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TCC - PCP

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA 
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA 
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL 
 
 
 
 
 
LUIZ JOSÉ LIMA DE MELO 
 
 
 
 
O PCP APLICADO AO SERVIÇO DE LIMPEZA PÚBLICA DA 
PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINS/SP 
2º SEMESTRE/2020 
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA 
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA 
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL 
 
 
 
 
 
LUIZ JOSÉ LIMA DE MELO 
 
 
 
 
O PCP APLICADO AO SERVIÇO DE LIMPEZA PÚBLICA DA 
PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Faculdade de Tecnologia de Lins Prof. Antônio Seabra, 
para obtenção do Título de Tecnólogo em Gestão da 
Produção Industrial. 
 
Orientador: Prof. Me. Samuel Stábile 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINS/SP 
2º SEMESTRE/2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Melo, Luiz José Lima de 
M528p O PCP aplicado no serviço de limpeza pública da Prefeitura Municipal 
 de Lins / Luiz José Lima de Melo. – Lins, 2020. 
 23 f. : il. 
 
 Artigo (Trabalho de Conclusão de Curso de Tecnologia em Gestão da 
Produção Industrial) – Faculdade de Tecnologia de Lins Professor 
Antônio Seabra, 2020. 
 
 Orientador: Prof. Me. Samuel Stábile 
 
 1.Limpeza pública. 2.Setor. 3.Lins. 4.Serviços. 5.Planejamento e 
controle. I.Stábile, Samuel. II.Faculdade de Tecnologia de Lins Prof. 
Antônio Seabra. III.Título. 
 
 CDD 658.5 
 Ficha elaboradora pela Biblioteca da Faculdade de Tecnologia de Lins 
 
LUIZ JOSÉ LIMA DE MELO 
 
 
 
O PCP APLICADO AO SERVIÇO DE LIMPEZA PÚBLICA DA PREFEITURA 
MUNICIPAL DE LINS 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Faculdade de Tecnologia de Lins Prof. Antônio Seabra, 
como parte dos requisitos necessários para a obtenção do 
título de Tecnólogo em Gestão da Produção Industrial sob 
orientação do Prof. Me. Samuel Stábile 
 
Data de aprovação: 03/12/2020 
 
 
 
 
 
____________________________________ 
Prof. Me. Samuel Stábile 
 
 
 
 
 
_____________________________________ 
Profa. Ma. Egiane C. Camillo Alexandre 
 
 
 
 
 
______________________________________ 
Prof. Dr. André Ricardo Ponce dos Santos 
 
 
 
 
 
 SUMÁRIO 
 
RESUMO ....................................................................................................... 4 
INTRODUÇÃO .............................................................................................. 4 
1 GESTÃO DA PRODUÇÃO ..................................................................... 5 
2 SISTEMAS DE PRODUÇÃO .................................................................. 7 
2.1 PROCESSOPOR TAREFA ......................................................................................... 7 
2.2 PROCESSO EM LOTES ............................................................................................. 7 
2.3 PROCESSO EM LINHA .............................................................................................. 8 
2.4 PROCESSO EM FLUXO CONTÍNUO ......................................................................... 8 
3 OBJETIVOS DA PRODUÇÃO ................................................................ 8 
3.1 OBJETIVO QUALIDADE ............................................................................................. 8 
3.2 OBJETIVO RAPIDEZ .................................................................................................. 8 
3.3 OBJETIVO CONFIABILIDADE .................................................................................... 9 
3.4 OBJETIVO FLEXIBILIDADE ....................................................................................... 9 
3.5 OBJETIVO CUSTO ..................................................................................................... 9 
4 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO ............................... 9 
5 CARACTERÍSTICAS DOS SERVIÇOS ................................................ 10 
5.1 INTANGIBILIDADE ................................................................................................... 10 
5.2 INSEPARABILIDADE ................................................................................................ 10 
5.3 VARIABILIDADE ....................................................................................................... 11 
5.4 PERECIBILIDADE ..................................................................................................... 11 
5.5 QUALIDADE DOS SERVIÇOS ................................................................................. 11 
6 PCP DE SERVIÇOS ............................................................................. 11 
7 SERVIÇOS PÚBLICOS ........................................................................ 12 
7.1 PRINCÍPIOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS .............................................................. 13 
8 METODOLOGIA ................................................................................... 13 
9 RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................... 14 
9.1 A CIDADE DE LINS .................................................................................................. 14 
9.2 A PREFEITURA DE LINS ......................................................................................... 14 
9.3 SERVIÇO DE LIMPEZA PÚBLICA ............................................................................ 15 
9.4 PROGRAMAÇÃO DOS SERVIÇOS ......................................................................... 16 
9.5 SEGURANÇA DO TRABALHO ................................................................................. 18 
CONCLUSÃO .............................................................................................. 18 
REFERÊNCIAS ........................................................................................... 19 
APÊNDICE A – ROTEIRO DE ENTREVISTA .............................................. 21 
 
 
4 
 
PCP APLICADO AO SERVIÇO DE LIMPEZA PÚBLICA DA PREFEITURA 
MUNICIPAL DE LINS 
 
Luiz José Lima de Melo 1 
Samuel Stábile 2 
 
¹ Acadêmico do Curso de Tecnologia em Gestão da Produção Industrial da Faculdade de 
Tecnologia de Lins Prof. Antônio Seabra - Fatec, Lins-SP, Brasil 
2 Docente do Curso de Tecnologia em Gestão da Produção Industrial da Faculdade de 
Tecnologia de Lins Prof. Antônio Seabra - Fatec, Lins-SP, Brasil 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho tem como objetivo mostrar a importância e o funcionamento de todos 
os serviços do setor de Limpeza Pública da cidade de Lins, desde o planejamento das 
atividades que são executadas até suas respectivas realizações, e como essas tarefas 
diárias são controladas pelo gestor do setor. Outra finalidade do trabalho é divulgar a 
importância dos serviços públicos e colaborar com a conscientização da população a 
respeito da manutenção e conservação da cidade de Lins, sendo responsabilidade do poder 
público e também das pessoas que no município residem, procurando trazer essa 
conscientização através do estudo de caso, que mostra todo o desenvolvimento das 
atividades desse setor público. Para a execução do trabalho, foi realizado um estudo de 
caso qualitativo no setor de Limpeza Pública através de entrevista com o gestor 
responsável pelo setor, quando foi demonstrado desde a criação das programações dos 
serviços até o controle das atividades, além de uma visita técnica no ambiente de trabalho 
para que fosse possível maior entendimento de como funciona toda essa área. 
 
Palavras-chave: Limpeza Pública. Setor. Lins. Serviços. Planejamento e controle. 
 
ABSTRACT 
 
This work aims to show the importance and functioning of all services in the Public Cleaning 
sector in the cityof Lins, from the planning of the activities to be carried out to their respective 
accomplishments, and how these daily tasks are controlled by the sector manager. Another 
purpose of the work is to publicize the importance of public services and collaborate with 
the population's awareness about the maintenance and conservation of the city of Lins, 
being the responsibility of the public power and also of the people who live in the 
municipality, trying to bring this awareness through the study case study, which shows the 
entire development of the activities of this public sector. For the execution of the work, a 
qualitative case study was carried out in the Public Cleaning sector through an interview 
with the manager responsible for the sector, when it was demonstrated from the creation of 
service schedules to the control of activities, in addition to a technical visit at work 
environment so that it was possible to have a better understanding of how this whole area 
works. 
 
Keywords: Public Cleaning. Sector. Lins. Services. Planning and control. 
 
INTRODUÇÃO 
 
 A limpeza pública é um serviço de extrema importância para a manutenção e 
conservação de vias públicas, praças e logradouros de um município, que tem como 
5 
 
objetivo manter o adequado estado de limpeza de uma cidade, sem interferir na qualidade 
do ambiente. Além de fazer os serviços básicos públicos como a coleta de lixo domiciliar e 
a coleta de lixo reciclável, a limpeza pública exerce outras funções, como: varrição, 
capinação manual e/ou mecânica, lavagem de vias e logradouros, limpeza de canais, 
galerias, praias e praças, remoção de restos de poda, remoções de animais mortos de 
pequeno, médio ou grande porte e também a coleta de galhos e inservíveis. 
 Cada cidade oferece serviços específicos que caibam nos seus recursos e que sejam 
necessários para o município, por exemplo, uma cidade que não tem praia não tem o dever 
de fazer a limpeza de praias, afinal, não existe nenhuma praia no local, isso pode ser 
aplicado também em outros serviços, como aqueles que variam da demanda e capacidade 
produtiva da cidade, algumas podem não ter condições financeiras de realizar todas as 
atividades, concentrando-se em tarefas mais específicas e extremamente necessárias à 
população. 
 Apesar de ser papel do poder público executar as tarefas cotidianas da limpeza 
pública, é necessário que a população tenha consciência e trabalhe de forma alinhada com 
esse setor, pois de nada adianta os serviços serem executados de forma eficiente, se a 
população não contribui para manter os espaços públicos conservados e em ordem. 
Trabalhando em conjunto, além de manter a cidade limpa e bonita, contribui muito para a 
saúde de todos os munícipes, mas também é dever do Estado educar todas as pessoas 
sobre a importância e necessidade de cuidar bem do ambiente em que vivemos, não só 
pelas gerações atuais, como também para as gerações futuras terem uma condição de vida 
melhor ou menos prejudicada do que a nossa. 
 O Planejamento e controle de produção (PCP) é fundamental em qualquer linha 
produtiva, seja de um produto ou de um serviço, sendo necessário que a implementação 
dele seja bem pensada e definida, afinal, é ele que garante a eficiência nas organizações. 
Na limpeza pública, uma programação equivocada e mal pensada pode construir falhas em 
todo processo produtivo, gerando o famoso gargalo, algo que vai contra os princípios do 
PCP e das suas ferramentas de auxílio. 
 Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo mostrar a importância e o 
funcionamento de todos os serviços realizados pelo setor de Limpeza Pública de cidade de 
Lins. 
 
1 GESTÃO DA PRODUÇÃO 
 
A função da gestão da produção é programar e realizar tarefas inter-relacionadas 
para atingir seus objetivos estratégicos de produção propostos, sejam eles de curto, médio 
ou longo prazo, de maneira rápida, eficiente e com baixos custos (MARTINS; LAUGENI, 
2002). 
Segundo Andrade (2020), para que os processos de gestão ocorram de maneira 
correta, da forma que foi planejada, e assim, a empresa consiga os resultados esperados, 
o gestor responsável pela produção deve seguir os quatro pilares que fazem parte do 
conceito de gestão: planejamento, organização, liderança e controle. 
De acordo com Marques (2019), o planejamento significa programar, organizar e 
estruturar a realização de uma tarefa, com o objetivo de atingir uma determinada meta 
estabelecida. É o planejamento que coloca a produção dentro da perspectiva estratégica 
da empresa, ou seja, sem o planejamento a produção nunca sairia do lugar. 
A organização é uma atividade que vem depois que o planejamento é realizado e 
tem como objetivo manter tudo que foi planejado em ordem, para que os resultados 
aconteçam conforme pretendidos. A utilização de alguns programas de organização, 
limpeza e padronização de trabalho, podem tornar muito mais eficientes as instalações de 
uma empresa (ASSIS, 2014). 
A liderança, também conhecida como comando, tem a missão de liderar tudo que se 
6 
 
envolve a produção, verificar e encontrar problemas e resolvê-los, assim como identificar e 
trazer possíveis melhorias para todo o sistema produtivo. Como consta em Marques (2019), 
um verdadeiro líder precisa ter a habilidade de enfrentar situações adversas e saber manter 
as estruturas da organização unidas, e para que isso ocorra é necessário que o gestor saiba 
impor respeito, autoridade e transparecer um espírito de chefia a todos que estão em sua 
volta, estando presente nos momentos bons e ruins da empresa. 
Conforme Assis (2014), o controle é uma ferramenta importantíssima para o 
planejamento, pois é ele que verifica se as metas de produção estipuladas estão sendo 
cumpridas conforme o planejado, caso não estejam, o controle é ideal também para tomada 
de novas decisões de produção. Através do controle podem ser adquiridas diversas 
informações, como o que foi produzido, quanto foi produzido e até mesmo em quanto tempo 
foi produzido, assim como outras informações relevantes para todo o processo, por esse 
fato, a ligação entre o planejamento e o controle é essencial para a empresa obter 
resultados positivos dentro da produção. 
Colocando em prática todas essas características, mais conhecidas como os quatro 
pilares (figura 1.1), o gestor tende a manter a cooperação entre as equipes, a estrutura e 
os recursos disponíveis para as atividades que estão sendo desenvolvidas. 
 
 Figura 1.1 - Os quatro pilares da administração 
 
 Fonte: Equipe IBC (2018). 
 
 Segundo Leão (2014), um processo de produção consiste na entrada (inputs) de 
matérias-primas ou serviços que sofrem um processo de transformação tendo como 
resultado a saída (outputs) de produtos finalizados que foram processados através dos 
materiais adquiridos ou da realização e finalização de um serviço específico de uma 
empresa. 
 A entrada, conhecida como input nas indústrias, seria o que dá início a produção, 
sendo uma matéria-prima ou um produto que já foi finalizado antes, mas que passará por 
um processo de reconstrução, ou até mesmo um serviço. Esses recursos passam por todo 
um esquema já programado pela organização muitas vezes antes mesmo de chegarem até 
o local de produção e são convertidos ou transformados em algo consumível (LEÃO, 2014). 
A saída, também conhecida como output, segundo Leão (2014), é o produto ou 
serviço finalizado, que depois de passar por todo um processo de transformação, está 
pronto para ser fornecido para o consumidor. 
 A competitividade atual do mercado exige que as empresas tenham um ótimo 
gerenciamento de produção para se sobressaírem diante de suas concorrentes em seu 
ramo de mercado, sendo necessário fazer pesquisas extensas e complexas, se planejar 
com antecedência, arriscar-se com novos projetos, pois a inovação é fundamental para se 
destacar diante das outras organizações e ter um poder de tomada de decisões excelente, 
pois as decisões atualmente precisam ser rápidas e eficientes(DANTAS, 2019). 
 
7 
 
 
2 SISTEMAS DE PRODUÇÃO 
 
 Segundo Petenate (2018), define-se como sistema de produção tudo aquilo que está 
envolvido em um processo produtivo, como as tarefas que deverão ser realizadas, as 
operações inter-relacionadas, as pessoas e os insumos, que buscam o mesmo objetivo: 
produzir alguma coisa. 
Os insumos, que quando entram no processo de produção não são absolutamente 
nada, passam pelo processo de transformação para serem transformados em algum 
produto final. Os insumos seriam as matérias-primas, a mão-de-obra, o capital da empresa, 
as máquinas e os equipamentos que serão utilizadas para o processo de conversão, as 
instalações da organização, o conhecimento técnico dos processos, entre outros 
(MOREIRA, 2011). 
Para Moreira (2011), o processo de criação ou conversão faz toda a transformação 
da matéria-prima, moldando-a de acordo com o produto específico que deseja ser finalizado 
(figura 2.1). Já no caso dos serviços, não ocorre nenhum tipo de transformação, e sim de 
criação, sendo mais utilizado o conhecimento técnico nessa situação do que os 
equipamentos. 
Por fim, o sistema de controle tem como objetivo garantir que todas as programações 
serão concluídas dentro do prazo e com êxito, de maneira eficiente. É o subsistema de 
controle que faz todo o processo de produção caminhar nos trilhos (MOREIRA, 2011). 
 
 Figura 2.1 - Elementos do Sistema de Produção. 
 
 Fonte: MOREIRA (2011). 
 
2.1 PROCESSOPOR TAREFA 
 
 O processo por tarefa ou projeto, trabalha com um baixo volume de produção diante 
dos outros sistemas, mas com grande variedade de produtos, consequentemente, tendo 
diversas etapas na produção. Não existe conexão entre os setores de produção, fazendo 
com que cada centro produtivo trabalhe com o que tem, não podendo compartilhar os 
recursos de produção com os outros setores (CORRÊA; CORRÊA, 2009). 
 
2.2 PROCESSO EM LOTES 
 
 Os produtos no processo em lotes são fabricados em quantidades específicas, tendo 
um alto volume de produção, baixa variedade, especialização e dedicação dos 
trabalhadores aos equipamentos e as máquinas, diferentemente do processo por tarefa, 
onde os trabalhadores ficam responsáveis por todas as etapas do processo (MEIRE, 2013). 
 Conforme dito por Corrêa e Corrêa (2009), o processo em lotes é semelhante ao 
processo por tarefa no quesito de ser necessário ter um arranjo físico funcional pelo alto 
grau de flexibilidade. 
8 
 
 
2.3 PROCESSO EM LINHA 
 
Possui como características alto volume de produção, baixa variedade e 
padronização dos produtos, similar ao processo em lotes, porém com um volume de 
produtividade muito maior. Os setores produtivos são separados conforme toda a 
sequência do processo produtivo (MOREIRA, 2011). 
 
2.4 PROCESSO EM FLUXO CONTÍNUO 
 
 Segundo Moreira (2011), o processo em fluxo contínuo ou simplesmente contínuo é 
interrupto, tendo um volume de produção maior e uma variedade de produtos menor 
quando comparado com os outros sistemas de produção, isso acontece pelas 
características das empresas que utilizam desse processo, pois é um sistema de produção 
muito específico. 
 
3 OBJETIVOS DA PRODUÇÃO 
 
Em uma empresa existem diversos objetivos de produção, e esses objetivos têm 
como intuito melhorar o funcionamento dos processos produtivos, aumentar a 
competitividade de uma organização, maximizar o lucro obtido, diminuir seus custos de 
operação e garantir a permanência de seus clientes fixos (SILVA, 2010). 
Outro objetivo muito comum e importante de todo sistema produtivo, é evitar os 
atrasos na produção, mais conhecido como gargalo, que consiste em um setor 
sobrecarregado de uma linha produtiva ou responsável pelo processo de produção mais 
lento de um produto ou serviço, essa lentidão pode ser provocada pelos recursos 
disponíveis, máquinas e equipamentos lentos ou danificados que precisam de manutenção, 
pelos colaboradores ou por tudo que está presente naquele centro de trabalho (LEÃO, 
2020). 
 
3.1 OBJETIVO QUALIDADE 
 
O objetivo qualidade tem como intenção “fazer certo as coisas”, isso é, ter um 
processo produtivo sem falhas para que o produto final não chegue ao consumidor com 
defeitos, para assim satisfazer o cliente externo, ou com o mínimo de erros possíveis, desde 
que esses erros sejam identificados antes de serem entregues ao comprador para não 
perder competitividade no mercado e a confiabilidade de seus clientes, e também para que 
a perda de estoque não seja grande e o retrabalho não seja constante (SILVA, 2010). 
Nos serviços, a qualidade estaria visível ao realizar um bom atendimento ao cliente, 
sendo educado, claro e atencioso com o consumidor, sempre trabalhando de acordo com 
a perspectiva de tempo e com os produtos disponíveis no estoque. Segundo Silva (2010), 
a aplicação correta desse objetivo reduz custos e fideliza clientes, além de trazer resultados 
positivos por meio do trabalho no ambiente interno da empresa. 
 
3.2 OBJETIVO RAPIDEZ 
 
O objetivo rapidez consiste na entrega dos produtos ou serviços requisitados pelo 
cliente externo o mais rápido possível, minimizando o lead time (período entre o início da 
atividade até o seu término), mas sempre buscando manter a qualidade (SLACK; 
CHAMBERS; JOHNSTON, 2002). 
Mas para chegar nessa rapidez tão desejada, Slack, Chambers e Johnston (2002), 
afirmam que é necessária uma agilidade nas operações internas, para gerar uma resposta 
9 
 
rápida aos consumidores. Essa velocidade nas respostas só é possível com a rapidez na 
tomada de decisões, nas movimentações dos materiais necessários e das informações 
operacionais. 
 
3.3 OBJETIVO CONFIABILIDADE 
 
Segundo Wilker (2010), confiabilidade significa executar as atividades no tempo em 
que foi combinado com o cliente externo, com a preferência de executar essas tarefas o 
mais rápido possível. 
No ambiente interno de uma empresa, a confiança pode ser medida através da 
avaliação do desempenho individual e coletivo dos funcionários e se as atividades 
solicitadas foram executadas e entregues conforme o planejado e prometido entre os 
setores de produção. Com a aquisição da confiabilidade, a empresa pode aumentar o custo 
de venda do produto, gerando mais lucratividade e estabilidade financeira (SILVA, 2010). 
 
3.4 OBJETIVO FLEXIBILIDADE 
 
Ser flexível nas empresas é ter capacidade de se adaptara novos ambientes, 
atividades ou demandas, sendo assim, a flexibilidade pode ser definida como alterar o 
processo produtivo de alguma forma, seja mudando o que, como ou quando ele faz, sem 
resultar em reações negativas nem trazer quedas na qualidade dos produtos ou serviços 
ofertados ao consumidor (WILKER, 2010) 
A empresa precisa estar preparada para mudar constantemente e, assim, atender 
às novas necessidades de seus consumidores. Ter flexibilidade garante mais rapidez na 
resposta, economia de tempo nas produções e nas entregas e maior confiabilidade do 
cliente externo (SILVA, 2010). 
 
3.5 OBJETIVO CUSTO 
 
Para ter eficiência no objetivo custo, é necessário que todos os outros objetivos 
sejam eficientes também numa organização, se tudo estiver certo, o resultado será a 
redução de custos em todo processo produtivo da empresa. Ter um custo de produção 
menor pode significar preços mais baixos aos consumidores e aumento de lucratividade da 
empresa (SILVA, 2010). 
 
4 PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO 
 
O PCP é responsável por toda organização de um processo produtivo, é ele que 
define o que, como e quando será fabricado o produto solicitado, de acordo com as 
especificações fornecidas pelo cliente, e tem como finalidade garantir total eficácia em toda 
linha produtiva da empresa, seja nos produtos ou nos serviços (SLACK et al, 1999). 
Conforme dito por Leão (2020) é o planejamento que programa as tarefas que serão 
executadas em toda linha produtiva, estipulando os materiais que deverão ser comprados, 
as máquinas e os equipamentos necessários, como irão funcionar os centros de trabalho eo tempo de operação de cada etapa, usando sempre como base o prazo de entrega 
combinado. 
Slack, Chambers e Johnston (2002) afirmam que, para facilitar a programação das 
atividades, o gestor deve realizar uma previsão da demanda para planejar toda a produção, 
levando em consideração três períodos: Longo, médio e curto prazo. Quando for de longo 
prazo (planejamento estratégico), o plano é relativo à execução pretendida, observando os 
materiais necessários e as metas desejadas da empresa. No caso do médio prazo (plano-
mestre de produção), o planejamento é mais detalhado, observando onde existe maior 
10 
 
demanda para melhorar os processos. E por fim, o curto prazo, é o período mais difícil de 
ser realizar grandes mudanças, necessitando de mais atenção na hora da programação. 
O controle significa fiscalizar todas as atividades que estão sendo realizadas no 
processo produtivo, verificando se as operações são iniciadas e concluídas conforme 
programado, se o estoque de matéria-prima é suficiente para a produção, e em casos de 
gargalo, encontrar rapidamente o setor onde está acontecendo essa lentidão para realizar 
as correções necessárias (LEÃO, 2020). 
Segundo Hoinaski (2017), existem seis etapas que precisam ser implementadas 
para um funcionamento eficiente do PCP: previsão de demanda, planejamento da 
capacidade de produção, planejamento agregado da produção (PAP), programação mestra 
da produção (PMP), programação detalhada da produção (PDP) e o controle da produção. 
A previsão da demanda representa a quantidade que uma empresa espera vender 
de um produto ou serviço, demanda que é geralmente prevista através do histórico de 
vendas dos anos anteriores da empresa (CHIAVENATO, 1990). 
Como relatado por Slack, Chambers e Johnston (2002), a capacidade produtiva de 
uma organização significa o máximo que a linha de produção consegue fabricar em um 
determinado período de tempo, sem sofrer nenhum tipo de lentidão. 
Conforme Hoinaski (2017), o PAP seria a etapa do planejamento em que os dados 
levantados das atividades anteriores são utilizados para o desenvolvimento das estratégias 
de produção, é um documento formal anual, mas atualizado mensalmente pelos gestores. 
O PMP é mais detalhado que o PAP, na programação mestra de produção é definido 
os planos operacionais de todo sistema produtivo através do planejamento agregado, 
confirmando o que será produzido e a quantidade necessária, levando em consideração os 
pedidos confirmados e a demanda prevista (SIPPER; BULFIN, 1997). 
O PDP é a programação diária de todo sistema operacional da indústria, incluindo a 
emissão e liberação de ordens, gestão de materiais e o sequenciamento das ordens de 
produção (HOINASKI, 2017). 
Por fim, segundo Hoinaski (2017), o controle da produção tem como função verificar 
se tudo que foi programado anteriormente foi executado conforme planejado. O controle é 
importante para encontrar os gargalos do processo produtivo, realizar programações de 
curto prazo, tomar novas decisões, etc. 
 
5 CARACTERÍSTICAS DOS SERVIÇOS 
 
Existem quatro características de serviços ao todo, são elas: intangibilidade, 
inseparabilidade, variabilidade e perecibilidade, onde cada uma apresenta suas 
particularidades e tem definições completamente diferentes. 
 
5.1 INTANGIBILIDADE 
 
Diferentemente dos produtos, que são tangíveis, os serviços são definidos como 
intangíveis, ou seja, que não podem ser tocados. Quando você compra um produto em uma 
loja, você pode observar, tocar ou até mesmo testar antes de obtê-lo, já com os serviços 
as coisas são bem diferentes, você só vai saber se o serviço adquirido atende suas 
necessidades ou não depois que ele for realizado (KOTLER, 1998). 
 
5.2 INSEPARABILIDADE 
 
É o serviço em que não pode ser separada a produção do consumo, pois ao mesmo 
tempo em que ele está sendo produzido, também está sendo consumido pelo cliente. Um 
exemplo seria de um professor, que enquanto está dando a sua aula (produzindo o seu 
serviço), ela está sendo consumida pelos seus alunos (BATISTA, 2015). 
11 
 
5.3 VARIABILIDADE 
 
Conforme Menshhein (2006), variabilidade significa que a quantidade de serviços 
prestados por uma empresa é grande, mudando especificamente de cliente para cliente, 
onde cada um apresenta exigências e necessidades diferentes um do outro, sendo uma 
característica de serviço extremamente pontual. 
 
5.4 PERECIBILIDADE 
 
Para Kotler (1998), os produtos podem ser estocados, os serviços não. A 
perecibilidade não traz muitos problemas para as empresas na administração da demanda 
quando ela é estável, porém em momentos de instabilidade, as dificuldades podem 
aparecer e causar enormes prejuízos. 
Independente de quantas pessoas utilizarem o serviço, sempre que ele for 
executado os custos de operação serão os mesmos, um exemplo seria uma empresa de 
aviação, onde não importa se o avião está vazio ou cheio, os gastos sempre serão iguais 
(BATISTA, 2015). 
 
5.5 QUALIDADE DOS SERVIÇOS 
 
 O objetivo de todo serviço prestado é atender a demanda solicitada com eficiência, 
e para atingir essa expectativa, existem nove elementos relacionados à qualidade de 
serviço, são eles: confiança, cordialidade, comunicação, empatia, credibilidade, 
competência, segurança, agilidade e aspectos visíveis. 
 A confiança é entregar e executar o serviço conforme combinado com o cliente, para 
que ele seja considerado confiável. Cordialidade significa ser gentil e paciente com o 
consumidor, com o intuito de suprir suas necessidades. Ser empático é se colocar no lugar 
da outra pessoa, no caso dos serviços, seria buscar entender o que o comprador realmente 
precisa. A credibilidade tem como objetivo passar confiança ao cliente, para que ele 
acredite que necessita do que está sendo oferecido. A comunicação é extremamente 
importante nos serviços, pois é ela quem garante muitos negócios, por isso é necessário 
ser claro e simples com as palavras, para que a pessoa consiga entender o serviço 
prestado. Competência significa mostrar conhecimento sobre o serviço que está 
oferecendo. Já a segurança busca trazer a sensação de conforto ao cliente, para que ele 
se sinta seguro com a atividade adquirida, é a isenção de risco ou perigo. Agilidade seria 
atender o possível comprador no momento em que for solicitado, desde que seja para 
adquirir um novo serviço ou resolver alguma dúvida. Por fim, os aspectos visíveis são as 
percepções do cliente a operação executada, desde o local de atendimento até as 
sensações do consumidor durante e após a prestação da atividade solicitada (BASTIANI; 
MARTINS, 2012). 
 
6 PCP DE SERVIÇOS 
 
 Diferenciando os produtos dos serviços, Krumheuer (2016) afirma que, um produto 
seria algo que depois de produzido é tangível, que você pode tocar, diferente de um serviço 
que é sempre intangível, ou seja, que você não pode tocar. Outra comparação seria que 
um produto você pode trocar depois que comprado, segundo o código do consumidor, um 
serviço não, por que depois que iniciado ou finalizado, é tecnicamente impossível fazer a 
troca, só sendo possível refazer a operação. 
 As diferenças ficam mais perceptíveis no momento da produção, nos produtos, as 
empresas geralmente trabalham com a produção em estoque ou contínua, sem ter vendas 
concretizadas, isso pode garantir mais qualidade ao produto antes de chegar ao 
12 
 
consumidor. Com os serviços as coisas ocorrem ao contrário, as vendas são feitas antes 
da realização das operações, o que influência muito no PCP das organizações que prestam 
essas atividades. 
 O PCP de serviços se torna mais complexo do que o de produtos por causa de 
algumas características próprias, como, por exemplo: o serviço não pode ser estocado, 
sendo necessário estar sempre preparado para executá-lo assim que o cliente solicitar. 
Também é muito difícil de ser padronizado, pois cada consumidor tem necessidades 
diferentes, o que exige uma programação específica para cada operação, proporcionando 
maiores riscos de errosdurante o processo. Pelo fato das atividades serem consumidas 
enquanto produzidas, o planejamento deve ser bem detalhado para evitar as falhas ao 
máximo, pois o serviço não pode ser trocado, apenas refeito. 
 Com o crescimento do setor de serviços nas últimas décadas, que aconteceu 
principalmente devido ao aumento da concorrência entre as empresas desse segmento, as 
organizações que desejam se manter de forma competitiva no mercado deve focar em 
atender as demandas e necessidades dos clientes, e um PCP aplicado de forma eficaz 
poderá garantir esses resultados (HENRIQUE et al, 1994). 
 Um dos principais objetivos atuais no ramo empresarial é encontrar formas de ter um 
gerenciamento de atividades eficiente através das estratégias de operações de serviços, 
que são ferramentas que buscam organizar os recursos de produção e criar um padrão de 
decisões de estratégia, a fim de conseguir ampliar sua competitividade no mercado 
(CORRÊA; GIANESI, 1995). 
 Segundo Fitzsimmons e Fitzsimmons (2010), além do planejamento e controle da 
execução do serviço, controlar a qualidade das operações, algo que pode ser muito 
complexo em locais de atividades constantes, também é fundamental para a empresa ter 
um bom reconhecimento por parte dos clientes externos. Esse controle pode ser mantido 
através do treinamento pessoal, padronização das atividades, investimento em novas 
tecnologias, fiscalização dos serviços, entre outros. 
 
7 SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
 O serviço público é toda atividade delegada ao Estado que são executadas pelo 
Poder Público, com o objetivo de atender e suprir todas as necessidades da sociedade, 
coletivamente, que são prestados sob regimes jurídicos públicos ou parcialmente jurídico 
público (FONSECA, 2014). 
 Para Bolzan (2012), o serviço público pode ser classificado de diversas formas: 
delegável e indelegável, na questão de essencialidade, administrativo e de utilidade pública, 
quando falado em objeto, coletivos e singulares, quanto ao usuário, e por fim, obrigatórios 
e facultativos. 
 Conforme Fonseca (2014), as atividades delegáveis são aquelas que podem ser 
executadas apenas por funcionários do Estado, resumindo, são operações que não podem 
ser terceirizadas. Já os serviços indelegáveis podem ser realizados tanto pelo Estado 
quanto por empresas particulares. 
 Serviços administrativos são atividades realizadas para aprimorar o funcionamento 
da organização, isso é, são operações internas que trazem vantagens para a sociedade de 
forma indireta. Já as tarefas de utilidade pública são aquelas destinadas diretamente ao 
indivíduo, que quando olhadas da parte de dentro da empresa, se tratariam de operações 
externas, como por exemplo, o fornecimento de energia (BOLZAN, 2012). 
 Conforme relatado por Fonseca (2014), atividades coletivas são serviços realizados 
a um número não determinado de pessoas, o que geralmente inclui toda a população da 
cidade, como a iluminação pública, o abastecimento de água, entre outros. Quanto aos 
serviços singulares, que geralmente não se tratam de serviços públicos, são prestados a 
13 
 
um número já determinado de indivíduos, por serem propriamente serviços individuais, por 
exemplo, serviços de telefonia. 
 Por fim, operações obrigatórias são aquelas em que o Estado é obrigado por lei a 
executar, que não podem faltar de jeito nenhum à população, como, por exemplo, o 
recolhimento de lixo, a iluminação pública, o fornecimento de água e esgoto. Os serviços 
facultativos são aqueles realizados por opção pelos órgãos governamentais, que não são 
de extrema necessidade para a sociedade ou que o próprio indivíduo não sinta necessidade 
de obter (FONSECA, 2014). 
 
7.1 PRINCÍPIOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
 Conforme Anjos (2017), dentre todos os princípios existentes de serviço público, 
quatro deles tem maior importância: os princípios de continuidade, generalidade, eficiência 
e de modicidade. 
 O princípio de continuidade não sofre paralisação, ou seja, ele é contínuo, pois se 
for interrompido pode causar prejuízos a toda população. Serviços contínuos padronizados 
podem garantir maior qualidade nas execuções, porém exigem constantes inovações para 
aprimoramentos e também são passíveis de erros. Um exemplo claro de atividade que 
segue o princípio da continuidade seria a limpeza pública, afinal, se essa operação não for 
executada por uma semana, a cidade ficará suja (ANJOS, 2017). 
 Conforme Fonseca (2014), o princípio da generalidade diz que os serviços públicos 
devem ser acessíveis a todos os munícipes presentes na cidade, sempre que for de 
necessidade deles. É exigido por lei e o Estado precisa executar de forma indiscriminada 
com o intuito de atender a toda população. 
 O princípio eficiência ressalta que os serviços públicos devem ser realizados com o 
objetivo de atender a comunidade de forma efetiva, suprindo todas as suas necessidades, 
com o menor custo possível. Tem conexão com o princípio continuidade e avaliações 
periódicas devem ser feitas para manutenção da qualidade das operações que são 
executadas pelo Poder Público, seja de maneira delegável ou não (ANJOS, 2017). 
 Ainda para Anjos (2017), o princípio modicidade exige que as atividades feitas pelo 
Poder Público sejam prestadas a preços módicos, ou seja, deve ser realizada uma 
avaliação para que o custo final da operação não deixe qualquer usuário sem receber os 
benefícios que ele tem como direito. 
 
8 METODOLOGIA 
 
 Para o desenvolvimento deste estudo de caso, o presente artigo tem como 
metodologia científica empregada a uma revisão bibliográfica, que, segundo Gil (2002), 
revisão ou pesquisa bibliográfica trata-se de uma pesquisa que é desenvolvida através de 
materiais já finalizados, como, por exemplo, livros, artigos científicos, teses, sites de 
internet, entre outros. 
 Como complemento, para Severino (2007), uma pesquisa bibliográfica se aproveita 
de estudos anteriores que foram realizados por outros autores, utilizando dos dados 
registrados para gerar um novo estudo, que só pode ser desenvolvido porque outros 
autores contribuíram no passado com informações sobre o tema trabalhado. 
 Foi executado um estudo de caso na Prefeitura Municipal de Lins, no setor de 
Limpeza Pública. Conforme Patel (2020), estudo de caso é uma pesquisa aprofundada 
sobre um ou mais temas específicos, com o intuito de adquirir um conhecimento amplo e 
mais detalhado sobre o assunto que está sendo desenvolvido em determinado trabalho. 
 O levantamento de dados ocorreu no segundo semestre de 2020, quando se realizou 
uma observação direta, indo até o local em que foi desenvolvida a pesquisa para entender 
melhor o funcionamento do ambiente de trabalho. Foi realizada também uma entrevista 
14 
 
com o responsável pelo centro de trabalho, seguindo um roteiro que se encontra no 
apêndice A, com perguntas gerais sobre o setor de Limpeza Pública. Segundo 
Adminuplexis (2019), coleta de dados é uma técnica para absorver informações que serão 
utilizadas por terceiros para o desenvolvimento de algum trabalho, estudo, pesquisa, 
planejamento, entre outros, que podem ser adquiridas através da observação direta ou de 
uma entrevista. 
 Após o levantamento de dados, executou-se uma análise dos dados coletados do 
setor estudado, tratando-se de uma pesquisa qualitativa, que, para Mathias (2016), o foco 
dela é entender o comportamento e funcionamento de algo, não medir em números exatos. 
 
9 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
9.1 A CIDADE DE LINS 
 
 A cidade de Lins foi fundada no dia 21 de abril de 1920 e no ano de 2020 atingiu a 
marca de cem anos, sendo o seu centenário. Encontra-se na região centro-oeste do estado 
de São Paulo, no Brasil, sendo constituída pela sede municipal e por um distrito, conhecido 
como Guapiranga. O município tem uma extensão de 570,2 km² e sua densidade 
demográfica é de 124,98 habitantes por km² (IBGE, 2010). Tem como municípios vizinhos 
Guaiçara, Cafelândia, Getulina, Promissão, entre outros, sendo a maior cidade dessa 
microrregião. Segundo oIBGE (2020), a cidade de Lins tem a população estimada em 
78.503 atualmente. 
 Segundo o Atlas (2013), o IDHM de Lins em 2010 era de 0,786, sendo considerado 
um valor de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799), colocando a cidade 
próxima do Desenvolvimento Humano Muito Alto (quando o IDHM é entre 0,800 e 1,000). 
São três índices que fazem a cidade ter esse valor alto de IDHM, o de longevidade com 
0,869, tendo como expectativa de vida 77,13 anos, o de renda com índice de 0,762, dando 
algo em torno de 920 per capita e por fim, o de educação com 0,733. 
 Atualmente o município tem cerca de 90 bairros e um distrito, números que deverão 
crescer nos próximos anos devido à construção de novos bairros que já estão em 
desenvolvimento e os que serão construídos nos próximos anos conforme planejamento e 
pela estimativa de crescimento da população, o que necessitaria de novos locais para 
moradia. 
 Sobre a história de Lins, tudo começou no início do século XX, quando um povoado 
conhecido como Santo Antônio do Campestre começou a aparecer nas proximidades do 
cruzamento entre uma trilha dos índios coroados, e a recém-construída Estrada de Ferro 
Noroeste do Brasil, que se localizava próxima ao córrego Campestre. Em 16 de fevereiro 
de 1908, quatro estações da ferrovia foram inauguradas no Brasil, entre as estações, estava 
a do quilômetro 152, conhecida como "Estação Campestre". Essa estação teve como nome 
de batismo "Albuquerque Lins", uma homenagem ao político Manuel Joaquim de 
Albuquerque Lins. Em 1913, o povoado de Santo Antônio do Campestre foi elevado à 
categoria de distrito do município de Bauru, com sua emancipação política ocorrida no dia 
21 de abril de 1920, se tornando definitivamente um município, que hoje é conhecido como 
“Lins”, uma cidade que por muitos anos foi conhecida como “a cidade das escolas”. 
(PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS, 2020). 
 
9.2 A PREFEITURA DE LINS 
 
 Atualmente a Prefeitura Municipal de Lins está organizada ao todo em 15 secretarias: 
CODEC (Coordenadoria de comunicação), Cultura (Coordenadoria de cultura), Fundo 
Social de Lins, Gabinete do Prefeito, Ouvidoria, SAMAS (Secretaria de agropecuária, meio 
ambiente e sustentabilidade), SEDESU/SERIP (Secretaria de desenvolvimento sustentado 
15 
 
e relações institucionais), SEMAS (Secretaria de assistência social), SEMEL (Secretaria de 
esporte e lazer), SENA (Secretaria de negócios administrativos), SENEJUR (Secretaria 
municipal de negócios jurídicos), SEPLAFI (Secretaria de planejamento e finanças), SESA 
(Secretaria de saúde), SME (Secretaria de educação) e a SUSOP (Secretaria de 
urbanismo, serviços e obras públicas) (PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS, 2020). 
 As secretarias da prefeitura são compostas também por outros departamentos onde 
cada um realiza funções específicas, como na SUSOP, ela é constituída pelos setores de 
obras, trânsito e limpeza pública. Todas as secretarias possuem suas próprias 
determinações, e o munícipe que precisa de ajuda do poder público deve ser transferido 
para o setor correto de cada secretaria, por exemplo, seria errado atender um cidadão com 
problemas na coleta do seu lixo e encaminhá-lo para o setor de obras. 
 Segundo a Prefeitura Municipal de Lins (2020), ao todo 1.781 funcionários ativos 
atuam pelos órgãos públicos da cidade, variando entre concursados (estatuários), cargos 
em comissão, estagiários (contratos com prazo de validade que geralmente se encerram 
em dois anos) e os funcionários do programa travessia, que também são temporários. 
Existem também 268 pessoas inativas (ex-funcionários aposentados) e 135 pensionistas, 
dando um total de 2.184 indivíduos que recebem diferentes valores pela prefeitura. 
 
9.3 SERVIÇO DE LIMPEZA PÚBLICA 
 
 O serviço de limpeza pública faz parte da SUSOP (Secretaria de urbanismo, serviços 
e obras públicas) e atualmente conta com 120 funcionários, sendo um da área 
administrativa (gerente de limpeza pública), seis do programa Travessia, dois estagiários e 
os restantes serventes de limpeza pública (motoristas, coletores, jardineiros, etc.). 
 O programa Travessia trata-se de um projeto que tem como objetivo qualificar 
profissionalmente as pessoas que participam dessa iniciativa, dando oportunidade de 
emprego nos próprios setores públicos. Para participar o candidato deve realizar sua 
inscrição no período que for divulgado pela prefeitura, cadastrando seus dados pessoais. 
Os contratos geralmente duram entre 6 (seis) a 9 (nove) meses, com uma carga horária de 
40 (quarenta) horas semanais, sendo 10% desse tempo dedicado a qualificação da mão de 
obra do participante. 
Durante o dia a dia, o departamento realiza diversas operações, como varrição, 
roçada mecânica e manual, coleta de lixo domiciliar, coleta de material reciclável, coleta de 
lixo hospitalar, coleta de pneus, coleta de animais mortos e coleta de galhos e inservíveis. 
Para executar essas determinadas atividades o setor conta ao todo com nove veículos, 
onde cada um tem uma utilização específica. Vale ressaltar que os funcionários, veículos e 
serviços são divididos entre o poder público e as empresas terceirizadas que executam as 
atividades no município. 
 Além da mão de obra dos funcionários, também é necessário para a realização das 
atividades o uso de veículos, e o setor de limpeza pública conta com mais de 9 (nove), 
variando também entre bens móveis da própria prefeitura e das empresas terceirizadas. A 
utilização de cada um bem é específica, sendo 3 (três) caminhões para a coleta de lixo 
domiciliar (comum) e recicláveis, 3 (três) caminhões para o serviço de coleta de galhos e 
inservíveis, 3 (três) caminhões para coleta dos matos cortados nas roçadas mecânicas e 
manuais e um caminhão que faz a busca de itens variados (animais mortos, por exemplo). 
Existem veículos também com outras determinadas funções, como a Perua Kombi para o 
transporte dos funcionários até o local da execução dos serviços, os tratores, as roçadeiras 
mecânicas e um para a fiscalização das atividades. 
 A varrição ocorre diariamente no centro da cidade, e para o trabalho ser executado 
os equipamentos utilizados variam entre carrinhos, pás, vassouras, rastelos e sacos de lixo. 
São recolhidos papéis, folhas, plásticos, papelão, entre outros materiais que aparecem nas 
vias públicas durante a rotina de trabalho. Depois que o serviço é realizado, todo lixo 
16 
 
recolhido durante as atividades é destinado ao Transbordo de Lins (Aterro sanitário), assim 
como qualquer outro tipo de lixo recolhido durante o expediente dos funcionários, seja 
domiciliar, reciclável, animal, entre outros. Após passarem por todo um processo, são 
enviados para o Transbordo – Aterro Sanitário, em Catanduva – SP, onde ocorre a 
finalização das operações. 
 A contratação de novos funcionários para os serviços de coleta e varrição ocorre por 
meio da seleção de currículos, sendo um processado executado por inteiro pelas empresas 
terceirizadas que realizam essas operações. Após a escolha dos currículos, os 
interessados passam por uma entrevista realizada pelo responsável por cada serviço, de 
cada organização, e depois de definido quais pessoas serão contratadas (geralmente 
munícipes com aptidão para o cargo), é firmado um contrato de trabalho. 
 Para administração geral do setor são utilizados alguns softwares, como um para a 
compra e pagamento de materiais e serviços, onde os pedidos chegam por meio de 
licitação, em papel, sendo sempre obrigatória a apresentação de 3 (três) orçamentos de 
diferentes empresas, um para a protocolização de processos (confirmar a chegada e 
também encaminhar para outro setor) e programas do pacote Office para a execução de 
outras atividades (criação das programações, escrita de comunicações internas, entre 
outras). 
 Os serviços públicos podem ser classificados como delegáveis, indelegáveis, 
administrativos, de utilidade pública, obrigatórios, facultativos, coletivos e singulares. 
Dentro da limpeza pública da Prefeitura Municipal de Lins, cadaatividade executada pelo 
setor pode ter uma ou mais classificações específicas (Quadro 9.1). 
 
Quadro 9.1 - Serviços do setor de limpeza pública da Prefeitura Municipal de Lins 
CLASSIFICAÇÃO SERVIÇOS EXECUTADOS 
Delegável Administração geral do setor pelo gestor responsável. 
Indelegável 
Coleta de lixo domiciliar, reciclável, galhos e inservíveis, roçadas 
mecânicas e manuais, varrição, etc. 
Administrativo 
Compra de materiais, programação dos serviços, protocolização de 
processos, etc. 
Utilid. Pública 
Coleta de lixo domiciliar, reciclável, galhos e inservíveis, roçadas 
mecânicas e manuais, varrição, etc. 
Obrigatórios 
Coleta de lixo domiciliar e reciclável, roçadas mecânicas e manuais, 
varrição, etc. 
Facultativos Coleta de galhos e inservíveis, coleta de animais mortos, etc. 
Coletivos 
Coleta de lixo domiciliar, reciclável, galhos e inservíveis, roçadas 
mecânicas e manuais, varrição, etc. 
Singulares Coleta de animais mortos. 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020. 
 
9.4 PROGRAMAÇÃO DOS SERVIÇOS 
 
 Cada serviço realizado pela limpeza pública tem uma programação diferente. 
Algumas atividades contêm programações semanais, outras fixas e para algumas nem 
programação prévia existe, pois, a operação é incerta. Mudanças na programação só são 
realizadas em casos específicos e com autorização do gestor responsável pelo setor. 
 A coleta de lixo domiciliar e reciclável tem uma programação fixa, isso é, não se 
altera durante todo o ano, apenas em casos extremamente necessários (como a construção 
de um novo bairro, por exemplo). O planejamento é realizado no início de todo ano e é 
definido o dia e o horário em que o caminhão passará para recolher o lixo em cada bairro. 
Vale ressaltar que é impossível saber à hora certa que o caminhão irá passar em 
determinado bairro, pois o que influencia sempre é a demanda dos outros bairros. O lixo 
17 
 
comum é recolhido em cada bairro três vezes por semana (segunda, quarta e sexta em 
alguns e terça, quinta e sábado em outros) começando sempre as 07h00min, enquanto o 
reciclável é recolhido uma vez por semana em cada bairro, também tendo início as 
07h00min (a coleta é feita no centro todos os dias, a partir das 14h00min). 
 As limpezas de vias públicas, praças, logradouros e áreas verdes de 
responsabilidade pública são programadas semanalmente e mensalmente pelo gestor do 
setor. Toda segunda feira o responsável faz a programação dos locais que os serviços de 
roçada mecânica e manual irão realizar a limpeza, passando as orientações específicas 
para cada chefia imediata. Existem alguns critérios para a definição de quais locais da 
cidade terão essas operações realizadas, geralmente através da fiscalização que o gestor 
faz pelo município verificando os endereços que precisam de limpeza, por processo enviado 
por escrito pelo SAC (Serviço de atendimento ao cidadão), onde os próprios munícipes 
fazem a solicitação (não tendo um dia exato para realização do serviço, dependerá da 
demanda e da execução dos que chegaram anteriormente) e pelo Simplifica. 
 Simplifica é uma página disponível no site da Prefeitura Municipal de Lins que pode 
ser utilizado para emitir uma ordem de serviço para qualquer setor público. Diferente de 
como acontecem os pedidos pelo SAC, que são feitos por telefone ou com a pessoa indo 
até a prefeitura realizar a emissão, o Simplifica permite que esses pedidos sejam realizados 
diretamente pela internet, sem que a pessoa precise sair de casa. Após realizar a ordem 
de serviço, as informações chegam ao sistema e depois são direcionadas para o gestor de 
cada centro de trabalho. 
 A coleta de galhos e inservíveis também tem uma programação semanal, mas com 
um critério de realização diferente desses outros serviços. Os locais de execução (bairros) 
são definidos através de uma sequência, isso é, o caminhão sempre anda em sentido 
horário. Em todo começo de semana são publicados os bairros em que o caminhão irá 
correr, mas pode acontecer da demanda ser maior em alguns bairros e atrasar a operação 
em outros, o que faz com que às vezes esses bairros sejam programados novamente na 
outra semana, os famosos gargalos de produção. 
 Como citado anteriormente, existem também os serviços que nem programações 
prévias possuem. Um exemplo muito claro disso seria a coleta de animais mortos, afinal, 
nunca é possível saber onde e qual animal vai morrer. Então é necessário aguardar que o 
munícipe entre em contato com a prefeitura para passar as informações necessárias para 
que o serviço seja executado. Essa operação é realizada sempre no mesmo dia em que é 
direcionada para o setor. 
 As varrições são realizadas todos os dias, nos locais em que existe maior fluxo de 
pessoas na cidade (no setor centro), e são separadas por quadras onde cada equipe 
geralmente composta por 2 (dois) varredores realizam o serviço. 
 Os funcionários trabalham 6 (seis) horas por dia, alternando entre os que trabalham 
no período da manhã e os que trabalham no período da tarde. A definição de quem realizará 
tal serviço é feita através das observações diretas feitas pelo gestor do setor, levando em 
conta a idade e a dinâmica do funcionário, pois alguns são melhores executando serviços 
específicos, sendo necessária essa análise para que as tarefas tenham resultados mais 
eficientes e rápidos. 
 Caso haja algum problema durante o expediente, as comunicações são realizadas 
por meio de telefone. Para que o gestor possa fazer o controle das atividades realizadas 
pelos colaboradores, ele faz a fiscalização dos serviços presencialmente, com seu veículo 
de fiscalização, e também realiza o acompanhamento da movimentação dos caminhões 
por meio de um aplicativo de rastreamento de veículos, podendo verificar se o caminhão 
deixou de passar em alguma rua caso um munícipe ligue no setor reclamando que o lixo 
não foi recolhido. 
 
18 
 
9.5 SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
 Para preservar a saúde e bem-estar de todos os funcionários do setor da Limpeza 
Pública, é extremamente necessário e obrigatório seguir as regras estabelecidas pelos 
órgãos de saúde do município, além das normas gerais já instituídas pela Prefeitura 
Municipal de Lins. Vale ressaltar que algumas normas ambientais são seguidas também 
para a preservação do meio ambiente. 
 Uma das principais e mais conhecidas normas de segurança é o uso obrigatório de 
Equipamento de proteção individual (EPI), utilizado basicamente em quase todas as 
empresas do mundo. Na Limpeza Pública esses equipamentos consistem em: uniformes, 
botas, bonés, luvas, máscaras e protetor solar. O uniforme é utilizado para a identificação 
do funcionário, as botas para proteção dos pés contra cortes, temperaturas quentes e 
possível contaminação de doenças pelo solo, os bonés são utilizados para proteger a 
cabeça contra o calor do sol também, luvas para a prevenção de cortes e contaminação de 
várias doenças ao coletar lixo, principalmente, as máscaras tem a mesma utilidade, mas 
pode ser usada contra forte odor também e o protetor solar é utilizado para a proteção da 
pele contra os raios do sol. 
 Todos os equipamentos são disponibilizados de forma gratuita pela Prefeitura, sendo 
adquiridos através de licitação, onde o gestor responsável faz a contagem de quantos 
materiais serão necessários e faz o pedido no sistema. Quando os produtos chegam, cada 
funcionário recebe em suas mãos todos os EPIs listados acima, após o recebimento, o 
colaborador deve ir até o escritório do responsável para assinar a confirmação de entrega 
do material, procedimento obrigatório para evitar problemas judiciais no futuro. 
 
CONCLUSÃO 
 
 O objetivo deste trabalho é demonstrar a importância e o funcionamento de todos os 
serviços que são realizados pelo setor de Limpeza Pública da Prefeitura Municipal de Lins, 
ressaltando como são feitas as programações e como os serviços planejados são 
executados tanto pelos funcionários públicos quanto pelos funcionários terceirizados, 
colaborando também com a conscientização da população arespeito da limpeza da cidade. 
 O propósito foi atingido uma vez que a Limpeza Pública é um serviço de extrema 
importância para o município, pois é esse setor que faz a limpeza das vias públicas, praças, 
logradouros e áreas verdes da cidade, fazendo a remoção de lixos domiciliares e 
recicláveis, galhos, inservíveis, animais mortos, além de realizar a varrição das ruas e 
calçadas nas regiões de maior fluxo, limpeza de sujeiras gerais das vias públicas quando 
acontece algum evento inesperado e também as roçadas mecânicas e manuais, mantendo 
a cidade limpa e conservada. 
 O PCP é fundamental para que as atividades citadas possam ser executadas com 
eficiência, pois o planejamento é necessário para que sejam definidas quais tarefas serão 
realizadas num determinado período de tempo, quem realizará e quais recursos deverão 
ser utilizados para o desenvolvimento dos serviços propostos. 
 O controle é essencial, pois é através dele que o responsável do setor faz a 
fiscalização das atividades, utilizando de ferramentas próprias para isso, como o rastreador 
de veículos e a supervisão realizada pelo próprio gestor do setor, sem o planejamento e 
controle dos serviços a desorganização tomaria conta do setor e a limpeza da cidade em 
geral se tornaria um caos para a população. 
 Sugere-se, como novas pesquisas na área, a análise da logística do envio dos 
materiais que são recolhidos e limpos na cidade e o estudo da aplicação de novas 
tecnologias no setor de Limpeza Pública para facilitar tanto o processo de planejamento 
quanto de execução dos trabalhos. 
 
19 
 
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APÊNDICE A – ROTEIRO DE ENTREVISTA 
 
1. O setor de Limpeza Pública está vinculado a qual secretaria da Prefeitura? 
2. Quais são os serviços executados pelo setor? 
3. Que tipo de lixo é varrido? 
4. Para onde é destinado esselixo? 
 5. Existe algum tipo de separação desse lixo? 
6. O setor é composto por quantos funcionários? 
7. Quantos funcionários administrativos compõem o setor? 
8. Como ocorrem as contratações dos funcionários que fazem a coleta de lixo e varrição 
das ruas? 
9. Quais são os equipamentos utilizados na varrição? 
10. Quantos veículos compõem o setor? E pra qual função cada um é utilizado? 
11. Todos os funcionários e veículos são da Prefeitura ou existe participação de terceiros? 
12. Como funciona a varrição de vias públicas? É realizada todos os dias? 
13. Como são definidos os locais para varrição e a distribuição dos funcionários? 
14. Como é definido quais funcionários vão realizar determinado serviço? 
15. Como é feita a programação de serviços? 
16. Há possibilidade de mudanças na programação? Em quais caso isso ocorre? 
17. Quais são os locais que a varrição é feita com maior frequência? 
18. Quantos funcionários do programa Travessia trabalham no setor de Limpeza Pública? 
19. Os funcionários trabalham em média quantas horas por dia? 
20. Existe uma central do setor que os funcionários vão antes de iniciar as atividades? 
21. Existem veículos de transporte para os funcionários irem realizar as tarefas 
programadas? 
22. Quais são os eventuais problemas que acontecem no dia a dia do setor? 
23. Quais equipamentos de segurança obrigatórios são utilizados pelos funcionários 
durante o expediente? 
24. Quais são as atitudes tomadas pelo setor para não prejudicar a saúde dos coletores 
de lixo e dos funcionários que realizam a varrição? 
25. Como é feita a comunicação com os funcionários que estão em serviço? 
26. Como o funcionário faz para marcar o ponto de dia trabalhado? 
27. Como são efetuadas aquisições de materiais necessários para o setor? 
28. Existe algum software utilizado para a administração geral do setor? 
29. Existe algum software ou ferramenta utilizada para a programação dos serviços? 
30. Como é feita a fiscalização dos serviços? 
31. Existe algum tipo de medição de qualidade e produtividade do setor? Quais 
indicadores são monitorados, como são monitorados? 
32. Como a população entra em contato com o setor quando necessário? 
33. Existem regras ou normas ambientais que devem ser atendidas? 
34. Caso o morador solicite a retirada de galhos ou inservíveis, o setor atende? Se sim, 
quanto tempo demora em média para ser realizado o atendimento? 
35. A capacidade atual do setor de limpeza é suficiente para atender à demanda? Quais 
ações são executadas para adequação? 
36. Há ações de melhoria no setor previstas ou em implantação?

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