para Melo (2003: 112), os comentaristas são profissionais que possuem uma grande bagagem cultural e são bem remunerados. Eles são os líderes da opinião e são um «observador privilegiado, que têm condições para descobrir certas tramas que envolvem os acontecimentos e oferece-las à compreensão do público» (Melo, 2003:112). O comentário contem a visão tanto da empresa como a do próprio jornalista, embora seja o jornalista o único responsável pelo que escreve, por isso acaba por se tornar um ponto de referência constante para os leitores. Ainda na perspetiva de Melo, existem três categorias de comentários. Os comentários que analisam um problema, estes têm características semelhantes às do editorial, e expõem dados e exprimem uma certa subjetividade, podendo incorporar traços de humor e ironia. Os comentários que documentam um facto e demonstram juízos pessoais frutos de observação direta. E, por fim, comentários que criticam uma situação e acabam por revelar uma apreciação pessoal. Crítica Uma crítica é um texto onde o emissor expõe a sua opinião, seja ela favorável ou desfavorável, a propósito de determinado facto narrado, ideia apresentada, ou objeto descrito. Pode-se elaborar uma apreciação crítica a partir de um livro, filme, de uma peça de teatro, etc. Quanto à sua estrutura, o cronista introduz o objeto alvo de crítica e no desenvolvimento processa a apreciação crítica do objeto expressando a sua opinião e argumentando de modo a fundamentar a sua opinião. A crítica tem como características o uso de uma linguagem valorativa ou depreciativa conforme o autor queira exprimir agrado ou desagrado. Além disso, esta deve também ser diversificada, clara e rigorosa, deve ser persuasiva de modo a influenciar o leitor e, por fim deve conter figuras de estilo que estejam de acordo com a intenção crítica do escritor. Crónica Na perspetiva de Sousa (2001: 288), «o termo crónica serve primeiramente para designar as peças assinadas por um cronista regular de um jornal ou de uma revista.» Ou seja, o cronista escreve para um jornal num determinado dia, numa determinada página e o leitor encontra sempre a crónica do mesmo cronista, seja ela política, social, local, entres outras- «Num determinado dia, numa determinada página, o leitor encontra sempre a crónica do mesmo cronista, seja ela uma crónica política, uma crónica social, uma crónica local […]» (Sousa, 2001: 288). Marques de Melo (2006:208) defende que «a crônica representa um gênero tipicamente brasileiro, distinguindo-se daquelas manifestações jornalísticas, similarmente rotuladas, que se praticam em outros países». No que diz respeito às suas características a crónica é uma narrativa curta que aborda acontecimentos do quotidiano e, por norma é escrita numa linguagem coloquial. Para além disso, contêm a presença de personagens num espaço curto e reduzido. Artigo de opinião O artigo de opinião é um texto no qual o autor exprime o seu ponto de vista acerca de um determinado assunto. Segundo Gradim (2000: 74) são várias as formas de fazer opinião, desde escrever um «texto leve e bem-humorado sobre os costumes, ou a falta deles, até à análise dura e rigorosa dos acontecimentos». Embora haja diferentes maneiras de construir opinião, o objetivo de quem a constrói é sempre o mesmo «afirmar determinadas posições pessoais, aduzindo argumentos a esse favor; e levar os outros a aderirem a tais teses ou conclusões». (Gradim, 2000: 74) A opinião distingue-se muito facilmente da notícia, na medida em que não serve para fornecer informações novas, mas para debater e esclarecer o público sobre determinados assuntos. «Os textos de opinião são pessoais e inteiramente subjetivos» (Gradim, 2000: 75) embora, o escritor de opinião queira que a sua posição seja partilhada e adotada por um máximo número de leitores. Prática Notícia O presente exemplo corresponde a uma notícia, na medida em que o título “Encomendou morte de ex e foi condenada após duas absolvições” é um título apelativo. Para além disso contem um subtítulo “Supremo Tribunal deu reviravolta a caso em que arguida foi filmada a negociar homicídio de ex-companheiro. Mas pena de prisão foi suspensa”. No corpo da notícia encontramos as respostas às perguntas como e porquê. Como- O supremo tribunal voltou a apreciar o caso e aplicou uma pena de cinco anos de prisão, suspensa por igual período, no entanto a pena de prisão foi suspensa porque a arguida terá acordado o pagamento de 175 mil euros. Para além disso, é possível verificar a notícia está escrita na 3º pessoa do singular- “O Supremo Tribunal de Justiça decidiu recentemente […]”. Sendo assim, o presente texto tem todas as características de uma notícia e, por isso corresponde a uma. Fait-divers Como podemos observar, a presente fotografia trata-se da seção de fait-divers, ou seja, a seção de notícias com menos importância. É possível considerar estasnotícias como fait-divers, uma vez que a sua temática está relacionada com acidentes como é o caso do fait-divers intitulado como “Foge a operação stop, quase atropela agente e despista-se”. Jornal de Notícias, 03.01.2021 Jornal de Notícias, 03.01.2021 Uma vez que o fait-divers tem como característica a acumulação de detalhes, podemos considerar esta seção como um conjunto de fait-divers, pois existe informação detalhada sobre os autores dos crimes. No fait-divers “Foge a operação stop, quase atropela agente e despista-se” encontramos informação detalhada como, por exemplo a idade do condutor- “o homem, de 51 anos” e a taxa de álcool que acusou- “acusou uma taxa de álcool de 2,27 g/l, pelo que foi detido”. Artigo O exemplo corresponde a um artigo, na medida em que é um texto de carácter explicativo que tem como temática o pós- Brexit. O Pós-Brexit é um tema atual e está a ser explorado pela escritora de forma a que seja compreensível a toda a população. Como observamos, no primeiro parágrafo, é explicado o que é o pós-Brexit- “As negociações para definir o acordo comercial que estipula a saída formal do Reino Unido da União Europeia, o chamado pós-Brexit […]”. Para além disso, o presente texto contem explicações para quem deseja viver, viajar, trabalhar ou estudar no Reino Unido. O artigo indica que o que é necessário e quais os procedimentos para habitar, estudar e trabalhar no Reino Unido- “Os estrangeiros que vivem no Reino Unido precisam do estatuto de residência.”; “O estatuto de residência é essencial para viver, ter acesso ao mercado de trabalho e às respostas sociais dos serviços públicos britânicos.”; “O programa de intercâmbio europeu para estudantes Erasmus acaba no Reino Unido, com o argumento de ser “extremamente caro”.” Concluindo, o presente texto corresponde a um artigo, uma vez que a linguagem utilizada é clara e objetiva. Notícias Magazine 3.01.2021 Reportagem O presente texto é considerado uma reportagem, pois informa os leitores sobre um acontecimento- “Funcionárias vivem no lar de Carrazeda para manter vírus longe”, ou seja, a presença de coronavírus nos lares, no entanto, retrata o assunto de forma aprofundada procurando testemunhos. Para além disso, é possível verificar a predominância da narrativa como, por exemplo na seguinte transcrição- “As funcionárias divertem-se com Carlitos, que não lhes poupa elogios”. Uma das características da reportagem é a presença de testemunhos e podemos observar a presença deles, ao longo de todo o texto, como por exemplo, no primeiro parágrafo, ““É uma missão de amor para com o próximo, para o podermos guardar desse diabo que anda aí à solta, o novo coronavírus””. Sendo assim, é possível considerar o presente texto como uma reportagem. Entrevista O exemplo apresentado é uma entrevista, na medida em que contém uma curta apresentação do entrevistado- “José Silva”, “53 anos”, “Gestor de Seguros”, existe a presença de um entrevistador, Márcia Fernandes, e de um entrevistado, José Silva. Para além disso, contem marcas do discurso oral como, por exemplo em “Mas não teme que as obras que estão a ser executadas, se não forem concluídas a tempo, poderão afetar o vosso resultado?”. Como é possível concluir, é uma marca Jornal de Notícias 3.1.2021 A Voz de Trás os Montes 7.01.2021 do discurso oral, uma vez que dá seguimento à resposta do entrevistado. Por fim, o presente texto é considerado uma entrevista porque contem perguntas e respostas e as perguntas são colocadas na 3ºpessoa do singular como, por exemplo “Substituiu Rui Santos na presidência da concelhia. Sentiu maior responsabilidade?”. Editorial O presente exemplo corresponde a um editorial, uma vez que demostra a perspetiva de Inês Cardoso, Diretora-adjunta do Jornal de Notícias, sobre a covid e as “medidas duríssimas” implementadas pelo governo. O editorial tem como característica abordar acontecimentos mais marcantes da atualidade e, nos dias de hoje, não há acontecimento mais marcante que a pandemia e a covid. Para além disso, apenas aborda uma temática e, como podemos observar o texto aborda unicamente a temática da covid e tudo o que deriva da covid, ou seja, a implementação de medidas para a redução de casos. De seguida, tem que ter um carácter assertivo, ou seja, o autor tem que ter um conhecimento verificado sobre a temática abordada e, como é possível comprovar pela expressão, “[…] o primeiro-ministro anuncia ao país medidas duríssimas.”, Inês Cardoso informou-se e escreveu o editorial de forma assertiva. Comentário Os exemplos correspondem a comentários, na medida em que os seguintes textos contêm a visão não dos jornalistas, mas sim de treinadores desportivos. Embora sejam comentários pequenos, a visão dos treinadores está lá implícita e, por isso acabam por ser comentários que incluem a apreciação crítica dos comentadores. Crítica A presente crítica é considerada como tal, uma vez que na introdução é apresentado o livro sob o qual o escritor manifesta a sua opinião, livro esse dominado por: “Origem”. Para além disso o título da crítica é bastante sugestivo- “Mão cheia de nada”, na medida em que já manifesta a opinião do autor sobre o livro. Uma outra característica da crítica é a utilização de uma linguagem depreciativa como é o caso- “Pesadona, sem brilho nem riqueza estilística, a prosa ou é demasiado empolada, a roçar o gongórico, ou é plana, rasa, utilitária”. Sendo assim, o presente texto tem todas as características de uma crítica e, por isso pode ser considerado como uma. Crónica O seguinte texto corresponde a uma crónica, uma vez que tem características que a identificam como tal. Uma dessas características é o facto de ser tratar de uma narrativa curta sobre um assunto do quotodiano. Neste caso, o assunto que é temática é o jogo entre o Benfica e o Vitória de Guimarães. Artigo de opinião O presente texto pode ser considerado um texto de opinião na medida em que na introdução é apresentada a temática, a potencialidade e os perigos dos meios de comunicação, para além disso são utilizados vários argumentos, por exemplo um argumento de autoridade, a posição da Igreja em relação ao assunto apresentado, na conclusão é novamente reforçada a ideia apresenta na introdução, “as redes não são omnipotentes…”. No que diz respeito as características, o texto é assinado pelo autor, Fernando Calado Rodrigues, aborda um tema da atualidade, as redes sociais, o seu título é provocativo, uma vez que o autor faz um jogo com a expressão redes sociais passando a domina-las por redes antissociais. Referências Bibliográficas Sousa, Jorge Pedro (2001): Elementos de jornalismo impresso. Porto: [s.e]. Disponível em:http://www.bocc.ubi.pt/pag/sousa-jorge-pedro-elementos-de-jornalismo- impresso.pdf Beltrão, Luiz (1980): Jornalismo opinativo. Porto Alegre: Sulina. Marques de Melo, José (2003): Jornalismo opinativo: géneros opinativos no jornalismo brasileiro. Campos do Jordão. Mantiqueira. Disponível em: https://portalintercom.org.br/anais/sul2019/resumos/R65-0697-1.pdf Lage, Nelson (1987): Estrutura da notícia. São Paulo. Editora ática Marques de Melo, José & Assis, Francisco (2016): Géneros e formatos jornalísticos: um modelo classificatório. São Paulo: [s.e]. 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