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Curador especial 1 ⚖ Curador especial Revisado Curador Especial Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao: I - incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade; 💡 Visa suprir a ausência de capacidade processual do incapaz. O curador só representa o incapaz no processo específico ao qual foi nomeado. Apesar do curador especial, ainda deve ser indicado um tutor. Curador especial 2 💡 Ex: um casal tem um filho. O pai da criança o reconhece. Supervenientemente, o casal tem um segundo filho, mas o pai não o reconhece e nem o registra. O pai falece alguns dias depois. A mãe, após a morte do pai e representando os interesses do segundo filho, menor, busca advogado para representar em juízo, buscando registrar falecido, suposto pai, que não o reconheceu. Quem será acionado, aqui, são os herdeiros ou sucessores, no caso, o primeiro filho do casal, visto que é uma ação de caráter pessoal. A mãe, neste caso, não pode representar tanto o primeiro filho quanto o segundo filho, devido ao conflito de interesses que seria gerado. Ela deverá escolher um para representar, devendo ser nomeado um curador especial para o outro. II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído advogado. 💡 Réu revel é aquele que não contesta ou contesta intempestivamente, após o prazo. Decorre da revelia. Busca-se garantir a defesa destes réus, que podem ter dificuldade para apresentar defesa. 💡 O curador do réu citado por hora certa ou por edital pode contestar a inicial por negativa geral caso não tenha elementos para impugnar especificamente todos os fatos alegados, conforme o parágrafo único do art. 341, pois não tem acesso ao réu. Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei. Poderes do curador especial No caso do inciso I do art. 72, relativo aos incapazes, terá poderes de representante legal, porém restritos ao processo específico ao qual foi nomeado. Curador especial 3 No caso do inciso II do art. 72, relativo ao réu revel preso ou réu revel citado por edital ou hora certa, o curador atua como defensor do réu, devendo unicamente exercer atividades relativas à defesa propriamente dita, não podendo ajuizar reconvenção (que tem natureza jurídica de ação) ou provocar intervenção de terceiros. Na fase de cognição, o curador tem obrigação de apresentar contestação, ainda que por negativa geral, caso não houver elementos para contestar especificamente os fatos alegados. Curador especial na execução STJ, súmula 196 Ao executado que, citado por edital ou por hora certa, permanecer revel, será nomeado curador especial, com legitimidade para apresentação de embargos. 💡 Embargos à execução têm natureza jurídica de ação de conhecimento autônoma e incidental através da qual o executado se defende de possível execução fundada em titulo executivo extrajudicial. Alguns doutrinadores entendem que também se aplica a titulo executivo judicial. 💡 Majoritariamente, entende-se que o curador não pode oferecer embargo à execução por negativa geral, mas apenas especificamente cada fato alegado, baseando-se em elementos. 💡 Em resumo, na fase executiva, o curador pode apresentar contestação, mas não por negativa geral. Curador especial na ação monitória Nas ações monitórias, deve ser nomeado ao réu revel curador especial. Quanto à contestação, não há consenso doutrinário, mas Rios Gonçalves entende que deve ser apresentada, ainda que por negativa geral Curador especial 4 Exercício da função de curador especial A curadoria especial é função da Defensoria Pública, conforme o parágrafo único, artigo 72 do CPC. Nos locais onde não houver Defensoria Publica, caberá à Procuradoria-Geral do Estado e às entidades a ela conveniadas. Ausência de nomeação do curador especial Se for o curador especial do incapaz, haverá nulidade quando da sua ausência, visto que faltará um dos pressupostos processuais de validade. Se for curador especial do réu revel, só haverá nulidade se o resultado lhe for desfavorável.
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