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AD2 Gestão 02

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH 
 
 
 
Licenciatura em Pedagogia - EAD 
UNIRIO/CEDERJ 
 PRIMEIRA AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA – 2020 – AD2 
DISCIPLINA: GESTÃO 2 
 
 
Coordenação: Profa. Elisangela da Silva Bernado 
Mediadoras a Distância: Leyla Abrantes e Rosane Souza 
 
 
Postagem em: 27 de janeiro de 2020 
Data de entrega no polo: ATÉ 26 de abril de 2020 (domingo) 
 
Nome(s): Thamires Rodrigues Gonçalves Ferreira 
Matrícula(s): 18216080194 
Polo: Volta Redonda 
 
 
 
Todos os textos da disciplina estão disponíveis na Internet!!!!!! 
No final da avaliação sugerimos uma bibliografia que ajudará na elaboração da AD2!!! 
 
 
 
 
Leia atentamente as Instruções abaixo: 
 
 Você vai encontrar uma questão-única desdobrada em três momentos nesta 
avaliação; 
 Discuta a questão com um grupo de colegas e com os mediadores presenciais; 
 Consulte os textos, pesquise a legislação educacional e desenvolva a resposta 
sem copiar; 
 Caso queira fazer citações utilize as Normas da ABNT; 
 A avaliação AD2 pode ser feita individualmente ou em grupo de, no máximo, 3 
(três) discentes; 
 Cada grupo deverá entregar uma única folha de respostas com o nome de 
todos os integrantes; 
 Os mediadores presenciais não aceitarão a inserção de nomes nos grupos 
após a entrega; 
 Queremos saber a sua opinião sobre os textos, portanto, critique a posição dos 
autores; 
 Escreva com calma e cuidado procurando as palavras e conceitos que 
exprimam, teoricamente, o que você quer dizer; 
 Respeite o prazo de postagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AD2 – Gestão 2 
I – Questão-única: 1º. Pesquise 3 (três) Projetos Político-Pedagógicos (PPPs). Não 
esqueça de anexar os PPPs pesquisados a sua AD. 2º. Descreva quais elementos 
(partes) são importantes na elaboração de um PPP. 3º. Escreva uma reflexão sobre o 
processo de elaboração de um PPP: (10 pontos) 
 
 
Os objetivos, metas e sonhos que uma instituição educacional deseja alcançar, bem como os 
meios para concretizá-los estão descritos no chamado Projeto Político Pedagógico (PPP). O 
PPP é projeto porque reúne propostas de ações concretas a executar durante determinado 
período de tempo; é político por considerar a escola como um espaço de formação de 
cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na 
sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir; e é pedagógico porque define e 
organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e 
aprendizagem. O PPP é como um guia, ele indica a direção a seguir não só aos gestores e 
professores, mas também aos funcionários, famílias e alunos. Ele precisa ser completo e 
também flexível para se adaptar as necessidades de aprendizagem dos alunos. Alguns 
tópicos são essenciais na elaboração do Projeto político pedagógico de uma escola, eles 
são: missão, visão e valor; clientela; dados sobre a aprendizagem; relação com as famílias; 
recursos; diretrizes pedagógicas; plano de ação. Essas informações são relevantes e 
configuram uma ferramenta de planejamento e avaliação, portanto, o PPP deve estar sempre 
atualizado e disponível. 
A elaboração do PPP é uma formalidade a ser cumprida por uma exigência legal, está 
previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996. Esse trabalho 
deve envolver toda a comunidade escolar (gestores, professores, colaboradores e 
representantes da comunidade) e compartilhar a responsabilidade de definir os rumos da 
escola, pois com um Projeto bem estruturado a escola ganha uma identidade clara e a 
equipe se sente segura para tomar decisões. Contudo, há ainda muita dificuldade na 
elaboração desse documento, pois a gestão democrática em muitas instituições não ocorre 
de maneira plena. O processo de elaboração e implantação do projeto pedagógico é 
complexo e dúvidas sempre aparecem no caminho. Os gestores precisam buscar meios para 
o envolvimento de todos com responsabilidade e compreensão de que o PPP não é somente 
um documento burocrático para ficar arquivado na gaveta, ali está descrito os princípios da 
instituição e sua função para com a sociedade. 
 
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA E DISPONÍVEL NA INTERNET: 
LÜCK, Heloísa. Dimensões da gestão escolar e suas competências. Curitiba: Positivo, 
2009. 
GEMERASCA, Maristela P.; GANDIN, Danilo. Planejamento Participativo na escola: o que 
é e como se faz. Brasília: Loyola. 2002. (livro não disponível na Internet) 
KLOSOUSKI, Simone Scorsim; REALI, Klevi Mary. Planejamento de Ensino como 
ferramenta básica do processo ensino-aprendizagem. UNICENTRO, Revista Eletrônica 
Lato Sensu. Ed.5, p. 1-8. 2008. 
PARO, Vitor Henrique. Conceito, justificativa e fases do planejamento da educação. 
Caderno de Pesquisa, São Paulo, n. 18, set. 1976. 
WILL, Daniela Erani Monteiro. FALA PEDAGOGIA: Algumas contribuições para a 
construção do projeto político pedagógico na escola. Ponto de Vista, Florianópolis, n. 3/4, 
p. 189-195, 2002. 
 
 
Bom Estudo!!! 
Equipe Gestão 2!!! 
 
Prefeitura Municipal de Itapoá 
Secretaria Municipal de Educação 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto Político Pedagógico 
 
Creche Municipal Mundo Encantado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2010 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Educar é crescer. Crescer é viver. 
Educação é, assim, vida no sentido 
mais autêntico da palavra.” 
Anísio Teixeira 
 3 
Organizadores 
Direção 
Cleusa de Souza Finger 
 
Administração Escolar 
Alessandra S. M. Vital 
 
Corpo Docente 
Elenita S. R. Jung 
Claudia do Nascimento 
Ivanice Regina da Silva 
Joselaine Amorin 
Rosemeri Cassatti 
Janaina Sartor 
Vanderlene Gonçalo 
Juliana Cristina S. Speck 
 4 
Sumário 
 
Introdução 05 
Histórico da Instituição – Um pouco de nossa História 06 
Objetivos – Estabelecendo Metas 17 
Pressupostos Filosóficos - Quem e o que queremos formar? 20 
Tendências Pedagógicas – Cuidar e Educar 21 
Avaliação - Pensando a Avaliação na Creche 23 
Abordagem Curricular – Currículo e Educação Infantil 23 
Organização dos Conteúdos e das Atividades Pedagógicas - 
Como e o que trabalhar na creche? 
25 
Regimento Escolar 26 
Bibliografia 30 
 
 
 5 
§ INTRODUÇÃO 
 
"O projeto político-pedagógico busca um rumo, uma 
direção. É uma ação intencional, com um sentido 
explícito, com um compromisso definido coletivamente. 
Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, 
um projeto político por estar intimamente articulado ao 
compromisso sócio - político e com os interesses reais e 
coletivos da população majoritária.” (VEIGA, 1995, p. 48) 
 
 Um Projeto Político Pedagógico ultrapassa a mera elaboração de planos, que 
só se prestam a cumprir exigências burocráticas. Ele é o fruto da interação entre os 
objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade, que estabelece, através da 
reflexão, as ações necessárias à construção de uma nova realidade. É, antes de tudo, 
um trabalho que exige comprometimento de todos os envolvidos no processo 
educativo: professores, equipe técnica, alunos, seus pais e a comunidade como um 
todo. 
 
 Essa prática de construção de um projeto deve estar amparada por 
concepções teóricas sólidas e supõe o aperfeiçoamento e a formação de seus 
agentes. Só assim serão rompidas as resistências em relação a novas práticas 
educativas. Os agentes educativos devem sentir-se atraídos por essa proposta, pois 
só assim terão uma postura comprometida e responsável. Trata-se, portanto, da 
conquista coletiva de um espaço para o exercício da autonomia. 
 
Tendo como referencial teórico - metodológico os Parâmetros Curriculares 
Nacionais, a Creche MunicipalMundo Encantado, através de seu corpo docente, 
funcionários e pais, elaborou seu Projeto Político Pedagógico estabelecendo dentro 
de suas metas, a proposta de um documento que viesse avaliar, discutir, aprofundar 
e basear todo o seu sistema educacional. 
 
A intenção deste documento é, primeiramente, retomar o exercício da discussão 
e encaminhamento coletivo, no nível do processo ensino - aprendizagem. 
O objetivo do nosso Projeto Político Pedagógico é oferecer aos professores, alunos, 
pais e a todos aqueles que estão direta ou indiretamente ligados a este 
estabelecimento de ensino uma visão da nossa realidade educacional 
e constituir um referencial de qualidade para a nossa fundamentação pedagógica. 
 6 
 Por sua natureza aberta, configura uma proposta flexível a ser concretizada 
nas decisões dos projetos educacionais empreendidos na creche. 
 
Nele estão contidas as tendências pedagógicas praticadas por nós, bem como o 
sistema de avaliação e a prática desenvolvida pelos professores. 
 
 As metas aqui propostas se efetivarão em parceria com toda a comunidade 
escolar e com o real comprometimento dos profissionais que a elaboraram. 
 
Este projeto tem seu fundamento no binômio cuidar/educar e num conhecimento que 
não é pronto e acabado, mas que está em permanente desenvolvimento. 
 
 É nesta perspectiva que o Projeto Político Pedagógico da Creche Municipal 
Mundo Encantado deverá ser trabalhado e enriquecido na dinâmica da prática 
pedagógica, não se tornando um manual para o corpo docente e sim uma proposta de 
diálogo a respeito de toda a estrutura educacional, conteúdos, metodologia e rotina 
deste estabelecimento de ensino. 
 
 Por fim, este trabalho sem dúvida não se esgota aqui, as propostas nele 
contidas, os objetivos nele escritos e os pressupostos teórico-filosóficos que o 
respaldam são os de uma construção permanente do conhecimento. 
 
§ HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO 
Um pouco da nossa História 
 
 Nossa creche funciona desde 2001 junto com a Pré Escola Gente Feliz. A partir 
de outubro de 2006, foi desmembrada e criou-se a Creche Municipal Mundo 
Encantado. Nome este que foi escolhido pelos pais e professores da creche, através 
de uma eleição. 
 
 Atualmente temos como gestora a professora Cleusa de Souza Finger e 
funcionamos com 06 Professoras, 03 Auxiliares de Serviços Gerais e uma Especialista 
para atender uma média de 80 crianças com faixa etária de 01 a 03 anos pertencentes 
 7 
a vários níveis sociais, que vai do pai mais carente até ao pai de poder aquisitivo 
maior. 
 
 Em janeiro de 2007, iniciou-se a construção do atual prédio, tendo se findado 
em novembro do mesmo ano. Sua estrutura física se compõe de 3 salas de aula com 
banheiros adaptados para as crianças, fraldário, cozinha, lavanderia, dispensa, sala de 
professores com banheiro, e sala de diretoria. E está localizado na Av. das Nações 
Unidas, 405 – Centro de Itapoá. 
 
 
 
 
 
Fotos da construção: 
 
 
 
 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pátio 
 
 
 13 
 
 
 
 
 
 
 
Parque 
 
 
 
 
 14 
Sala de Aula 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fotos da Inauguração: 
 
 
 
 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17 
§ OBJETIVOS 
Estabelecendo metas e papéis 
 
“(...) a creche tem o papel social de valorizar os 
conhecimentos que as crianças possuem e garantir a 
aquisição de novos conhecimentos. A pré-escola com 
função pedagógica é aquela que tem consciência de seu 
papel social, busca trabalhar a realidade sócio-cultural 
da criança, seus interesses e necessidades que 
manifesta naquela etapa da vida.” (KRAMER, 1986, p.03) 
 Objetivos Gerais 
 A Creche Municipal Mundo Encantado, consoante com a nova lei, tem como 
objetivo principal o desenvolvimento integral das crianças nos seus aspectos físico, 
psicológico, intelectual e social. A função educativa da creche complementa a ação 
da família e por isso nossa proposta pedagógica leva em conta a cultura, os valores 
da família e da comunidade na qual está inserida, respeitando sempre as 
características e necessidades de cada criança e as da sua faixa etária. 
 
 Nosso trabalho educacional está indissoluvelmente ligado ao atendimento 
das necessidades elementares, uma vez que nossa clientela é formada por crianças 
muito pequenas e que por isso dependem integralmente dos adultos, principalmente 
no que se refere à higiene, alimentação e repouso. E é do relacionamento efetivo 
com os adultos que elas recebem os estímulos necessários para o desenvolvimento 
de suas capacidades sensoriais, motoras, cognitivas, comunicativas e emotivas. 
 
Objetivos Específicos 
 Todos os funcionários 
1 Comprometimento - O empenho de toda equipe de educadores, entendendo por 
educadores os envolvidos direta ou indiretamente nas experiências que 
permeiam o universo infantil, cultiva a vontade de acertar e acolhe os desafios 
propostos. 
2 Trabalho em equipe - Todos os funcionários devem estar conscientes da filosofia 
da creche e de sua responsabilidade como co-educadores. Devem ser solidários 
entre si e com todos valorizando o trabalho em equipe, sempre pautado pela 
ética profissional. 
 
 Direção 
 18 
 
1 Gestão participativa - A Direção da escola tem as funções bem definidas em 
termos de suas atribuições e responsabilidades, mas várias tarefas são 
delegadas a outros profissionais da escola de modo a fazer com que se sintam 
co-responsáveis pela gestão. A gestão compartilhada desta forma permite uma 
visão mais ampla da escola como um todo além da sala de aula e leva os 
funcionários a perceber a importância de todos os processos e atividades dentro 
do ambiente escolar. 
2 Diálogo - Toda a equipe da creche tem que ser apoiada e estimulada ao diálogo 
com a supervisão, orientação e outros segmentos da escola e entre si. Serão 
criadas oportunidades e ambientes que proporcionem a troca de experiências e 
opiniões de forma franca e constante. Este diálogo quando exercitado propicia a 
criação de uma consciência crítica e de um sentimento de pertencimento ao 
grupo. 
 Professores 
 
1. Empenho – Todos os professores têm o compromisso de se empenhar 
ao máximo buscando causar uma transformação em seus alunos, cultivando a 
vontade de vir para a escola, cativando o mesmo com palavras de carinho e 
afeto, mas sem se esquecer de mostrar os limites para que a criança comece a 
perceber onde acaba seu direito e começa o do outro. 
2. Troca – Os professores irão privilegiar o compartilhamento de idéias e 
informações entre si em vez de trabalharem individualmente. Com esta atitude 
serão trabalhados os conceitos de colaboração, ética e responsabilidade 
necessários a realização de um trabalho de grupo onde todos contribuam com 
seus talentos e desenvolvam novas habilidades e onde o todo é mais do que a 
soma das partes. 
 Especialistas 
 
1. Suporte técnico – Os Especialistas em educação (Administrador; Supervisor; 
Orientador Escolar) visam dar um apoio técnico tanto para a direção, quanto 
para o corpo docente proporcionando uma melhora nas rotinas de trabalho de 
todos. 
 19 
2. Formação em serviço - Buscando uma prática educacional de qualidade, os 
Especialistas se propõem a oferecer aos demais agentes da creche uma 
formação em serviço contextualizada a partir das práticas do cotidiano à luz 
das teorias, sem desprezar os conhecimentos empíricos da equipe educadora. 
Esta formação se dará através de encontros quinzenais que discutirão 
estratégias de atuação com os alunos. 
 
 Recreadores 
 
1. Socialização - Os recreadores têm como principal objetivo ocupar-se 
principalmente de proporcionar a socialização das crianças através do 
divertimento e lazer. 
2. Organização de Atividades - Mediante a organização e realização de atividades 
culturais, esportivas, lúdicase de entretenimento, os alunos poderão expressar 
sentimentos, viver experiências, além de superar limites. Os recreadores 
deverão adequar as atividades de acordo com a faixa etária de cada turma 
visando o desenvolvimento integral do aluno e possibilitando uma autonomia 
na execução das mesmas. 
 Serventes 
1. Manutenção e Limpeza do Ambiente – As serventes irão realizar a 
conservação e limpeza geral em todas as áreas internas e externas da creche, 
utilizando os equipamentos e produtos apropriados, sempre atentas à 
prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, a fim de propiciar um 
ambiente físico saudável à instituição. 
2. Alimentação – No horário da alimentação as serventes ficam incumbidas de 
preparar os pratos e ajudar as professoras a darem a comida individual. 
 Famílias 
1. Presença - As famílias devem ser conscientizadas da importância de sua 
parceria com a creche e de atuar em harmonia com a filosofia da mesma. Sua 
presença nas reuniões convocadas e o oferecimento de sugestões 
espontâneas muito podem contribuir para o sucesso da creche na educação de 
seus filhos. 
 20 
2. APP – Uma das principais formas de participação das famílias dentro da 
creche é através da APP (Associação de Pais e Professores), que visa 
administrar os recursos financeiros ganhos pela creche, seja através de 
contribuição espontânea dos pais, rifas ou verbas governamentais. 
 
§ PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS 
Quem e o que queremos formar? 
 
“O Marco Filosófico corresponde à direção, ao 
horizonte maior, ao ideal geral da instituição. É a 
proposta de sociedade, pessoa e educação que o 
grupo assume.” (VASCONCELLOS, 2006, p. 183) 
 
 A sociedade atual necessita de uma transformação que resulte no alcance de 
condições existenciais dignas, justas e democráticas para o conjunto da população 
brasileira. Queremos uma sociedade mais justa, humana, fraternal e democrática, 
com homens críticos, politizados, de ampla visão de mundo, capazes de superar os 
preconceitos sociais, uma sociedade em que todos usufruam dos direitos e deveres 
presentes na Constituição Brasileira. 
 
 Partindo desses pressupostos, a Creche Municipal Mundo Encantado busca 
uma sociedade em que valores como solidariedade, fraternidade e honestidade 
devam transcender as barreiras do individualismo, pois a cada momento de nossas 
vidas, estamos juntos construindo a nossa história, buscando liberdade e a 
felicidade desejada por todos. 
 
 Investimos em qualidade de tempo ao invés de quantidade de tempo, pois o 
tempo bem trabalhado será muito mais frutífero do que aquele tempo ocioso que 
custa a passar e não traz rendimento algum. 
 
 O valor da família é a base para qualquer cidadão enquanto criança sendo a 
estrutura dos pilares que hoje estão abandonados. As famílias, hoje sem tempo por 
conta do trabalho exacerbado, querem que a creche eduque seus filhos e tome 
para si a tarefa de criá-los e nós, educadores, temos o dever de mostrar que esta 
 21 
incumbência não é só nossa e que a responsabilidade maior sobre a criação do 
caráter dos filhos ainda é da família. 
 
§ TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS 
 
Cuidar e educar 
“Toda educação busca levar o indivíduo ao progresso, 
ao pleno desenvolvimento de suas capacidades inatas 
e adquiridas de forma constante e através do diálogo. 
Por isso educação infantil é um dos contextos de 
desenvolvimento da criança. Além de prestar cuidados 
físicos, ela cria condições para o seu desenvolvimento 
cognitivo, simbólico, social e emocional.” (VEÇOZZI, 
SD) 
 
 Quando nos propomos a trabalhar com crianças bem pequenas, precisamos ter 
como princípio, conhecer seus interesses e necessidades. E isso significa saber 
verdadeiramente quem são saber um pouco da história de cada um, conhecer a 
família, as características de sua faixa etária e a fase de desenvolvimento em que se 
encontram, além de considerar o tempo que permanecem na creche. Só assim 
poderemos compreender quais são as reais possibilidades e necessidades dessas 
crianças, lembrando que, para elas, a creche é a porta de entrada para uma vida 
social mais ampla, longe do ambiente familiar. 
 
 No Brasil, a Creche surgiu no final do século XIX com a função única e 
exclusiva de ser assistencialista, tendo como objetivo principal cuidar das crianças 
órfãs e abandonadas, diminuindo a taxa de mortalidade infantil. 
 
 A evolução do tempo, os estudos e as descobertas a respeito do 
desenvolvimento infantil e as transformações sociais, principalmente no que se refere 
à grande participação da mulher no mercado de trabalho, fizeram uma nova 
concepção de creche surgir. Dessa forma, as creches deixaram de ser meros 
depósitos de crianças e passaram a oferecer cuidados globais, atendimentos relativos 
à alimentação, higiene, saúde e educação. Mudamos de uma concepção de criança 
como um adulto em miniatura para uma de criança como ser histórico e social e de um 
atendimento feito em asilos, por adultos que apenas gostassem de cuidar, para um 
 22 
feito em uma instituição educativa, por um profissional da área do qual se exige 
formação adequada para lidar com as crianças. 
 
 Embora existam situações na qual o modelo antigo ainda ocorra, que em 
determinados momentos há um responsável para cuidar e outro para educar, 
atualmente a discussão vai muito além dessa análise simplificada. Cuidar e educar, de 
acordo com as novas diretrizes, devem caminhar juntos. Percebe-se nos dias de hoje 
a criança como um ser global, não fragmentado e não linear, em todos os momentos e 
em todas as situações, ou seja, cuidar e educar caminham juntos e de maneira 
indissociável, possibilitando que ambas as ações construam na totalidade, a 
identidade e a autonomia da criança. 
 
 Cuidar e educar é impregnar a ação pedagógica de consciência, estabelecendo 
uma visão integrada do desenvolvimento da criança com base em concepções que 
respeitem a diversidade, o momento e a realidade peculiares à infância. Assim, a ação 
conjunta dos professores e demais profissionais envolvidos na creche é essencial para 
garantir que o cuidar e o educar aconteçam de forma integrada e não se transforme 
em ações rotineiras mecanizadas, guiadas por regras. Consciência é a ferramenta da 
prática educacional, que embasa teoricamente e inova tanto a ação quanto à própria 
teoria. Cuidar e educar implica reconhecer que o desenvolvimento, a construção dos 
saberes e a constituição do ser não ocorrem em momentos compartimentados. 
 
 Essa atitude deve ser contemplada desde o planejamento educacional até a 
realização das atividades em si para que possamos oferecer um atendimento de 
qualidade que reconheça e valorize as diferenças existentes entre as crianças e, 
dessa forma, beneficie a todas no que diz respeito ao seu desenvolvimento e à 
construção dos seus conhecimentos (KRAMER, 1993, p.37). 
 
 Partilhando desta idéia é que a Creche Mundo Encantado vem entender as 
crianças como indivíduos que pertencem a diferentes grupos sociais e que a creche, 
para elas, deve, necessariamente, contribuir para sua inserção crítica e criativa na 
sociedade, mas sem esquecer os cuidados primordiais que os pequenos tanto 
necessitam nesta fase de suas vidas. 
 
 
 
 23 
§ AVALIAÇÃO 
Pensando a avaliação na Creche 
“A avaliação não se dá somente no momento final do 
trabalho. É tarefa constante do professor, instrumento 
indispensável à constituição de uma prática pedagógica 
e educacional verdadeiramente comprometida com o 
desenvolvimento das crianças.” (ITAPOÁ, 2007, p.51) 
 
 Para a Creche Municipal Mundo Encantado, avaliar vai além de olharmos 
para crianças como seres meramente observados, ou seja, a intenção pedagógica 
avaliativa dará condições para o professor criar objetivos e planejar atividades 
adequadas, dando assim um real ponto de partida para esta observação. Torna-se 
claro a necessidade de se construir conhecimentos e reflexão porparte de professores 
acerca do processo avaliativo formal na Educação Infantil. 
 A avaliação se destina a obter informações e subsídios capazes de favorecer o 
desenvolvimento das crianças e ampliação de seus conhecimentos. Nesse sentido, 
avaliar não é apenas medir, comparar ou julgar. Muito mais do que isso, a avaliação 
apresenta uma importância social e política fundamental no fazer educativo e se dará 
através de relatórios semestrais onde constará o registro do desenvolvimento da 
criança sem fim de promoção escolar. 
§ ABORDAGEM CURRICULAR 
Currículo e Educação Infantil 
“Se o currículo fosse genuinamente planejado em 
função das necessidades de aprendizagens das 
crianças, talvez nós tivéssemos toda uma geração de 
crianças amando aprender, em vez de grupos de 
‘aprendentes principiantes’ ansiosos e desanimados, 
já com sentimento de inedaquação.” (ANNING, 
2005, p. 93) 
 
 A Educação Infantil é dever e obrigação do Estado e responsabilidade política 
e social da sociedade e não apenas daqueles que vivenciam a realidade escolar, 
utilizando-se dos préstimos da escola ou exercendo nela suas funções profissionais. 
Cabe, pois, ao Estado, à família e à sociedade responderem pela Educação Infantil, 
 24 
resguardando suas especificidades, traduzidas na indissociabilidade das ações de 
educar, cuidar e brincar. 
 
 O direito à educação e aos cuidados para crianças de 0 a 6 anos, bem como a 
afirmação do binômio educar e cuidar como funções indissociáveis nesse atendimento 
foram incorporados, pela primeira vez, à legislação da Constituição Brasileira de 1988. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – Lei nº.9394/96) afirma a 
função educativa da Educação Infantil e o seu funcionamento,anunciando que o Brasil 
não terá mais currículo nacional para nenhum nível de ensino e sim uma base comum 
nacional na forma de áreas de conhecimento. 
 
 Posteriormente, o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil 
(RCNEI, p.27) define o brincar ao lado do educar e cuidar, considerando que “Nas 
brincadeiras, as crianças transformam os conhecimentos que já possuem 
anteriormente em conceitos gerais com os quais brincam”. 
 
 Em função dessas premissas, o Conselho Nacional de Educação (CNE), por 
meio da Câmara de Educação Básica (CEB), definiu, em 1999, as Diretrizes 
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (Resolução CEB 1/99), orientando a 
organização das instituições que se dedicam a essa etapa de ensino. 
 
 Tais diretrizes estabelecem exigências quanto às orientações curriculares e 
elaboração dos projetos político-pedagógicos institucionais. Neste sentido, o Projeto 
Político Pedagógico da Creche Municipal Mundo Encantado contempla os 
seguintes princípios: 
 Éticos - autonomia, responsabilidade, solidariedade e respeito ao bem comum; 
 Políticos - direitos e deveres do cidadão, exercício da criticidade e respeito à 
ordem democrática; 
 Estéticos - sensibilidade, criatividade, ludicidade e diversidade de 
manifestações artísticas e culturais. 
 
 Nesse sentido, evite-se considerar que o currículo corresponda a um programa 
de conteúdos organizados a ser cumprido segundo determinada seqüência lógica e 
temporal, fragmentando, desse modo, a realidade e forçando os alunos a pararem de 
pensar sobre o que pensavam porque o tempo deste pensar acabou, sendo preciso 
passar para o conteúdo seguinte. 
 
 25 
§ ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS E DAS ATIVIDADES PEDAGÓGICAS 
Como e o que trabalhar na creche? 
 
“Toda e qualquer atividade vivenciada na 
creche tem sua importância para a criança. 
Do ponto de vista didático, quanto social.” 
 
 Os conteúdos a serem trabalhados na Creche Municipal Mundo Encantado 
têm em vista a interação das áreas psicomotora, com a construção de conhecimento 
e atitudes, e com as características e especificidades do universo infantil. As 
dimensões motoras, cognitivas, afetivo-social e a formação de hábitos, juntas, 
compõem os conteúdos pedagógicos básicos próprios da faixa etária das crianças 
desta instituição de ensino. 
 
O modo como são organizados esses conteúdos, girando em torno de um 
projeto, privilegiando sempre o contexto lúdico, reconhecem as crianças como seres 
únicos e capazes, que aprendem a aprender, a fazer, a ser e conviver consigo 
mesmos, com os outros e com o meio ambiente de maneira integrada e gradual. 
 
Nesta perspectiva, as brincadeiras (espontâneas ou dirigidas), o uso de materiais 
diversos, a música, o jogo, a dança, as diferentes formas de comunicação, expressão 
e criação caracterizam as várias maneiras de estimular o desenvolvimento e as 
conquistas individuais e coletivas das crianças, organizando assim nossas atividades 
pedagógicas. 
 
Essas atividades seguem uma rotina que vai desde a entrada das crianças na 
creche até o momento de saída, como mostrado a seguir: 
 Recepção e saída das crianças; 
 Cuidados de higiene; 
 Alimentação balanceada e adequada às crianças; 
 Hora do soninho; 
 Atividades de Recreação Dirigida dentro e fora da sala de aula; 
 Atividades Livres; 
 Atividades Pedagógicas. 
 26 
 
§ REGIMENTO ESCOLAR 
 De acordo com os Procedimentos de Funcionamento das Creches da Rede 
Municipal de Itapoá/SC, a Creche Municipal Mundo Encantado elabora seu 
regimento, criando as seguintes normas: 
 
Atendimento das Crianças por Faixa Etária 
 As crianças de acordo com sua faixa etária serão agrupadas, conforme o art. 
09 da Resolução nº 005/2006. 
Etapas Idade Nº de alunos Nº de professores 
Maternal I 1 ano completo 10 1 professor 
Maternal II 2 anos completos até 31.03 15 1 professor 
Maternal III 3 anos completos até 31.03 17 1 professor 
 
Frequência 
 A criança que tiver três faltas consecutivas ou cinco alternadas, sem 
justificativa e sem comunicar a creche, a família será notificada com registro em ata. 
Persistindo, a vaga será oferecida ao próximo da fila de espera. 
 
Período de atendimento / horário de entrada e saída 
 O período de atendimento é de 2ª à 6ª feira, nos seguintes horários que 
deverão ser respeitados: 
 Horário Integral (Maternal I e II) – 07:30min. às 1730min. permitindo a 
criança chegar até as 08:30min. As saídas são de acordo com o trabalho 
dos pais. 
 Horário por turno (Maternal I, II e III) – Matutino: 07:30min. às 11:30h. 
 Vespertino – 13:00h. às 17:30min. 
 
OBS: Haverá tolerância somente de cinco minutos de atraso para a saída, não 
podendo ser diariamente a mesma criança, sendo que o professor fará o controle em 
ata com assinatura do responsável. 
 
Todo e qualquer contato com a família do aluno durante o horário de aula deve 
ser passado antes pela direção da creche. 
 
 27 
 Em caso de contratempos, que impeçam os pais de chegarem para buscar seu 
filho no horário, solicitamos comunicar à secretaria da creche com antecedência ou 
um telefonema. 
 
A chegada atrasada, após as 8:30mim., será permitida com a entrega de 
atestado médico. No caso de contratempo será registrado em ata e os pais 
retornarão com a criança em outro turno que não prejudique o andamento dos 
trabalhos da instituição, salvo por atestado médico. 
 
O não cumprimento do horário será registrado em ata, ocorrendo por três vezes 
consecutivas ou alternadas, implicará na perda da matrícula e dependendo do caso 
encaminharemos ao conselho tutelar. 
 
Entrega da criança a pessoa autorizada 
A criança será entregue aos pais ou pessoas autorizadas maiores de 16 anos. 
 
A retirada da criança por outra pessoa deve ser autorizada, por, escrito, pela mãe 
ou responsável legal. A autorização será em um documento próprio, anexado à 
documentação da criança. As pessoas autorizadas, ao chegarem para buscarem 
seus filhos na creche deverão apresentar documento de identificação para podermos 
liberar a saída. 
 
Agenda Escolar 
As crianças deverão trazera agenda todos os dias, onde serão anotadas as 
ocorrências do dia, informando aos pais sobre o período de permanência da creche. 
 
É importante que lembretes, recados, autorizações, comentários, enfim, qualquer 
tipo de informação deverá ser assinado, pois ela será um meio de comunicação. 
 
Do mesmo modo a família nos informará sobre questões que, muitas vezes, nos 
orientarão no sentido de oferecermos um melhor atendimento às individualidades da 
criança. Poderão ser tiradas dúvidas em relação è criança e a creche. 
 
Adaptação 
 28 
Nos primeiros dias os pais precisam compreender a importância do processo de 
adaptação. Na hora da matrícula será implicada como se dará este processo. 
 
O horário da criança será gradativo de acordo com seu ritmo, até poder 
permanecer o tempo integral na creche com segurança e sem trauma. 
 
A mãe passará informações sobre os hábitos e particularidades de seu filho, 
assim como conhecerá as pessoas que conviverão com seu filho. 
 
Durante esse período de adaptação dos alunos, os pais deverão cumprir os 
horários estipulados pela equipe. 
 
Brinquedos/Jóias 
Solicitamos que evitem trazer brinquedos/jóias para a creche, pois a Escola não 
se responsabiliza por possíveis estragos e perdas. 
 
Casos em que a criança tenha um brinquedo inseparável (ou qualquer outro 
objeto) faremos uma concessão, considerando que essa atitude poderá auxiliar a 
criança sentir-se segura no ambiente escolar ou em casos que a creche solicita um 
determinado brinquedo e que este deverá ficar na creche. 
 
Acidentes ou fatos que fujam da rotina do aluno 
Os acidentes/incidentes ocorridos durante o período letivo deverão ser 
comunicados aos pais pela professora responsável, no horário de saída, e por 
telefone pela secretaria da creche (dependendo do fato será registrado na agenda). 
 
Os incidentes mais brandos(ferimentos leves) serão atendidos na creche, sendo 
tomadas as devidas providências. As anotações sobre o ocorrido será registrado em 
ata. 
 
Os casos mais graves, como diarréia, febre, vômito, quedas, ferimentos, etc., 
serão comunicados aos pais e a criança será encaminhada ao atendimento de 
urgências ao PA junto com a família. 
 
 29 
O responsável deverá pegar declaração do médico liberando a criança para 
voltar a frequentar a creche. 
 
OBS: Entraremos em contato com os pais em todos os episódios emergenciais, 
salvo em caso de não encontrarmos a família, acionaremos o Corpo de Bombeiros e 
acompanharemos ao Pronto Atendimento (PA). Após atendimento avisaremos a 
família do acontecimento. 
 
Doenças Infantis 
Os vírus contagiosos, as infecções bacterianas e outras doenças contagiosas 
que são facilmente transmitidos, nestes casos, a criança só poderá permanecer com 
a autorização do médico, a fim de evitarmos que o ambiente da creche seja visto 
como meio de contaminação. 
 
Medicamentos 
Todo medicamento é de responsabilidade da família, que deverá vir até a 
instituição para medicar a criança nos horários estipulados pelo médico. 
 
Piolho 
Em caso de contaminação por piolhos ou outros, a mãe será orientada e a 
criança examinada pelas agentes comunitárias, através do “programa saúde da 
família”, que tomarão as devidas providências de acordo com a necessidade de 
creche. 
 
A família será informada quando a criança estiver contaminada e em caso o 
problema persista, a criança deverá ficar em casa até que este seja solucionado. 
 
Higiene 
As crianças devem ser trazidas para a creche em perfeitas condições de higiene. 
 
Os materiais de higiene pessoal como fraldas descartáveis, roupas limpas para 
troca, deverão ser trazidas conforme a necessidade da criança. 
 
A família será informada quando a criança vier com problemas de higiene. 
 
 30 
 
Reunião com os pais / responsáveis 
Far-se-á no período após o último turno e nos casos de conversas individuais 
com pais, deverá ser agendado conforme disponibilidade da direção e professores. 
 
OBS: É de fundamental importância a presença dos pais na reunião e eventos, 
pois se visa à formação de seu filho. 
 
 
§ BIBLIOGRAFIA 
 
GANDIN, Danilo. A prática do Planejamento participativo: na educação e em outras 
instituições, grupos e movimentos dos campos cultura, social, político, religioso e 
governamental. Petrópolis: Vozes, 2002. 
ITAPOÁ. Secretaria de Educação. Proposta Curricular de Educação Infantil, 2007) 
KRAMER, S. O papel social da escola pública. Cadernos de Pesquisa da Fundação 
Carlos Chagas, 58. Agosto, 1986. 
 
KRAMER, S. (Org.). Com a pré-escola nas mãos – Uma alternativa curricular para a 
educação infantil. 6ª edição. São Paulo: Ática, 1993. 
 
VASCONCELLOS, Celso dos S.. Planejamento Projeto de Ensio-Aprendizagem e 
Projeto Político Pedagógico. São Paulo: Libertad Editora, 2006. 
 
 
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PROJETO 
POLÍTICO PEDAGÓGICO 
 
 
 
 
 
 
 
VERSÃO 2017 
 
 
 
2 
 
Escola Barão do Rio Branco 
Mantenedora: INSTITUTO LUTERANO BARÃO DO RIO BRANCO 
CNPJ: 12.724.004.0001-00 
Localização: Rua Nereu Ramos, n. 220 – Centro – CEP: 89010-409 – Blumenau, SC 
Fone: 47-3322-6133 
Portal: www.escolabarao.com.br 
Registro Civil: n. 603, Folha 103, Livro A7, em 15/08/67 
Registro na SEC: n. 1016, pelo Decreto nº 941, da SEE, em 18/02/1953 
Diretor Geral: 
Professor Marcos da Silva 
Presidente do Instituto Luterano Barão do Rio Branco: 
Sr. Ricardo Aparecido Cayres Aguirre Camargo 
Presidente da Associação de Pais e Professores: 
Sr. Ademar Pereira 
Presidente da Associação dos Colaboradores da Barão: 
Professora Ana Lúcia de Souza Lieskow 
 
 
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO 
1ª versão: 1999 
Anualmente atualizado pela Equipe: Direção, Pastorado Escolar, Coordenadores das 
etapas de ensino e Responsáveis pelas Unidades, pelos Setores e Cursos Livres e 
Professores 
 
 
 
http://www.escolabarao.com.br/
http://www.escolabarao.com.br/
http://www.escolabarao.com.br/
http://www.escolabarao.com.br/
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http://www.escolabarao.com.br/
http://www.escolabarao.com.br/
 
3 
 
APRESENTAÇÃO 
 
O Projeto Político-Pedagógico (PPP) da Escola Barão do Rio Branco, além de ser 
uma exigência legal, expressa na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 
9.394, de 20 de dezembro de 1996, permite a revelação da identidade da Instituição, de suas 
concepções e de seus sonhos. Além disso, define a natureza e o papel socioeducativo, 
cultural, político e ambiental da Escola, bem como sua organização e gestão curricular para 
subsidiar o seu Regimento Escolar e sua Proposta Pedagógica, documentos que são os 
balizadores das ações educativas. 
A importância do PPP da Escola Barão leva em conta a trajetória da sua comunidade 
escolar, a sua história e cultura, não só para garantir um percurso formativo de sucesso para 
as crianças e os estudantes, como também para cumprir o seu compromisso com a 
sociedade. 
A Escola Barão, desde 1999, quando da primeira edição do seu PPP, a qual 
abarcava as concepções pedagógicas e a forma de materialiação de suas ações, vem 
trabalhando, sistematicamente e com afinco, em defesa de uma educação com qualidade 
social. Além disso, revisitou, em cada período de sua história, esse Documento e buscou 
aproximação com as exigências legais e com a sua comunidade escolar. 
Dessas revisitas resultou o PPP de 2013, em cumprimento às determinações da 
Resolução nº 04/2010, do Conselho Nacional de Educação e da Câmara de Educação 
Básica (CNE/CEB) e em atendimento às necessidades da comunidade escolar. 
 
 
4 
 
SUMÁRIO 
1.1 HISTÓRICO DA ESCOLA BARÃO DO RIO BRANCO .................................................................................... 6 
1.2 CONTEXTUALIZAÇÃO ............................................................................................................................... 9 
1.3 OBJETIVOS DA ESCOLA ...........................................................................................................................10 
1.4 PASTORAL ESCOLAR ......................................................................................................................... 11 
2.1. PERSPECTIVA PEDAGÓGICO-FILOSÓFICA DA ESCOLA .......................................................................... 12 
2.2 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ................................................................................................................. 14 
2.2.1 Concepção de escola ....................................................................................................................................... 15 
2.3 CONCEPÇÃO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO .................................................................................. 16 
2.3.1 Concepção de aprendizagem e ensino .......................................................................................................... 17 
2.4 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ........................................................................................................ 18 
2.4.1 Concepção de currículo ................................................................................................................................... 18 
2.5 CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO ................................................................................................................... 19 
3.1 GESTÃO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS ......................................................................................... 21 
3.1.1 Formação institucional .................................................................................................................................... 22 
3.2 NÚCLEO DE ATENDIMENTO AO ESTUDANTE E À FAMÍLIA (NAEF) ....................................................... 23 
4.1 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL .................................................................... 24 
4.2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS ........................................... 25 
4.3 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS DO ENSINO MÉDIO ............................................................................. 27 
4.4 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL ........................................................... 28 
4.5 PASTORADO ESCOLAR ........................................................................................................................... 29 
4.6 CURSOS EXTRACURRICULARES (CURSOS LIVRES) .................................................................................. 30 
 4.6.1 Período Integral .............................................................................................................................................. 30 
 4.6.2 Barão Esportes...... ........................................................................................................................................... 31 
 4.6.3 Barão Arte e Cultura.........................................................................................................................................31 
 4.6.4 Barão Idiomas ................................................................................................................................................. 32 
4.7 TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS .............................................................................................................. 33 
4.8 PROGRAMAS E PROJETOS INSTITUCIONAIS ........................................................................................... 33 
4.8.1.1 Programa Barão Ambiental .......................................................................................................................... 34 
4.8.1.2 Programa Valores ......................................................................................................................................... 34 
4.8.1.3 Programa Formação de Leitores .................................................................................................................. 35 
4.8.2.1 Projeto Ambiente Virtual de Aprendizagem ................................................................................................ 36 
4.8.2.2 Projeto Centro de Lideranças Estudantis ..................................................................................................... 36 
4.8.2.3 Projeto Círculo de Pais ................................................................................................................................. 37 
4.8.2.4 Projeto Educação Financeira ........................................................................................................................ 37 
4.8.2.5 Projeto de Orientação Profissional – POP BARÃO ....................................................................................... 37 
4.8.2.6 Projeto Robótica Educacional ...................................................................................................................... 38 
4.8.2.7 Projeto Viagens de Estudo ........................................................................................................................... 40 
 
5 
 
4.9 AMBIENTES DE APRENDIZAGEM ........................................................................................................... 40 
5.1 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ........................................................................................................... 42 
 5.1.1 Conselho de Classe........................................................................................................................................... 43 
5.2 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL .................................................................................................................. 44 
 5.3 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PROFISSIONAL ......................................................................................45 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 45 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA 
 
A Escola Barão vem construindo uma história que se consolida a cada dia que passa, 
conforme apontam os aspectos ora apresentados sobre sua história, o contexto em que se 
encontra inserida, seus objetivos e as ações desenvolvidas pela Pastoral Escolar. 
1.1 HISTÓRICO DA ESCOLA BARÃO DO RIO BRANCO 
O surgimento da Escola Barão do Rio Branco remonta ao esforço dos primeiros 
imigrantes alemães, os quais acreditavam que a educação pudesse ser um elemento 
importante para a emancipação da então Colônia Blumenau. Assim, antes de construírem 
uma igreja, edificaram, a partir do ano de 1850, escolas denominadas Deutsche Schule 
(Escola Alemã). 
Essas escolas, que eram mantidas pelos imigrantes alemães e, portanto, privadas, 
possuíam regras em consonância com o modelo europeu, além de que cultivavam valores, 
com o intuito de legitimar os julgamentos, o senso de responsabilidade e as práticas sociais 
(KREUTZ, 1994). Durante vários anos, os professores da Deutsche Schule foram os 
pastores evangélicos, e o ensino era ministrado na língua alemã. (WIEDERKEHR, 2012). 
Em 1938, o Decreto-Lei nº 881, priorizando a cultura e os costumes brasileiros, impôs 
às escolas privadas de Santa Catarina, entre elas, as Deutsche Schule, que ministrassem 
aulas em língua portuguesa. Porém, foi no contexto da Segunda Guerra Mundial que as 
Deutsche Schule sofreram impacto, visto que foram encampadas pelo governo do estado de 
Santa Catarina, transformando-se em escolas públicas. 
No final do ano de 1952, membros da Comunidade Evangélica de Blumenau, cientes 
das fragilidades do ensino público em que as escolas privadas se tornaram, pensaram na 
construção de uma escola voltada às necessidades e aos interesses específicos da 
comunidade luterana. Dessa iniciativa resultou a Escola Primária Barão do Rio Branco, que 
recebeu o seu registro da Secretaria do Estado de Santa Catarina em 12 de fevereiro de 
1953 e foi fundada em 03 demarço desse mesmo ano. As aulas tiveram início com a abertura 
da Escola no dia 04 de março de 1953, junto ao Jardim de Infância 2 de Setembro, que já 
existia desde 1950, tendo como Mantenedora a Sociedade Evangélica de Senhoras de 
 
1 Esse Decreto vigorou na gestão Nereu Ramos, Interventor Federal no Estado de Santa Catarina. 
 
7 
 
Blumenau, posteriormente Ordem Auxiliadora das Senhoras Evangélicas (OASE). Mais 
tarde, o Jardim de Infância 2 de Setembro foi incorporado à Escola Barão do Rio Branco. 
 O nome Barão do Rio Branco tem sua justificativa no contexto ideológico 
nacionalista da época em que foi fundado, o qual não permitia a adoção de nomes 
estrangeiros. Afora isso, homenagear personalidades da República constituía simpática 
demonstração de apreço ao país. Nesse contexto, a Escola homenageou, por meio de seu 
nome, o Barão do Rio Branco 2 , não só por uma questão de nacionalismo, mas, 
principalmente, pelo apreço que demonstrava pela língua, arte e cultura alemã. 
Em 1956, a Escola também passou a ofertar o curso Pré-Escolar, uma novidade em 
Blumenau. Em 1973, implantou a 5ª série e, em 1974, a 6ª série. Nesse mesmo ano, a 
Escola recebeu a autorização para implantar a 7ª e a 8ª séries, passando a denominar-se 
Escola Básica Barão do Rio Branco. Em 1977, ocorreu a implantação das turmas de Ensino 
Médio, ocasião em que a Escola, para se adequar à legislação vigente, alterou sua 
nomenclatura para Escola de 1º e 2º Grau Barão do Rio Branco, a qual vigorou até 1999, 
quando recebeu a denominação Escola Barão do Rio Branco, que permanece até os dias 
atuais. 
De 1953 até 2000, a Escola foi dirigida pela Profª. Ilse Brunhilde Schmider, que teve 
como sucessor o Pastor Hugo Solano Westphal, que, por sua vez, ficou no cargo de 2001 a 
2003. De 2004 a 2007, o diretor da Escola foi o Prof. André Rückert e, a partir de 2008, essa 
função vem sendo exercida pelo Prof. Marcos da Silva. 
Em 29 de junho de 2010, por conta da autonomia jurídica da Paróquia Evangélica 
Luterana Blumenau Centro, vinculada às Comunidades Eclesiais de Base (CEB), foi criado 
o Instituto Luterano Barão do Rio Branco, que passou a ser a Mantenedora da Escola, a qual 
manteve, no entanto, a autonomia administrativa, didático-pedagógica e de gestão 
financeira. 
Atualmente, possui a escola de línguas estrangeiras Barão Idiomas e as Unidades 
de educação infantil Victor Konder, em funcionamento desde janeiro de 2013, e Jardim 
Blumenau, com início das atividades oficiais em janeiro de 2017. 
Da trajetória da Escola, aqui brevemente relatada, desprende-se o perfil dos 
estudantes da Escola Barão, notadamente oriundos de famílias da comunidade que, 
 
2 José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão de Rio Branco, nasceu no Rio de Janeiro, em 20 de abril de 1845, e faleceu 
na mesma cidade, em 10 de fevereiro de 1912. Recebeu o título de Barão do Rio Branco no final do período imperial. Foi 
advogado, diplomata, geógrafo e historiador, tendo servido, em 1901, como diplomata na Alemanha. Sua maior 
contribuição ao Brasil foi a consolidação das suas fronteiras. 
 
8 
 
preocupadas com uma educação humanista para seus filhos, divisam o ensino como um dos 
principais aspectos dessa formação. A Escola Barão, à luz dos propósitos de respeito, 
autonomia, criticidade e liberdade, propostos e propagados por Martim Lutero, promove uma 
visão de mundo que prima pela vida em plenitude, tendo-a como foco e bem maior a ser 
alcançado. 
A Escola Barão é uma escola comunitária confessional luterana não só por sua 
conformação jurídico-administrativa, mas, especialmente, pelo fato de possuir um legado 
cultural e histórico em que interesses e ideais são codificados numa filosofia própria, aberta 
à comunidade na qual se insere, primando pelo respeito, amizade, criatividade e disciplina 
de seus estudantes. Na condição de instituição privada, é sustentada com os recursos 
auferidos das anuidades pagas pelas pessoas que contratam seus serviços. Não visa, 
porém, a lucros nem distribui dividendos, caracterizando-se, por isso, como comunitária. É 
confessional pelo fato de que suas ações são inspiradas nos ideais de Martim Lutero3 e pelo 
fato de a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), à qual está vinculada, 
reconhecer a educação como um de seus objetivos, assim definido na Constituição da 
IECLB, em seu Art. 6º, item III: “[...] promover o ensino, a missão e a diaconia e diretrizes”. 
(IECLB, 2005, p. 01). 
O presente Documento pretende dar visibilidade ao conjunto de aspectos essenciais 
e referenciais que dão continuidade ao processo educativo iniciado há 60 (sessenta anos), 
de tal forma que o diálogo, a autocrítica, a inovação, como dinâmica gestada na historicidade 
pessoal e institucional, e a honestidade continuem a se apresentar como posturas e posições 
que viabilizam e possibilitam a construção da Escola comunitária e confessional luterana, 
preocupada com questões culturais, artísticas, cognitivas, intelectuais, econômicas e 
ambientais. Nesse sentido, para a permanente preservação da história como mecanismo de 
continuidade dos preceitos pedagógicos luteranos, a Escola mantém seu Centro de 
Memória, com o objetivo de pesquisar, narrar e retratar as transformações vividas por sua 
comunidade. 
É desse modo que a construção deste Projeto Político-Pedagógico, iniciado em 
1999, aprimora-se a partir das sugestões e dos aspectos levantados no período de 2005 a 
2006, os quais, por sua vez, foram revisados em 2008, 2011 e 2012, sendo, nesta 
oportunidade, apresentados em sua última versão. 
 
3 Sobre Martinho Lutero, ver Pelo Evangelho de Cristo: obras selecionadas de momentos decisivos da 
Reforma. Porto Alegre: Concórdia; São Leopoldo: Sinodal, 1984. 
 
9 
 
O debate constante constitui-se em avaliação permanente, dando ao Projeto 
Político-Pedagógico a dinamicidade que lhe confere caráter inconclusivo e, portanto, 
permanentemente aprimorado. 
1.2 CONTEXTUALIZAÇÃO 
A Escola Barão, de dimensão confessional luterana, oferece a Educação Básica, nas 
etapas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio e a modalidade Educação 
Profissional Técnica de nível médio. Para o atendimento à Educação Infantil e aos anos 
iniciais do Ensino Fundamental, a Escola disponibiliza o Período Integral. Na Educação 
Infantil e Ensino Fundamental, a Escola oferece o Ensino Bilíngue com jornada estendida 
nos idiomas Alemão ou Inglês. Ainda, na sedimentação da formação das crianças e dos 
estudantes, oferece Cursos Extracurriculares (Livres), opcionais, no contraturno, quais 
sejam: Barão Idiomas, Barão Arte e Cultura e Barão Esportes. 
Quanto ao suporte à integração família-escola, a Escola Barão reconhece e respeita 
as diferentes formas de organização das famílias e prioriza momentos de diálogo e escuta, 
buscando, em seu cotidiano, estabelecer estreita comunicação, fazendo uso, para tanto, de 
meios adequados. Nesse sentido, também concorre para essa integração a Associação de 
Pais e Professores (APP), que, além da participação, possui papel relevante na integração 
com a comunidade em geral. 
Cabe destaque a associação da Escola Barão à Rede Sinodal de Educação, que 
promove, entre as comunidades docentes e discentes das escolas a ela integradas, 
intercâmbio e formação de diretores, professores, coordenadores pedagógicos e estudantes. 
Considerando que a capacidade de perceber, mediar e superar os diferentes 
desafios atuais e futuros é uma constante na vida das pessoas, a Escola Barão preocupa-se 
em proporcionar vivências que instrumentalizem seus educandos a enfrentar os desafios 
cotidianos, de forma a priorizar a vida e a dignidade humana, acima de qualquer outra 
possibilidade e alternativa. 
Nessa conjuntura, a Escola Barãoalmeja dos egressos a atuação ética, autônoma, 
versátil, inovadora, crítica e hábil na resolução de problemas, visando à qualidade da vida e 
considerando prioritária a condição humana. Busca, dessa forma, que sejam reconhecidos, 
pela sociedade, como seres engajados em uma vida íntegra e digna. 
Desde 2003, a Escola Barão tem desenvolvido seu Plano de Desenvolvimento 
Institucional (PDI), sendo que a missão – Promover educação para a convivência social e a 
 
10 
 
sustentabilidade planetária –, a visão – Ser uma instituição de referência em educação, 
reconhecida pela sua inserção comunitária –, os valores – honestidade, respeito, amor, 
amizade, ética, solidariedade, comprometimento, gratidão, bondade, senso crítico, 
acolhimento e tolerância – e as metas definidas pela Instituição confluem com os objetivos 
da Escola, apresentados no item 1.3 deste Documento. 
As metas a seguir expostas edificam a concretude da realização dos objetivos da 
Escola Barão: desenvolver ações, projetos e programas que possibilitem o desenvolvimento 
de uma cultura organizacional que alcance novas competências educacionais e gerenciais; 
promover a constante atualização tecnológica; adequar a estrutura física às demandas 
educacionais, à inovação e ao aperfeiçoamento intermitente do processo educacional; 
desenvolver a gestão empreendedora; consolidar a imagem de instituição educacional 
arrojada, o incentivo à convivência família e Escola; estabelecer e fortalecer parcerias para 
as novas realidades educacionais; ampliar as fontes alternativas de receita; e aumentar as 
condições de sustentabilidade financeira. 
1.3 OBJETIVOS DA ESCOLA 
Na Escola Barão, os objetivos cumprem importante papel na definição de ações e 
propósitos mais amplos que, por sua vez, respondem às expectativas e às exigências da 
comunidade escolar. Assim, a Escola se propõe a: 
 Oferecer à comunidade ensino de qualidade que contribua para o 
desenvolvimento da autonomia responsável, do senso crítico e da criatividade 
para o exercício da cidadania. 
 Oportunizar e dar condições, nas diferentes etapas da Educação Básica, 
para que todos os sujeitos desenvolvam suas capacidades para a formação 
plena. 
 Educar para a transformação da realidade social, valorizando a vida e a 
dignidade humana, orientada pelo conhecimento e pela ética. 
 Orientar o sujeito para gestar e construir seu projeto de vida de forma 
responsável durante o seu percurso formativo. 
 Ensinar com vistas à aprendizagem e aos conhecimentos historicamente 
produzidos e socialmente válidos. 
 Proporcionar aos estudantes instrumentos para a aprendizagem de valores e 
conhecimentos por meio de estimulação frequente. 
 
Tais objetivos encontram-se amparados em concepções epistemológicas e filosóficas 
que balizam a proposta pedagógica da Escola em sua materialização sistemática. 
 
11 
 
1.4 PASTORAL ESCOLAR 4 
 
Nas escolas associadas à Rede Sinodal de Educação, entre elas, a Barão do Rio 
Branco, a Pastoral Escolar consiste, segundo a IECLB (2005), em: 
 
[...] uma ação da comunidade escolar no exercício da espiritualidade e para a 
socialização religiosa dos que nela convivem. Está inserido nessa ação o 
testemunho público do amor de Cristo, o que se dá por meio do trabalho 
voluntário, da postura ética, da aceitação das diferenças e do 
compartilhamento de vida. 
 
A Pastoral Escolar, na Escola Barão, é coordenada pelo Pastorado Escolar. Esse é 
exercido em tempo integral por um ministro conhecedor da história e da identidade da Igreja 
Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, sob a orientação da Direção da Escola e de sua 
Mantenedora, o Instituto Luterano Barão do Rio Branco. 
O Ministro da Pastoral Escolar tem a Escola como seu campo de trabalho e vivência 
da espiritualidade, reconhecendo ser ele um ambiente pluriconfessional e multicultural. Na 
Escola, exerce a poimênica e colabora com a reflexão teológico-pedagógica. Tem como 
compromisso auxiliar, juntamente com a equipe pedagógico-administrativa, no cumprimento 
da missão, da visão, dos princípios e dos objetivos da Escola, sendo a voz pastoral que 
envolve tanto a dimensão de reconciliação e de anúncio quanto a profética. Assume a 
realização de cultos, de celebrações e de mensagens envolvendo professores, funcionários, 
estudantes e familiares. 
A poimênica visa fomentar a prática do cuidado mútuo e estar à disposição da 
comunidade escolar para conversações e aconselhamentos. Uma forma de realizar essa 
ação é circular pela Escola, nos diferentes setores, e dialogar com estudantes, funcionários, 
coordenadores, professores e Direção, motivando-os para o trabalho, bem como criar 
grupo(s) de supervisão fraterna. Outra forma de realizar a poimênica é visitar estudantes, 
professores, funcionários e familiares por ocasião de uma enfermidade, luto ou por outra 
necessidade. 
 
4 Para nortear, balizar e fundamentar a sugestão de proposta de trabalho da Pastoral Escolar da Escola Barão do Rio Branco 
foram utilizados os seguintes documentos: Projeto Político-Pedagógico da Escola (2009), os Princípios Norteadores da 
Mantenedora, as Diretrizes para o Pastorado Escolar da Rede Sinodal de Educação e as Atribuições do Pastorado Escolar 
do Colégio Sinodal. 
 
 
12 
 
Visando a ações educativas, cabe ao Pastorado Escolar: trabalhar os valores éticos 
na dimensão da espiritualidade, assessorar o planejamento e a prática do Ensino Religioso 
e promover ações que desafiem a Escola a desenvolver uma educação humanizadora, 
crítica, responsável e criativa. Cabe-lhe, também, coordenar e acompanhar o Centro de 
Lideranças Estudantis, o Círculo de Pais e outros programas afins. 
Igualmente é da responsabilidade do Pastorado Escolar o estreitamento de vínculos 
com a comunidade luterana local e as Paróquias do Sínodo Vale do Itajaí, promovendo, para 
tanto, visitas e programas, participando de reuniões, de encontros e de conselhos, 
comissões, núcleos da sociedade civil e eclesiástica, com anuência da instituição. Pela sua 
ligação com a Rede Sinodal de Educação, também tem a função de participar de reuniões 
pertinentes a sua atividade ou a convite da Rede Sinodal de Educação ou da Direção da 
Escola. 
 
2 MARCO REFERENCIAL 
As concepções apresentadas a seguir – perspectiva pedagógico-filosófica da escola 
e concepção de educação, de desenvolvimento humano, de aprendizagem e ensino, de 
conhecimento e de inclusão – balizam a Proposta Curricular da Escola Barão, documento 
correlato a este, bem como suas práticas pedagógicas, a fim de garantir um percurso 
formativo que assegure a continuidade dos processos de aprendizagem e desenvolvimento 
das crianças e dos estudantes. 
2.1. PERSPECTIVA PEDAGÓGICO-FILOSÓFICA DA ESCOLA 
A conjuntura social, na qual todos estão imersos, amplia o papel e o significado da 
educação escolar, exigindo que a mesma opere em aberta e constante interação com a 
dinamicidade da vida. Nesse contexto, a Escola assume, cada vez mais, atribuições 
específicas na formação das pessoas de sua comunidade. 
Partindo dessa premissa, a Escola Barão apresenta-se como local onde a dignidade 
da vida constitui-se como referencial maior na construção de uma sociedade justa e fraterna. 
A Escola promove a educação como processo contínuo de transmissão, construção e 
desenvolvimento de conhecimentos, culturas e valores, ao considerar que, apesar de todo o 
aparato que envolve a ação educativa, é nas relações humanas que reside a essência da 
formação dos indivíduos. 
 
13 
 
No entanto, para a Escola Barão, não basta estar a serviço do estudante como 
indivíduo. É preciso, além disso, estar presente na sociedade de tal modo que o estudante, 
ao desempenhar seu papel, contribua com a construção de um mundo que respeite a vida 
em todas as suas dimensões. 
A Escola Barão assume sua condição confessional luterana e qualidadecomunitária 
ancorada nos princípios históricos e teológicos que refletem a mensagem cristã a partir do 
legado de Martim Lutero, que se mobiliza na constatação da importância da educação para 
a autonomia e para a instrução de um povo, do mesmo modo que a Reforma, a qual, além 
de teológica, foi política. 
Apoiada nessa constatação, a Escola Barão assume, assim, o desafio de ampliar a 
perspectiva ontológica e existencial da educação, sem abrir mão da dimensão 
epistemológica, que deve se sustentar nos anseios e nos desejos de emancipação e 
desenvolvimento humano, buscando o bem-estar e o compromisso coletivo. Essa posição 
coloca a Escola diante de diferentes questões e perspectivas que são estabelecidas pelas 
novas gerações, em cada momento histórico, porém sempre desafiadoras. 
Contudo, a Escola Barão, independente de sua dimensão confessional luterana, 
prima pelo respeito aos direitos de cada um seguir sua própria crença, constituindo-se opção 
educacional na sociedade multiplural de hoje. Com tais bases identitárias, a Escola firma-se 
sobre a necessidade de compreender e respeitar tal contexto, não pretendendo o 
doutrinamento religioso. 
A Escola tem clareza de seus propósitos e características e é na sua condição 
luterana que tem a firme convicção de estar a favor da vida, pois é justamente essa condição 
confessional que lhe outorga características eminentemente dialógicas, trazendo o desafio 
próprio da alteridade que incita a perceber processos, gerar mediações e criar meios para 
superar antagonismos. Esse compromisso apresenta-se como uma responsabilidade que é 
inalienável a todos os membros da comunidade educativa da Escola Barão, sejam famílias, 
estudantes, professores ou funcionários. 
Assim, a ciência e a religião fazem parte das escolas confessionais e devem se 
caracterizar como referenciais necessários para promover autonomia e independência 
geradoras de ações coletivas, direcionadas para a construção da reciprocidade. 
A construção da identidade luterana na Escola Barão se baseia nos princípios 
norteadores da concepção evangélico-luterana de educação, “[...] compreendida a partir da 
 
14 
 
intersecção dialógica entre a teologia e a pedagogia” (IECLB, 2005, p. 12)5 definindo, nessa 
dimensão, o trabalho pedagógico que nela se realiza. 
 É nessa condição que os elementos indicativos da ética social de Lutero concorrem 
para a construção de um fazer pedagógico que respeita a vida. Ser ético, na perspectiva de 
Lutero, é ser capaz de atuar de forma democrática, como um princípio que abrange as 
dimensões pedagógica, administrativa e financeira, implicando na democracia, no poder 
compartilhado e na participação efetiva do coletivo como compromisso que supera o 
individualismo e que está voltada para a formação de um comprometimento do estudante 
com o outro ser humano. 
2.2 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO 
As exigências impostas ao ser humano e à sociedade pelo processo econômico e 
pelo decorrente apelo de desenvolvimento tecnológico determinam a necessidade de 
estender a ação educativa por todo o curso da vida, tornando a educação um processo 
permanente e continuado. 
A educação possui referencial e legislação específicos nos âmbitos federal, estadual 
e municipal. Aqui, se destaca a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei nº 9.394, de 20 
de novembro de 1996, de âmbito federal, especialmente seu Capítulo III, Dos princípios e 
Fins da Educação Nacional, Art. 2º, o qual determina que a educação é “[...] dever da família 
e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana”, 
tendo “por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da 
cidadania e sua qualificação para o trabalho.” (BRASIL, 1996). 
Convergente a essa determinação, a Escola Barão toma a educação como uma 
dinâmica organizativa dos saberes e das formas de interação das pessoas com o meio social 
no qual atuam. A condição de respeitar e valorizar todos se constitui, portanto, foco da ação 
educativa, em que os diferentes e as diferenças são respeitados e valorizados ao promover 
a ampliação do autoconhecimento e a superação de dificuldades, que, antes de serem 
atribuídas ao outro, devem ser analisadas na perspectiva do próprio sujeito. 
 
5 Em 2005, a Direção executiva da IECLB apresentou o documento Textos Orientadores para a Educação Evangélico-
Luterana, resultado de um longo trabalho coletivo. O material pretende publicitar “o que pode ser tomado como uma síntese 
de sua pedagogia” (IECLB, 2005, p.7). Nessa tentativa, foram apresentados três textos: Política Educacional da ICLEB, 
que discute a identidade das instituições ligadas à Rede Sinodal; Princípios Pedagógicos da Rede Sinodal de Educação, 
resultado de análise dos projetos pedagógicos e da discussão dos pedagogos das escolas da Rede; e a Carta de Camboriú, 
produzida por professores e aprovada pelos diretores das instituições de Ensino Superior. 
 
 
15 
 
Ainda é preciso afirmar que os princípios luteranos de educação assumidos pela 
Escola coadunam com o que prevê as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a 
Educação Básica, Resolução CNE/CEB nº 4/2010, no que tange ao seu caráter ético, 
estético e político. Além dos princípios, a Escola Barão assume a tarefa de educar e cuidar 
enquanto processos indissociáveis da formação humana que iniciam na Educação Infantil e 
são estendidos ao Ensino Médio: 
 
Cuidar e educar significa compreender que o direito à educação parte do 
princípio da formação da pessoa em sua essência humana. Trata-se de 
considerar o cuidado no sentido profundo do que seja acolhimento de todos 
– crianças, adolescentes, jovens e adultos – com respeito e, com atenção 
adequada, de estudantes com deficiência, jovens e adultos defasados na 
relação idade-escolaridade, indígenas, afrodescendentes, quilombolas e 
povos do campo. (BRASIL, 2010a, p. 12). 
 
 
Cabe destacar que, quando o fazer pedagógico desloca seu eixo central para a 
criança e o estudante, a cidadania também ganha contorno especial na proposta da 
Instituição. Assim, a Escola entende que a cidadania deve e pode ser exercida em todas 
as suas instâncias, oportunizando espaços de participação para a comunidade escolar 
como prática do humanismo contemporâneo. (BRASIL, 2010a). 
Por outro lado, não menos importante e que aparece de forma transversal na 
proposta da Escola, é a inclusão, como forma de possibilitar o aprender com qualidade. Tal 
proposta exige um esforço de todos na construção de formas de mediação, metodologias 
e instrumentos avaliativos que deem conta de atender às especificidades das crianças e 
dos estudantes com dificuldades e limitações, como também tempos e ritmos diferenciados, 
de acordo com as condições humanas, profissionais e estruturais disponíveis na instituição. 
2.2.1 Concepção de escola 
A Escola configura-se como a instância que, erigida pela sociedade, incumbe-se de 
garantir que as novas gerações tenham acesso ao legado cultural da humanidade. É um 
espaço geográfico e histórico onde a educação dá-se de forma intencional, estruturada, 
sistematizada e explícita. Nela, o conhecimento é assimilado, apropriado e construído 
ativamente, revestindo-se de criticidade e inovação, colaborando para o avanço cultural e 
atendendo às novas necessidades do ser humano. 
 
16 
 
 Nesse contexto, todos os integrantes e também a própria Escola Barão se 
transformam conforme as inquietações, as percepções, as mediações e as superações que 
ocorrem a todo momento6. 
A Escola, como entidade educativa, tem, como papel principal, a ampliação do 
repertório cultural, artístico e intelectual das suas crianças e de seus estudantes, motivo pelo 
qual se faz e se torna importante e significativa dentro da sociedade, contribuindo para a sua 
formação. 
Além disso, a instituiçãoescolar não pode estar desconectada do mundo afetivo da 
criança e do estudante, já que esse é um todo indivisível. A construção do conhecimento 
significativo se dá com envolvimento e disposição. Ninguém se entrega a uma atividade com 
alegria e prazer sem que esteja a ela integrado e envolvido por inúmeros aspectos e 
interesses. A Escola, portanto, deve estar atenta aos aspectos afetivos das crianças e dos 
estudantes, visto que esses aspectos são condições fundamentais para a participação, tanto 
no processo de aprendizagem como na formação do espírito de solidariedade e colaboração. 
A Escola Barão, sendo comunitária, tem como compromisso o desenvolvimento do 
ser humano, colaborando, de forma sistematizada e direcionada, para sua formação por meio 
da veiculação e produção de conhecimentos socialmente válidos. A estreita relação com a 
comunidade é perseguida, levando em conta suas características e necessidades. 
2.3 CONCEPÇÃO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 
Todas as crianças, estudantes, professores e funcionários da Escola Barão são 
considerados sujeitos singulares, possuidores de uma história e de uma cultura. A trajetória 
dos sujeitos constitui o desenvolvimento humano como algo que acontece por conta das 
aprendizagens que ocorrem na escola e fora dela, caracterizando-se pelas transformações 
biológicas, emocionais, sociais, psicológicas e culturais que ocorrem ao longo da vida. 
A escola organiza-se pedagogicamente para atender às necessidades do 
desenvolvimento humano em cada etapa de ensino. Por isso, o planejamento de todas as 
ações tem como foco principal “[...] os sujeitos que dão vida ao currículo e à escola” (BRASIL, 
 
6 Percepção, mediação e superação constituem-se em uma relação triangular da maior importância no processo educativo. 
Esses três aspectos devem ser tratados como algo que promove mudanças e amadurecimento no processo de relações 
interpessoais e educacionais, na medida em que a percepção permite que as pessoas envolvidas com a dinâmica educativa 
sejam capazes de identificar e diagnosticar problemas e dificuldades que podem facilitar ou bloquear a dinâmica educativa; 
mediação é a forma como os poderes e as forças inerentes aos problemas e situações diagnosticadas são tratados e são 
encaminhados; e superação se dá na medida em que os aspectos identificados deixam de se apresentar como problemas e 
como dificuldades. 
 
17 
 
2010a, p. 02). Atendendo a diferentes grupos etários, a Escola Barão entende que tais 
grupos precisam se reconhecer como tais. 
A infância e a juventude não podem ser reduzidas a um recorte etário, uma vez que 
sua dimensão transcende a idade dos sujeitos, estando, porém, relacionada com suas 
experiências vividas. Assim, a Escola considera o princípio da dignificação do ser humano, 
que é constituído pelo respeito e pela individualidade do sujeito (IECLB, 2005). 
2.3.1 Concepção de aprendizagem e ensino 
A Escola Barão prioriza a aprendizagem dos conceitos científicos, éticos, teológicos 
e tecnológicos que não poderiam ser apropriados fora dela. Para tanto, se alicerça na 
perspectiva da mediação daquele que conhece e domina o objeto do conhecimento. No 
entanto, os saberes que cada criança, estudante e professor trazem para a escola, fruto de 
suas experiências como sujeitos, são reconhecidos, levando em consideração os tempos e 
os ritmos. Ainda assim, para que aconteça esse processo de ensinar e aprender, a Escola 
oferece espaços de aprendizagem e instrumentos mediadores, como cadernos pedagógicos, 
livros didáticos e paradidáticos, tecnologias educacionais, jogos e brinquedos. Igualmente 
oferece todos os recursos necessários para que a aprendizagem aconteça de forma eficaz 
e significativa. Nesse sentido, segundo a IECLB (2005, p. 19): 
 
No processo de construção do conhecimento, valorizam-se a tradição, o 
saber elaborado no decorrer da história da humanidade, a memória histórica, 
além de incentivar a elaboração de novos conhecimentos, estabelecendo 
sentido e significação para a ação humana. 
 
 
O ensino requer planejamento, organização e sistematização dos conhecimentos, 
buscando atingir, em cada etapa de ensino, as expectativas de aprendizagem. Por isso, a 
Escola Barão defende o ensino não apenas de conteúdos, mas também de valores, 
conceitos, atitudes e competências, que, certamente, contribuirão com a formação de cada 
indivíduo. 
A centralidade do processo pedagógico é a aprendizagem com o objetivo de garantir 
um percurso formativo fundamentado na inseparabilidade do educar e do cuidar, de modo 
que as etapas da Educação Básica sejam respeitadas em suas especificidades, atentando 
para a articulação das dimensões orgânica e sequencial. (BRASIL, 2010a). 
 
18 
 
2.4 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO 
Na interação com o mundo que o cerca, o indivíduo constrói representações por meio 
da atribuição de significados que “[...] implica diversos e diferenciados processos de 
significação, que se tornam tão múltiplos quantos forem os indivíduos e os meios que os 
cercam. [...]” e “está presente na formação permanente das pessoas e integra a 
complexidade do processo de aprendizagem.” (IECLB, 2005, p. 31). 
 O desenvolvimento pleno do ser humano depende do aprendizado que um 
determinado grupo cultural realiza, a partir da interação com outros indivíduos. A 
aprendizagem possibilita, orienta e estimula o desenvolvimento das características 
psicológicas, especificamente humanas e culturalmente organizadoras. 
 Respeitar e valorizar as individualidades e as dificuldades significa dizer que o desafio 
da escola é ir além das informações e de como são transmitidas. 
 Uma abordagem pedagógica coerente, com uma concepção de aprendizagem 
significativa, entende que o ponto inicial da aprendizagem deve ser sempre a concepção 
prévia dos estudantes, a partir da qual se deve proceder a escolha das técnicas, estratégias 
e atividades a serem desenvolvidas com vistas à mudança dos conceitos para os científicos. 
 Tendo a confessionalidade luterana como importante referencial de emancipação 
humana, destacam-se os seguintes pressupostos epistemológicos da Escola Barão: 1) o 
conhecimento é construído a partir do que já se conhece; 2) o conhecimento a ser construído 
na Escola deve partir daquele que o estudante traz para a sala de aula, tornando a 
aprendizagem um processo significativo; e 3) o conhecimento brota da necessidade auferida 
por meio da leitura de mundo, associada à postura humanista que norteia a conduta dos 
integrantes do processo educativo. 
Sob essa perspectiva, o conhecimento é um importante instrumento para a “[...] 
promoção da autonomia e da liberdade como direito e compromisso [...] baseados no 
princípio teológico-luterano do sacerdócio geral, que rompe com a verticalidade e estabelece 
a horizontalidade nas relações de aprendizagem e de ensino.” (IECLB, 2005, p. 31). 
2.4.1 Concepção de currículo 
O currículo é movimento e envolve as práticas docentes e institucionais com o intuito 
de ampliar e construir novos conhecimentos. É o currículo que organiza o que será ensinado 
e aprendido em termos de conhecimento para a promoção do desenvolvimento integral das 
 
19 
 
crianças e dos estudantes. Ainda se configura como um conjunto de valores e práticas que 
proporcionam a produção e a socialização de significados, cumprindo papel relevante na 
construção das identidades socioculturais a partir de um processo educacional, que, 
garantindo a qualidade das aprendizagens, é: 
 
[...] constituído pelas experiências escolares que se desdobram em torno do 
conhecimento, permeadas pelas relações sociais, buscando articular 
vivências e saberes dos alunos com os conhecimentos historicamente 
acumulados e contribuindo para construir as identidades dos estudantes. 
(BRASIL, 2010b, p. 28). 
 
 
A Escola Barão concebe o currículo como o coração

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